AULA 8

SERES NO ASTRAL 


“Entidade espiritual é todo ser desencarnado, consciente do plano evolutivo em que se encontra. Essas entidades podem ser de vários estados evolutivos, desde os mais adiantados aos mais atrasados. Cada um ocupa um plano próprio ou inerente ao seu estado evolutivo”.
Nem todo ser é uma entidade espiritual, mas ainda assim ele pode transitar pelo astral; além disso o ser pode estar encarnado ou desencarnado e pode inclusive não estar em nenhum desses estados, sendo muitos apenas uma criação de outra consciência; outros ainda são de natureza distinta, como por exemplo, os elementais.
Antes de citarmos cada tipo de ser que transita pelo astral, é preciso que se compreenda que astral não é um lugar que paira sobre nossas cabeças, como pensam algumas religiões espiritualistas. Ele permeia nosso plano físico, da mesma forma que os demais corpos ou veículos de manifestação da consciência humana, o chamado setenário. Fazem parte desse setenário, o quaternário inferior (onde se encontram os corpos mais densos, como o físico e astral, por exemplo) e o ternário superior (onde se encontram os corpos mais sutis da parte divina do homem).
Falando de uma forma simples, o plano astral nada mais é que um estado de consciência do homem. Poderíamos citar o conhecido exemplo de que cada homem cria seu próprio “umbral”. Isto é, os meus monstros não são os seus monstros; os meus medos não são os seus medos; as minhas alegrias não são as suas alegrias; meus conceitos de felicidade, tristeza ou excitação tampouco são os seus.
Quando se fala numa cidade espiritual, como por exemplo a conhecida Nosso Lar, não se deve entender que ela flutue, ou flutuasse, sobre a cidade do Rio de Janeiro, como se diz de uma forma até certo ponto ingênua. Ela é plasmada, realimentada, a cada instante, pela vontade consciente das milhares de entidades que se encontram no astral, vibrando de forma a direcionar energia e matéria astral para a manutenção de edifícios e tudo mais que nela se instalou, unidas que são essas entidades pelas mesmas crenças, desejos e sentimentos. Semelhante atrai semelhante.
Acreditamos que esses conceitos de que o astral é algo que está acima de nós, enquanto encarnados, vêm das antigas crenças sobre céu e inferno, onde o céu era o paraíso que planava nas alturas e o inferno um local situado nas profundezas da terra. De fato os planos coexistem no mesmo espaço, como quando estamos em nossa casa ouvindo nosso rádio. Não vemos as ondas de rádio que chegam, mas elas estão lá, ocupando o mesmo espaço que nós, sem que um tipo de matéria atrapalhe a outra e mais, sem que uma se aperceba da presença da outra. Assim como nós achamos que Nosso Lar é um mundo maravilhoso nas alturas, muito distante e inacessível, os seres que lá estão, em sua maioria, também acham que estão longe de nós. Aproveitando o assunto de que tudo apenas se passa em diferentes estados de consciência, poderíamos voltar a falar brevemente da comunicação com o mundo astral, pois muita confusão existe a esse respeito.
Os processos das ditas “incorporações” e irradiações, são interações entre mentes com a formação de “ilusões”, associadas a influencias físicas. A interação mental pode ocasionar influências no corpo do médium de vários níveis, desde o comando, passando pelas visões, audições e sensações induzidas, até as intuições. As informações captadas pelo médium são transferidas para o cérebro que processa a informação em sintonia com a sua mente e, posteriormente, através do processo de expansão mental transmite para o ser desencarnado que os transforma em seu meio de entendimento que não é físico, não é cerebral.
Este é apenas um exemplo de quando um encarnado pensa estar falando com um desencarnado numa comunicação mediúnica, por exemplo. O mesmo se passa quando o médium espera receber o pensamento do desencarnado pronto, como se fosse um pacote. O processo de comunicações (nos dois sentidos) só pode ocorrer de forma “interativa” quando existe consciência intelectual das partes. Um ser desencarnado sem consciência de seu estado ou sem o conhecimento dos processos de interação com a expansão mental (devido as diferenciadas formas de como se processa o pensamento e a tênue expansão mental do encarnado) não tem a habilidade de se comunicar com os seres encarnados, tendo no limite a comunicação dos sentimentos que se processa de forma espontânea e pode ser muitas vezes mais forte que a comunicação induzida.
Muitas vezes o que o médium pensa ser um pensamento, nada mais é que a captação desses sentimentos, que são por ele traduzidos em palavras, o que torna a comunicação com os seres do astral muitas vezes perigosa em sua veracidade. Por isso a comunicação mediúnica de alto nível depende também do estado moral do médium, além de treinamento intenso e disciplinado, para que ele possa distinguir pensamentos de simples captações, que possam se passar por verdades inquestionáveis que escravizam ou iludem.
Não vamos acreditar que as comunicações são para ajudar o mundo; isto é pura arrogância. Somos pequenos demais para assim fazê-lo. Se conseguirmos nos ajudar já teremos realizado um grande feito. O Universo é tão sábio que permitindo nos ajudar estaremos ajudando o próximo. Agora colocamos toda complexidade da comunicação entre nossos estados de consciência de nossos “corpos” e entre outros seres. Encontramos uma rede complexa e cheia de diversas interpretações, passíveis de erros, desvios e perturbações. Precisamos compreender e aceitar as difíceis e falhas comunicações entre os “mundos”. O conhecimento humilde desta situação nos levará a uma necessária analise crítica dos processos mediúnicos, enormemente vulgarizados e utilizados como sabedorias a prova de contestações. Se nem os homens da terra conseguem transmitir suas idéias, quanto mais falando com outros níveis de consciência.

 

TIPOS E SERES ASTRAIS


1 – Astrais Humanas:


a) encarnadas
- pessoas dormindo.
- estudantes de escolas iniciáticas desdobrados.
- mestres e discípulos.
- magos negros e discípulos.

b) desencarnadas
- mortos normais.
- suicídas e mortos violentamente.
- sombras (cadáveres astrais deixados para trás quando uma entidade desencarnada passa do plano astral para outro superior, com matéria mental aderida se desintegrando). São semelhantes ao corpo físico. Podem ser vitalizadas por adeptos, etc, para outras utilizações.
- cascões (cadáveres astrais quase totalmente desintegrados).
- cascões vitalizados (cascões vitalizados e usados por magos negros para suas magias).
- vampiros e lobos astrais (são raros; só existem em países com rastros da 4a raça raiz, a Atlante; por exemplo, a 7ª sub raça, a Mongólica, de onde se originaram os japoneses).
- magos negros e discípulos esperando encarnação.
- nyrmanakayas (seres que não precisam mais reencarnar mas abdicam de migrar para planos superiores porque do astral é mais fácil ajudar o ser humano).
- guias (caboclos, pretos velhos e crianças); habitam planos superiores e projetam corpo de ilusão no astral Criam quantos corpos de ilusão desejarem (que destroem depois dos trabalhos para não deixar cascão).
- protetores (caboclos e pretos velhos; criam um corpo de ilusão permanente, geralmente tipos humildes para se identificarem com consulentes mais simples, embora não precisem mais disso).
- auxiliares invisíveis (cuidam dos corpos de ilusão dos protetores, para que não sejam utilizados por outras entidades).
- exus: Agente mágico universal. Servem de veículo para a magia.

2 – Astrais Não-Humanas:


- essência elemental (campo eletromagnético ou matéria astral; é quando existe a afluência do espírito na matéria astral; é uma matéria extremamente sensível ao pensamento humano).
- animais dormindo.
- corpos astrais de animais.
- espíritos da natureza (elementais). Sem estrutura interna (evolução só na Terra).
a) da terra: gnomos
b) das águas: ondinas, yaras e sereias
c) do fogo: salamandras
d) do ar: silfos, sílfides e fadas - devas: Anjos. Seres de um reino superior ao hominal. - kama-rajás: Os chamados reis do astral ou encantados. Seres de outro tipo de evolução (se unirão à humanidade em outra cadeia).

3 – Astrais Artificiais: (elementares)


Segundo Roger Feraudy a essência elemental astral, sendo muito sensível e plástica, é capaz de ser modelada por meio de impulsos de pensamentos de uma entidade encarnada ou desencarnada. Assim, os seres artificiais são pensamentos-forma criados artificialmente ou coletivamente.
- formados inconscientemente :
o pensamento humano atrai essência elemental (plástica)
modela instantaneamente um ser vivente (de vida geralmente efêmera)
este ser não está sob a vontade do criador
Ex: uma cobra; um monstrinho qualquer

- formados conscientemente:
mesmo processo de criação (por magos negros ou brancos)
modela formas reais com existência real no astral (pode existir por anos ou séculos)
atua independente do criador (num segundo momento)
Ex: diabo cristão / compadres e comadres

- artificiais humanos:
(Kama rupas) Criados na Atlântida pelos magos vermelhos (que são os chamados magos brancos menores)
usavam desencarnados para combater a magia negra (atrasando sua evolução; mas eles ganhavam créditos quando liberados)
depois suas sombras (que são astrais humanos mortos) eram magnetizadas e vitalizadas (e utilizadas pelos mesmos magos vermelhos para também combater a magia)
hoje algumas dessas sombras são os artificiais humanos (mas utilizadas pelos magos negros)

CARACTERÍSTICAS E RELAÇÕES DOS ORIXÁS


Definição
Os Orixás são os grandes arquitetos siderais ou construtores de sistemas solares e nós, seres humanos, devemos a eles nossa evolução intelectual e física.
São também chamados de Hierarquias Criadoras e se ocupam da construção do Universo.
É preciso saber que orixás não são espíritos e portanto não podem incorporar os médiuns.
Orixás são divindades e também conhecidos como os Mensageiros do Senhor ou Luz do Senhor ou ainda As Sete Emanações do Senhor.
A origem do nome Orixá vem da palavra Purushá, do idioma sânscrito, o idioma sagrado que deu origem a todas as línguas, em sua raiz.
Os nomes sagrados de cada orixá foram totalmente perdidos e os nomes que hoje conhecemos são resultado da corruptela dos nomes originais (com a exceção de Yori e Yorimá) e cada um têm um significado específico.
Os nomes dos sete orixás e seu significado esotérico:

Os orixás são em numero de sete, a saber:
- Oxalá – a imanência de Deus
- Ogum – o fogo da salvação
- Oxossi – o caçador de almas
- Xangô – o comandante das almas
- Yemanjá – a mãe do mundo
- Yori – relação com a lei divina

 

O Triangulo fluídico


O triangulo fluídico representa os três aspectos em que a Lei da Umbanda trabalha no mundo astral ou da forma (o mundo da forma é a maneira pelo qual as entidades se manifestam aqui no planeta).
Representa a síntese do movimento da umbanda e foi traçado pela primeira vez no astral da Atlântida, na antiga Aumbandhã, sendo posteriormente traçado nos céus aqui na América, quando a espiritualidade superior decidiu reimplantar a Umbanda do planeta, no projeto chamado Terras do Sul.
Representa a vontade, a sabedoria e a atividade dos orixás. Sua consequência é o equilíbrio da manifestação.






Manifestação no triângulo da forma Caboclos: Manifestam-se entidades das vibrações de Oxalá, Yemanjá e Oxossi.
Obs. Entidades das vibrações de Ogum e Xangô não se denominam como caboclos e sim como Oguns e Xangôs, assim como as da vibração de Obaluayê* (o orixá oculto), que se denominam Obaluayês.

Crianças: Manifestam-se entidades da vibração de Yori.
Pretos velhos: Manifestam-se entidades da vibração de Yorimá.

Observações:
- É preciso que se entenda que a forma que as entidades se manifestam (caboclos, pretos velhos e crianças), não representam sua identidade real ou original. Isto quer dizer, por exemplo, que entidades que se manifestam como CRIANÇAS, na verdade são Nyrmanacayas e não crianças no sentido cronológico de idade. São entidades de alta evolução, como já citamos anteriormente, que são chamados de crianças no sentido daquele que renasceu para o mundo espiritual.
- Os que se apresentam como PRETOS VELHOS, por exemplo, são geralmente os grandes magos do oriente.
- No triângulo da forma temos então:
- Caboclos representam a simplicidade.
- Pretos velhos representam a humildade.
- Crianças representam a pureza

- Na antiga Aumpram, as entidades que se manifestavam eram os Nyrmanacayas e os Encantados (espíritos que nunca reencarnaram no planeta) e se apresentam no triângulo da forma nas vibrações de anciãos, instrutores e puros, o que nos dias de hoje corresponde aos pretos velhos, caboclos e crianças.
 - As formas de pretos velhos e caboclos foram escolhidas quando se estabeleceu o reinicio da umbanda para aproveitar a tradição xamanica do povo brasileiro, acostumada aos escravos africanos e índios brasileiros.

OBS: no centro dos triângulos invertidos está Oxalá


Observações
• Os chefes de legião (ou orixás menores) geralmente não se manifestam através da mecânica incorporação ou irradiação. Só mesmo através da comunicação mente a mente. Se desdobram em sete, e isto significa que abaixo dos 7 chefes de legião de cada linha, estão 49 entidades, de hierarquia imediatamente inferior, com os mesmos nomes, que são os chefes de falanges. Abaixo deles estão os guias, em número de 343. E abaixo deles estão os protetores, em número de 2401. Para cada linha. Guias e protetores se manifestam sob os mais variados nomes.
• Obs. Não é incomum vermos algumas entidades se manifestarem com os mesmos nomes de chefes de legião, por exemplo, quando seu conhecimento demonstra obviamente que não o são; isto se dá, geralmente, apenas como uma forma carinhosa de manifestação ou por desejo inconsciente ou não do médium. Todos estão fazendo sua caridade.
• Isto quer dizer que o mesmo caboclo Pena Branca, por exemplo, que se manifesta num centro, não precisa ser , necessariamente, aquele que se manifesta em outro.
• Além dessas entidades, estão aquelas que fazem parte de agrupamentos, enfeixadas nas diversas linhas, com um número ilimitado de entidades. Os agrupamentos mais conhecidos são os agrupamentos das Almas (conhecido como Linha das Almas), enfeixados nas linhas de Xangô e de Yorimá e o agrupamento do Oriente (enfeixado na linha de Oxalá).

Guias e protetores
• Os guias podem se apresentar com vários corpos de ilusão e os protetores apenas com um único corpo de ilusão. Corpo de ilusão é a forma plasmada pela entidade para se manifestar. Por exemplo, uma entidade que se manifesta na umbanda com o nome de Pai Benedito, pode se manifestar no Kardecismo, por exemplo, com o nome de dr. Fulano de Tal, e assim por diante.
 • Obs. É interessante notar, quando se fala em corpo de ilusão, que cada vidente, vai “ver” ou ouvir, compreender ou deduzir, aquilo que já acredita, ou melhor falando, aquilo que já é um engrama* registrado em seu cérebro. Por exemplo, num dia de caridade de caboclo um consulente chamou um dos médiuns da casa e, maravilhado, confidenciou sobre os belos índios que se encontravam trabalhando com os médiuns. O mesmo médium ao olhar para a mesma corrente de trabalho via, no entanto, apenas sacerdotes e magos, paramentados com seus trajes tradicionais auxiliando na assistência dos consulentes.
Engrama: quando vemos um gato, reconhecemos imediatamente que aquilo é um gato, pois já temos registrado o engrama “gato” em nosso cérebro. Mas, se nunca tivéssemos visto um gato, ao vermos o animal, ficaríamos pensando do que se trataria. Da mesma forma que se o engrama caboclo está registrado como um silvícola, ao nos depararmos com um, vamos reconhece-lo de acordo com o registro que já temos. Por isso o acúmulo de cultura, altera os engramas e nossa capacidade, inclusive de desenvolvimento mediúnico. Os registros podem ser sensoriais ou culturais. Quando lemos um livro compreendemos a história e montamos o cenário de acordo com nossos engramas, isto é, de acordo com os registros que já temos. Por isso, é preciso cuidado com aquilo que você acha que está vendo, pois pode não corresponder à verdade. •
 Os guias são entidades que estão encerrando praticamente seus compromissos cármicos (podem ter ainda algum resíduo de carma – muitos já são o que chamamos de Nyrmanacayas, isto é, entidades que já esgotaram totalmente seus carmas).
• Os protetores são entidades que ainda tem pela frente de 2 a 4 reencarnações.
• Chefes de legião e chefes de falange não incorporam.
• É importante esclarecer que muita gente confunde entidades auxiliares não enfeixadas na síntese do movimento da umbanda com guias e protetores, como é comum acontecer no kardecismo, por exemplo, onde qualquer espírito bondoso que se apresente na mesa de intercambio, ou até mesmo parentes de trabalhadores da casa nas mesmas condições, são chamados de protetores. O pior é que o mesmo se dá com entidades malévolas que vêm às casas de umbanda para atrapalhar ou brincar e muitas vezes conseguem, até com facilidade (lembrando sempre que entidades trevosas, muitas vezes, têm os mesmos conhecimentos de entidades de luz e sabem também falar com palavras doces), se fazer passar por guias ou protetores. A diferença não está, portanto, no que eles dizem de forma geral ou na forma como dizem, mas no conteúdo do que dizem, isto é, naquilo que podem induzir médiuns ou consulentes a pensar ou fazer. Isto é, a parte moral de sua fala. É preciso pois atenção de médiuns e cambonos, pois um guia ou protetor verdadeiro nunca pedirá que alguém faça ou pense qualquer coisa que vá contra aquilo que a umbanda acredita (por exemplo: fazer o médium beber ou pedir um sacrifico de animal ou qualquer ato que implique numa atitude não amorosa, etc). Nunca esquecer ainda que a entidade de luz jamais inferirá no carma do consulente.



“Duvide sempre de seus conhecimentos e verdades, cultivando a sabedoria dos sentimentos. Não há como errar amando de forma pura e desinteressada. Não tenhamos fé pelos títulos, pelos ditos sábios; tenhamos fé quando reconhecemos em nossos corações a coerência, harmonia e sabedoria da mensagem. Muitas vezes nos iludimos criando sentimentos de sabedoria por exaltação destes sábios; este é o caminho mais curto para nos afastamos do nosso eu, do nosso caminho ao Senhor”