CURSO INTERMEDIÁRIO DE UMBANDA


GRUPO DE UMBANDA ESOTÉRICA RAIOS DE LUZ
ESTUDOS SISTEMATIZADOS DE UMBANDA - 2016



CURSO INTERMEDIÁRIO DE UMBANDA
(Baseado nos estudos da Aumpram.org.br)





AULA 1

UMBANDA É AMOR


Quem conduz o Amor e a Caridade estará levando os ensinamentos maiores da Umbanda.
A Umbanda leva a Luz sem retribuição, o Amor sem recompensa, a Caridade sem prêmio, o Poder de Deus sem vaidades.
 
  



Aumpram, Lei Divina e Umbanda
Apesar do real significado da Umbanda ter origem na palavra Aumpram ou Lei Divina (devido a diversas corruptelas ao longo de milhares de anos, o termo Aumpram tornou-se Umbanda), entendemos que a Umbanda hoje seja para a grande população uma religião, um culto.
A Umbanda disseminada no Brasil teve uma grande influência cultural afro-brasileira devido ao contexto, método e meio de sua introdução. No dicionário "Aurélio" encontramos que Umbanda é: "Forma cultural originada de assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca." Esta é a visão externa e muitas vezes interna da Umbanda. Neste contexto, quando se fala Umbanda, muitos estão se referindo à religião, ao culto Umbanda difundido no Brasil e não à origem dada pela Lei Divina Aumpram.
Hoje, dentro da Umbanda, encontramos diversas interpretações e costumes. Os cultos seguem algumas influências comuns, mas são fortemente influenciados pelos seus componentes, pelos dirigentes locais que, sem uma base única e clara, permitem distorções, múltiplas facetas e ritos diversos. A Umbanda sofre o risco de se tornar conhecida pela religião, pelo culto no qual, qualquer dirigente que se diz conhecedor e com influências espirituais, abre a sua “Umbanda”, a sua moda e satisfação.
"A Umbanda verdadeira está a serviço da Lei Divina, da Aumpram, e só visa ao bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda". ( do livro "Umbanda, essa Desconhecida", Roger Feraudy - Ed. Conhecimento - "Umbanda sua face")
A Umbanda deve crescer pelo conhecimento e prática de bases mais sólidas, da busca da verdade e do conhecimento da Aumpram, da Lei Divina. A divulgação, estudo e compreensão da Lei Divina fortalecerá a Umbanda, eliminando mistificações e vaidades, atraindo ainda mais os verdadeiros interessados pela evolução espiritual.

Em que a Umbanda acredita?
Vamos encontrar bases comuns para os que estudam, praticam ou são atendidos na Umbanda. Vamos criar um foco de convergência e a partir dele tentar compreender a Umbanda de todos. Como princípios deste foco convergente entendemos que a Umbanda acredita:
·         Em Deus
·         No Amor
·         Na Natureza
·         No Espírito
·         Na Evolução
Em Deus
Principio e fim. Único e todo.
Deus está fora do limite de nossos entendimentos. Apesar das dificuldades e figuras de interpretações usadas por muitos, todos tem um sentimento comum de Deus, um sentimento bom, um sentimento de Amor e isto é que é o importante. Quando imaginamos nosso Deus, quando os mulçumanos, judeus, católicos, budistas imaginam o “seu” Deus, podemos divergir em várias ideias, mas certamente convergimos que o Amor é a grande força de Deus.
No Amor
O Amor é a força da união, é o meio de se atingir ao grande objetivo universal. Como podemos imaginar Umbanda sem o Amor? Amor é :
Meio para nosso crescimento
Força de União Universal
O único caminho para evolução
O único caminho para nos encontrar
O único caminho para chegar a Deus

Na Natureza
Natureza e o estudo pela ciência.
Somos natureza. Não acreditamos em nós?
Nosso universo é regido por leis naturais e o homem busca compreendê-las ao longo de sua evolução. A busca deste entendimento é denominada de ciência. A ciência evolui, muda seus princípios a medida de novas descobertas, de novas revelações. Muitos mistérios que se encontravam além das fronteiras do místico, do religioso, foram substituídos, foram esclarecidos pela ciência sem deixar de existir o fato de que antes era místico ou oculto. O limiar da ciência e do desconhecido é uma questão de tempo e não de verdades absolutas. Precisamos da ciência para evoluir, para compreender fenômenos muitas vezes ainda inexplicáveis em nosso momento. Se acreditamos em nós, acreditamos na natureza e usamos a ciência para compreendê-la melhor.
A Umbanda não conflita com a ciência. Precisamos fazer uma leitura do estágio científico atual e acompanhar sua evolução, aceitando os princípios de suas teorias, aplicando nos conceitos da Umbanda. A ciência é dos homens e suas revelações acompanham sua própria evolução. Devemos utilizar as ferramentas que dispomos no momento, evoluindo e revisando nossas bases. Dentro da natureza os seres pensam, tem inteligência e a Umbanda tem um princípio que é um processo mental, a Magia, que pode ser definida como força atuante ou influenciadora de caráter mental, criada pelo pensamento, pela vontade do ser e que também não deixa de ser também um processo natural.

No Espírito
De forma simplificada podemos entender que o “Espírito” é um dos elementos da natureza que compõe um ser . O ser não está limitado ao seu corpo físico. Talvez as explicações científicas ainda não tenham chegado a uma conclusão definitiva sobre espíritos, não significando que não existam simplesmente porque a ciência do homem de hoje não conseguiu elucidá-lo completamente. As forças atômicas, os elétrons e muitos outros exemplos não eram explicados pela ciência e não por isto não existiam ou eram inverdades, eram simplesmente não atingidos pela evolução científica da época. Um ser tem sua existência, mesmo não tendo um de seus corpos. Chamamos então de desencarnado o ser que não está utilizando ou não utiliza um corpo físico. A Umbanda acredita na comunicação com seres, com entidades, que não estão com seus corpos físicos, vulgarmente denominada de comunicação com espíritos ou com desencarnados dos mais diversos graus de evolução. A Umbanda acredita no ser extra corpóreo e na interação entre estes seres e o nosso mundo físico , seja através da comunicação, ou efeitos e influências diversas. Veremos que de fato, o ser é composto ou dividido em vários “corpos” ou veículos de consciência, sendo a denominação “espírito”, dada pelos espiritualistas, uma simplificação de um grupo ou conjunto de “veículos de consciência”

Na Evolução
Sabemos que o Universo está em mutação, está mudando todos os momentos. Sabemos que mudamos, envelhecemos, a natureza se altera, nosso planeta sofre várias alterações desde sua formação. Tudo está se modificando a todo o momento. Estas modificações poderiam ser denominadas de evolução. Então tudo está em evolução. O Universo, os seres que o compõe, o conhecimento, enfim tudo. Os processos são diferentes para cada um, para cada natureza, mas o evoluir é comum a todos.
Para nós a evolução ocorre ao longo de nossa vida presente e nas próximas. Evoluímos em ciclos sucessivos, em diversas vidas, comumente chamadas de reencarnações. A evolução só pode acontecer se for de alguma forma orientada, guiada por alguma lei ou princípio. O caos não levaria ao visível processo evolutivo.
A lei maior que rege o processo evolutivo de todos os seres e até mesmo de todo o Universo é a Lei do Carma, onde causa e efeito estão definitivamente relacionados. A lei do Carma ou simplesmente Carma, em sua ação no homem, só pode ser compreendida pelos que vêem o conjunto de suas vidas, de suas reencarnações.
Nossa evolução só pode ocorrer através de nossas ações. Somos seres inteligentes capazes de determinar nossas ações, a Lei do Carma trará os efeitos causados pelas causas que criamos com nossas ações.
Acreditamos que nossas ações devam ter como princípios:
·         PUREZA - A busca da Verdade
·         HUMILDADE – O fim das vaidades e personalismos
·         SIMPLICIDADE – Tentar levar ajuda a todos (Universalismo)
Em uma forma gráfica:  A Umbanda acredita em:



Nossa Umbanda precisa ser Amor, pois a verdadeira Umbanda é Amor
Vamos mostrar o caminho deste Amor a todos. Vamos fazer entender que não existem Umbandas, existe apenas uma e ela é da bondade, da caridade, do aprendizado, da seriedade para com a vida , do respeito ao próximo e à natureza.
Como Amar maltratando, ingerindo ou sacrificando animais?
Como Amar cobrando pela caridade?
Como Amar prejudicando o próximo?
Como Amar interferindo na evolução?
Como Amar prejudicando a natureza?
Vamos iluminar aos que podem ver, vamos guiar os que não podem. Vamos levar a todos a verdadeira Umbanda, a do Amor.
A busca do saber verdadeiro levará ao fim dos equívocos e usos indevidos. Os que levam a Umbanda, devem levar esta busca.
Como eliminar a ignorância se não erguendo a verdade?
Não precisamos convencer, precisamos informar, esclarecer. O convencimento é dado pelo eu interior, que acolhendo o sentido correto elimina as falsas práticas.
Estamos realmente buscando a verdade?
Pureza - Nossas práticas e ações são verdadeiras?
Humildade - Buscamos o fim de nossas vaidades?
Simplicidade - Aceitamos a todos como são, buscando eliminar nossos preconceitos?
Não devemos nos acomodar nas bases em que crescemos, elas também mudam, elas também evoluem. Vamos humildemente evoluir com a eterna busca da verdade, somente ela pode fazer a mudança da vida, a mudança para o caminho do Amor Universal.
Como podemos nomear os pensamentos do Amor?
Como podemos nomear os pensamentos do Conhecimento Eterno?
Eles não nos pertencem. Pertencem ao Universo em que evoluímos. Vamos contribuir em seu saber como anônimos humildes. Não sejamos estrelas da Terra, sejamos a Luz das estrelas do Universo, que atinge a todos sem nomes e interesses próprios, mas com o calor que pode aquecer os corações que precisam da energia do Amor.
Umbanda, o guia para a verdade interior onde o Amor deve ser o seu rumo.



AULA 2

HISTÓRIA DA UMBANDA - ORIGENS CÓSMICAS

Umbanda, essa desconhecida...
Enganam-se aqueles que pensam que a umbanda é uma religião africana, ou simplesmente afro-brasileira como vimos no módulo I, do Curso de Introdução à Umbanda. Na verdade, o conhecimento desse culto milenar foi levado à África por povos atlantes, durante as grandes migrações que tomaram lugar depois da terceira sub-raça originada na Atlântida (o continente desaparecido nos mares do Atlântico, cujos picos mais altos hoje remanescem no arquipélago de Cabo Verde, entre outras ilhas do noroeste da África).
Um dos povos que habitava o antigo continente era a negra, a etíope, que assim como outros povos, migraram para diversas partes do globo por conta dos grandes cataclismos que se aproximavam, desde o antigo Egito até as Américas. Naqueles tempos, alguns povos quando se mudavam, levavam consigo o nome de sua terra. Então os etíopes levaram para a África seu nome original, não sendo todavia originários daquele continente. Esta raça levou consigo o entendimento da magia e da luz divina, a Aumpram, para a África. Mesclando-se com as tradições religiosas dos povos locais e com seus feiticeiros, deu origem aos cultos africanos como conhecemos hoje.
No Brasil, com a vinda dos escravos africanos, que não podiam exercer seus cultos tribais livremente por conta da pressão da igreja católica, surgiram outros cultos, como o candomblé, por exemplo, onde divindades africanas e até mesmo os orixás, com a interpretação particular que faziam deles, se transformaram em figuras de santos cristãos, numa estratégia inteligente para driblar as dificuldades da época.
Por todo o planeta a saga dos atlantes em busca de novos lares, espalhou o conhecimento trazido pelos homens das estrelas; aqueles que, há milhões de anos, por amor ao homem da Terra, aportaram um dia com suas vimanas (naves espaciais) na Lemúria (o continente perdido cujas altas montanhas hoje formam a Austrália), transferindo-se posteriormente para a Atlântida, com as dinastias divinas, enquanto os grandes cataclismos que mudavam a face geológica do planeta iam se sucedendo. Surgido originalmente como um movimento hermético e fechado nos Templos da Luz, nas academias iniciáticas, a original Aumpram, que por sucessivas corruptelas veio a se chamar Umbanda, teve sua função maior revelada quando precisou se transformar num culto gerido por magos brancos para combater o então emergente movimento de magia negra que se espalhava. Aparecem nessa época os egos chamados de Senhores da Face Tenebrosa, os magos negros, espíritos dominadores e egressos de planeta[1] desaparecido, numa história ancestral e anterior às civilizações de nosso planeta.
A Cidade das Portas de Ouro da Atlântida se torna o centro da magia negra. Ao mesmo tempo, nos Templos da Luz, três tipos de entidades se manifestam na antiga AUMPRAM: os Encantados, ou Kama Rajás (não reencarnantes na Terra – entidades que vieram de outra cadeia de evolução e que se tornarão Adeptos, como a maioria dos que fazem sua evolução no planeta), os Nyrmanakayas (espíritos já libertos do carma ou em fase de libertação – os Jivamupticas) e os Iniciados (sem resíduo de carma). Apresentavam-se nos rituais, respectivamente, como instrutores, anciãos e puros, da mesma forma que hoje temos os caboclos, os pretos velhos e as crianças. É traçado o primeiro Triângulo Fluídico[2] no astral, sobre os céus da Atlântida e se inicia então a AUMBANDHÃ, que no idioma sagrado dos deuses (os homens vindos das estrelas), o devanagari, quer dizer: a luz divina ou a lei divina. Isso tudo se passa há mais de 700.000 anos.
Com o decorrer de milhares de anos, sua trajetória e seu entendimento ficaram velados através dos tempos e da história, assim como um dia também foi velada a palavra sagrada Umbanda. Ressurgido no astral por ordem dos maiorais sidéreos, o Projeto Terras do Sul inicia, em terras americanas, o resgate do antigo culto, quando então, o Triângulo Fluídico é traçado sobre os céus do Brasil. Centenas de entidades, de diferentes cadeias de evolução, que desde o princípio, trabalharam arduamente no desenvolvimento da raça humana no planeta, se engajam espontaneamente no projeto, alijando-se novamente de desfrutar dos paraísos cósmicos de seus planetas de origem, apenas por amor ao homem da Terra. No final do século XIX a antiga Aumbandhã renasce finalmente em solo brasileiro e por sucessivas corruptelas leva o nome de UMBANDA – a Luz Divina.
“Hoje, enfileiram-se infinidades de provas da existência dos continentes da Lemúria e Atlântida e da civilização de Paititi[3] no interior do Brasil, e também de que fomos visitados constantemente por inteligências extraterrenas, que muito contribuíram para a evolução da humanidade.”
“Após a verticalização[4] do eixo da Terra, está prevista a Idade de Ouro nas terras brasileiras.”
“Tudo o que aqui foi narrado era parte integrante do milenar “Projeto Terras do Sul”, planificado, orientado e manipulado pela grandes inteligências cósmicas.”
“Todos os Mestres da Grande confraria Cósmica expressaram seus conceitos sobre o importante Projeto e foram unânimes ao afirmar que o solo brasileiro estava vibrado, magnetizado e devidamente preparado para abrigar a futura raça.
A outra proposta analisada teve a aprovação de todos: era necessária a implantação de um movimento espiritual, cópia do cerimonial mágico da Atlântida, que reunisse o maior número de adeptos no menor espaço de tempo e, para que se concretizasse essa deliberação, foi imediatamente traçado no plano astral do Brasil um triângulo equilátero de vibração magnética.”
“A Confraria Cósmica dava início ao movimento mágico, preparatório para novamente estabelecer entre os homens a Sabedoria universal, a religião-ciência do terceiro milênio...”
“... _ Onde existe um dos chacras do Planeta Azul, na região central do Brasil, onde outrora se localizava Ibez3, no plano etérico existe a chamada Cidade dos “Templos de Cristal Rosa”, dirigida pelo Sumo Sacerdote da Ordem de Melchisedec, Sa-Hor, cujas vibrações estendem-se para os quatro pontos cardeais de todo o território brasileiro. São emanações de luz de cor violeta, com harmonização tonal fá, nota vibratória do planeta em perfeita eufonia com essa terra, já anteriormente preparada para receber a mensagem do III Milênio, a Luz ou Lei Divina, a milenar Aumpram.”
Um espírito venusiano, de nome Thamataê, cujo nome esotérico significa “A sombra do oriente na exaltação e na graça do milagre da vida”, pupilo do primeiro que veio para o antigo continente de Mu, em tempos imemoriais, o sagrado Sanat Kumara, o senhor do mundo, e que ainda hoje vela pelo planeta com o coração amoroso de pai, é designado para trazer o comunicado aos homens, se apresentando então pela primeira vez, no início do século XX, através da mecânica da incorporação. E o mundo da umbanda sagrada conhece então seu fundador, que se apresenta humildemente como o Caboclo das 7 Encruzilhadas, numa alusão aos sete planos da manifestação, aproveitando a herança xamânica de nosso povo, acostumado aos índios e pretos velhos, para criar um corpo de ilusão que fosse facilmente compreendido e aceito. Junto com ele, para comandar os Agentes Mágicos (conhecidos popularmente como exus), usando como veículo um exu guardião (Exu das 7 Encruzilhadas) para se comunicar a través da mecânica da intuição, veio seu irmão gêmeo Kalami (que governou anteriormente a cidade das pedras, Itaoca, onde a magia negra grassava em profusão, sendo o local depois conhecido com o nome de Sete Cidades, cujas ruínas permanecem até hoje no estado do Piaui).
Como muitos desses seres celestiais, Kalami, cujo nome esotérico significa “A serpente da Sabedoria da Tríplice Potencia” se tornou uma lenda, um dos muitos deuses dos antigos, como por exemplo Hermes, no Egito, que ninguém mais era que Toth, o venerável espírito oriundo de Óriun, que comandou a migração dos atlantes para o Egito, ou Manco-Capac nos Andes, que era um dos companheiros de Thamataê, quando de sua vinda para o planeta com seu mestre Aramu-Muru; e como eles, muitos outros.
Thamataê, por sua vez esteve por mais de 3.500 anos no império de Paititi, no alto Amazonas e depois em Ibez, na Serra do Roncador, com a missão de instruir o povo e fazer nascer uma nova raça. Ele e Kalami eram dois dos 25 pupilos de Aramu-Muru, espírito venusiano, último Grão Mestre dos Templos da Luz Divina da Lemúria, antes deles serem abandonados para os magos negros, e sidos trazidos para a Atlântida.
Quantos mistérios estavam perdidos ou ocultos na cultura umbandista, em função de sua história milenar e de sua proposta primeira em fazer um maior número de adeptos num menor tempo possível, o que possibilitou o culto se alastrar entre os humildes, pois deles não se exigia maiores estudos ou entendimento, além do trabalho contínuo na caridade e no amor desinteressado.
Havia duas razões principais para a volta da umbanda ao planeta: a substituição dos velhos cultos que não traziam esperança nem consolo e que também não mais atendiam aos reclamos da inteligência dos homens e não traziam nada aos homens simples, já que seus templos se revestiam de pedras preciosas e ouro e também a necessidade de se continuar combatendo a magia negra, que voltava a aparecer com grande força.
É mais que tempo dos homens, agora na Terra, filhos das estrelas que todos somos, voltarem seus olhos para essa história divina de nosso planeta, repleta de sacrifícios dessas entidades maravilhosas, de uma evolução espiritual inimaginável aos nossos escassos cinco sentidos. Voltarem seus olhos e, além de tentarem entender o que realmente se passa nesse mundo invisível, nos meandros dessa magia cósmica na qual estamos todos inseridos, tentarem imitar esses exemplos de bondade infinita, no limiar dessas novas sub raças mais espiritualizadas que surgem sob o solo de nosso magnífico planeta azul, até que esses seres das estrelas possam voltar a nos guiar numa nova civilização.
E se um dia Thamataê veio em nosso auxílio, para lembrar aos homens a antiga Aumbandhã, é agora chegada a hora daqueles que tem compromisso cármico ativo com a magia, os umbandistas, estudarem, mudarem o paradigma da umbanda passiva, compreenderem as verdades ocultas, liberando a verdadeira umbanda da miscigenação com outros cultos e rituais que a ela se enredaram e se tornarem agentes do entendimento universal, pois a nova missão do Caboclo das 7 Encruzilhadas é trazer, num tempo futuro, todas as pessoas para um culto único e amorável, sem rótulos, como deveria ter sido desde o princípio.
E em nome do mesmo amor, esses mistérios começam a ser resgatados através da mediunidade e das mais de vinte obras de Roger Feraudy (várias publicadas, outras já no prelo e algumas em fase de revisão para atualização), decano orientador da Fraternidade do Grande Coração – Aumbandhã, que dedicou meio século de sua existência ao estudo e à pesquisa dos segredos ocultos da umbanda, através da umbanda de desenvolvimento esotérico e da teosofia, com a assistência das mesmas entidades que 7 auxiliaram o desenvolvimento do planeta e que, um dia, anunciaram o resgate do antigo culto atlante em terras brasileiras. Salve Pai Roger de Oxalá! Nós, da Fraternidade do Grande Coração – Aumbandhã o saudamos, agradecidos e em prece pela graça e honra de ter nos aceito como seus pequenos pupilos, nos dando a oportunidade de replantar consigo as sementes perdidas da Umbanda Ancestral, mesmo que apenas carregando humildemente o cesto de onde suas mãos lançam, pródigas, as gotas de sabedoria que um dia vão alimentar muitas pessoas. Salve a nossa Umbanda!

Resumo da cronologia:










Obs. A maioria desses fatos relativos à história da Umbanda e demais informações, estão detalhadamente contadas nos livros de Roger Feraudy:
• A Terra das Araras Vermelhas – uma história na Atlântida
• Baratzil – a terra das estrelas – nosso sangue atlante e extra-terrestre
• O Décimo Planeta – a pré-história esíritual da humanidade”(no prelo – com edição planejada para 2005).


AULA 3

ORIGENS DO HOMEM NA TERRA


Existem muitos esquemas de evolução de vida no universo. A Terra está situada no 6º esquema evolutivo, de um conjunto de 12. Cinco esquemas já passaram. Cada um deles com 7 cadeias de globos/mundos/“planetas”. Cada globo/mundo escoa 7 rondas, com 7 raças-raízes em cada uma delas. Cada raça-raiz escoa 7 sub raças. Atualmente estamos na 4ª. ronda (há 20 milhões de anos estamos nesta ronda), na 5ª sub raça da 5ª raça-raiz.
Desde 1950 estamos vivendo uma série de transformações, em função da 6ª sub raça, pertencente a  5ª raça-raiz que está nascendo. Isto significa que entramos num período de transição evolutiva que durará em torno de 160 anos. Esta 6ª sub raça já começará a encarnar na Terra para desenvolver a questão intuitiva na humanidade, promovendo uma grande revolução no planeta. 
Espíritos retardatários, que não acompanharem este processo, serão conduzidos a outros planetas com outras vibrações (igual a vibração da Terra hoje). Esse processo evolutivo vem desde tempos muito remotos. As primeiras raças surgidas na Terra não tinham corpo físico, mental, emocional. Eram seres etéricos. A terceira raça-raiz surgida na Terra é que começou a vir com corpo físico. Na quarta raça-raiz o foco da evolução era desenvolver o corpo emocional. Na quinta raça-raiz, que é a atual raça presente no planeta hoje, o foco evolutivo é a mente. Isso significa que hoje temos todas as funções desenvolvidas para dominar o físico, emocional e mental. Ou, dito de outra forma, através do campo mental, o homem encarnado na Terra hoje tem condições de controlar seu emocional e seu físico, subindo degraus evolutivos, aos poucos. Cada homem encarnado hoje,precisa aprender a controlar suas emoções, pelo mental, para se elevar e acompanhar o plano evolutivo previsto pra a Terra. As raças futuras, a 6ª e 7ª virão com a função evolutiva de desenvolver o intuitivo e o espiritual na humanidade.
Segundo o plano divino a Terra será habitada ao todo por 7 raças-raízes. Cada raça tem características peculiares, diferentes tipos de corpos, correspondentes a etapa de desenvolvimento do planeta. Cada raça-raiz vem pra Terra em determinado momento cósmico e vem pra cá para conquistar aprendizados exigidos pela Leis Divinas. Cada raça-raiz é subdivida em 7 sub raças.
É importante não confundir raça-raiz com a ideia de raça que conhecemos hoje. Raça-raiz não tem a ver com cor de pele, nacionalidade. Diz respeito a características mais amplas como tipo de corpo que os homens possuem (se formado por matéria mais etérea ou mais física), estágio de desenvolvimento e domínio dos corpos sutis.
A evolução dos seres se dá através dos tipos de matéria e posteriormente continua através dos reinos (quando estamos na matéria física). Então os primeiros seres que surgiram na Terra tinham matéria essência Monádica, depois evoluiram para corpos formados com matéria essência elemental mental concreta, depois matéria essência elemental astral e por fim,  matéria física. Neste estágio passaram a seguir sua evolução através dos diferentes reinos,ou seja, seguiram a evolução através da seguinte ordem: Reino Mineral, Reino Vegetal, Reino Animal, Reino Hominal. Como se pode entender, todos já passamos por todos os estados de matéria em nossa evolução e mais facilmente compreensível é entender que já passamos por todos os reinos de matéria física. Então já fomos uma pedra ou uma planta, por exemplo? A resposta é sim, mas muito provavelmente muitos de nós, fizemos essa evolução em cadeias anteriores, há milhões de anos atrás.
A individualização do indivíduo se fecha na 4a . ronda, o que significa que o ser que atingiu o estágio de cão, por exemplo, (nível evolutivo mais alto no planeta hoje, depois do homem), continuará desta forma nas próximas rondas até a próxima cadeia (não passa mais de um reino evolutivo para outro), quando subirá um nível de evolução. Isto significa que nosso cachorro, por exemplo, poderá vir a ser um ser humano na próxima cadeia. Esta é uma das razões pela qual a umbanda é contra o sacrifício de animais e não pode aceitar esse tipo de atividade em seus rituais. Todo e qualquer culto que faça sacrifícios de qualquer tipo não é umbanda, pois interfere na evolução de outros reinos.
            Quanto ao ser humano, quando atingir a próxima cadeia, existe a possibilidade de que 80% da humanidade tenha se libertado e se tornado mestre ou adepto (ou seja, esteja livre do ciclo de encarnações). E nessa condição poderá optar por continuar sua evolução entre sete condições diferentes:
a. Se reunir aos Devas, que planejam o trabalho dos espíritos da natureza em todos os reinos físicos (como, por exemplo, Maria).
b. Se tornar um Nyrmanacaya, que é aquela entidade já liberta de todo e qualquer carma (poderá eventualmente ter algum resíduo de carma – nesse caso é um Jivamuptica, isto é, um protetor).
c. Se ligar aos Logos, que planejam as cadeias de evolução.
d. Ajudar a preparar as próximas cadeias e atuar em outros esquemas (como aconteceu, por exemplo, com os venusianos em relação à Terra – no livro “Baratzil” Roger Feraudy explica em detalhes essa história).
e. Ser um oficial da Grande Fraternidade Branca, caso seja aceito pelo Senhor do Mundo (hoje o divino Sanat Kumara).
f. Atingir o nirvana.
g. Inimaginável.

As raças da Terra e o nosso momento atual


Raças que já passaram pelo planeta, a raça atual e as que estão por vir:
            Essa raça foi trazida para a Terra, no hemisfério Norte. Nesta época havia mais água que terra no planeta. Essa raça surgiu em uma Aurora Boreal. Esse fato deve ter ocorrido há cerca de 300 milhões de anos atrás. Os pais dessa primeira raça são conhecidos como seres lunares, pois vieram da Lua.
Homens dessa primeira raça tinham corpos etéricos ou astrais (etérico vem de éter, substância bem menos densa que o corpo físico). Eram muito altos, assexuados, desprovidos de inteligência, mente e vontade. Não conheceram a morte, mas dissolveram gradativamente seus corpos, tendo sido absorvidos pelas formas da segunda raça-raiz. Isso aconteceu de forma inconsciente.

2ª. Raça-raíz: Sem Corpo (nascidos de si mesmo ou do ovo).


Essa raça habitou o território onde hoje é a Groelândia, Islândia, parte da Noruega, Suécia e Sibéria.
Eram mais baixos que a primeira raça e menos etéricos. Já possuíam o germe da inteligência e eram hermafroditas. Com o tempo começaram a ser ovíparos, colocar ovos. E depois ovovivíparos (chocavam ovos dentro do próprio corpo).
Essa duas raças eram bem mais espirituais e não tão físicas. Nessa época o planeta Terra vinha se modificando, ficando mais denso e mais físico também. Começaram a surgir montanhas, novos continentes e aconteciam muitos dilúvios.

3ª. Raça-raiz: Lemurianos (hermafroditas)


Tinham corpos mais sólidos, eram mais baixos e compactos (mediam cerca de 2 metros). Primeiramente eram hermafroditas,  mas com o passar do tempo separam os sexos. Foi essa separação que impeliu os homens a buscarem a união através do sexo.
Habitavam um continente que na época  eram formado por 3 blocos de terra. Chamavam esse continente de Mu, que mais tarde ficou conhecido como Lemúria. Hoje, fazem parte da antiga Lemúria, a Ilha de Páscoa, Madagascar e Austrália. Se denomiram Rutas, que significa adoradores do sol.
Vieram para Lemúria seres de outros planetas, que não estavam em níveis de evolução muito altos. Os terráqueos daquela época acolheram esses seres que nasceram aqui para que fossem educados com a pureza e harmonia dos seres terráqueos da época. No entanto, a energia dissonante trazida pelos seres dos outros planetas, não foi transmutada, como desejado e acabou contaminando os terráqueos.
A partir daí, os terráqueos começaram a usar a energia divina com propósitos diferentes dos que eram utilizados até então: surgiu o egoísmo, a necessidade de poder, os sentimentos negativos, o mau uso do pensamento, etc. começando assim, a queda do homem.
Neste período, o homem entrou em um processo de degradação total, desequilibrando a Terra também, pois gerou um série de energias malqualificadas. Gerou-se doença, envelhecimento e morte. Com ela surgiram também a alma, o carma e o processo de reencarnação.
A Terra passou a irradiar muita energia escura que atraiu seres involuídos de outras galáxias. Estes seres manipularam as energias de forma errada, usando a magia negra. Formaram-se assim os Magos Negros.  Estes seres trabalharam contra o Plano divino de evolução, buscando um poder paralelo baseado na negação da luz espiritual e na ilusão da separatividade, gerando egoísmo, conflitos, competição, ambição, corrupção, o mal e a morte.
O objetivo dessas ordens Negras era exercer poder material sobre os homens, manipulando seus egos, distorcendo informações místicas com objetivo de manter a ignorância, estimular atividades de lazer que anestasiassem a consciência, progrando luxuria, abusos mentais, etc, incentivaram principalmente o mau uso do dinheiro/poder e do sexo para escravizar os homens. O sexo passou a ser usado de modo negativo. A busca da união com o divino e a realização com o parceiro visto como Deus, foi esquecida e somente o prazer, a manipulação, o vampirismo e a experimentação desenfreada eram importantes. Surgiram formas de depravação sexual, doenças de todos os tipos. Os Magos Negros conseguiram prender a humanidade através dessas duas forças do dinheiro/poder e do sexo (as mesmas forças que prende os homens ainda hoje ao mundo material e os distancia da iluminação e da consciência crística).
Como consequência, na Terra, o solo do planeta começou a ficar marrom, os vegetais começaram a desenvolver espinhos e substâncias tóxicas, surgiram animais, primeiro no mar, e depois na superfície do planeta (cada vez maiores e mais agressivos). O homem começou a se alimentar de animais, o clima deixou de ser ameno.
Iniciou-se a reprodução através do sexo, surgiram diferentes nações, com dialetos diferentes, ocorreram grandes terremotos, erupções vulcânicas, tudo isso fruto do mal criado pelos homens. Criaram-se escolas de magia negra, o homem tornou-se tão primitivo que  viveu como um macaco. Houve a colisão do planeta com um cometa. Isso há 2 e 4 milhões de anos atrás. Ocorreu a extinção de todas as espécies da época, dinossauros, animais e homens. A Terra passou por uma mudança geológica muito grande. Mestres interviram. Criou-se o Conselho Cármico.  Dada a situação da Terra, o Conselho Cármico pensou em desintegrar o planeta e seu povo, para tentar evitar que as energias densas da Terra contaminassem o resto do sistema solar.
No entato, um Mestre do planeta Vênus, chamado Sanat Kumara, se ofereceu para vir pra Terra e permanecer no planeta até que um terráqueo tivesse capacidade para assumir seu lugar. Este seria uma ato de amor e misericórdia pois se tratava de um Mestre que já havia atingido sua plenitude.
Trinta venusianos se ofereceram então para vir para a Terra, encarnando em corpos humanos. Estes seres nasceram em famílias que viviam no centro da Terra. Muitos seres de Vênus e de outros planetas deste e de outros sistemas solares se ofereceram para encarnar na Terra e auxiliar os homens macacos no seu processo de elevação. A Terra foi salva e os homens com o fogo de Deus vivo em seus corações, representado pela Chama Trina, a qual foi colocada nos corações doso homens por Sanat Kumara,  começaram a progredir. 
Apenas na 5ª sub raça lemuriana chegaram na Lemúria os venusianos (que estão uma cadeia à frente). Existiam nessa época 3 tipos de procriação: os nascidos do ovo, os nascidos do suor e a bissexualidade.
...os antigos lemurianos apenas começavam a esboçar um corpo físico, Não possuíam mente e, portanto, eram dirigidos pelos Devas, não tendo, dessa forma, autoconsciência, ignorando quase que totalmente o mundo exterior... passava de um corpo a outro em completo estado de inconsciência. Era como uma vida de sono povoada de sonhos...
Nas últimas sub raças lemurianas começaram a ter uma mente rudimentar, começando então, lentamente, a guiar seus próprios destinos.
Os venusianos trouxeram à humanidade insipiente o corpo mental . Isso significa que anterior a esses tempos, os homens não tinham consciência de suas próprias individualidades; como o cão de hoje. Que só tem consciência de sua raça. Nasciam, morriam e tornavam a nascer sem consciência do que lhes acontecia.
Dessa grande transformação que foi o advento do mental, vêm lendas ancestrais, como, por exemplo, a de Adão e Eva e a expulsão do paraíso das felicidades eternas e inconscientes.

4ª. Raça raiz: Atlantes.

Esta raça foi a primeira a ser composta por diferentes etnias. A formação desta raça começou há 10 milhões de anos atrás e se estendeu até 10 mil anos a.C. Envolvia inicialmente a região onde hoje fica a Islândia Texas, Golfo do México, estados da América, Brasil e costa da África.
Aquele contato permanente com os mundos supra-físicos foi diminuindo progressivamente, até se perder quase que completamente nos meados da raça Atlante. O homem foi se afundando na matéria.
...Usando esses poderes latentes, indevidamente, em benefício próprio, caíram irremediavelmente na magia negra que, mais tarde, por efeito de carma, destruiu totalmente a quarta raça.
Nessa época surgiram os magos brancos, saídos das Academias Iniciáticas, justamente para combater a magia negra, nascendo então o culto popular, a umbanda. A primitiva Aumpram!
A mediunidade dos homens apareceu nessa época, por efeito já do carma. Os homens haviam começado a usar os seus poderes remanescentes de contato com os mundos invisíveis em proveito próprio e muitos se tornaram magos das sombras.
...perdida a sua faculdade natural de comunicação, tiveram que lançar mão desse recurso – a mediunidade – para reforçar suas práticas de magia.
Os magos negros foram seres egressos da terceira raça raiz, da cadeia lunar (lembramos que assim como a Lua é nosso satélite hoje, vindo de outra cadeia, a Terra será satélite na próxima cadeia). Os magos negros também eram os Morgs.
Por orgulho negaram-se a cumprir a ordem do Logos (Deus), que era povoar a Terra, em função dos corpos horríveis do lemurianos.
Muito depois, quando obrigados a reencarnar na Atlântida, revoltados, pelas duras penas que teriam pela frente, se tornaram magos negros (os senhores da face tenebrosa).



Caixa de texto: 7ª sub raça: Mongólica (japoneses e malaios)
            A primeira sub raça atlantes se miscigenou com os membros da sexta e sétima sub raças lemurianas e eram governados por Mestres Divinos. A segunda sub raça atlantes era governada por reis criados pelo povo e espalhou-se por todo o continente. Há quem diga que os índios da América do Sul são desta raça.
A terceira sub raça atlante foi a que mais se destacou, governando a Atlântida por milhares de anos. Durante este período um grupo de Servidores veio de Sirius, Órion e outras constelações para auxiliar a Terra, pois magos negros começavam a dominação e o povo Tolteca (3ª sub raça atlante) sucumbia. Ao  longo desta civilização, a Atlântida desenvolvia-se e decaía. O que aconteceu inúmeras vezes. Começaram as grandes migrações da Atlântida. Iniciou-se também a magia negra em Atlântida.
Foram enviados 25 discípulos de Vênus, entre eles Thamataê, futuro Caboclo das 7 encruzilhadas e kalami, seu irmão gêmeo, que, no futuro, comandaria o trabalho dos Agentes Mágicos ou Exus. Vieram com a missão de fundar os primeiros Templos de Luz na parte que restou do continuente Lemuriano (hoje África).
            Após, para colonizar e iniciar o processo de resgate chegaram outras levas de migrações espirituais, vindas de Capelinos, Pleiades, Órion, Sirius. Chegam na grande Atlântida que ocupava quase todo o Oceano Atlântico, África e América do Sul, que eram unidas. Ergs também reencarnam no planeta.
            Surge o movimento da AUMPRAM, ritual fechado nos templos da luz de Atlântida, nas academias iniciáticas. Surgem os MAGROS BRANCOS, saídos desses templos iniciáticos, para combater a magia negra, usando também a mediunidade dos homens. Três tipos de entidades se manifestavam na Aumpram: ENCANTADOS(não reencarnantes na Terra), NYRMANAKAYAS (livvertos ou quase libertos do carma) e os INICIADOS (sem resíduos de carma). Se aprensentavam como INSTRUTORES, ANCIÃOS E PUROS. É traçado o 1º TRIâNGULO FLUÍDICO MAGNÉTICO, DA FORMA DE MANIFESTAÇÃO DA UMBANDA SOBRE O CÉU DE ATLÂNTIDA. SE INICIA A AUMBANDHÃ. ATRAVÉS DOS TEMPLOS DA LUZ DE ATLÂNTIDA.
            Vários cataclismas acontecem. Afunda parte da Atlântida. A 3ª sub raça atlante migra para o lesta da América do sul, onde fundam grandes civilizações. Migram também para o Mediterrâneo onde fundam a Caldéia.
            Desaparece a cidade OPHIR, DO GRANDE IMPÉRICO PAITITI, NO NORTE DA AMÉRICA DO SUL. E surge a cidade de IBEZ, centro de grande civilização situado onde hoje fica a cidade de Brra do Garço, em Mato Grosso. Thamataê, permaneceu 3.500 anos entre essas duas cidades, Ophir e Ibez.  Uma outra cidade importante chamada ITAOCA, criada por Kalami, situada onde hoje é o estado do Piaui, cai pelas mãos da magia negra. O trajeto das civilizações naquela época, bem como essas cidades relatadas estão na ordem direta das manifestações das entidades que hoje cuidam da umbanda e do planeta.
             

5ª. Raça-raiz: Ariana (a nossa)


A quinta raça-raiz surgiu na Terra há cerca de 60 mil anos a.C. É conhecida como a raça ariana.  Esta raça sabia ler e escrever.
A função evolutiva dessa raça é acumular aprendizados, aprendendo a ter o máximo de comando das energias: físicas, emocional, mental (e é através desta última, da energia mental, que poderemos nos elevar, saindo dos padrões emocionais e físicos densos.

6a. Raça-raiz: ainda por vir - a próxima (seres com arquétipos / corpo causal azuis).
            A 6ª raça-raiz começará a entrar na Terra para desenvolver a questão intuitiva, para promover grande revolução na Terra. Irá habitar inicialmente o continente norte-americano.  Os processos de transição planetária e de transformação que já estamos passando agora, vão finalizar com a 6ª raça-raiz. Os seres retardatários, que não acompanharem este processo evolutiva serão realocados em outros planetas. Este processo já começou.
            Esta raça está sendo criada sob a regência dos Deuses Meru.

7a. Raça-raiz: ainda por vir - a última raça (seres com arquétipos dourados).
Na 7º sub raça (sempre a mais curta) haverá procriação pela mente consciente (kriashakti).O SNC (sistema nervoso central) se unirá ao SNS (sistema nervoso simpático).
Esta raça não nascerá enquanto todo processo de transição não estiver concluído. Muitos territórios tem carmas criados pelas raças encarnantes neles. No caso do Brasil, por exemplo, a escravidão e a ditadura deixaram profundas marcas cármicas. 
A frequência energética do planeta terá que ser totalmente outra para possibilitar a vinda dos seres desta raça. O berço inicial desta raça será a América do Sul, muitos em solo brasileiro. Também poderá surgir um novo território. Especula-se que esta 7ª raça recriará o paraíso. Trarão o que se chama de Idade de Ouro para o planeta, um período de perfeição, em que o homem terá novamente a sua consciência sintonizada com a Consciência Divina e sustentará harmonia, amor, união e paz sobre a Terra. O planeta caminhará então para a unificação: social, política, religiosa, econômica, de consciências e de corações, e, assim, a NOVA ERA será definitivamente instaurada.

Sugestões de leitura para aprofundar esses conhecimentos:
1.             O homem, sua origem, história e destino de Werner Schroeder
2.             Terra das Araras Vemelhas – R. Feraudy – Ed. Conhecimento
3.             Os Iroqueses – Marilea de Castro – no prelo – Ed. Conhecimento
4.             Terra dos Ay-Mhorés – a saga dos últimos atlantes nas Terras do Sul - M.Teodora Guimarães – no prelo

A razão de colocarmos esse assunto neste curso de umbanda é motivar os umbandistas a pensarem em sua individualidade, enquanto espírito imortal, deixando de ser tão egoistas e imediatistas. Se considerarmos, por exemplo, que costumamos pensar na humanidade vinda apenas dos tempos do advento do cristianismo, há dois mil anos, ou quando muito dos tempos finais da antiga civilização egípcia, há quatro ou cinco mil anos, já teríamos motivos de sobra de nos tornarmos pessoas melhores, mais brandos e resignados. Não teria sido por falta de oportunidades reencarnatórias que não melhoraríamos enquanto pessoas, fator fundamental para nós umbandistas, nos tornarmos merecedores de ter contato com as entidades superiores do astral.
Quando pensamos então em milhões de anos, a nossa obrigação aumenta muito, pois continuamos a fazer questão de tudo, de forma ranzinza, a querer fazer nossas opiniões prevalecerem, como se tivéssemos nascido ontem. Nos irritamos quando contrariados, fazendo nossa faixa vibratória cair de ondas curtas (onde normalmente deveríamos vibrar o tempo todo), para ondas médias, onde vibram nossos desafetos do passado, que, naturalmente, estão sempre dispostos a nos prejudicar (quer dando intuições negativas, quer manipulando nosso ectoplasma).
Temos que voltar a perceber que começa a ser, no mínimo, ridícula, nossa tendência a querer que tudo seja do nosso jeito, além de querermos sempre dar a última palavra em tudo ou nos acharmos os donos das verdades. Queremos não só tudo do nosso jeito, mas também tudo para ontem, como se o mundo fosse acabar amanhã e não fossemos seres universais ligados a enormes correntes de evolução.
Precisamos nos perceber também como responsáveis pelo nossa própria evolução. E, assim, a partir da transformação interna, entender que vamos contribuir para a evolução de toda a humanidade e também do próprio planeta Terra. Dessa forma estaremos conectados como o plano evolutiva da Terra. Se somos responsáveis, então, precisamos questionar quando ficamos esperando que as entidades modifiquem nosso carma.
 Carma não é algo para ser modificado pelos outros (o que inclui as entidades espirituais). Carma é aquela oportunidade que estamos tendo de resgatar nosso passado através do aprendizado, que muitas vezes vem com o aborrecimento e com a dor (o que significa, literalmente, a eliminação dos nossos defeitos). E muitas vezes nossas dores não são nem mesmo fruto de nosso carma e sim de nossa teimosia, em não querer aceitar muitas coisas como são. Temos pouca capacidade de ver a vida com brandura e resignação.
No entanto, se alguma entidade amiga se dispor a afastar de nós nossos problemas ou nossos desafetos, presentes ou passados, sem que estejamos num processo real de modificação interior (o que os kardecistas chamam, sabiamente, de reforma íntima), estará fazendo magia. Portanto, desconfie da luz dessa entidade. O problema é que gostamos de acreditar que aquilo que nos faz bem é o correto. O mesmo se dá com médiuns desavisados que acham que podem fazer isso pelas pessoas.
É preciso que os consulentes e os médiuns sejam evangelizados, estudem, pois via de regra, o que acontece nas casas umbandistas, é o retorno eterno daquele consulente que nada consegue, ou o oposto, aparece a vaidade no médium que acha que pode tudo com sua magia autoritária, quando na verdade só está modificando os acontecimentos temporariamente, pois os desígnios divinos para cada indivíduo se restabelecem, naturalmente, mais cedo ou mais tarde. Ninguém deixará de passar o que precisa se não aprender.
Além do mais, através dessa magia, que é negra, esteja ela baseada em boas intenções ou não, o médium estará ganhando um carma para si, pois estará interferindo no livre arbítrio do outro.
O médium precisa estudar para, então, irradiado por entidades sábias, captar melhor o que lhe é passado; precisa saber discernir entre uma mensagem que vem da luz e outra que vem das sombras ou apenas de um dos muitos espíritos transeuntes que dão comunicação na umbanda sem estarem ligados a nenhuma linha dos orixás, bem intencionado, mas desinformado, assumir o papel de professor de seu consulente.
Nas lides umbandistas se acostumaram as pessoas a listas de pedidos descabidos, tanto os que os fazem, quanto os que se dispõem a resolvê-los.
Fiquemos pois mais atentos. Vamos nós, umbandistas, parar de brincarmos de Deus e tentarmos compreender melhor os caminhos para chegar a ele, levando conosco os que nos procuram, com mais humildade.
Além de nos percebermos apenas como um grão de areia nessa imensidão evolutiva do planeta, precisamos perceber que o futuro também está em nossas mãos. Este é um momento de grande preparação para cada pessoa. O joio e o trigo já começaram a ser separados. Em todas as dimensões do planeta.
Será resgatado e seguirá o plano evolutivo da Terra aquele que se entregar ao seu Cristo Interno e a Vontade de Deus. O homem que trilhar o caminho da luz e se esforçar para vencer a natureza humana mundana, internamente, vencendo sua própria personalidade, seu próprio ego, seus apegos a natureza inferior é forte candidato ao resgate.
Esse resgate será de dentro para fora, ATRAVÉS DOS PENSAMENTOS, PALAVRAS, SENTIMENTOS E ATITUDES DE LUZ E AMOR. NÃO IMPORTARÁ O LUGAR ONDE A PESSOA ESTIVER, NEM SUAS CONDIÇÕES EXTERNAS. A ÚNICA GARANTIA DE LIBERTAÇÃO E EVOLUÇÃO É MANIFESTAR A ENERGIA CRÍSTICA NO CORAÇÃO.
A tarefa evolutiva é INDIVIDUAL. Precisa ser realizada por cada um, com vontade, dedicação, desenvolvendo o desapego das posses materiais e dos laços emocionais negativos.

Este capítulo foi escrito com base no material da aumpram.org.br e também dos ensinamentos dos Mestres da Fraternidade Branca, através dos estudos divulgados por Luis Carlos Silveira Dias Jr., no livro Eu sou eternamente livre.




[1] A história desse planeta, de nome Morg, que ocupava o mesmo espaço, de um outro planeta chamado Erg, numa outra dimensão, está intimamente ligada ao nosso planeta. Da mesma forma que espíritos venusianos trouxeram às primeiras raças terráqueas o mental, os ergs levaram aos venusianos o desenvolvimento de suas raças. Os morgs tinham seu planeta em vias de desaparecimento e tentaram então se apossar do mental dos ergs para promover uma invasão. Desta luta resultou a fuga dos ergs para o planeta Vênus e uma explosão nuclear que destruiu ambos os planetas: Erg e Morg. Com o passar do tempo os morgs se viram exilados no astral da Terra e começaram mais tarde a reencarnar na Atlântida, com muitos se transformando em magos negros. Essa história está contada em detalhes no livro “O 10° Planeta” – de Roger Feraudy, no prelo pela Ed. do Conhecimento.
Os fatos relativos a esses planetas, ocorridos a milhões de anos passados, foram trazidos a Roger Feraudy, orientador da FGC (Fraternidade do Grande Coração), pelo então imperador de Erg, venerável espírito luminoso de nome Hylion, habitante hoje de planeta no centro da galáxia, Colope. Do planeta Erg resta hoje um cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, bastante conhecidos dos astrônomos, que com o tempo se reunirá para formar o planeta para onde esta civilização terráquea se transferirá na próxima cadeia, como seu único planeta de características físicas, como a Terra
[2] Triangulo fluídico é o triangulo vibratório da forma, aquele que representa a síntese do movimento da umbanda: cada um de seus lados representa uma das formas de manifestação das entidades, isto é, os hoje caboclos, pretos velhos e crianças.
[3] A história de Ibez, Itaoca e Paititi está contada no livro “Baratzil” - de Roger Feraudy

[4] Essa profecia está relatada no livro o “10° Planeta – a pré-história espiritual da humanidade” – de Roger Feraudy – no prelo


AULA 4

A HIERARQUIA CÓSMICA

Nesta aula procuraremos mostrar, de forma resumida, a hierarquia cósmica em nosso planeta dos seres que colaboram na umbanda ancestral.  




Vale ressaltar que existem vários outros Mestres conhecidos em cada Raio, porém destacamos aqui aqueles que ocupam o cargo de Cohan/Dirigente atual.

CARGOS HIERÁRQUICOS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA

(Explicação do gráfico da página 25)

Chefe da Hierarquia Divina é O SENHOR DO MUNDO. Seu trabalho consiste em chefiar a hierarquia espiritual como a mais alta autoridade em todos os assuntos de natureza transcendente, recebe as energias irradiadas pelo Cérebro de Deus e as transmite generosamente para os instrutores do mundo e os senhores do karma. Até 1956, por milhões de anos, este cargo foi ocupado por: SANAT KUMARA, (Mestre vindo do planeta Vênus, mencionado nas aulas anteriores). Então, em 31 de dezembro de 1956, vários outros da hierarquia celeste subiram de posto, o atual SENHOR DO MUNDO é o Príncipe GAUTAMA, que foi o BUDA por centenas de anos.
BUDA DA EVOLUÇÃO: Responsável pela manutenção da chama divina em cada coração humano, cargo ocupado, hoje por SENHOR MAITREYA, que foi o instrutor do mundo, ou cristo cósmico até 1956, assumiu o lugar do Príncipe Gautama, sendo então atualmente o Buda. Seu trabalho consiste em irradiar e manter o amor divino na alma humana, enquanto ela estiver encarnada, período em que precisa de desenvolvimento e amadurecimento. O BUDA transmite ao planeta Terra as vibrações e fundamentos essenciais do reino de Deus às almas humanas, para que estas não se sintam desamparadas e sem apoio das forças celestes. O senhor MAITREYA, foi instrutor dos mestres Kuthumi e Jesus, antes destes assumirem o cargo.
INSTRUTOR DO MUNDO ou CRISTO CÓSMICO, atualmente ( desde 1956) são: o Mestre KUTHUMI ,Mestre JESUS e Mestre LANTO. O trabalho de Instrutor do mundo consiste em erguer os seres da Terra aos raios do Buda através do desenvolvimento de suas consciências. Esta elevação impulsionará a evolução planetária. O instrutor do mundo é quem arquiteta e orienta as religiões e o uso da energia divina por um período de aproximadamente 14 mil anos.
MAHA CHOHAN (GRANDE DIRETOR), cargo ocupado por Paulo Veneziano, representa o Espírito Santo para o planeta Terra.
MANÚ são os seres responsáveis pela evolução da raça na Terra, orientam a encarnação das raças-raízes, são eles: Vaisvata, Meru,  Senhor Sainthru e Senhora Mercedes.
Depois,  na hierarquia cósmica, temos na ordem sucessiva:
·         CHOHANS (DIRETORES) DOS SETE RAIOS - com as atividades que citamos na tabela, anteriormente, e, então,  servindo a eles, em seus respectivos Raios temos:
§  GRANDES ARCANJOS (em número de 7)
§  GRANDES ELOHIM (em número de 7) -  todos formam os autênticos arquitetos da Terra
Obs.: estes cargos não são definitivos, podendo haver alterações.

 

Compreendendo melhor a Fraternidade Branca

A Fraternidade Branca é um Conselho de Mestres, que representa o Divino, este Conselho foi divulgado ao mundo físico por volta de 1875, através do Movimento Teosófico por intermédio de Elena Petrova Blasvastsky.
Os Mestres da Fraternidade Branca, são chamados também de Mestres Ascensos, são entidades incorpóreas, ou seja, formas de energia do mundo espiritual; que juntamente com anjos, os arcanjos, os lideres espirituais e outros, pertencem em parte ao mundo invisível, que sustenta nossa vida.
Muitos dos mestres ascensos percorreram como nós, o caminho evolutivo na Terra, (alguns são extraplánetarios) e tendo superado a dualidade durante sua vida terrena alcançaram a unidade, no fim de suas vidas foram mestres iluminados alguns deles conhecidos até hoje: ex. Lao Tsé, Kwan Yin e Cristo.
Por terem percorrido o caminho terreno os mestres conhecem muito bem o tipo de dificuldade com que lidamos, conhecem nossos medos, as dúvidas a as decepções que continuam a nos afligir.
Do grupo de mestres ascensos, nem todos encarnaram, mas escolheram como missão ajudar os seres humanos no seu processo de evolução.
O objetivo dos mestres não é apenas que possamos mostrar nosso verdadeiro ser, mas também que possamos, no “dia - a dia”, “vencer o cotidiano”, ou seja, manter a quietude, o equilíbrio e a unidade, num mundo material, agitado, perseguido pelo mal, pelo barulho, entre as tensões e a luta por sobrevivência.
O objetivo é permanecer equilibrado, também nessas situações, agindo igualmente de forma calma, descontraída e clara, trata-se de aproveitar todo o nosso potencial, desenvolver nossa intuição, seguir a sabedoria interior, aceitar nosso lado sombrio e integrar tudo isso, esta é a lição que os mestres querem nos ensinar.
Em maio de 1954 começou a Era da Liberdade, que se estenderá por 2000 anos, sob a supervisão do Bem Amado Mestre Saint Germain, os 2000 anos passados estiveram sob o comando do Bem Amado Mestre Jesus, que passou a humanidade o conhecimento espiritual apoiado no amor divino.
A grande promessa de Saint Germain é trazer a liberdade para todas as criaturas humanas, inumanas, elementais e anjos prisioneiros, promessa que esta promovendo uma extraordinária mudança na maneira de pensar e sentir e na vida planetária em geral trabalhando com ele, existem Legiões de Luz unidas em torno da mesma causa e operando com o máximo de amor e dedicação.
Os Mestres Ancensionados e as legiões angélicas atuam também como amorosos intermediários entre o Divino e os Homens, pois apesar de termos acesso direto com o pai, nossas orações não conseguem se elevar as esferas superiores, quando oramos a Deus, nossos apelos, são ouvidos e respondidos pelos mestres e pelos anjos, que são todos mensageiros. Reforçam a energia contida na prece dos homens com suas próprias energias para que as orações possam voltar em forma de ajuda àqueles que oram. Entretanto, os mestres só podem interceder pela humanidade se houver um pedido explícito e que tenha a consciência clara de que devemos trabalhar pela nossa liberdade e seremos merecedores dos benefícios que os mestres e anjos nos concedem.
A cada ser humano é concedido o livre arbítrio, faculdade que, além de pessoal e intransferível, intocável e incapaz de sofrer qualquer modificação a não ser pela disposição espontânea e voluntária do próprio detentor, ou seja, o ser humano através do livre arbítrio, decide como quer viver, ser e estar, felicidade, saúde, bem–estar a realização pessoal não são empreendimento que dependam de mais alguém que não o homem e sua vontade, o homem e seu livre arbítrio ou livre escolha, portanto não podemos e não devemos responsabilizar ninguém, alem de nos mesmos, por todas as nossas realizações ,sejam elas positivas ou negativas.
Compreendendo a LEI de CAUSA e EFEITO, agiremos melhor e mais acertadamente, usaremos melhor nosso livre arbítrio e usando a ferramenta do amor divino, rumaremos à perfeição, onde existe a liberdade e salvação dos erros cometidos no passado.
Cada um de nós possui dentro de si uma personalidade salvadora que manejada pelo livre arbítrio resgata o homem de suas dores e sofrimentos, habilitando sua elevação acima das barreiras criadas pelo próprio homem por decisão de sua livre vontade. Toda via, apesar de ter o homem, de executar seu próprio resgate, apesar de ser o dono e responsável direto por sua salvação (uma vez que ninguém salva a ninguém, mas cada um pode salvar a si mesmo), podemos ser grandemente auxiliados pelos mestres, anjos e seres da luz.
Muitos mestres têm encarnado nas diversas eras do mundo como mensageiros ou enviados de Deus, trabalhando para que cada ser atinja e realize seu plano divino, assim: Moisés ainda reverenciado pelos judeus, o profeta Maomé, mestres dos maometanos, Sidarta Gautama, o Buda e Jesus, o Cristo são alguns destes mensageiros, que caminharam neste planeta e ainda hoje continuam suas missões de amor e misericórdia pela humanidade.
Quando apelamos a Deus, sempre somos ouvidos, não há prece sem resposta, desde que o pedido seja procedente.
Juntamente com os Mestres Ascencionados, trabalham pelo bem da Terra e para o despertar espiritual do homem, e fazem parteda da Grande Fraternidade Branca, arcanjos e elohim. Os arcanjos evoluíram na linhagem angélica e os elohim evoluíram dos devas. Os arcanjos são seres de luz conhecidos como mensageiros de Deus. Circulam pela Terra e pelo universo, irradiando as Virtudes Divinas (como o Amor, a Cura, a Luz, a Misericórida, a Fé, etc). Seus corpos são formados das próprias energias que eles irradiam. Os arcanjos são os Anjos que atingiram um desenvolvimento bem maior e são parecidos com os Metres, em relação ao nível de perfeição. Elohim são seres de luz responsáveis pela construção das formas que existem em todo o universo, como as galáxias, as estrelas, os planetas, por exemplo. São eles que recebem as ideias que Deus tem, por assim dizer, e trabalham para que elas sejam criadas. Eles também construíram a Terra e nela existem várias elementais que estão evoluindo e que também constroem formas como as montanhas, bosques, mares, etc. Estes se chamam Devas e vão evoluir até um dia tornarem-se Elohim.
Cada Mestre, Arcanjo e Elohim tem aptidões específicas e expressam determinadas virtudes divinas, potencializando-as e distribuindo-as sobre a Terra e a humanidade. Atuam no mundo dos pensamentos e estão a serviço das diferentes Chamas.
Cada mestre trabalha associado a uma “potência” espiritual, ligado a uma determinada “Chama”, também conhecida como “Raio”, este “Raio” ou “Chama”, se manifesta na matéria com uma cor e força específica. Os Mestres e Seres de Luz estão organizados ao todo  em 7 Raios. 
Os Raios são energias que fluem de Deus para todo o universo. Estas energias se manifestam sob a forma de qualidades como a Fé, o Amor, a Criatividade, entre outras. Todos os homens recebem e precisam desenvolver essas virtudes e, assim, se aproximarem novamente de Deus.
Todos os Raios estão associados a cores para que os homens possam imaginá-los e também para usar essas cores ao seu redor.
Os três primeiros Raios formam a Chama Trina. No coração de todos os homens essas três energias divinas estão pulsando como sementinhas que estão ali para crescer e se expandir. Essa Chama representa a vontade de Deus, (chama azul), o Amor-sabedoria e a Luz Divina (chama dourada) e a Inteligência Criativa Divina (chama rosa) que precisam ser estimuladas e dsenvolvidas. Cada vez que você sente e expande essas qualidades, está fazendo sua Chama Trina aumentar e quanto mais ela aumenta, mais você se transforma nessas qualidades. Ela também é conhecida como os três Raios Divinos que Deus colocou em cada homem. A manifestação plena da Chama Trina é a essência divina em nós, ou seja, o Cristo Interno.
No Raios de Luz trabalhamos com a frequência dos Mestres da Fraternidade Branca. Entendemos que não há uma correlação direta entre Mestres ascensos e Orixás da Umbanda. Sendo assim, os mestres não “equivalem” a nenhum Orixá. São frequências paralelas, diferentes, todas voltadas para o bem do planeta e da humanidade.
No sincretismo já estudado no Curso Básico de Umbanda, vimos que relacionam Jesus à Oxalá. Porém, entendemos que não são a mesma coisa. O Orixá Oxalá é um e, Jesus Cristo, outro. Tal sincretismo foi realizado pela similaridade do atributo de fé, relacionados a ambos, entretanto, não são a mesma coisa.
A Divindade Suprema mostrada na imagem da página 26 (LOGOS CÓSMICO) equivale a OLURUM. OS LOGOS SOLARES  equivalem às SETE VIBRAÇÕES ORIGINAIS que auxiliaram a criação do mundo. Os  LOGOS PLANETÁRIOS equivalem aos SETE ORIXÁS MAIORES DA UMBANDA. as subdivisões sequentes da hierarquia da umbanda segue uma organzição paralela, conforme já estudamos no Curso Básico.


Este capítulo foi escrito com base no material da aumpram.org.br e também dos ensinamentos dos Mestres da Fraternidade Branca, através dos estudos divulgados por Luis Carlos Silveira Dias Jr., no livro Eu sou eternamente livre; e do Manual do Raios de Luz.








AULA 5

MEDIUNIDADE - PROCESSO ANÍMICO


CONTEÚDOS DA AULA: recaptular conceito de mediunidade; processo anímico

 MEDIUNIDADE


Definição: Médium é o intermediário entre os mundos (ponte entre os planos dos encarnados e desencarnados).

Tela búdica: Tela búdica é uma capa de átomos sub atômicos (mais sutis que os atômicos, pois não estão no corpo físico) entre o duplo etérico e o corpo astral que serve como uma proteção, impedindo a livre comunicação consciente entre o plano físico e o astral. Isto é, impede a comunicação direta com o plano espiritual. Essa tela pode se romper em situações extremas (ira, intoxicação alcoólica, uso de drogas, chás alucinógenos, etc).

Na época da 4a . raça-raiz, na Atlântida, todos os homens tinham suas telas búdicas muito abertas e permeáveis, o que significa, em palavras simples, que se comunicavam com o plano espiritual de forma permanente. E muitos fizeram mal uso disso, desviando-se para a magia negra e ganhando um carma.
Com o advento da magia negra, os magos brancos começaram a usar as mediunidades dos homens para combatê-la, surgindo as primeiras incorporações. Portanto, médium é todo aquele que possui rombos na tela búdica por efeito de carma acumulado em vidas passadas.
Todo médium de umbanda exerceu a magia no passado. DESTA FORMA,  COMO JÁ EXPLICAMOS NA APOSTILA DO CURSO BÁSICO DE UMBANDA, MEDIUNIDADE NÃO É UM DOM E SIM UMA PROVAÇÃO CÁRMICA!
Quanto mais exuberante é a mediunidade de alguém, mais carma ele carrega do passado (e mais rombos tem na tela búdica). Portanto as referências que fazemos do tipo: Ele é um grande médium! - são, no mínimo, uma bobagem, pois não existem grandes médiuns e sim grandes devedores. O que existem são incansáveis trabalhadores na seara divina, que compreendem serem meros intermediários com o plano astral em prol da caridade desinteressada, desenvolvendo seu trabalho de forma silenciosa, humilde e operosa, iniciando assim o resgate dos débitos do passado.

Para saber mais sobre os tipos de mediunidade, ver apostila do Curso Básico de Umbanda, disponível em: http://raiosdeluz-aruanda.blogspot.com.br/p/curso-de-introducao-umbanda.html

 

 PROCESSO ANÍMICO

            O fenômeno anímico diz respeito a intervenção da própria personalidade do médim nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele usa nelas algo de si mesmo. Assim, pela persfectiva do espiritismo, afirma-se que determinada comunicação mediúnica foi “puro animismo” quando a alma do médium interveio com exclusividade, tendo ele manifestado apenas os seus próprios conhecimentos e conceitos pessoais, embora depois os rotulasse com o nome de algum espírito desencarnado.
Às vezes, essa interferência anímica inconsciente é tão sutil que o médium é incapaz de perceber quando o seu pensamento intervém ou quando é o espírito comunicante que transmite suas ideias pelo contato perispiritual.
Do ponto de vista do espírito Ramatis[1], a comunicação gerada de forma anímica pelo médium não precisa ser desprezada. Na compreensão desse espírito, a comunicação anímica expressa a interpretação pessoal do médium, mas conserva a ideia central e autêntica daquilo que os espíritos desencarnados lhes incutiram na alma.
            No entanto, se o médium interpreta a mensagem do desencarnado e a transmite com má intenção, alterando o conteúdo da mensangem, com o intuito de enganar os que o ouvem, não se trata de animismo e sim de mistificação. E, nesse caso, torna-se algo negativo.
            Quando, um médium transmite animicamente fatos morbidos de sua infância, cenas trágicas vividas em outras vidas, ou mesmo aspectos do seu temperamento psicológico, suas aflições, alegrias, derrotas, cenas dolorosas, fatos trágicos ou detestáveis, então, trata-se de um médium desajustado, doente, que necessita de amparo e orientação espiritual.
Médiuns que são muito sugestionáveis na vida profana, a ponto de estigmatizar com facilidade sua mente indisciplinada correm o risco de se tornarem vulneráveis a espíritos levianos ou maquiavélicos que tudo fazem para ridicularizar o trabalho mediúnico. Tornam-se também, reféns de sua própria imaginação exagerada e passam a trabalhar desgovernada e desiquilibradamente.
Há ainda, aqueles que tentam o transe mediúnico sem possuir a sensibilidade exigida para o mesmo. Nestes casos, a pessoa irá comunicar apenas o que emerge do seu próprio subconsciente.
            Segundo Ramatis, nem todos os médiuns abusam do animismo com intenções condenáveis ou para fins vaidosos. Assim, não aconselha a desistência do desenvolvimento mediúnico só porque a interferência do médium perturba a transparência cristalina das comunicações dos espíritos desencarnados.
            Ramatis explica que as entidades dependem da vontade e da diretrizes intelectuais e emotivas do seu médium intérprete encarnado. Ou seja o médium utiliza suas próprias palavras e sua bagagem mental para transmitir a mensagem do espírito desencarnado. Os médiuns são considerados então intérpretes do pensamento alheio e por isso influem com seu temperamento, engenho e cultura nas mensagens que traduzem. Mas só o médium com propósitos condenáveis é que poderia ter remorso de sua interferência anímica, pois nesse caso estaria burlando a mensagem do desencarnado. Não é passível de censura aquele que impregna as mensagens dos espíritos com forte dose de sua personalidade, mas o faz sem poder dominar o fenômeno ou mesmo distingui-lo da realidade mediúnica. É tão sutil a linha divisória entre o mundo espiritual e a matéria, que a maioria dos médiuns conscientes dificilmente logra perceber quando predomina o pensamento do desencarnado ou quando se trata  de sua própria interferência anímica. Só depois de alguns anos de trabalho assíduo na seara mediúnica, estudos profícuos, afinada sensibilidade mediúnica, muita capacidade de auto-crítica e introspecção é que o médium logra dominar e distinguir com êxito o fenômeno anímico.
            Ramatis não aconselha que se procure eliminar deliberadamente o fenômeno anímico na comunicação com as entidades, uma vez que isso tornaria ainda mais difícil o desenvolvimento mediúnico e as comunicações doutrinárias aos próprios médiuns, pois, os guias não desejam que os médiuns sejam autômatos mediúnicos, ou seja, cavalos de orixá, como se diz na umbanda, espécie de robôs acionáveis à distância, comandados pelos desencarnados. A mediunidade é um meio de os encarnados e desencarnados atingirem objetivos mais elevados, por isso, o médium não pode dispensar o estudo, a educação, o afinamento e aprimoramento moral, a cultura do seu próprio intérprete e também seu despertamento espiritual.
            Para os guias, importa mais o progresso intelectual, o desenvolvimento evangélico do seu médium, do que um resultado brilhante de sua manifestação mediúnica. Muitas vezes o guia espera para fazer revelações do Além, para que o seu médium, que em geral fica ansioso por se destacar pessoalmente, procure em primeiro lugar desenvolver sua modéstia como alguém evangelizado. O médium deverá acima de tudo aprender primeiro a caminhar por seus próprios pés, em relação ao entendimento e a compreensão da vida imortal e procurar ser útil ao próximo.
            Segundo Ramatis, os guias preferem médiuns disponíveis ao serviço cristão incondicional, aliado ao estudo sincero da espiritualidade. Se satisfazem com a

“revelação da ternura, a prática da benevolência e da tolerância, a cultura da honestidade e a manifestação da humildade, pois, malgrado sejam mesmo anímicos para as mensagens dos desencarnados, serão os mais louváveis intérpretes”. (MAES, psicografando Ramatis, 2006, p.164)

            Para Ramatis, de nada adianta um médium inconsciente, por exemplo, que transmite as mensagens dos desencarnados com fidelidade, porém, que em sua vida diária se volte para a prática de vícios degradantes, que não estuda, não se aprimora moralmente, ficando estagnado em sua evolução espiritual.
            Um guia se sentirá melhor afinado com seu médium se o médium tiver recursos mentais que facilitem a sua comunicação. Quando o médium e o espírito comunicante estão afinados pelos mesmos laços intelectuais, morais, ou mesmo quando compartilham da mesma profissão (por exemplo, um desencarnado médico incorporado em um médium que também seja médico), as comunicações mediúnicas se tornam mais claras.
            Quando o médium tem todo um repertório intelectual, moral e até profissional, parecido com o da entidade que ele está comunicando, facilita a interpretação das mensagens pois o médium poderá ter mais facilidade inclusive em fiscalizar o conteúdo comunicado, evitando qualquer aberração ou equívoco.
            Os guias não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo nas comunicações espíritas, porque sua intenção é orientar os médiuns aos poucos, para irem adquirindo preceitos espirituais, morais e intelectuais a tal ponto que aperfeiçoem as comunicações anímicas. Os guias se utilizam dos médiuns conforme a necessidade de aproveitamento doutrinário aos encarnados. Ou seja,  alguns médiuns são mais eficientes para as identificações seguras de desencarnados. Alguns são melhores para fazer esclarecimentos doutrinatários e outros tem mais habilidades para transmitir com êxito as revelações importantes do Além.
            Como os médiuns são intuitivos, dificilmente se libertarão totalmente do animismo, que apenas varia mais ou menos de intensidade em um ou em outro médium. Quando uma entidade precisa fornecer algum tipo de prova da existência espiritual a certos incrédulos encarnados, por exemplo, utilizarão um médium apropriado para isso, possivelmente um médium de incorporação, através do qual os desencarnados possam escrever exatamente como o faziam em vida, fornecendo detalhes convincentes. Podem se utilizar de um médium de fenômenos físicos, que proporciona a voz direta do espírito comunicante ou materializações para sensibilizar os vivos desconfiados.
            Para revelações importantes que comprovem aos encarnados a existência de um plano espiritual, os espíritos utilizam também médiuns que tem o dom natural de serem proféticos em sua vida particular. Para fazer o consulente refletir sobre suas convicções pessoais, os guias podem valer-se de um médium bem eloquente, que se expressa com desenvoltura e conhecimentos espíritas contundentes capazes de sensibilizar a pessoa com bons argumentos.
            Muitas vezes, durante uma transmissão mediúnica, as ideias, os pensamentos, os conhecimentos e a indole do médium coincidem com o assunto que o espírito inspira ele a falar. Assim, o médium transmite a mensagem com segurança e facilidade pois expõe um conteúdo que lhe é familiar. Porém, se houverem desajustes muito grandes entre o médium e o espírito comunicante, podem haver desajustes de conhecimentos, formando-se hiatos na mensagem mediúnica.    Assim, as vezes, se o médium percebe um vazio no meio da comunicação, talvez, o espírito esteja alertando-o para a necessidade de estudar e se desenvolver mais como pessoa. Por este motivo os médiuns precisam transformarem-se em bons instrumentos para os guias, procurando estudar, desenvolver-se emocionalmente e espiritualmente para transmitirem as mensagens com mais proveito.
            Por outro lado, os guias ou protetores deixam, algumas vezes, o médium “falar sozinho” também, com a intenção de que o médium mobilize seus próprios conhecimentos e recursos intelectuais. 
“Sob a direção e controle do guia do médium, os espíritos comunicantes suspendem então o fluxo das ideias que lhe transmitiam pelo cérebor perispiritual, o qual é obrigado assim a unir os elos vazios da comunicação, demonstrando até que ponto é capaz de expor a mensagem espiritual sem distorcê-la ou fragmentá-la na sua essência doutrinária” (MAES, psicografando Ramatis, 2006, p.167).

            Essas situações em que o espírito comunicante deixa um “vazio”, para que o médium preencha com seus valores intelectuais e morais, de improviso, embora constranja e atemorize o médium, é uma forma que o espírito usa para treinar seu médium a compensar esse “vazio” com seus conhecimentos, tornando-se assim útil e capaz de atender à necessidade de orientar e servir o próximo, a qualquer momento. Nestes casos o médium fica por sua conta por alguns momentos, sem poder fugir do impulso da comunicação. O médium precisa então recorrer a suas próprias concepções filosóficas, morais e espirituais para preencher sozinho os intervalos da comunicação, da mensagem, deixados de próposito pelo seu guia. É realmente uma espécie de teste, para que o médium prove o que o que já sabe, o que já compreendeu das leituras doutrinárias que já fez, que demonstre como julga as pessoas, e demonstre sua capacidade de orientar o próximo, apesar de sua característica humana falível. As comunicações podem então ser truncadas propositadamente pelos orientadores espirituais do médium, para que o médium possa comprovar seu grau de segurança e ter consciência de como se comportaria no caso de uma interferência, intromissão ou confusões provocadas por espíritos mal intencionados, que, às vezes, se infiltram entre os sentivos invigilantes, se fazendo de mentores espirituais.
            Trata-se de um processo de educação doutrinária do médium. Um treino mesmo. Em que o guia obriga o médium a estudar, ampliar seu repertório de conhecimentos, afinar-se e melhorar-se moralmente, desenvolvendo seu senso de crítica, de argumentação que acabará fortalecendo o médium, tanto em sua tarefa de intérprete das comunicações dos espíritos desencarnados, como em sua vida diária, pois habilitará o médium a falar do conteúdo espiritual com propriedade nas suas relações cotidianas, com amigos, familiares, defendendo os postulados espíritas no dia-a-dia.
            Nesse processo, cresce a confiança dos guias  e de outros espíritos de luz, que passam a credenciar o médium com maior responsabilidade no exercício de sua mediunidade. É importante observar, no entanto, que, os espíritos, mentores, orientadores espirituais e guias desinteressam-se completamente de aplicar este método de ensino espiritual nos médiuns que são levianos, fúteis, mal intencionados, que tem pouca disposição para estudar ou que são preguiçosos.
            Há casos em que o espírito comunicante apenas fornece o tema central da comunicação mediúnica, envolve o médium com fluidos identificadores de sua presença espiritual e inspira as primeiras ideias, para que depois o médium faça a comunicação sozinho até o fim. Se comprovam que seu pupilo comunica corretamente a mensagem, os guias chegam a se afastar do sensitivo em transe, e ficam à distância, apreciando a comunicação anímica que o médium faz exclusivamente com seus próprios recursos. Ao encerrar a fala, o guia se reaproxima, firmando-a com sua personalidade conhecida.
            Assim, é possível dizer que não há interesse dos espíritos de luz hoje, em trabalhar com médiuns que não se desenvolvam pessoalmente no trabalho mediunico. Médiuns robôs, cavalos de orixás, que manifestem mecanicamente as mensagens dos espíritos desencarnados, sem a convicção espiritual daqueles que as comunicam inteligentemente e aplicam em suas vidas, não evoluem, tornam-se passivos e não contribuem para o projeto espiritual da nova consciência. Daí que a mediunidade da Nova Era seja consciente.  A intenção da luz é transformar os médiuns em pessoas úteis à qualquer momento e não somente quando estão incorporados por seus guias.
            Observa-se, em alguns casos, que os guias preparam seus médiuns com certa antecipação, quando desejam transmitir determinadas mensagens de importância para o público. Assim, inspiram seus pupilos com leituras e os aproximam de pessoas que podem avivar-lhes o mesmo assunto a ser ventilado posteriormente na sessão de caridade. Através de recursos fornecidos durante o dia, os guias asseguram a coerência da comunicação mediúnica, alimentando as ideias principais da comunicação para o público. Dessa forma, quando o médium percebe que o conteúdos das suas leituras diárias misturaram-se com a mensagem do espírito desencarnado, pode ser uma influência anímica que representa um ajuste providenciado pelo próprio guia do médium. Assim, quando um frequentador de uma casa perceber que a mensagem dita pelo médium incorporado, trata de algum assunto que o médiium trata, conhece ou trabalha em sua vida particular e pessoal, não precisa achar que o médium está mistificando algo, ou que não esteja incorporado. Animicamente, o médium pode estar expondo o conteúdo do seu próprio saber, porém sob a influência das entidades.
            Ainda sobre o assunto do animismo, podemos mencionar o fato de alguns médiuns no início do seu desenvolvimento mediúnico imitarem trejeitos de entidades manifestadas em médiuns mais antigos. Segundo Ramatis isso é humano. É regra que os iniciantes se guiem pelos mais antigos, justamente por desconhecerem o caminho, seguem aqueles que estão à sua frente. O problema está se o médium cristalizarem sua mediunidade como imitadores dos bons médiuns em que se inspiraram.
            Somente o conhecimento profundo da espiritualidade, o estudo da doutrina e a prática mediúnica é que poderão reduzir a interferência anímica do médim, auxiliando-o a eliminar aos poucos as imitações, as redundâncias (repetição de palavras), a prolixidade indesejável (uso exagerado de palavras para passar uma mensagem, falta de objetividade) no intercâmbio com os guias desencarnados. Somente boa intenção não produzirá a evolução necessária do médium. Ele precisará desenvolver estudo doutrinário, pesquisa mediúnica e da cultura em que vive.
            Atualmente, são poucos os trabalhos mediúnicos que estão livres de práticas contraproducentes e que satisfazem totalmente os guias trabalhadores. Na maior parte das vezes os médiuns devotam-se forçadamente à prática mediúnica, porque querem livrar-se da opressão psíquica. Falta ainda na maior parte dos médiuns o sentido da renúncia aos interesses pessoais, o prazer por servir ao próximo ou o ideal de divulgar a doutrina da umbanda ou espírita em geral.
            Muitos médiuns ainda pipocam de centro espírita em centro espírita, de terreiro em terreiro, sempre insatisfeitos e a procura de “correntes afins”, de “bons trabalhos”, onde obtenha máximo de rendimento pelo mínimo de esforço. No entanto, muitos desses médiuns incultos e inquietos se esquecem de que, ao participar das “melhores correntes” ou dos “melhores trabalhos”, desarmonizam o trabalho mediúnico alheio. A solução não se restringe a mudar de casa, a solução está em promover a renovação íntima do seu próprio espírito no próprio ambiente onde a bondade dos presentes lhes tolera a bagagem ainda defeituosa que tem.
            É por isso que muitas vezes é suficiente para as entidades que seus médiuns sejam de boa vontade, laboriosos e sem complicações, mesmo que ainda não tenham grandes preparos. Por isso que as entidades são pacientes e tolerantes com a ignorância dos seus médiuns encarnados, aguentando o animismo, a histeria, o automatismo psicológico, a imaginação indisciplinada, os longos rodeios para dizer algo que poderia ser dito com uma só palavra, as frases pomposas e vazias, a exacerbação neurótica ou os caprichos dos médiuns vistos erroneamente como qualidades mediúnicas.
            Como afirma Ramatis, “quando encontram alguma docilidade nos seus intérpretes, tudo fazem para afastá-los dos ambientes perniciosos, das companhias prejudiciais, dos vícios e das paixões degradantes, encaminhando-os para as palestras elevadas, leituras proveitosas que os ajustem gradativamente ao imperativo superior do trabalho mediúnico”(Ramatis, MAES, 2006, p. 179).
            Como já dissemos, é muito mais importante para o orientador espiritual desencarnado a reabilitação espiritual do médium, do que se tornar um excelente intérprete. Os médiuns ignoram que os espíritos responsáveis e conscientes de suas tarefas que são, não estão preocupados em impressionar os encarnados com trejeitos ou mensagens cheias de floreios. Ao contrário, a intenção dos espíritos é passar sua mensagem de forma breve, clara, sensata e moderada.
            O animismo coletivo que gera aquelas imitações de médium pra médium numa casa, promovendo um padrão anímico no modo dos médiuns se comunicarem, é resultado da flarta de interesse daqueles que se pressupõem completamente desenvolvidos, mas por comodismo, preferem imitar, copiar os conhecimentos e as orientações espirituais da fonte mais próxima, que é o médium principal do trabalho onde se desenvolvem e de que participam.
            Se, o médium modelo, também for outro anímico, que demonstra em suas manifestações mais manias e superficialidades que qualquer outra coisa, então, seus imitadores tornam-se outros multiplicadores das mesmas inconveniências e desarmonias ao atuarem. Nestes casos, os médiuns ficam repetindo frases pomposas e trejeitos desnecessários enquanto a entidade fica pacientemente esperando, do lado do médim indisciplinado, a oportunidade de de se manifestar com sua forma simples.
            Segundo Ramitís é aconselhável eliminar de uma sessão as manifestações exuberantes que roubam tempo precioso destinado a assuntos úteis, dispensando também qualquer tipo de competição ou destaque pessoal. Não passa de excêntrico o médium que usa de floreios para manifestar sua entidade. Torna-se um médium exibicionista, mais preocupado em competir, impor-se sobre seus irmãos de corrente e teatralizar com efeitos pirotécnicos extravagantes.
            Ramatís defende, no entanto, que não se censure os médiuns anímicos, porque o animismo é fruto natural e lógico do seu desenvolvimento mediúnico. O problema é quando os médiuns ficam estacionados nessa improdutividade, depois de já se considerarem desenvolvidos. O desejo dos espíritos de luz é que os médiuns enfrentem o problema anímico em sua essência, sem receios ou misticismo (devoção exagerada).Muitos fatores que rebaixam o nível das comunicações com os desencarnados podem ser corrigidos. O médium em desenvolvimento por vezes caminha com dificuldade,  copia cacoetes e caprichos dos médiuns que toma como modelo e que ele julga mais competente. Mas... na verdade, como diz Ramatis:

O médium evolui ou cristaliza-se; ele estaciona entre as excrescências anímicas (excessos) copidas do `modelo` veterano em que se inspirou, ou então estuda, pesquisa e desenvolve o senso de autocrítica suficiente para entender melhor o seu próprio temperamento e caráter, a fim de se livrar o mais cedo possível das anomalias do animismo improdutivo (Ramatis psicografado por MAES, 2006, p. 182)

                        Importa ressaltar que o animismo, ainda é a base do mediunismo., sem animismo o mediunismo não existe. Então não importa os tropeços do início do desenvolvimento mediúnico. Importa não cristalizar-se em um mediunismo improdutivo, engessado em palavras pomposas, trejeitos exagerados, desnecessários. A solução do animismo não será conquistada através de censuras. É necessário enfrentar esse problema sem tabus, com modéstia, conduta moral superior e serviço mediúnico isento de exageros ridículos. Os médiuns são homens e, portanto, imperfeitos. Desde que estudem, ficam esclarecidos de quais percalços a mediunidade e o desajuste de conduta lhes proporcionará.
                        Portanto, insiste-se em ressaltar que só há um caminho para qualquer médium lograr melhor êxito no seu trabalho mediúnico: estudo incessante aliado à disciplina moral superior. Não é esperado que o médium se torne um gênio, mas que eleve seu nível de conhecimento espiritual. Da mesma forma, importa queaprenda a identificar em sua alma as paixões e frivolidades que prejudicam suas comunicações com os espíritos.  Só depois de conhecer a si mesmo é possível ter mínimas condições de corrigir e ajudar o outro.
Não há privilégios concedidos por Deus para um ou outro médium. Um médium ignorante, fantasioso ou anímico so se transformará num instrumento sensato e inteligente pelo seu próprio empenho esforço pessoal em estudar a melhorar espiritual e moralmente.        
            Como dizem, é preferível o médium analfabeto, ingênuo e imaginativo, mas com virtudes cristãs sublimes que o médium intelectual, culto, desembaraçado, porém vaidoso, mal intencionado e interesseiro. Mas é óbvio que ainda melhor será o médium humilde, bom, desinteressado, estudioso, dos bons compêndios profanos, que se imuniza contra automatismos psicológicos, sugestões alheias e interferências anímicas.



Este capítulo foi escrito totalmente com base no  livro Mediunismo, de Ramatis (psicografado pelo médium Hercílio Maes).



[1] Ramatis é um espírito provindo de outras latitudes siderais (Sirius), já tendo reencarnado no planeta Marte. Faz parte da elevada hierarquia terrestre que assessora o Mestre Jesus em seu projeto de evolução desta humanidade. Na Atlântida, Ramatís era mestre dos Templos da Luz, e foi contemporâneo (do mesmo tempo), numa existência, do espírito que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec. “Foi Phanuh, o Peregrino, há 28.000 mil anos, na Atlântida, e Ben Sabath, mago famoso na Caldéia; depois Shy-Ramath, grão-sacerdote no Egito; mais tarde Pitágoras, na Grécia, e Phylon de Alexandria, no tempo de Jesus” , informa Hercílio Maes, seu primeiro médium. “Atualmente, ainda opera como mestre nas tarefas dos teosofistas, conhecido como Koot-Humi (Mestre Kutumi)”(4) Foi portanto Ramatís, sob a figura desse Mestre da Fraternidade Branca, quem inspirou a teosofia, eminente movimento espiritualista que, colateral ao espiritismo, empenhou-se em trazer para o Ocidente os milenares conhecimentos iniciáticos do Oriente. A literatura teosófica é ampla fonte de conhecimentos espiritualistas acessíveis ao leitor ocidental. 



AULA 6

MEDIUNIDADE - MÉDIUNS PERFEITOS E IMPERFEITOS

 

CONTEÚDOS DA AULA: médiuns perfeitos e imperfeitos; razão da queda dos médiuns;


E quem são essas pessoas chamadas de médiuns?
Os médiuns são espíritos que, em vidas passadas, fracassaram na forma que viveram, contrariando as leis divinas. Como consequência dessas vidas passadas pedem aos Mestres espirituais para resgatar essas faltas. E o fazem sob severos compromissos e grandes responsabilidades. No seu passado encontramos graves deslizes e erros. Erros como por exemplo, prepotência, abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, ganância, etc.
 No caso dos médiuns de umbanda, são aqueles que, inclusive, já mexeram com magia negra em vidas passadas. E agora com a eterna bondade da espiritualidade, regressam ao planeta para trabalharem em favor dos irmãos que necessitam, numa forma de resgatar seu próprio carma.
Portanto, é necessário que o médium não se julgue superior às pessoas por ter mediunidade, pois a caridade eventualmente prestada deve ser creditada à espiritualidade, pois o médium não passa de um instrumento não podendo interferir na lei de causa e efeito.
É preciso que ele compreenda que não pode ajudar a todos que o procuram; apenas àqueles que tem merecimento e quem pode julgar esse aspecto é a espiritualidade.
O médium tem a obrigação de, em contato com a espiritualidade, orientar, aconselhar, informar aqueles que querem manter uma vida dedicada à evolução do espírito ou ainda, acolher aqueles que se desviaram no rumo de suas vidas e desejam retornar ao caminho do amor.
Há que se ter na forma de viver um diferencial. Não pode haver diferença entre o discurso e a prática. O médium deve colocar em prática todos os conceitos de amor, humildade e caridade. Na verdade todo ser humano deveria fazer isso, mas o médium tem a obrigação de se esforçar ainda mais nesse sentido.
Feita essa introdução, necessária para equilibrar os conceitos de mediunidade e médium (quem são ou foram esses médiuns), passemos, então, ao assunto que nos traz a este capítulo: médiuns perfeitos, imperfeitos e razões das quedas dos médiuns!

BONS MÉDIUNS


PRINCÍPIOS DE UM MÉDIUM

- Fé
-Caridade
-Paciência
-Perseverança
-Disciplina
-Amizade
-Sinceridade
- Igualdade
-Humildade
-Fraternidade

TIPOS DE MÉDIUNS PERFEITOS:

- Médiuns sérios: Os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, se utilizarem-se delas para satisfação de curiosos, indiferentes ou para futilidades.
- Médiuns modestos: Os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos ä elas e não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas solicitam-nas.
- Médiuns devotados: Os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir, e deve quando necessário, sacrificar gostos, hábitos, prazeres, tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros.
- Médiuns Seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem toda a confiança pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos espíritos que os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos. Veremos mais tarde que essa segurança de modo algum depende dos nomes mais ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.
“Todas essas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua intensidade. Muitas a que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que nem por isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais.
Concebe-se que há de ser muito raro esteja à faculdade de um médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. O médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo o modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua. Deve a pessoa cultivar todas aquelas de que se reconheça possuir os germens. Procurar ter as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.
Quando existe o princípio, os gérmens de uma faculdade, estes se manifestam sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá. Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impunes.
Os bons abandonam o presunçoso que se torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns, que, não contentes com o dom que receberam, aspiram por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais capazes de os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros.” – (Sócrates)

OS BONS MÉDIUNS E AS MENSAGENS RUINS

Allan Kardec nos ensina que não basta ser um bom médium para estar livre das más influências. O médium dotado de boas qualidades também pode transmitir respostas falsas. Isto pode ser permitido pelos bons Espíritos a título de aprendizado e para que se mantenham vigilantes, além de testar os medianeiros que com eles trabalham. Além disso, é preciso se levar em consideração que nem sempre se conhece a intimidade das pessoas e uma vez que somos imperfeitos, ainda não nos livramos de certas mazelas que nos associam a irmãos semelhantes. Eis aí a razão da necessidade da análise criteriosa de todas as comunicações, não importando por qual médium ela venha tampouco, qual o nome a assine.
Os bons médiuns que se esforçam para bem desenvolver suas atividades, não devem desanimar quando recebem comunicações dessa natureza. Antes, devem agradecer a advertência, tomando o fato como precioso aprendizado e como necessário alerta.

MÉDIUNS PERFEITOS

NÃO EXISTEM MÉDIUNS PERFEITOS, disseram os Espíritos, pois a perfeição não existe na face deste planeta. Logo, devemos deixar de lado a ideia de que existem médiuns infalíveis. No item 10 da pergunta 226 do Livro dos Médiuns, a resposta é clara e precisa: “Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o verdadeiro do falso. Além disso, por melhor que seja o médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser atacado. As comunicações falsas que recebe de quando em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso”.
Esta resposta dos Espíritos merece muita reflexão, pois temos a tendência ao endeusamento de personalidades, o que pode levar a prejuízos na avaliação das mensagens, uma vez que se confunde o instrumento com os acordes que dele saem.
No desenvolvimento da mediunidade, portanto, procuremos nos conscientizar que cada um deve procurar servir em espírito de humildade, sabendo que a perfeição só em existe em Deus. Usemos no máximo a palavra “bom médium”.

O MÉDIUM, SUA MORAL E O ESPÍRITO COMUNICANTE

Se o médium, quanto à execução é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência nas comunicações. Porque o Espírito comunicante se identifica com o Espírito do Médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se assim podemos dizer afinidade.
A alma exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou repulsão, segundo grau de semelhança ou dessemelhança entre eles. Ora, os bons tem afinidades com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as qualidades morais do médium tem influencia capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio. As qualidades que atraem os bons Espíritos são: bondade, benevolência, simplicidade de coração, amor ao próximo e o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: orgulho , egoísmo, inveja, ciúmes, ódio, sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se apega a matéria.” - (questão 227, Livro dos Espíritos).

QUALIDADE DOS BONS MÉDIUNS

O que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que assistem o médium habitualmente, e para tanto, o que mais nos deve interessar não são os nomes, mas a linguagem. Jamais o médium deve esquecer-se de que a simpatia entre os Espíritos Bons estará na razão dos esforços feitos para afastar os maus. Convicto de que sua faculdade é um dom que lhe foi concedido para o bem, para o cumprimento de seus carmas, não se prevalecerá dela de maneira alguma, nem se atribuirá mérito por possuí-la. Recebe como uma graça as boas comunicações, devendo esforçar-se por merece-las através de sua bondade, benevolência e modéstia.”- (questão 229).
Allan Kardec nos deixou preciosas e seguras instruções em O Livro dos Médiuns. Trata da questão com a clareza que lhe é peculiar e faz sérias advertências em seus escritos, na Revista Espírita, sobre o assunto. No que se refere às avaliações das mensagens, diz o codificador que nem sempre as boas intenções e a própria moralidade do médium bastam para evitar a intromissão dos Espíritos mentirosos e pseudo-sábios nas comunicações. É necessário pesar tudo quanto dizem os Espíritos, passando-os pelo crivo da lógica e do bom senso, senão quisermos ser vítimas de Espíritos levianos, diz ele. A seguir, veremos as advertências do Espírito Erasto a respeito das avaliações das mensagens mediúnicas.
Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.”
Deve-se eliminar sem piedade toda palavra ou frases equivoca, conservando no ditado somente o que a lógica prova ou o que a doutrina já ensinou.”
Eis por que é necessário que os dirigentes de grupos sejam dotados de tato apurado e de rara sagacidade, para discernir as comunicações autênticas e ao mesmo tempo não ferir os que se deixam iludir.”
Se, portanto um médium, seja qual for, por sua conduta ou seus costumes, por seu orgulho, por sua falta de amor e de caridade, der um motivo legítimo de desconfiança, rejeitai as vossas comunicações, por que há uma serpente oculta na relva.”
Na dúvida abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom-senso reprovam, rejeitai corajosamente.”- (Erasto, questão 230).
Conclusão: Isto posto, CONVÉM ESTUDARMOS COM CAUTELA REDOBRADA QUAL TEM SIDO NOSSA POSTURA DIANTE DA NOSSA MEDIUNIDADE.
A situação de heterogeneidade em que se encontram as práticas mediúnicas no país inteiro nos dá mostra da imensa responsabilidade que temos diante do quadro que aí está. A mediunidade para bem produzir no campo da edificação do Ser carece de médiuns dotados de boas faculdades, mas, sobretudo de bons valores morais que possibilitem o acesso dos bons Espíritos e menor possibilidade de ser enganado pelos maus. A primeira condição para se obter a boa vontade dos Espíritos é a que decorre da humildade, do devotamento e da abnegação, afirmou Allan Kardec.
Se o lado moral do médium tem grande influência na natureza das comunicações, faz-se necessário a busca da melhoria íntima, através do exame cuidadoso de si mesmo. Esforçando-se para dominar as más tendências, enfim, trabalhando para o alto melhoramento de uma forma global. Dessa forma, pode ser dar sentido útil a mediunidade, contribuindo, efetivamente e de maneira produtiva para divulgação de uma Doutrina séria, isenta de fantasias e mitos, e que leva muitos a mudarem os rumos de suas vidas quando em contato com seus ensinamentos.
O papel da Umbanda é a regeneração da humanidade. Os ensinamentos das Entidades superiores só chegarão até nós através de médiuns seguros e conscientes de sua tarefa como intermediários desse processo.
O exercício da mediunidade requer grande dose de desprendimento, humildade e sinceridade de propósitos.
O médium, desprovido de esses sentimentos e não valorizando o esforço em melhorar-se, estará distante do verdadeiro objetivo desde dom de Deus, que é servir com alegria aos objetivos do Criador.

MÉDIUNS IMPERFEITOS

Comentários sobre maus médiuns:
Toda vez que deixarmos nossa parte humana (ego) dominar o nosso lado espiritual, cometemos o primeiro erro dentro da Espiritualidade. O segundo é conseqüência do primeiro, pois o mundo espiritual nos dá nova chance de revermos nosso erro, e voltarmos nosso coração para o lado certo; mas, nossa vaidade não permite que enxerguemos e continuamos achando que somos superiores ao mundo Espiritual, aí nos perdemos da Luz e somos facilmente um joguete das Trevas.”

TIPOS DE MÉDIUNS IMPERFEITOS:

- Médiuns fascinados: aqueles que são enganados por Espíritos mentirosos e se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.
- Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e frequentemente material por parte dos maus Espíritos.
- Médiuns levianos: os que não tomam sua faculdade a serio, e dela não se servem senão por passatempo ou para coisas fúteis.
- Médiuns indiferentes: os que não tiram nenhum proveito moral das instruções que recebem, e não modificam em nada sua conduta e seus hábitos.
- Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de serem os únicos em relação com os Espíritos Superiores, crêem em sua infalibilidade, e consideram como inferior e errado tudo o que não proceder deles.
- Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que recebem; crêem não ter mais nada para aprender, e não tomam para si as lições que recebem frequentemente da parte dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem: querem te-las todas.
- Médiuns suscetíveis: variedade de médiuns orgulhosos; melindra-se com as críticas das quais suas comunicações podem ser objeto; se irritam com a menor contrariedade, e se mostram o que obtêm é para que seja admirado, e não para pedir pareceres. Geralmente tomam aversão pelas pessoas que não os aplaudem sem reserva, e desertam das reuniões onde não possam se impor e dominar.
- Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.
- Médiuns ambiciosos: os que, sem pôr apreço suas faculdades, esperam dela tirar quaisquer vantagens.
- Médiuns de má-fé: Os que, tendo faculdades reais, simulam as que não tem para se darem importância, exemplo: O médium Semiconsciente, (por ter consciência da informação que o Espírito traz) aproveita-se disso para colocar movimentos, forma de falar, dançar e passa a enganar as pessoas, que receberam mensagens que ele ( o médium ) queria passar, normalmente para aparecer e ganhar vantagens. É importante saber, que mesmo sendo um médium consciente ou semiconciente, suas Entidades Superiores estarão sempre o observando, e depois de um tempo, se as “pantominas” continuarem acontecendo, então elas se afastam, deixando o médium sobre influencias do seus afins( baixos espíritos) e sempre sob o julgo da Lei.
- Médiuns egoístas: aqueles que não se servem de suas faculdades senão para seu uso pessoal, e guardam para eles as comunicações que recebem.
- Médiuns invejosos: os que vêem com despeito os outros médiuns, melhor apreciados, e que lhes são superiores.
Mau médium
Deixai-os irem se pavonear em outra parte e procurarem ouvidos mais complacentes, ou se retirarem para o isolamento: as reuniões que se privam da sua presença não tem uma grande perda.”
(Erasto)

RAZÕES DA QUEDA DOS MÉDIUNS

           
Ao contrário das verdadeiras razões de ser médium, consagrou-se entre o povo que ter mediunidade é ter um poder. Há uma admiração subserviente sobre aquele que é médium (como se isso fosse dom). E isso leva ao desastre se não houver um exercício mental para se afastar da imagem que se passa e manter a postura daquilo que se foi no passado somando-se à missão que se tem no presente e futuro.
Entre os defeitos mais comuns encontramos, o orgulho e a vaidade. Na nossa busca interior que devemos realizar (me refiro à reforma íntima) vamos encontrar os defeitos que são comuns nos seres humanos. Temos que conhecê-los, profunda e verdadeiramente, e suas características, que habitam dentro de nós. Reconhecer ao nível de nossa consciência as manifestações impulsivas que nos dominam, e que, desejamos controlar para poder evitá-las.
Já foi dito neste curso que o médium deve ser um trabalhador na seara divina, que devem compreender serem meros intermediários com o plano astral em prol da caridade desinteressada, e que desenvolva seu trabalho (espiritual) de forma silenciosa, humilde e operosa. Assim, poderá iniciar o resgate das faltas cometidas em vidas passadas. Os necessitados são escolhidos pela espiritualidade pelo merecimento de cada um.


A definição de ORGULHO no sentido pejorativo da palavra é um sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor próprio; arrogância, soberba, imodéstia atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência. Costumamos dizer que o orgulho é o pai de todos os males e defeitos.
A definição de VAIDADE é qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória, valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros; coisa insignificante, futilidade. A maneira pela qual os consulentes se dirigem àqueles que possuem mediunidade, onde demonstram total admiração, poderá despertar dentro do médium o grave defeito de orgulho e vaidade. O que será um erro enorme como veremos ao final deste capítulo.
Os médiuns são vistos como pessoas com poderes sobrenaturais e o erro mais comum é acreditar que se tem realmente esse “poder”. Os consulentes estão frágeis nas suas dores, nas suas dúvidas e o dever do médium é acolher com carinho, com humildade, sem aparentar arrogância, prepotência ou superioridade.
O médium quando alcança o posto de chefe da casa deve demonstrar ainda mais o amor, a humildade e a caridade para com todos (médiuns e consulentes), até porque quem chega a essa posição, tem mais dividas com o passado que os demais, não sendo, absolutamente, motivo para se sentir lisonjeado. É estranho, para falar o mínimo, um chefe de casa espiritual ter atitudes contrárias a caridade e ao amor ao próximo, sem a humildade que caracteriza um trabalhador da espiritualidade. “Cuidado com o orgulho, pois de fato não existe nada que possa realmente chamar de seu para justificar a soberba: nem riqueza, beleza, força ou inteligência são méritos seus. Lembre-se, tudo que você possui é uma dádiva de Deus.” (texto extraído de um site religioso)

SEXUALIDADE


Já foi dito que a forma de viver de todos nós deve ser comedida, sem abusos. Pois tudo em excesso implica nas conseqüências desse excesso.
A sexualidade usada de forma inadequada pode ser utilizada pelos espíritos menos evoluídos contra àquele que faz disso um hábito, no sentido de que essa tipo de fraqueza abre as portas para essas entidades atuarem nos campos vibracionais do médium, potencializando as tendências negativas naturais do mesmo. Assim, o uso dessa energia em excesso, sem as regras naturais, gerará graves consequências para aqueles que fazem da sexualidade um prazer incontrolável, pois é como se fosse uma bola de neve. O médium abusa de suas tendências negativas, isto é, aquelas que já trás de vidas passadas em relação ao mau uso da sexualidade; sua faixa vibratória desce ao nível das entidades menos evoluídas, que o intuem a continuar nesse caminho, num processo de obsessão contínua, o que o desabilita frente a sua própria capacidade de exercer adequadamente sua mediunidade, uma vez que seus guias e protetores, obviamente, se afastam, sem que perceba. Os obsessores realimentam os desejos do médium e o impossibilitam de “ouvir” os conselhos dos guias e protetores, pois saiu de sua sintonia. Esse processo de afastamento de fato se dá em todo e qualquer defeito grave do médium, não só frente à sexualidade, pois as entidades malévolas são oportunistas. Se para os seres deste planeta deveria ser uma recomendação pelas consequências advindas pelo excesso de sexo em suas vidas, para o médium é um alerta. Também se aplica aqui o fato da fragilidade dos consulentes; estes fazem qualquer coisa para ter o seu “problema” resolvido. Não se pode aproveitar dessa situação se envolvendo com o consulente de forma geral e ainda mais no relacionamento sexual. Temos visto muitos chefes de terreiro terem filas de mulheres apaixonadas a seus pés e disso tirarem vantagens pessoais.

DINHEIRO


Na definição de mediunidade fala-se em ser intermediário. Mero intermediário! Entendemos esta definição como os médiuns serem simples instrumentos (mecânicos) da espiritualidade para as missões de caridade, ajuda, orientação e aconselhamento àqueles que necessitam.
Considerando que médium é aquele que tem erros a serem resgatados e se prontificou a vir, nesta vida, para servir de intermediário na ajuda dos irmãos, e que as orientações dadas aos consulentes não pertencem ao médium (aqui me refiro aos direitos autorais do que se fala aos consulentes), como pode alguém pensar em cobrar para fazer isso?
Isto é, o médium está irradiado por uma entidade, ou pelo menos deveria estar, e então, supostamente, as ideias principais são da entidade, ideias estas que apenas estão sendo decodificadas e transmitidas pelo médium. Da mesma forma não se pode cobrar por nenhuma outra atividade relacionada com sua mediunidade, dentro ou fora do centro.

 

CONSEQUÊNCIAS


A consequência básica de se exorbitar das regras claras da espiritualidade, da mediunidade e dos princípios éticos de ser médium é o fato bastante comum das entidades de luz se afastarem do médium (na verdade é o médium que se afasta delas, no sentido de que não mais consegue captar suas intuições, pois encontra-se em outra faixa vibratória).
Não se iluda o médium de que ele pode enganar a espiritualidade, boa ou má. Ele pode, no máximo, enganar os encarnados, especialmente, a si mesmo. Em geral ele não percebe que o espírito que se manifestava através de sua mediunidade (seja qual for a mediunidade que tenha) se afastou, pois outra entidade, com pouca (ou nenhuma) luz toma o lugar da entidade original. Muitas vezes o próprio médium passa a orientar os consulentes, fazendo todos os rituais que antes fazia, sendo ele próprio, sem perceber, a passar as orientações, achando que está irradiado e acreditando que são os espíritos de luz que estão fazendo aquele trabalho.
Os princípios da Umbanda devem ser vividos, vale dizer, colocados em prática nas nossas vidas, nas relações com outras pessoas, no trânsito, na rua, com o visinho, com o superior, os empregados, com os colegas, com os pais e filhos, enfim, com todos que nos rodeiam. A humildade, a caridade e a tolerância devem ser palavras corriqueiras nas atitudes, nos pensamentos. O pensamento é energia que toma forma. Cuidem do pensamento, exercitem o amor, a humildade e a caridade iniciando pelo amor ao próximo no pensamento.

 

CONCLUSÃO


A conclusão que gostaríamos de deixar aqui é que a mediunidade é uma forma de consertar os erros graves cometidos no passado, por grande benevolência da espiritualidade com aqueles que se comprometeram em voltar ao planeta e atuar de forma distinta das anteriores, não só em relação às tendências de seu caráter, temperamento e tendências negativas, como também em relação à magia.
Devemos, pois, aproveitar da melhor forma a condição privilegiada de poder resgatar nossos muitos erros passados, apenas trabalhando com a mediunidade, agindo de forma honesta, humilde neste trabalho em nome do Pai.
Para encerrar este capítulo deixamos a definição de Humildade, para que possamos refletir sobre ela e com isso possamos iniciar a prática da espiritualidade com muita humildade: “A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão. É a virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia e simplicidade”.





AULA 7

MEDIUNIDADE - VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM

 

CONTEÚDOS DA AULA: vibração original do médium, amaci, obrigações de cabeça

VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM


IDENTIFICANDO A VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM

            Saber exatamente qual a vibração original de uma pessoa é muito difícil. Isso vai se manifestando ao longo de algumas encarnações. Costuma ser identificado pelo jogo de búzios e/ou pelo guia superior do médium no terreiro, o dirigente espiritual da casa. O que é possível é fazer um mapeamento da vibração original dos médiuns, para observar os possíveis posicionamentos das vibrações no eledá. Porém esse mapeamento precisa sempre ser confirmado pelo seu guia superior ,do médium ou da casa.
O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Contamos com a influência de um Orixá que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos, agindo através dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais.
Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".
Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ". A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás. Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.
Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza (Elementais), sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida.
A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.
   Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.
A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza (Elemental), ligado a um Orixá protetor. É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM. 
Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.

AFINIDADES


Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó. Frequentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras. O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.
Entre os espíritos que atuam dentro da vibração energética do nosso Eledá, é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que incorpora quando invocada a vibração do Orixá principal. Os Orixás, dentro do culto Umbandista não são incorporados. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus “cavalos” e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá.
Para a identificação da coroa mediúnica (vibração original do médium) ao invés de jogar búzios, pode ser verificado também o dia de seu nascimento e a qual orixá esta data está relacionada, o signo, qual dia da semana que se deu o nascimento do médium, a hora planetária do nascimento e se possível seus ascendentes ou decanato. Temos, então, uma ideia da vibração  da coroa mediúnica do médium, a ser confirmada pelo guia espiritual.

Fonte: http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/historiaorixas.html

 


LISTAGEM DOS DIAS E DOS ORIXÁS CORRESPONDENTES


Data de nascimento:


Fonte da tabela: Curso aumpram.org. br


























Decanato:

A partir desses dados é possível montar um mapa de identificação da vibração original dos médiuns,o posicionamento das vibrações no eledá pode ser confirmada pelo seu guia superior.

Amaci ou batismo
Significa que o médium está sendo aceito para desenvolvimento no terreiro. O amaci fixa a vibração original do orixá no médium (que é aquela que predominava no momento de seu nascimento) e também significa que está sendo aceito pelo respectivo orixá. Facilita muito seu desenvolvimento.
O médium encaminhado para o batismo geralmente é aquele iniciante que começa a manifestar seu guia ou protetor. Somente médiuns de incorporação e irradiação necessitam fazer o amaci, na nossa casa. Facilita seu desenvolvimento, pois na medida que é feito com as ervas, estas emitem uma vibração energética que promove a movimentação dos respectivos chakras, fazendo-os girar, auxiliando o médium iniciante na interação com o plano espiritual. Não se trata, portanto, de um simples ritual.

Amaci – Definições:


·         É feito com ervas frescas maceradas na água limpa (de cachoeiras, nascentes, etc...) que tem por finalidade a lavagem de cabeça, devidamente consagradas e propiciatórias ao fortalecimento do sensitivo. É realizado no chacra da coroa, e pontos de circulação de energia nos médiuns.
·         é oportunidade sagrada de reencontro com os guias dentro da faixa vibratória do orixá regente de cada um.
·         os orixás extraem das seivas, dos cheiros, das águas, as energias necessárias para a vitalização dos chacras dos médiuns, fortificando sua ligação com o alto
·         a aplicação ritualística  externa é feita pelo sacerdote e seus assistentes, mas a ligação espiritual interna é de cada médium. Se assim não acontecer, o amaci será um mero PLACEBO RITUAL, inócuo e sem efeitos positivos. Nenhuma valia tem um rito, seus elementos e liturgias, se o médium internamente não tem a condição necessária de recebê-lo satisfatoriamente.
·         no momento do Amaci nosso  pequeno Templo se fortalece nos ensinamentos do amoroso Senhor Jesus.
·         pode ser Amaci iniciático (quando é na individualidade, finalidade pessoal da pessoa com suas entidades) ou Amaci geral (quando é no coletivo, com a finalidade de se encontrar com aquela força vibracional da força da natureza que estiver trabalhando no ritual) ; Amaci das guias, para proteger os médiuns; Amaci dos otas ou Okutás (pedras e cristais de cada orixá).

É importante ressaltar que existem uma série de condutas para o amaci, conforme os fundamentos da casa.

OBRIGAÇÕES DE CABEÇA


O cerimonial é semelhante ao do amaci, com a diferença que as ervas usadas são as relacionadas com a linha para a qual a obrigação está sendo feita e não apenas as ervas solares.

Para os demais trabalhadores, que não passam pela mecânica da incorporação, e que não necessitam, portanto, fazer as obrigações de cabeça, em casos especiais, dependendo da função e responsabilidade especial dos mesmos na casa, pode ou não ser realizada uma cerimônia especial a critério da entidade chefe da casa.


Sugestão de vídeos no youtube para estudo:

https://www.youtube.com/watch?v=oRYl3hoLfX0

https://www.youtube.com/watch?v=lrBCNKCXqII



AULA 8

SERES NO ASTRAL 


“Entidade espiritual é todo ser desencarnado, consciente do plano evolutivo em que se encontra. Essas entidades podem ser de vários estados evolutivos, desde os mais adiantados aos mais atrasados. Cada um ocupa um plano próprio ou inerente ao seu estado evolutivo”.
Nem todo ser é uma entidade espiritual, mas ainda assim ele pode transitar pelo astral; além disso o ser pode estar encarnado ou desencarnado e pode inclusive não estar em nenhum desses estados, sendo muitos apenas uma criação de outra consciência; outros ainda são de natureza distinta, como por exemplo, os elementais.
Antes de citarmos cada tipo de ser que transita pelo astral, é preciso que se compreenda que astral não é um lugar que paira sobre nossas cabeças, como pensam algumas religiões espiritualistas. Ele permeia nosso plano físico, da mesma forma que os demais corpos ou veículos de manifestação da consciência humana, o chamado setenário. Fazem parte desse setenário, o quaternário inferior (onde se encontram os corpos mais densos, como o físico e astral, por exemplo) e o ternário superior (onde se encontram os corpos mais sutis da parte divina do homem).
Falando de uma forma simples, o plano astral nada mais é que um estado de consciência do homem. Poderíamos citar o conhecido exemplo de que cada homem cria seu próprio “umbral”. Isto é, os meus monstros não são os seus monstros; os meus medos não são os seus medos; as minhas alegrias não são as suas alegrias; meus conceitos de felicidade, tristeza ou excitação tampouco são os seus.
Quando se fala numa cidade espiritual, como por exemplo a conhecida Nosso Lar, não se deve entender que ela flutue, ou flutuasse, sobre a cidade do Rio de Janeiro, como se diz de uma forma até certo ponto ingênua. Ela é plasmada, realimentada, a cada instante, pela vontade consciente das milhares de entidades que se encontram no astral, vibrando de forma a direcionar energia e matéria astral para a manutenção de edifícios e tudo mais que nela se instalou, unidas que são essas entidades pelas mesmas crenças, desejos e sentimentos. Semelhante atrai semelhante.
Acreditamos que esses conceitos de que o astral é algo que está acima de nós, enquanto encarnados, vêm das antigas crenças sobre céu e inferno, onde o céu era o paraíso que planava nas alturas e o inferno um local situado nas profundezas da terra. De fato os planos coexistem no mesmo espaço, como quando estamos em nossa casa ouvindo nosso rádio. Não vemos as ondas de rádio que chegam, mas elas estão lá, ocupando o mesmo espaço que nós, sem que um tipo de matéria atrapalhe a outra e mais, sem que uma se aperceba da presença da outra. Assim como nós achamos que Nosso Lar é um mundo maravilhoso nas alturas, muito distante e inacessível, os seres que lá estão, em sua maioria, também acham que estão longe de nós. Aproveitando o assunto de que tudo apenas se passa em diferentes estados de consciência, poderíamos voltar a falar brevemente da comunicação com o mundo astral, pois muita confusão existe a esse respeito.
Os processos das ditas “incorporações” e irradiações, são interações entre mentes com a formação de “ilusões”, associadas a influencias físicas. A interação mental pode ocasionar influências no corpo do médium de vários níveis, desde o comando, passando pelas visões, audições e sensações induzidas, até as intuições. As informações captadas pelo médium são transferidas para o cérebro que processa a informação em sintonia com a sua mente e, posteriormente, através do processo de expansão mental transmite para o ser desencarnado que os transforma em seu meio de entendimento que não é físico, não é cerebral.
Este é apenas um exemplo de quando um encarnado pensa estar falando com um desencarnado numa comunicação mediúnica, por exemplo. O mesmo se passa quando o médium espera receber o pensamento do desencarnado pronto, como se fosse um pacote. O processo de comunicações (nos dois sentidos) só pode ocorrer de forma “interativa” quando existe consciência intelectual das partes. Um ser desencarnado sem consciência de seu estado ou sem o conhecimento dos processos de interação com a expansão mental (devido as diferenciadas formas de como se processa o pensamento e a tênue expansão mental do encarnado) não tem a habilidade de se comunicar com os seres encarnados, tendo no limite a comunicação dos sentimentos que se processa de forma espontânea e pode ser muitas vezes mais forte que a comunicação induzida.
Muitas vezes o que o médium pensa ser um pensamento, nada mais é que a captação desses sentimentos, que são por ele traduzidos em palavras, o que torna a comunicação com os seres do astral muitas vezes perigosa em sua veracidade. Por isso a comunicação mediúnica de alto nível depende também do estado moral do médium, além de treinamento intenso e disciplinado, para que ele possa distinguir pensamentos de simples captações, que possam se passar por verdades inquestionáveis que escravizam ou iludem.
Não vamos acreditar que as comunicações são para ajudar o mundo; isto é pura arrogância. Somos pequenos demais para assim fazê-lo. Se conseguirmos nos ajudar já teremos realizado um grande feito. O Universo é tão sábio que permitindo nos ajudar estaremos ajudando o próximo. Agora colocamos toda complexidade da comunicação entre nossos estados de consciência de nossos “corpos” e entre outros seres. Encontramos uma rede complexa e cheia de diversas interpretações, passíveis de erros, desvios e perturbações. Precisamos compreender e aceitar as difíceis e falhas comunicações entre os “mundos”. O conhecimento humilde desta situação nos levará a uma necessária analise crítica dos processos mediúnicos, enormemente vulgarizados e utilizados como sabedorias a prova de contestações. Se nem os homens da terra conseguem transmitir suas idéias, quanto mais falando com outros níveis de consciência.

 

TIPOS E SERES ASTRAIS


1 – Astrais Humanas:


a) encarnadas
- pessoas dormindo.
- estudantes de escolas iniciáticas desdobrados.
- mestres e discípulos.
- magos negros e discípulos.

b) desencarnadas
- mortos normais.
- suicídas e mortos violentamente.
- sombras (cadáveres astrais deixados para trás quando uma entidade desencarnada passa do plano astral para outro superior, com matéria mental aderida se desintegrando). São semelhantes ao corpo físico. Podem ser vitalizadas por adeptos, etc, para outras utilizações.
- cascões (cadáveres astrais quase totalmente desintegrados).
- cascões vitalizados (cascões vitalizados e usados por magos negros para suas magias).
- vampiros e lobos astrais (são raros; só existem em países com rastros da 4a raça raiz, a Atlante; por exemplo, a 7ª sub raça, a Mongólica, de onde se originaram os japoneses).
- magos negros e discípulos esperando encarnação.
- nyrmanakayas (seres que não precisam mais reencarnar mas abdicam de migrar para planos superiores porque do astral é mais fácil ajudar o ser humano).
- guias (caboclos, pretos velhos e crianças); habitam planos superiores e projetam corpo de ilusão no astral Criam quantos corpos de ilusão desejarem (que destroem depois dos trabalhos para não deixar cascão).
- protetores (caboclos e pretos velhos; criam um corpo de ilusão permanente, geralmente tipos humildes para se identificarem com consulentes mais simples, embora não precisem mais disso).
- auxiliares invisíveis (cuidam dos corpos de ilusão dos protetores, para que não sejam utilizados por outras entidades).
- exus: Agente mágico universal. Servem de veículo para a magia.

2 – Astrais Não-Humanas:


- essência elemental (campo eletromagnético ou matéria astral; é quando existe a afluência do espírito na matéria astral; é uma matéria extremamente sensível ao pensamento humano).
- animais dormindo.
- corpos astrais de animais.
- espíritos da natureza (elementais). Sem estrutura interna (evolução só na Terra).
a) da terra: gnomos
b) das águas: ondinas, yaras e sereias
c) do fogo: salamandras
d) do ar: silfos, sílfides e fadas - devas: Anjos. Seres de um reino superior ao hominal. - kama-rajás: Os chamados reis do astral ou encantados. Seres de outro tipo de evolução (se unirão à humanidade em outra cadeia).

3 – Astrais Artificiais: (elementares)


Segundo Roger Feraudy a essência elemental astral, sendo muito sensível e plástica, é capaz de ser modelada por meio de impulsos de pensamentos de uma entidade encarnada ou desencarnada. Assim, os seres artificiais são pensamentos-forma criados artificialmente ou coletivamente.
- formados inconscientemente :
o pensamento humano atrai essência elemental (plástica)
modela instantaneamente um ser vivente (de vida geralmente efêmera)
este ser não está sob a vontade do criador
Ex: uma cobra; um monstrinho qualquer

- formados conscientemente:
mesmo processo de criação (por magos negros ou brancos)
modela formas reais com existência real no astral (pode existir por anos ou séculos)
atua independente do criador (num segundo momento)
Ex: diabo cristão / compadres e comadres

- artificiais humanos:
(Kama rupas) Criados na Atlântida pelos magos vermelhos (que são os chamados magos brancos menores)
usavam desencarnados para combater a magia negra (atrasando sua evolução; mas eles ganhavam créditos quando liberados)
depois suas sombras (que são astrais humanos mortos) eram magnetizadas e vitalizadas (e utilizadas pelos mesmos magos vermelhos para também combater a magia)
hoje algumas dessas sombras são os artificiais humanos (mas utilizadas pelos magos negros)

CARACTERÍSTICAS E RELAÇÕES DOS ORIXÁS


Definição
Os Orixás são os grandes arquitetos siderais ou construtores de sistemas solares e nós, seres humanos, devemos a eles nossa evolução intelectual e física.
São também chamados de Hierarquias Criadoras e se ocupam da construção do Universo.
É preciso saber que orixás não são espíritos e portanto não podem incorporar os médiuns.
Orixás são divindades e também conhecidos como os Mensageiros do Senhor ou Luz do Senhor ou ainda As Sete Emanações do Senhor.
A origem do nome Orixá vem da palavra Purushá, do idioma sânscrito, o idioma sagrado que deu origem a todas as línguas, em sua raiz.
Os nomes sagrados de cada orixá foram totalmente perdidos e os nomes que hoje conhecemos são resultado da corruptela dos nomes originais (com a exceção de Yori e Yorimá) e cada um têm um significado específico.
Os nomes dos sete orixás e seu significado esotérico:
Os orixás são em numero de sete, a saber:
- Oxalá – a imanência de Deus
- Ogum – o fogo da salvação
- Oxossi – o caçador de almas
- Xangô – o comandante das almas
- Yemanjá – a mãe do mundo
- Yori – relação com a lei divina

 

O Triangulo fluídico


O triangulo fluídico representa os três aspectos em que a Lei da Umbanda trabalha no mundo astral ou da forma (o mundo da forma é a maneira pelo qual as entidades se manifestam aqui no planeta).
Representa a síntese do movimento da umbanda e foi traçado pela primeira vez no astral da Atlântida, na antiga Aumbandhã, sendo posteriormente traçado nos céus aqui na América, quando a espiritualidade superior decidiu reimplantar a Umbanda do planeta, no projeto chamado Terras do Sul.
Representa a vontade, a sabedoria e a atividade dos orixás. Sua consequência é o equilíbrio da manifestação.


Manifestação no triângulo da forma Caboclos: Manifestam-se entidades das vibrações de Oxalá, Yemanjá e Oxossi.
Obs. Entidades das vibrações de Ogum e Xangô não se denominam como caboclos e sim como Oguns e Xangôs, assim como as da vibração de Obaluayê* (o orixá oculto), que se denominam Obaluayês.

Crianças: Manifestam-se entidades da vibração de Yori.
Pretos velhos: Manifestam-se entidades da vibração de Yorimá.

Observações:
- É preciso que se entenda que a forma que as entidades se manifestam (caboclos, pretos velhos e crianças), não representam sua identidade real ou original. Isto quer dizer, por exemplo, que entidades que se manifestam como CRIANÇAS, na verdade são Nyrmanacayas e não crianças no sentido cronológico de idade. São entidades de alta evolução, como já citamos anteriormente, que são chamados de crianças no sentido daquele que renasceu para o mundo espiritual.
- Os que se apresentam como PRETOS VELHOS, por exemplo, são geralmente os grandes magos do oriente.
- No triângulo da forma temos então:
- Caboclos representam a simplicidade.
- Pretos velhos representam a humildade.
- Crianças representam a pureza

- Na antiga Aumpram, as entidades que se manifestavam eram os Nyrmanacayas e os Encantados (espíritos que nunca reencarnaram no planeta) e se apresentam no triângulo da forma nas vibrações de anciãos, instrutores e puros, o que nos dias de hoje corresponde aos pretos velhos, caboclos e crianças.
 - As formas de pretos velhos e caboclos foram escolhidas quando se estabeleceu o reinicio da umbanda para aproveitar a tradição xamanica do povo brasileiro, acostumada aos escravos africanos e índios brasileiros.


OBS: no centro dos triângulos invertidos está Oxalá


Observações
• Os chefes de legião (ou orixás menores) geralmente não se manifestam através da mecânica incorporação ou irradiação. Só mesmo através da comunicação mente a mente. Se desdobram em sete, e isto significa que abaixo dos 7 chefes de legião de cada linha, estão 49 entidades, de hierarquia imediatamente inferior, com os mesmos nomes, que são os chefes de falanges. Abaixo deles estão os guias, em número de 343. E abaixo deles estão os protetores, em número de 2401. Para cada linha. Guias e protetores se manifestam sob os mais variados nomes.
• Obs. Não é incomum vermos algumas entidades se manifestarem com os mesmos nomes de chefes de legião, por exemplo, quando seu conhecimento demonstra obviamente que não o são; isto se dá, geralmente, apenas como uma forma carinhosa de manifestação ou por desejo inconsciente ou não do médium. Todos estão fazendo sua caridade.
• Isto quer dizer que o mesmo caboclo Pena Branca, por exemplo, que se manifesta num centro, não precisa ser , necessariamente, aquele que se manifesta em outro.
• Além dessas entidades, estão aquelas que fazem parte de agrupamentos, enfeixadas nas diversas linhas, com um número ilimitado de entidades. Os agrupamentos mais conhecidos são os agrupamentos das Almas (conhecido como Linha das Almas), enfeixados nas linhas de Xangô e de Yorimá e o agrupamento do Oriente (enfeixado na linha de Oxalá).

Guias e protetores
• Os guias podem se apresentar com vários corpos de ilusão e os protetores apenas com um único corpo de ilusão. Corpo de ilusão é a forma plasmada pela entidade para se manifestar. Por exemplo, uma entidade que se manifesta na umbanda com o nome de Pai Benedito, pode se manifestar no Kardecismo, por exemplo, com o nome de dr. Fulano de Tal, e assim por diante.
 • Obs. É interessante notar, quando se fala em corpo de ilusão, que cada vidente, vai “ver” ou ouvir, compreender ou deduzir, aquilo que já acredita, ou melhor falando, aquilo que já é um engrama* registrado em seu cérebro. Por exemplo, num dia de caridade de caboclo um consulente chamou um dos médiuns da casa e, maravilhado, confidenciou sobre os belos índios que se encontravam trabalhando com os médiuns. O mesmo médium ao olhar para a mesma corrente de trabalho via, no entanto, apenas sacerdotes e magos, paramentados com seus trajes tradicionais auxiliando na assistência dos consulentes.
Engrama: quando vemos um gato, reconhecemos imediatamente que aquilo é um gato, pois já temos registrado o engrama “gato” em nosso cérebro. Mas, se nunca tivéssemos visto um gato, ao vermos o animal, ficaríamos pensando do que se trataria. Da mesma forma que se o engrama caboclo está registrado como um silvícola, ao nos depararmos com um, vamos reconhece-lo de acordo com o registro que já temos. Por isso o acúmulo de cultura, altera os engramas e nossa capacidade, inclusive de desenvolvimento mediúnico. Os registros podem ser sensoriais ou culturais. Quando lemos um livro compreendemos a história e montamos o cenário de acordo com nossos engramas, isto é, de acordo com os registros que já temos. Por isso, é preciso cuidado com aquilo que você acha que está vendo, pois pode não corresponder à verdade. •
 Os guias são entidades que estão encerrando praticamente seus compromissos cármicos (podem ter ainda algum resíduo de carma – muitos já são o que chamamos de Nyrmanacayas, isto é, entidades que já esgotaram totalmente seus carmas).
• Os protetores são entidades que ainda tem pela frente de 2 a 4 reencarnações.
• Chefes de legião e chefes de falange não incorporam.
• É importante esclarecer que muita gente confunde entidades auxiliares não enfeixadas na síntese do movimento da umbanda com guias e protetores, como é comum acontecer no kardecismo, por exemplo, onde qualquer espírito bondoso que se apresente na mesa de intercambio, ou até mesmo parentes de trabalhadores da casa nas mesmas condições, são chamados de protetores. O pior é que o mesmo se dá com entidades malévolas que vêm às casas de umbanda para atrapalhar ou brincar e muitas vezes conseguem, até com facilidade (lembrando sempre que entidades trevosas, muitas vezes, têm os mesmos conhecimentos de entidades de luz e sabem também falar com palavras doces), se fazer passar por guias ou protetores. A diferença não está, portanto, no que eles dizem de forma geral ou na forma como dizem, mas no conteúdo do que dizem, isto é, naquilo que podem induzir médiuns ou consulentes a pensar ou fazer. Isto é, a parte moral de sua fala. É preciso pois atenção de médiuns e cambonos, pois um guia ou protetor verdadeiro nunca pedirá que alguém faça ou pense qualquer coisa que vá contra aquilo que a umbanda acredita (por exemplo: fazer o médium beber ou pedir um sacrifico de animal ou qualquer ato que implique numa atitude não amorosa, etc). Nunca esquecer ainda que a entidade de luz jamais inferirá no carma do consulente.



“Duvide sempre de seus conhecimentos e verdades, cultivando a sabedoria dos sentimentos. Não há como errar amando de forma pura e desinteressada. Não tenhamos fé pelos títulos, pelos ditos sábios; tenhamos fé quando reconhecemos em nossos corações a coerência, harmonia e sabedoria da mensagem. Muitas vezes nos iludimos criando sentimentos de sabedoria por exaltação destes sábios; este é o caminho mais curto para nos afastamos do nosso eu, do nosso caminho ao Senhor”





EXU– AGENTES MÁGICOS E EXECUTORES DA JUSTIÇA KÁRMICA


Na umbanda esotérica o conceito de exu não é o mesmo que existia nos meios umbandistas e cultos afins. O conceito de exu deixara de ser ligado a figura do Diabo, do demônio ou de outras aberrações, que se munem de capa preta, tridentes e outros apetrechos para fazer o mal, usando o álcool, galo preto, baixos pensamentos, fazendo uso de palavreados não condizentes com os princípios da Umbanda.
Para os umbandistas da atualidade exu são TRABALHADORES DA LUZ que exercem as seguintes funções:
- Agente da Magia Universal,
- Executor da justiça Kármica,
- Manipuladores das energias livres,
- Representam a polícia de choque do astral, enfrentando seres malqualificados e a magia negra
- Realizam limpezas energéticas mais pesadas, de energias não transmutáveis facilmente.
Exus apresentam energia muito próxima a energia dos humanos. Transitam por diferentes planos do astral. Trabalham nas encruzilhadas energéticas, no entrecruzamento energético das linhas da umbanda, no baixo astral, em locais de energias densas e como guardiões de portais que dão passagem às sombras.
Observando o gráfico das zonas astrais podemos ter uma noção melhor dos planos de atuação dos Exus, de sua proximidade com os humanos, bem como da atuação nos planos inferiores:












GRÁFICO DAS ZONAS ASTRAIS:



É importante compreendermos que existem em todos os Orixás os seus opostos negativos que representam o equilíbrio das duas forças positivas e negativas, agindo em harmonia quando o médium tá equilibrado, o negativo são os Exús de Lei ou Exus ligados aos Orixás, os Exus da Lei da Umbanda são entidades atuantes no nosso plano, como agentes do karma, sob as ordens de Ogum, todos os Guias ou Mentores trazem consigo Exus em evolução, liberados para atuarem junto ao médium nos seus trabalhos, mas quem anota o que essas forças fazem é Ogum, que é o Guardião da Lei Maior. Quando falamos negativos, não estamos dizendo ruins. Nos referimos à polaridades energéticas que se complementam.

ORIGEM


No início, o baixo astral era povoado por seres negativos, muitos vindos de outras dimensões, ou planetas, com a crescente involução do planeta, ou seja, guerras, racismo, perseguições etc., com o aumento dos sentimentos negativos, ódios, raiva inveja etc., esta fileira foi aumentando.
No caso especifico da linha da Quimbanda, acredita se que no caso dos Exus trabalhadores da faixa chamada Umbanda, a Quimbanda , começou como Quiumbanda, ou kiumbanda, originou-se das batalhas, das perseguições travadas pela ganância, exemplo, a Pagelância , culto aos ancestrais, e rituais praticados pelos índios, que foram perseguidos pelos brancos, que invadiram ( eles dizem que descobriram), suas terras, os negros africanos, (candomblé) perseguidos pelos brancos, que os escravizaram, tirando-os de sua terra amada, onde muito eram Reis, fortes guerreiros valentes, sacerdotes de suas Religiões e seitas; os brancos por sua vez, sentiam-se ameaçados, e melhores que as outras duas raças.
Estes quando desencarnavam, cheios de ódios, e sentimentos de vingança, não conseguiam enxergar nada além de sua sede de vingança, foram de juntando no baixo astral, ganhando forças, no ódio crescente na Terra, formando assim uma corrente negativa, a chamada Kiumbanda, com o passar do tempo, esta fileira continuou a ser engrossada por todo aquele que se julgava “mau”, não merecedor da Luz.
Mais tarde por influência do Astral Superior, e seus incansáveis trabalhos na busca da evolução destas almas, formou-se a Quimbanda, onde aqueles que aceitaram, a luz, ou a busca por esta luz, começaram a trabalhar nos ajustes dos karmas, seus e de outras almas, também foi “colocado” no meio destes, almas mais evoluídas para que pudessem orientá-los , e assim, separou as correntes, a quimbanda ou Kimbanda, é formada pelos Exus, trabalhadores da luz, ou seja seres que aceitaram ajuda, e que buscam evolução ,( e de todo não eram tão maus assim, como acreditavam) mas não estão fora da Lei de ação e reação, tudo que fizerem lhes é cobrado, bem como quando estão em trabalho na Umbanda, estão sobre os olhos da Lei, assim como todos nós.
Por trabalharem nos ajutes kármicos é que os Exus  são considerados executores da lei do karma.
A linha de Exus é uma linha independente, assim como Ibeji,(Yori-crianças), mas engloba-se no Plano número 1 da Umbanda, através do qual tem acesso aos planos positivos, por mérito e evolução, conseguidos através do trabalho junto a humanidade.
A Quimbanda, é uma linha paralela á Umbanda, pode se dizer então; que ‘tudo “é Umbanda, são linhas que se completam, que caminham juntas, uma não existe sem a outra, uma é a paralela ativa, outra a paralela passiva, esotericamente, entendesse que a paralela ativa seja Umbanda, e a paralela passiva é a Quimbanda, na verdade tudo faz parte da Umbanda, inclusive a Quimbanda , onde atuam os Exus. Isto faz com que se conclua que todo o espirito que recebe a denominação de Exu atua na Quimbanda, portanto são Exus da Umbanda, Exus da Lei. É importante não confundir eguns, zombeteiros, e mistificadores, com Exus. Exu é espírito trabalho da luz,  é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação com os seres encarnados.
Quando estudamos a origem cósmica da umbanda, vimos que juntamente com o espírito venuziando Thamataé (Cabococlo das 7 Encruzilhadas) veio para a Terra o seu irmão gêmeo, Kalami, o qual foi responsável por comandar os Agentes Mágicos (exus), usando como veículo um exu guardião (Exu das 7 Encruzilhadas) para se comunicar a través da mecânica da intuição.  Kalami governou anteriormente a cidade das pedras, Itaoca, onde a magia negra grassava em profusão, sendo o local depois conhecido com o nome de Sete Cidades, cujas ruínas permanecem até hoje no estado do Piaui.
Kalami, cujo nome esotérico significa “A serpente da Sabedoria da Tríplice Potencia” se tornou uma lenda, um dos muitos deuses dos antigos, como por exemplo Hermes, no Egito, que ninguém mais era que Toth, o venerável espírito oriundo de Óriun, que comandou a migração dos atlantes para o Egito, ou Manco-Capac nos Andes, que era um dos companheiros de Thamataê, quando de sua vinda para o planeta com seu mestre Aramu-Muru; e como eles, muitos outros.
Na antiga Atlântida, Kalami e Thamataé vieram com a missão de fundar os primeiros Templos de Luz na parte que restou do continuente Lemuriano (hoje África).
Quando o astral superior organizou a volta da Aumbandan, a Umbanda, no Brasil, Kalami manifestou-se como Exu das 7 encruzilhadas, ligado ao Orixá Oxalá, que veio em auxílio ao seu irmão Thamathae (Caboclo das 7 Encruzilhadas), para organizar o trabalho dos Agentes mágicos.

HIERARQUIA DOS EXUS


Cada um dos 7 Orixás Menores da umbanda tem Guardiões correspondentes para as sombras, ou seja, Emissários da Luz para as Sombras. Essas Entidades são chamadas de Exus Guardiões, os quais são serventias e elemento de ligação com os Orixás.
Os 7 Exus Guardiões são:
EXU 7 ENCRUZILHADAS — serventia direta de OXALÁ;
EXU TRANCA-RUAS — serventia direta de OGUM;
EXU MARABÔ — serventia direta de OXOSSI;
EXU GIRA-MUNDO — serventia direta de XANGÔ;
EXU PINGA-FOGO — serventia direta de YORIMÁ;
EXU TIRIRI — serventia direta de YORI;
EXU POMBA-GIRA — serventia direta de YEMANJÁ.

No seu desdobramento gráfico, os Orixás se dispõem em dois triângulos invertidos, como vimos na aula passada. Por serem os elementos de ligação e serventia dos Orixás, os Exus, se encontram nas intersecções dos dois triângulos invertidos, sendo que o sétimo estará no prolongamento das sete interseções. Essas interseções representam as ENCRUZILHADAS, daí o nome Povo da encruzilhada.




Quando falamos encruzilhada, entenda-se os entrecruzamentos vibratórios das linhas de força, onde os Exus são chamados a atuar, manipulando-as para diversos fins. No sentido popular, passaram a ser as encruzilhadas, caminhos que se cruzam, nas quais é comum vermos certas oferendas aos vulgarmente chamados compadres, homens da encruza, no entanto esta foi mais uma deturpação, trazida pela ignorância.
O que antes era normal, entregar oferendas, nas encruzilhadas, na certeza de que estas seriam recebidas pela vibração dos Exus de verdade, hoje , já não é mais seguro, pois , estas em sua maioria já foram tomadas, pelos, seres doentes, perturbados do baixo astral.

Para melhor compreensão da hierarquia dos Exus, é necessário compreender que cada um dos Exus Guardiões se desdobra em seis com o mesmo nome, que são individualizados e incorporantes. Denominam-se os EXUS COROADOS, e tem o grau de Chefes de Legião. São ao todo 42.
Esses Exus denominados Coroados, formam a Coroa da Encruzilhada. São coroados pois são os mais elevados dentro da Hierarquia dos Exus, ou componentes da Cúpula dos Exus, ditos guardiões. Receberam a coroa do compromisso de serem os Agentes da Justiça Kármica e Agentes da Magia Cósmica. Dedicam-se à prática do bem, e servem para policiar o baixo astral, seguindo a ordem dos Orixás, e também para anular a magia negra.
Cada um desses Chefes de Legião se desdobra em seis, que trabalham sob suas ordens, num total de 252, chamados de EXUS BATIZADOS e tem o grau de Chefes de Falange. Esses Exus também são incorporantes.
Estes igualmente se desdobram em seis cada um, constituindo um total de 1.512 Exus.
Das sombras para as trevas há os Exus pagãos  (1º ciclo), os quais arrebanham os kiumbas, rabos de encruza e toda sorte de almas aflitas, penadas, desesperadas e revoltadas.
A Hierarquia pode ser melhor visualizada através do gráfico abaixo:



Exus também trabalham ou manipulam as energias livres. Como energias livres, entendemos toda transformação de matéria em que há liberação de energia. A matéria física, transformando-se em matéria astral, libera energia física ou produz resquício de energia. A morte física, ao liberar o corpo astral do corpo físico denso e do etérico, libera energia, sendo que essas energias, se não forem transformadas ou armazenadas, serão utilizadas por Entidades malfazejas, nas mais diversas formas.
Muitos Espíritos desencarnados andam em busca de sensações e energias livres que lhes sustentem seus desejos e objetivos escusos. São como verdadeiros vampiros; aliás, são Espíritos vampiros, de aspecto horripilante, que aterrorizam várias criaturas não acostumadas com suas infelizes manifestações... Esses Seres Espirituais estão sempre próximos dos cemitérios ou dentro deles, ou nos matadouros, nos açougues, nas tão habituais churrascarias, nas casas de prostituição, nas casas noturnas onde há vários vícios, tais como tóxicos, álcool e exacerbação da luxúria etc.
Não fica difícil também perceber que nas encruzilhadas de ruas, onde há uma profusão de correntes mentais as mais disformes possíveis, coaguladas e condensadas, eles também orbitam, em busca de satisfazer seus desejos e necessidades mórbidas. Eis, pois, uma real interdição de se fazer as oferendas ritualísticas a Exu Guardião nessas encruzilhadas de ruas, onde passam transeuntes de todos os matizes e estirpes espirituais, sejam encarnados ou desencarnados. É por isso que muitas Entidades chamam essas encruzilhadas de ruas de portas cruzadas. Sim, são verdadeiras "portas", tanto de entrada como de saída, para as mais baixas regiões do submundo astral e mesmo para as regiões mais baixas e grosseiras do túnel de triagem, já em plena zona de transição com o baixo mundo astral. São também essas encruzilhadas de ruas, portas que se abrem ao que há de mais escuso em forças e Seres Espirituais que orbitam nos cemitérios.
Esses Seres Espirituais que orbitam nas encruzilhadas de ruas são os chamados Kiumbas, que estão a mando de verdadeiros magos-negros que se encontram em suas cavernas ou em seus reinos de feitiçaria e de bruxaria, nas covas ou cavernas de zonas subcrostais, como veremos logo mais. Esses kiumbas, Espíritos velhacos e trapalhões, verdadeiros marginais, arrebanham as almas penadas, aflitas e desesperadas, as quais vão engrossar a falange maldita do ódio e da revolta, são coordenadas por verdadeiros magos negros, gênios das trevas, filhos da insubmissão e da revolta, os quais mantêm verdadeiros exércitos de marginais de todos os estigmas e que, vez por outra, atacam as humanas criaturas que com eles se sintonizam ou se afinizam, através dos mesmos sentimentos, desejos e ações nefastas. É contra esse estado de coisas e fazendo oposição a esses Seres que atuam os EXUS. Todos esses Exus são, portanto, valorosos Guardiões das Sombras para as Trevas. Muitos deles são chamados de AGENTES DO EXU CAVEIRA* que na verdade é um Exu de Lei que comanda todos os Exus das Almas, sendo um de seus auxiliares avançados o Exu Tranca-Ruas das Almas, o qual é elo de ligação entre a Encruzilhada de Lei (os Entrecruzamentos Vibratórios dos Orixás) e o Campo do Pó (os Entrecruzamentos Vibratórios Humanos — das correntes de pensamentos pesados, que orbitam invariavelmente no campo do pó ou cemitério).
E pois completamente errôneo atribuir-se ao Exu Caveira certos trabalhos de magia negra feitos nos cemitérios. O que ocorre é que seus subplanos, vez por outra, são subornados. Sim, há suborno e deixam "passar em branco", ou até ajudam, determinados magos-negros desencarnados e mesmo encarnados em seus trabalhos maléficos feitos com as energias livres e deletérias dos cemitérios, manipuladas e endereçadas por esses caudais de subgrupos, os quais, quando são pilhados, são enviados a certas "zonas do astral inferior", onde estacionam através de profundos transes hipnóticos, através de efeitos mágicos promovidos pelos comandantes do exército do Exu Caveira, os quais lhes manipulam a tela mental visando equilibrar-lhes emoções e sentimentos. Isso, às vezes, pode demorar séculos.
Como vemos, nada fácil e nada de irresponsável tem o trabalho ou função do Exu Caveira e sua corrente. Também aproveitamos a ocasião para afirmamos que o Exu Caveira raramente se apresenta à clarividência e quando o faz não é na forma de esqueleto ou caveira. Seus enviados por baixo, os seus "criados", esses sim podem se apresentar como esbranquiçados e macilentos ou encapuzados, percebendo-se nitidamente as 2 órbitas oculares vazias. Não obstante serem Espíritos muito endividados, estão cumprindo sua parte, e estão na senda da reabilitação, claro que tudo na dependência de suas vontades e desejos, que são frenados e fiscalizados. Mas aí, como em qualquer locus, há o livre-arbítrio (nessas regiões, às vezes, o livre-arbítrio é relativíssimo e quase nulo). Salve pois o trabalho desse GRANDE AGENTE DA MAGIA DAS ENERGIAS LIVRES, pelo seu trabalho incansável, há milênios, em favor da melhoria do planeta, reajustando as almas insubmissas e ignorantes e aparando arestas do submundo astral, onde, através dele e seus comandados, atua a Misericórdia Divina.
Falando sobre os Exus e suas funções, não podemos deixar de citar que quem pratica as ações maléficas, como gênios do mal, não são os Exus, mas sim os marginais do astral, os quais são combatidos e frenados pelos verdadeiros Exus. Assim, carecem de maiores fundamentos os Filhos de Fé que os evocam para serem veículos de choques contundentes ou correntes maléficas que pretendam atingir outro Ser Espiritual, visando seu malefício. Quem em verdade recebe os ebós como carnes sangrentas, regadas a álcool ou outra qualquer bebida excitante, nas encruzilhadas de ruas e mesmo na "kalunga pequena" (cemitério), não são os verdadeiros Exus de Lei, e sim os Exus Pagãos e os Kiumbas, ambos "linhas de frente" dos magos negros, que de suas cavernas ou covas subcrostais os comandam nas mais baixas correntes mágicas (magia negra) ou mesmo nas correntes de atritos e perseguições a quem eles querem deleteriamente atingir, ou ainda aos Filhos de Fé que com eles se afinizem ou se sintonizem.
São esses exus pagãos e rabos de encruzas que, quando pilhados pelos verdadeiros exus, são disciplinados em verdadeiro "cárcere astral" que os impede de reencarnar, pois eles estão sedentos das sensações humanas que ainda precisam esgotar. Em obediência à Lei Kármica, Exu não lhes vincula o "passe reencarnatório", algo que os atormenta, levando-os às vezes, a verdadeira alienação mental, com completa deterioração de sua constituição astral, podendo assim permanecerem, em estado de latência, vários séculos. Como vínhamos falando, são esses marginais do astral e seus comandantes, os magos-negros, que se comprazem em fazer o mal e atender aos baixos desejos ou paixões desenfreadas das humanas criaturas, não os Exus de Lei, que têm funções kármicas até no reencarne, em seus aspectos técnicos ou de execução.
Outra importante função exercida pelos Exus é a função da limpeza de energias mais densas. Os Exus trabalham limpando energias não passíveis de transmutação, que são energias baseadas apenas nas sombras, sem efeito que possa ser transmutado em algo bom, que precisa ser apenas desintegrado.

RESUMINDO...

A  vibração Exu existe como intermediário como concretizador dos idealizadores, que são os Orixás, no mundo das formas físicas e astrais. Exu interfere no mundo físico e astral, no mundo mental essa interferência fica a cargo dos orixás que manipulam energias mais sutis.
Exu não é bom nem ruim, é apenas exu, mas uma coisa é certa: exu não é mau. hoje na Umbanda eles exercem uma função de regulador, é o termômetro das condições astrofísicas do planeta, todo o emocional, todos os instintos, todas as paixões, é isso que exu manipula, essas são suas demandas, neutraliza aqueles que se afinizam com os planos mais baixos.
Ouve se também dizer: que exu tem 2 cabeças, querendo significar que exu tem um lado que trabalha para o mal e outro para o bem, na Umbanda Esotérica, isto não faz, sentido, pois, teria que se acreditar que quando as entidades do bem vão embora , deixam os Exus para fazer o serviço “sujo” ou seja o mal.
Exu não é dúbio, pois se num espaço um orixá/caboclo “desce” para fazer caridade, como permitiria que exu baixasse e fizesse o mal, a lógica, o bom senso e a razão nos fazem refutar estas idéias.
Mas, vale lembrar, estes são espíritos em evolução, claro que se são aceitos como trabalhadores ou intermediários dos orixás, é porque têem noção do certo ou errado, quando fazem qualquer ato que esteja em desacordo com a Lei, também são enquadrados na Lei da Causa e Efeito, e do livre arbítrio, prejudicando, sua evolução, bem como a de quem lhes solicitou o feito.
Os Exus manipulam os elementos e as energias, as quais os orixás são senhores.
São espíritos em evolução, dentro de certas funções Kármica, o karma como sabemos tem reajustes e cobranças estas são feitas pelos exús que fazendo cooperam pelo equilíbrio da lei, equilibrando também suas próprias necessidades perante essa mesma lei.
Representam a policia de choque do astral,  que fiscaliza e freia o submundo astral, como vemos e ainda veremos mais, não são espíritos irresponsáveis, maus e trevosos, os verdadeiros maus e trevosos são aqueles que eles arrebanham , controlam e freaim. Manipulam energias livres e realizam a limpeza das energias não transmutáveis




AULA 10 - PONTOS CANTADOS - EM REVISÃO


AULA 11 - PONTOS RISCADOS


Definição
O ponto riscado é uma “ordem” escrita a uma série de entidades. Quando um médium risca um ponto irradiado por uma entidade, está mobilizando a falange que com ela trabalha, ou outra, direcionando a energia mobilizada para o objetivo desejado, dependendo do merecimento do consulente e da ética do médium.
 Os pontos riscados obedecem à vibração original ou flecha, da qual falaremos a seguir.
Tudo começa com 1 simples ponto (1 ponto sozinho nada produz em termos de magia, mas vários pontos geram uma linha e várias linhas fazem um ponto riscado).
Todavia é importante saber que o ponto riscado não produz nenhum tipo de magia se não for impulsionado pelo pensamento.
 Muitos médiuns acreditam que podem simplesmente riscar o ponto e que as entidades vão fazer tudo por ele. Vemos em muitos centros de umbanda médiuns riscando pontos que de fato nada têm a ver com os princípios dos pontos riscados.
É possível que em alguns casos a espiritualidade considerando o merecimento do consulente e o desconhecimento bem intencionado do médium, além de seu real desejo de manipular forças amorosas para aquele consulente, promova o necessário para o auxílio. Não se engane todavia o médium achando que está promovendo magia com pontos sem os elementos básicos dos quais eles se compõem.
 Os sinais aqui apresentados são os chamados sinais positivos, que propiciam apenas magia branca, digamos assim. De forma que não adianta a ninguém tentar fazer outro tipo de magia usando estes sinais.
 Breve consideração teosófica
Entendimento inicial do ponto
 • (ponto) • Deus – Ativo, Unidade , Energia absoluta
( • )  Natureza, Passiva, A divisão, Reflexo da Unidade, Ser Reflexo ,



Elementos básicos de identificação dos pontos riscados
 (Oriundos dos desenvolvimentos das linhas, eles são três)
 - Flecha: identifica a vibração - forma da entidade. –
 Raiz: identifica a origem (a linha, uma das sete, a que pertence a entidade).
- Chave: identifica o elemento que a entidade manipula, Grau hierárquico
 Sinais positivos que identificam cada ponto (são 7) (os negativos são ocultos)

 1 - Flecha ou vibração forma (identifica a forma como a entidade se apresenta):
 A Flecha, que é baseada na linha, que por sua vez é formada de pontos, representa o equilíbrio e a dualidade sendo, portanto, a vibração original ou reflexo da escrita divina. Sempre orientada para o alto, para o céu, em louvor e respeito às divindades que a ensinaram aos homens. No movimento da síntese da umbanda existem três manifestações formas:
- caboclo -    preto velho – criança
 2 - Raiz ou linha (uma das 7) na qual a entidade trabalha:
 - Oxalá - Ogum - Oxossi - Xango - Yemanjá - Yori - Yorimá
3 - Chave (identifica o grau hierárquico da entidade): - Guia - Protetor
Obs. E também se é chefe de legião, chefe de falange ou de sub falange.
 4 - Planeta regente (planetas sagrados) e signo zodiacal:
 - Sol - Lua - Marte - Vênus - Júpiter - Saturno – Mercúrio
 5 – Cor fluídica
6 - Elemento que manipula, tattwa*, corrente cósmica e metal correspondente.
 7 - Entidades que comanda: - Naturais - Artificiais

Sinais grafados

1. Flecha ou vibração – forma da entidade




2.  Raiz ou linha da entidade: (o sinal grafado na flecha)









5. Cor Fluídica: O triangulo da forma fluídico plasmado no astral pelos orixás é violeta , dourado e branco (que é cor da umbanda*)  e tem as seguintes representações para as diversas linhas:
 verde Caboclos: (Oxossi)
Azul\ amarelo  (Yemanjá)
 Verde\vermelho\branco, as cores de Ogum
 Marrom\  vermelho , Xangô
 Branco (Oxalá
 Anil  \ branco e preto (Yorimá, Pretos velhos:)
 Alaranjado \ rosa e azul, ( Crianças: Yori)

As cores são consequência dos sons. São vibrações.

Obs: A cor da umbanda esotérica é a do 7°raio, o da Magia (dirigido pelo C. Saint Germain, para se contrapor à magia negra, através de seu mediador que é o arcanjo Ariel).

Obs. A grafia das cores é dada apenas pela cor da pemba  usada para riscar o ponto , ( ou quanto estudarmos a magia do fogo, também será importante)






Observações
 O médium precisa controlar seu desejo de colocar no ponto todos os sinais ou desejar que “sua” entidade tenha uma alta hierarquia, pois isso nada significa no plano espiritual.
 O que importa é o trabalho na caridade, independente de tudo o mais. Naturalmente é preciso também compreender que não há como uma entidade de alta hierarquia se manifestar por um médium que não tenha na vida um comportamento condizente com a ascendência moral da mesma (semelhantes se atraem, diz o ditado). Que ninguém espere ser na vida uma pessoa raivosa, rancorosa ou ranzinza, ou quem sabe melindrosa, insatisfeita ou vaidosa, ou ainda egoísta, gananciosa ou arrogante, não tolerar ser contrariado, beber ou fumar, ser de fácil irritabilidade ou ainda ter uma vida sexual desregrada ou “casos” fora do casamento e ainda assim achar que vai receber uma entidade de grande luz, porque não vai mesmo. Podemos até riscar pontos que impressionem as pessoas, mas não podemos enganar o plano espiritual e desta forma nenhuma magia será mobilizada por ele, na medida que toda magia é mental (o ponto é um instrumento de concentração do médium).


Exemplo. Cabocla Jurema  Entidade Guia - Chefe da Linha de Oxossi,
 É preciso lembrar que existe apenas uma cabocla Jurema igual a que é Guia Chefe no nosso Grupo, com estas características. A entidade que se manifesta num determinado centro não é a mesma que se manifesta em outro. Isto quer dizer que muitas entidades podem até se apresentar com esse nome, o que não significa ser a mesma.

Explicações adicionais
Pode –se  observar que  as entidades podem ser “cruzadas” com outras linhas.
Exemplo , caboclo da linha de xangô cruzado com a linha de obaluaye,  terá grafado  ao longo da Flecha tanto a Raiz de xango (a linha original) quanto a de obaluaye (linha com a qual é cruzado). Ser cruzado significa que trabalha nas duas vibrações. Naturalmente uma entidade dessa hierarquia pode trabalhar em qualquer linha, mas originalmente trabalha nas duas. Ele poderia também ter grafado as duas Flechas com as duas Raízes, uma cruzando sobre a outra.

Outras informações.
 As entidades podem ainda ser “ligadas” com outras linhas. Estar “ligado” com outra linha significa que a entidade trabalha, eventualmente, junto com a outra linha, dependendo da necessidade do trabalho. A Flecha da linha não original à qual a entidade está ligada. É grafada ao lado da original, em tamanho menor.  Esta é apenas outra forma de se identificar. Poderia grafar três, por exemplo, ou ainda grafar uma virada para a direita, como deve ser originalmente quando a entidade grafa apenas uma Flecha, e outra para a esquerda.
* Normalmente  que cada médium recebe duas, no máximo três entidades (as demais geralmente são corpos de ilusão das demais), ou seja ,desdobramento da vibração, Exemplo:  se o caboclo Guia achar necessário em um atendimento trazer a Vibração de outro, traz desdobrando a vibração,  Isto no caso da entidade atuar no nível de Guia.
Alguns casos , o médium ser desenvolvido para trabalhar , abrir frequência com 7 orixas, (mas, não é comum)
 O Caboclo das 7 Encruzilhadas, por exemplo, o fundador da umbanda, manifestado exclusivamente no médium Roger Feraudy durante muitos anos (depois de Zelio,  claro, ver  História da umbanda), apresentava-se com vários corpos de ilusão, como Caboclo Anhangá (na vibração de Xangô), por exemplo, ou ainda como Simeon, o mago, entre outros, dependendo da necessidade da tarefa a ser realizada.








Mandalas:
Constituídas de um desenho circular, aonde no seu interior vemos formas e figuras variadas. É uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o Cosmo. No interior da Mandala temos sempre um ponto central, que representa sua essência, e dele partirão todos os demais elementos. Esse ponto representa Deus (consciência Universal, Deusa, universo cósmico)do qual partiu todas as coisas existentes no planeta. Existem dois tipos de mandala, mandala aberta, e fechada.

 Mandala aberta:
A ação da Mandala aberta é ampla e vasta, envolve a todos e a todo o terreiro. Dentro de um terreiro normalmente esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou pela Mãe espiritual, porque nesse caso está expandindo a energia para todos.

Mandala fechada:
A ação da Mandala fechada, é a ação concentrada, delimitada e limitada, a entidade neste caso cria um verdadeiro campo de força, usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios.
Na Mandala são colocados elementos simbólicos ancestrais, ao desenhar uma mandala, ou seja, ao ser riscado um ponto, é criado um instrumento sagrado.

Pemba:
A pemba é uma pedra de calcário, que nossos guias utilizam para riscar seu o ponto de energia de acordo com a sua vibração. Ela é parecida com um giz, e pode apresentar várias cores de acordo com a vibração ou linha da entidade.
A pemba consagrada pode ser ralada e utilizada para cruzar o ambiente e filhos de santo. Desta forma ela é soprada nos pontos cardeais do ambiente para que se de a firmeza, ou sobre o ori (chacra coronário) para dar firmeza e assentar energias.


Símbolos e cores:
Todos os Símbolos partirão de um ponto no interior da Mandala. Os símbolos e as cores da Mandala criam a força que define a ação vibracional da Mandala (Ponto riscado).

Mais sobre a  Grafia de Umbanda e seus significados:
Cada traço, cada forma tem um significado e de acordo com a ordem, a direção e a maneira como os símbolos se posicionam podem revelar muitas informações sobre a manifestação espiritual ora transcrita através do ponto riscado e sua missão de trabalho.
Círculo – O Universo, a Perfeição.
- Circulo aberto – energia expandindo;
- Circulo fechado – energia concentrada;
- Circulo com um ponto – ser supremo, símbolo de Oxalá;
 Um Círculo com Dois Diâmetros Entre Si – O Plano Divino, o Quaternário Espiritual.
Círculos Menores e Semicírculos – A fases da lua (símbolo de Iemanjá), força de luz inclui Iansã.
Círculo com Estrias Externas – O sol (símbolo de Oxalá).
- Hexagrama ( dois triângulos ) – masculino e feminino, as forças divinas
- Um Pentagrama -A Estrela de Davi e o Signo de Salomão
A Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.
- Balança, Machado ou Nuvem – Símbolos de Xangô e do Oriente
- Raio – Símbolo de Yansã ( mudança dos tempos, intensidade, forte energia)
- Espada Curva – Símbolo de poder e força, a luta do bem contra o mal, símbolo de Ogum;
- Espada Reta – Símbolo de Iansã.
- Coração – Símbolo do amor, da força dos sentimentos que unem os homens, símbolo de Oxum; a Flor também é um símbolo de Oxum.
- Tridentes – Símbolo antigo de força, representando a força do Deus Netuno que tinha no tridente a representação dos pólos que comandavam aquela civilização. Símbolo usado por exus e pomba giras devido ao sincretismo. Observam – se tridentes de risco quadrado para exus (compadres) e de risco arredondados para pomba giras.
- Cruzeiro – Símbolo das almas e do encontro dos desencarnados. Muito comum nos pontos de pretos velhos e exus de cemitério.
- Caveira – Não simboliza a morte. É a identificação dos espíritos que militam nas esferas da calunga pequena (cemitério).
- Flecha para cima – Símbolo da busca espiritual , do objetivo, do alvo a ser atingido. Símbolo dos falangeiros de Oxossi.
- Arco e Flecha – Símbolo dos falangeiros de Oxossi
- Fases da lua , Cheia – Símbolo da magia oculta, símbolo de Yemanjá,Crescente – Renovação de forças, Nova – Força plena, Minguante – descarrego ou pólo invertido
- Um Quadrado – O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar). (xango)
- Espiral - Para fora indica chamamento de força, retirando demanda.
- Coração com uma Cruz no Interior – Símbolo de Nanã.
- Traços Pequenos na Vertical (chuva) – Símbolo de Nanã.
- Cruz Grega Negra – Com pedestal, símbolo de Omulu.
Arco-íris – Símbolo de Oxumaré.
- Estrela Branca (Oriente) – Luz dos espíritos.


- Conchas do Mar – Símbolo das crianças.
- Águas Embaixo do Ponto – Símbolo de Iemanjá (mar).
- Pequenos Traços de água – Símbolo de Oxum.
- Rosa dos Ventos – Chamamento de força ou descarrego.
Existem muitas grafias utilizadas por nossos guias e essas são algumas mais comuns. Porém no Ponto riscado está o segredo e assinatura de cada entidade, aonde poderemos perceber símbolos ainda desconhecidos apresentados pelas mesmas.
Por isso cabe a nós o estudo e a avaliação, não só do Ponto riscado, mas da manifestação e da confirmação do Guia como um todo, onde tem que prevalecer sempre a energia que está vibrando.
Tábua de Ponto:
Os pontos podem ser riscados em qualquer local, porém se recomenda ao médium que tenha uma tabua de ponto confeccionada em madeira de boa qualidade (cedro ou pinho). Ao término do trabalho o médium deve sempre apagar o ponto no sentido horário com bucha vegetal e seca.
Bucha Vegetal Seca, para apagar os pontos riscados.



PONTOS RISCADOS - ESCRITA MAGISTICA DOS GUIAS SIMBOLOS
SIGNIFICADOS
Ondas do Mar – Iemanjá ou Povo do Mar, risco de Grande Força.
Sol – Força Criativa, Luz, Início da Criação
Cruz – Fé Cristã
Âncora – Esperança
Coração – Caridade
Flecha – Vibração de Caboclos
Raio – Força dos Elementos da Natureza
Tridente – Trabalhos de Magia
Espada – Vibração de Ogum
Estrela – Povo do Oriente, Alta Magia
Circulo Evolutivo – Símbolo de Amarração
Lua Crescente – Vibração Magnética da Lua
Saturno – Vibração dos Astros
Machado de Dois Cortes – Povo das Matas, Vibração de Xangô
Cobra – Símbolo de Cura
Cometa – Estrela Guia, Povo do Oriente
Arco – Oxossi e seus Caboclos
Espiral Ascendente – Evolução Espiritual
Balança – Irradiação de Xangô
Chave – Abertura de Caminhos Fechados


AULA 12 
DESPACHOS E OFERENDAS

DEFINIÇÃO
DESPACHOS: é uma espécie de magia, que podemos usar  para fins de magia dirigida, positiva ou negativa (Feraudy)
OFERENDAS: é um presente, uma oferta aos Orixás para captar vibrações, ou melhor, para harmonizar vibrações (Feraudy).

HISTÓRIA
O ato de realizar oferendas é um costume universal muito antigo, que não se sabe ao certo quando ou de onde se originou. Desde sempre o homem, em diferentes lugares e momentos históricos, no intuito de buscar soluções para os seus conflitos, fazia oferendas às forças e aos poderes superiores, pedindo em troca alguma forma de auxílio para seus problemas.
Com o passar dos tempos, cada povo, cada religião se desenvolveu e evoluiu sua forma de ofertar, criando rituais coletivos em locais, dias e horas marcados, no intuito de receber algo de bom como retorno. 
Os povos africanos e indígenas dos quais se originaram o culto da Umbanda, não foram diferentes disso.
No seio dos escravos havia muitos Seres Espirituais abnegados que, com paciência e persistência, transmitiam bom ânimo aos seus iguais, incentivando-lhes a resignação e a tolerância. Mas a verdade é que nem todos aceitavam esses valores. A grande maioria jamais se conformou com o peso das algemas e reagiu com ódio, sangue e violência, como também utilizaram-se de suas práticas religiosas, que já estavam deturpadas há milênios, degenerando-as ainda mais para a prática aberta da magia como agressão, violência, sangue e morte. Assim é que evocavam tudo que havia de mais escuso no submundo astral (kiumbas), como também nas zonas abismais, através de um baixo sistema mágico-vibratório, nas tão propaladas oferendas ritualísticas que utilizavam. Assim, a vingança se organizava de forma física e astral, perseverando o conflito racial nos dois planos da vida.
Os povos indígenas também tinham sido oprimidos pelos brancos, e muitos reagiram de forma idêntica aos seus irmãos negros. Assim é que o negro africano aportado no Brasil, em comunhão com as nações indígenas completamente degeneradas em sua cultura, inclusive no setor religioso, firmaram seus protestos na luta pela liberdade, nos seus sentimentos e desejos, através de seus ritos religiosos.
Dessa fusão surgiram e permaneceram praticamente até os dias atuais os mais variados ritos, os quais refletem os sentimentos e ideais de seus fundadores na época, nem todos com ideias e sentimentos nobres. A maioria desses ritos já amalgamados e sincretizados tinham como base sentimentos de ódio e vingança, que se consubstanciariam nas práticas mais baixas da magia, na própria magia negra em ação, alimentada com um baixíssimo e agressivo sistema de oferendas.
O uso de animais presente em rituais desde tempos remotos como oferendas, foi deturpado por muitos seguidores dos cultos africanos. Muitos africanos originalmente tinham conceitos metafísicos e esotéricos da mais alta escola iniciática que, infelizmente já perderam-se há muitos milênios. Inicialmente usavam o sangue vermelho animal, por exemplo, sem sacrificá-lo e vibrava esse sangue, numa determinada Lua, sobre o ori (cabeça) do indivíduo, fazendo então uma transferência de elementos vitais, que era o axé, tudo relacionado com os Elementares e os elementos radicais da Natureza, tais como: o fogo, a água, a terra e o ar. Era o único ritual em que se usava o sangue animal vermelho e assim mesmo sem sacrificá-lo, e não para louvar Orixá  ou "assentar Orixá" ou qualquer outra Entidade sobrenatural, quer seja no mundo físico ou astral.
Porém, os Cultos de Nação Africana, de há muito não praticam esses puros e reais ritos iniciáticos. Infelizmente inverteram-nos e interpolaram-nos e essa Tradição foi postergada. Foi a má interpretação de alguns homens associada à intenções de usar a magia com finalidade de violência, ódio e vingança que deturparam o uso ritualístico das oferendas, passando a fazer uso desenfreado e negativo do sangue e da matança de animais.

O entendimento que se tem na Umbanda é de que Orixá ou qualquer outra Entidade de Luz não se compraz com a agonia de um ser vivo, quer seja para louvá-lo ou para ritualizá-lo.

PRINCÍPIOS
            Segundo Norberto Peixoto, no Brasil é muito comum observarmos o acúmulo de oferendas nas ruas, esquinas, praças, praias e outros locais públicos. A legislação do estado do Rio Grande do Sul protege esse tipo de oferenda, em função da defesa da liberdade religiosa.
            É sabido que há diferenças entre os cultos de Umbanda, Candomblé, Batuque entre outros cultos de matriz afro. Mas, infelizmente, há muitas pessoas que se dizem umbandistas e fazem oferendas em locais externos. Acabam assim contribuindo para que as pessoas que não tem conhecimento julguem pejorativamente esse ato e os atribua aos umbandistas de modo geral. Quanto em verdade sabemos que é fundamento da Umbanda não realizar despachos em encruzilhadas, com animais mortos, poluindo os espaços públicos.
            Norberto Peixoto nos traz importante questionamento sobre esse aspecto: “Como que essas religiões, que defendem e cultuam a natureza, fazem esse tipo de coisa? “ A questão é que o problema não são as religiões e sim as pessoas que praticam, sem conhecimento esses atos, denegrindo a imagem da Umbanda.
            A Umbanda defende o culto ao Orixás sem denegrir a natureza, sem polui-la. Não se usam materiais poluentes como plástico, vidro, papel, fitas, laços. Apenas aquilo que pode ser degradado naturalmente. Além disso, procura-se respeitar os limites das outras pessoas, não agredido nem violentanto consciências ou o espaço que é de todos.
            As oferendas junto a natureza seguem o princípio de que essas ofertas sejam compostas de energias primárias dos quatro elementos. A ideia é restituir à natureza aquilo de que se está precisando para refazimento, para recomposição do equilíbrio mediúnico, e assim mantendo respeitosamente a hormonia da natureza doadora. A simples presença junto a natureza já seria suficiente para tonificar o homem. Na verdade, as oferendas são um mecanismo de auxílio válido que serve de apoio externo para um intercambio magístico com os elementais. A força mental das invocações no momento da oferenda é que acessa a assistência amorosa dos bons espíritos, que utilizam-se da energia pranica dos objetos oferendados para harmonizar a egregora coletiva ou o objetivo oferendado.
Nenhuma oferenda deve agredir a Natureza, sob qualquer aspecto (daí, também, a Umbanda não trabalhar com sacrifícios). Portanto, não devemos deixar garrafas, lixo, material que a Natureza não absorva etc.
A verdadeira oferenda é uma restituição de energias, o que equilibra o indivíduo e lhe ativa várias funções.

            Outra questão importante a ser esclarecida é que Umbanda não recorre a sacrifício de animais, nem ao uso de sangue. Entendemos que tais práticas são legítimas de outros cultos. Respeitamos e compreendemos esta prática. Entendemos que, em alguns casos, muitos curiosos se dizem praticantes do ritual africano, mas dele não conhecem absolutamente nada, fazendo com que muitos acreditem que os rituais de nação são bárbaros e fora de propósito. Os que assim pensam é porque, com certeza, não estiveram num ritual de nação seleto; viram sim é misturas em cima de misturas, repletas de deturpações, algumas até absurdas, que são sim pontes de ligação com o mundo trevoso, com seus kiumbas, arregimentados pelos sorrateiros e não menos frios e calculistas magos-negros do reino da Kiumbanda.
Embora esses agrupamentos sejam pontes para o baixo astral, de todas as formas a Corrente Astral de Umbanda está interpenetrando lentamente esses subúrbios avançados do submundo, na expectativa de frenar sua ação. Não somos a favor das matanças, ebós, obis e orobôs dos Cultos de Nação Africana, mas não podíamos atribuir a eles fardos que não lhes são devidos. Acreditamos que tudo tem uma razão de ser e existir; assim, acreditamos que o Culto de Nação atende aqueles que ainda estão presos karmicamente ao seu tipo de ritual, que ainda necessitam deste tipo de prática, por interpretarem que a religião é assim. Entendemos que essa é a forma que eles entendem a religião. Nós compreendemos diferente. Mas o que nos interessa no momento são as oferendas na Sagrada Corrente Astral de Umbanda que existe sim, mas para movimentos de forças mágicas, nunca com o uso de animais, vísceras ou sangue. A oferenda na Umbanda é mágica. Procuram-se elementos básicos, pois interessa-nos sua repercussão no plano etérico e astral, como também a movimentação mágica que vem pela evocação dos elementares, os ditos Espíritos da Natureza.
Pelo exposto, concluímos que a oferenda é inerente à movimentação das forças mágicas e essas são movimentadas através dos elementos radicais da Natureza, que se associam aos sólidos, líquidos, gases, éteres, etc. Também movimentam e atraem a corrente de Elementares, Seres Espirituais que não encarnaram ainda uma só vez sequer, e que estagiam nos reinos da Natureza, sendo que, em última análise, as oferendas estão diretamente ligadas aos Elementares, que podem ser serventias de um Caboclo, Preto-Velho, Criança e mesmo de um Exu Guardião, que também sabe como movimentá-los.
            A prática de sacrifício de animais seria um contra senso, pois Umbanda é amor, cultua as forças da natureza, honra tudo que é vivo. Seria imcompatível seifar uma vida e ao mesmo tempo fazer caridade, que é a essência do praticar amoroso que norteia a umbanda.
            É muito importante distinguir as oferendas comuns na umbanda, ligadas com a magia da natureza, dos despachos de encruzilhadas, que alimentam o astral inferior, em processo simbiótico vampirizador, fruto dos interesses mundanos de médiuns macumbeiros que a tudo resolvem para seus consulentes, com vistas a ganhar dinheiro com seus trabalhos. Esses despachos não tem nenhuma ligação com a Umbanda. Esse tipo de despacho é recebido por kiumbas, geram carma negativo para as pessoas que os solicitaram e para o médium que doou energia para fazê-lo. Interferem negativamente no livre arbítrio de quem é endereçado o trabalho e, portanto, não tem conexão nenhuma com o que se prega na umbanda. A umbanda respeita livre arbítrio, o merecimento individual.Não pratica oferendas nem despacho que possam prejudicar o próximo.

Ao contrário do que muitos pensam, as oferendas não são Obrigações. Nenhum Orixá ou Espírito Superior obriga alguém a oferecer algo.
Também não podemos confundir as oferendas com o ritual de amacy. Amacy é um ritual feito para os médiuns, que só deve ser executado por um Iniciado, com alguns conhecimentos fundamentais e específicos.
Mais um ponto importante: A oferendas não são para os espíritos COMEREM, mas para que absorvam teores energéticos de suas emanações. As entidades não comem as comidas que oferecemos e sim se beneficiam das energias dos elementos que oferecemos. Por isso também que não precisa-se deixar os elementos largados ou “sujar” a natureza como diriam os menos esclarecidos, evitando também que os nossos irmãos que trabalham nas limpezas de nossas ruas não se machuquem com cacos de vidros ou coisas cortantes que podem vir a quebrar.
Nós umbandistas não somos contra as oferendas, mas sim contra alguns tipos de oferendas e contra o excesso delas. Pois existem médiuns e assistentes dentro da Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão os seus objetivos e fazem isto com tanto frequência e fé que acabam se “viciando” nesta prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas.
Deveriam saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o conseguem por não estarem habituados a fazer as coisas de maneira simples e espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para canalizar sua fé.
É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser orientadas, explicadas e justificadas.
Exemplos positivos: axés para pedido de miseriocordia, elevação do campo epiritual de alguém doente, pedido para afastar energias sombrias do caminho,  casos graves de saúde , sempre com o intuito de pedir interseção no carma, e  não para “mudar” o destino, tipo negociar com Deus, etc.
No Raios de Luz, despachos, são usados apenas de limpeza e abertura,  o restante que fizemos são oferendar.


COMO FUNCIONA UMA OFERENDA

As oferendas são atos magísticos-religiosos que podem ter as finalidades de agradecimento, pedido de ajuda, desmanche de magias negativas, descarga, purificação, firmeza de força na natureza e assentamento de forças e poderes espirituais e divinos.
Como já dissemos, nós umbandistas, fazemos oferendas apenas quando necessário. Porém não podemos ser fanáticos, acreditando que somente conseguiremos resolver os nossos problemas através de oferendas. Quase em todas as vezes, uma simples oração bem intencionada pode fazer um milagre. Somente com a fé verdadeira podemos realizar nossos sonhos e desejos. 
Há momentos na vida do médium ou do consulente em que há necessidade de uma troca energética mais intensa com os elementos da natureza. Essa necessidade pode ser percebida pelo próprio médium, sempre instruída pelas suas entidades e pelos dirigentes ou pelos guias chefes de uma casa espiritual.  Sim

Observada a necessidade, é fundamental que o médium se instrua a respeito do que irá fazer, sempre buscando conhecer os procedimentos para a realização de sua oferenda. Esse conhecimento pode ser buscado com os dirigentes de casa e guias espirituais, além das fontes de literaturas sérias que tratem sobre o assunto.
As oferendas na Umbanda são parte de sua ritualística e estão relacionadas à restituição, à purificação, à filtragem, ao equilíbrio e à movimentação de forças energéticas que são necessárias à vitalidade do ser humano. Essa troca energética ocorre com o uso dos quatro elementos da natureza: água, fogo, terra e ar.
Estes elementos da natureza podem ser representados fisicamente pelos seguintes instrumentos ritualísticos: ÁGUA:sucos, guaraná, sumos de ervas, chás, cerveja e etc; TERRA:frutas, raízes, legumes, verduras, fumo, ervas e etc; FOGO E AR: velas, incensos, defumação, cigarro, cachimbo, charuto e etc. É importante saber que todos os elementos colocados na oferenda adquirem poderes magísticos e são utilizados para o benefício da pessoa que ofertou.
Cada Orixá terá elementos que correspondem a sua vibração, terá bebidas, frutas, ervas, cores de velas específicas para sua energia vibracional.
Os efeitos de purificação e todos os benefícios da oferenda são “proporcionais” à intenção e à energia com as quais se ofertou. Portanto o que vai no mental e no emocional do médium que realiza a oferenda é de extrema importância e fará toda diferença para o que está sendo oferendado. Bons pensamentos e sentimentos verdadeiros voltado ao bem, são essenciais. Se o médium que realiza uma oferenda emanar pensamentos e sentimentos negativos estará dando força a esse tipo de fluido no momento de oferendar.

Cada planta, fruta ou bebida emana certo tipo de energia através da cor, do nutriente ou do magnetismo do material usado.
·         As frutas são elementos essencialmente vitais, sendo carregadas de prana ou éter vital.
·         As bebidas, inclusive as bebidas alcoolicas, são  providas de elementos voláteis ou aéreos, e também possuem equivalência de éter refletor (um tipo de estado da matérica etérica).
·         As velas são compostas de elementos fixadores, ao mesmo tempo que são potentes catalisadores da ideia e dos desejos. Enquanto perdurar a vela, os mesmos são amplificados e repetidos incessantemente. O elemento ígneo-aéreo representado pela queima do fumo, através de charutos, condensa as ideias, que logo atingem o éter químico (outro estado da matéria etérica), desencadeando os processos de transferência, que em resumo refletem a oferenda. O número, a cor e a disposição geométrica das velas são de suma importância, caracterizando e direcionando vibrações. Assim, para efeitos espirituais, são utilizadas número de velas ímpares; para efeitos materiais, velas pares, sempre harmonicamente dispostas e nas cores que vibrem com as intenções da oferenda ritual e para o orixá correspondente.
·         As flores são elementos abundantes em prâna, sendo também fonte de substâncias etéricas, as quais são esparramadas e formam o substrato etérico que conduz a ideia e desejos, que encontram ressonância no plano astral, se refletindo sobre o plano etérico potencializado e ativando certas energias que encontram realização no plano denso da vida.

Conforme os elementos sólidos vão se consumindo, produzindo gás carbônico e outros, além de água, tudo isso vai gerando energia, vai liberando energia no plano etérico. Essa energia liberada é usada pelos elementais para “construirem”o que foi emanado e pedido mentalmente pelo médium, ou seja, darão energia para concretizarem o que foi pedido, conforme as intenções depositadas.
Assim, em suma, se processa em ações e efeitos a oferenda ritual. O médium monta a oferenda com os elementos correspondentes a oferta que deseja fazer, considerando para qual orixá e qual intento. Deposita intenção e força mental focado no que está direcionando com a oferenda (se for um agradecimento agradecendo, se for no sentido de equilibrio mediúnico, fortalecendo tal intenção, etc). O mental do médium associa-se a energia dos elementos usados na oferenda (das frutas, ervas, flores, velas, bebida), pois cada elemento usado tem uma força éterea, uma energia, que chamamos de prana.  Assim que preparou-se tudo, as entidades juntamente com os elementais levantam a força energética dos elementos presentes na oferenda e direcionam essa energia para executarem o trabalho.
Assim, as oferendas tem seus elementos energéticos retirados no momento em que executamos a oferenda. Assim que preparamos tudo e que mentalmente pedimos o direcionamento do trabalho, a força energética é levantada e tudo aquilo que as entidades precisam para o direcionamento da energia daquele trabalho é retirado e executado. Se assim acontece, não temos que deixar todos os elementos largados para que outras pessoas, ao passar por ali, por falta de conhecimento, nos juguem por aquilo que nem conhecem. Podemos muito bem aguardar um determinado tempo e retirarmos os elementos e já encaminhá-los ao lixo e, de preferência, separando os produtos que podem ser reciclados.
15 ou 20 minutos são necessários para execução do trabalho, em geral. Alguns elementos podem ser liberados na própria natureza como bebidas ou até alimentos que não venham a deixar mau cheiro; basta retirarmos os potes, frascos e garrafas nos quais possam estar contidos os elementos.
Existem outros tipos de trabalhos,  porém,  que requerem mais tempo, mas a estes devem ser direcionados pelos Guias e de preferência em lugares onde não atrapalhem outras pessoas, pois o seus direitos religiosos terminam onde começam os de outras pessoas.

Vamos pensar nisso?
PARA FINALIZAR...
Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda ao sempre se deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda se deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade. Vamos a ela:
“Material necessário:
·      01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar entre as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
·      01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
·      Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
·      01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em retribuição, para não "desandar" a massa.

Modo de Preparo:
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro.
Coloque em frente ao Gongá e reze a seguinte prece:

"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."

Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar: Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”


REFERÊNCIAS
Protosíntese Cósmica (Rivas Neto)
Umbanda essa desconhecida (Roger Feraudy)
Exu o poder organizador do caos (Norberto Peixoto)
Umbanda de A a Z (Norberto Peixoto)
Texto de Rogerio Malena (Médium trabalhador da C.E. Caboclo Urubatan)



AULA 13

Povo Cigano na Umbanda


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"Somos livres, nascemos livres e a liberdade nos dá a responsabilidade de evolução, crescimento e vontade, a consciência é o único bem nessa Terra que vocês irão realmente aproveitar em vossas liberdades espirituais, por isso cuide muito bem dela, encha-a de moralidade, bons conhecimentos e bons atos. Consciência é o que vocês precisam para adquirirem a felicidade plena em vossas almas, Deus dá a matéria prima, cabe a vocês usarem e aproveitarem da melhor forma possível! Opcha!"
Cigano Ezekiel

“O Céu é meu teto, a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião"

 

Linha do Oriente


A Linha do Oriente foi formada no plano astral há muito tempo atrás, ela é anterior à própria Umbanda. Ela é um agrupamento de seres divinos, mestres ascencionados e espíritos iluminados.
Neste agrupamento chamado de “Grande Oriente Luminoso ou Círculo Luminoso do Grande Oriente” estão muitos irmãos atlantes, lemurianos, celtas, persas, incas, astecas, peregrinos, instrutores, magos, budistas, indianos, tibetanos, espíritos das mais antigas e diversas civilizações do planeta. Este agrupamento é o sustentador de várias religiões e formas de atuação espirituais em benefício dos seres humanos em evolução.
A Linha do Oriente guarda todo o conhecimento de todas as civilizações que aqui viveram, sobre todas as religiões, as tecnologias, as ciências (das naturais às medicinais e às nucleares), de todas as formas de Magia, enfim, todo o conhecimento relacionado à espécie humana desde a sua origem.
Dentro da Umbanda, chamamos os Guias que trabalham sob esta irradiação de “Linha do Oriente” ou “Povo do Oriente”.
A palavra “Oriente” não está relacionada ao mapa do planeta, mas sim, ao Oriente relativo ao nascer do Sol, quando os primeiros raios luminosos surgem sobre o planeta para aquecer e mostrar o caminho. “Oriente é Luz, é iluminação, é brilho, é ascensão”.
Esta linha de trabalho e ação começou a se manifestar nas casas de trabalho umbandistas a partir do séc. XX para atender à necessidade de vários irmãos que estavam no plano astral precisando trabalhar através da Caridade, mas que não se encaixavam nas demais linhas já conhecidas.
O Povo do Oriente é regido pelo Sagrado Pai Oxalá e pelo Sagrado Pai Xangô, é sustentada pela luz da Fé e pelo Fogo Sagrado que aquece o espírito. O seu patrono é Xangô, representado por São João Batista.
Os Guias das irradiações do Oriente estão entre os Guias que se manifestam nas casas de trabalho, são Guias como todos os outros e respeitam as normas de conduta da casa e o livre arbítrio de seus médiuns. Incorporam normalmente, dão passes, fazem consultas, apenas possuem uma irradiação que os permite uma vibração na linha do Oriente.
Os Guias da linha do Oriente tem sua vibração primordial  relacionada à ascensão espiritual e à cura do espírito e do corpo. Atuam muito nos trabalhos e atendimentos relacionados à saúde.
Tem como missão auxiliar na humanização de nossos corações endurecidos, na elevação de nossas vibrações e dos nossos pensamentos, no aumento da nossa Fé, em nossa elevação moral e ética, na evolução dos nossos mentais divinos.
Em suas giras podem se apresentar Guias das mais diversas origens. Normalmente, falam muito pouco, tem um linguajar correto e culto, quando precisam passar alguma orientação usam frases curtas com significados profundos. Procuram fazer os consulentes compreender as causas de suas enfermidades e assimilar a necessidade de mudança de seus hábitos pessoais, de seus pensamentos e sentimentos, a fim de se elevar e buscar a sua própria cura.
Por ser uma linha universalista as informações sobre as suas ervas principais, o seu dia, ponto de força e oferenda não foram estabelecidos. O Povo do Oriente não costuma pedir oferenda, por isso não há uma regra. A sua cor fundamental é o dourado.

CLASSIFICAÇÃO DA LINHA DO ORIENTE - Suas Falanges, Espíritos e Chefes:

01 - Falange dos Indianos:
Espíritos de antigos sacerdotes, mes­tres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos inte­gran­tes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.

02 - Falange dos Árabes e Turcos:
Espíritos de mouros, guerreiros nôma­des do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A maioria é muçulmana. Uma Legião está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a misteriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruê.

03 - Falange dos Chineses, Mon­góis e outros Povos do Oriente:
Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curiosamente, uma Legião está in­te­grada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia ne­gra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.

04 - Falange dos Egípcios:
Espíritos de antigos sacerdotes, sacer­dotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.

O5 - Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas:
Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.

06 - Falange dos Europeus:
Não são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética. Espíritos de sábios, ma­gos, mestres e velhos gue­rreiros de origem européia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a chefia do Impe­rador Marcus I.

07 - Falange dos Médicos e Sábios:
Os espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é integrada por médicos e tera­peutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia.

CIGANOS


Os Ciganos são entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio da linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material, energética, elementar e natural, enquanto que o povo do Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.
Os Ciganos são entidades livres. Não se faz  firmezas ou assentamentos para ciganos, nem dentro da casa de Exu, ou em qualquer lugar do terreiro. O que se tem em geral é um altar, com elementos relacionados aos ciganos, como um ponto de força, de fixação da energia cigana, para que médiuns possam entrar em sintonia com seus guias e com a energia do povo rosa. Em geral nesse altar há a representação dos 4 elementos, imagem de Santa Sara Kali.
Essas entidades não trabalham a serviço de um orixá em específico. Trabalham em paralelo e conjugados com as demais da linha da umbanda. Seu compromisso maior e primordial é com a caridade e não com alguma linha em específico.
Não se firma cigano como guardião. Os ciganos são protetores, e não guardiões. Cigano trabalho em todos os lugares, é livre para trabalhar e precisa dessa liberdade para sua evolução.
Os ciganos podem trabalhar dentro da linha de Exu, porém sem função de chegia e de guarda. Já os exus ciganos e Pombagiras ciganas são Exus e Pombagiras como outros quaisquer, exercendo funções que qualquer Exu ou Pombagira exercem. Em resumo, Cigano é uma coisa. Exu cigano é outra. Eles tem funções diferentes, embora tenham a mesma origem cigana.
Os ciganos se manifestam na Umbanda justamente por ser esta ser uma religião aberta, que acolhe as diferenças, que dá liberdade para qualquer linha de trabalho que faça a caridade.
É muito comum que os médiuns se facinem e tenham excesso de culto por essa linha, pelo fato de serem muito alegres. Por vezes, começam vaidades, roupas enfeitadas demais, bebidas em excesso, fumo em excesso, e, assim, infelizmente, muitos espíritos que ainda estão em desenvolvimento se perdem junto com esses médiuns facinados.
Os ciganos trabalham com os 4 elementos da natureza: terra, água, ar e fogo.
·         Elemento terra: os ciganos distinguem cada pedra e tem conhecimento sobre elas; assim, manipulam o elemento terra. Cada pedra tem uma razão para ser usada e uma necessidade. Uma pedra quando passada em uma parte do corpo ou ao segurar uma pedra é possível fazer com que o indivíduo se descarregue ou seja energizado. É na terra que encontra-se a firmeza para enfrentar a vida, resgatar carmas e continhar a caminhar.
·         Elemento água: podem utilizar copos ou taças com água. Pela água conseguem ver se não há maldade no que está sendo pedido. Enxergam se há pureza no coração das pessoas, pois a água funciona como um espelho que reflete o que há no interiro de cada um. Conseguem ver com clareza o que foi feito por cada um e o porquê de estarem colhendo o que não querem colher.
·         Elementos ar e fogo: podem utilizar o cigarro e com ele estar manipulando esses dois elementos. O fogo é usado para queimar invejas, miasmas, larvas e cascões astrais.
Nem sempre esses elementos são usados de uma só vez. Os ciganos não precisam diretamento deles, podem plasmá-los, usando pra isso o ectoplasma do médium.
Para um cigano trabalhar na caridade não é necessário um baralho, uma taça de vinho ou qualquer outro elemento. Eles podem usar, e usam, elementos da natureza. Entretanto, quando estão incorporados nos médiuns, a energia de trabalho e o próprio corpo do médium limitam a visão e o campo de ação da entidade
Entre as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros. Da mesma forma temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.
Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE.
Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida, mas a de trabalho pode ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.
É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até as próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas, como grandes instrumentos magísticos de trabalho.
Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.
Gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante música, dança, frutas, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com jarras de vinho tinto com um pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Não podemos esquecer: flores silvestres, muitas rosas, velas de todas as cores e, se possível, incenso de lótus.
Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser.
Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais.

Livro: Diário Mediúnico Norberto Peixoto




AULA 14

LIMPEZA ENERGÉTICA DE FIM DE ANO NA UMBADA

A Limpeza na Umbanda, propicia uma renovação  energética. Com seus elementos de trabalho traz energias de  mudanças  e desimpregnarão de energias mórbidas, pesadas, negatividades, etc. Trata-se de uma espécie de grande “faxina energética” que propicia  purificação e transformação  à pessoa que a recebe, proporcionando condições energéticas positivas para a pessoa iniciar um novo ano.
Ao realizar uma limpeza energética deste tipo, a pessoa recebe uma "marcação", ou seja, recebe fitinhas de pulso, chamadas de segurança de ano. Esta “segurança”, recebida após a limpeza, é a confirmação da proteção espiritual da pessoa para o ano que se inicia. Através desta segurança a pessoa  torna-se “ligada”  à egregora de proteção do  terreiro, o qual passa a exercer  uma manutenção energética e vibratorial positiva sobre ela.

O PORQUÊ DAS LIMPEZAS DE FIM DE ANO?

Cada ano é regido por um orixá que é acompanhado por outros orixás. A determinação de qual orixá irá reger o ano é dada através de várias formas, nós da Umbanda, observamos os movimentos astrológicos, o dia da semana que se inicia o ano, a orientação dos Guias de nossa casa, assim como a observação dos movimentos de oráculos. Para melhor entrar em sintonia com estas regências, entre outras coisas, deixarmos para trás as energias densas do ano que finda, para tanto, iniciam-se as limpezas de fim de ano.
Esta limpeza que ocorre normalmente em dezembro, antes de terminar o ano, é diferente das demais limpezas feitas ao longo do ano, pois é realizada com o axé de todos os orixás, mais:
·         07 varas de marmelo (que pertencem a Iansã, para cortar as demandas, limpar espíritos nefastos ou perturbados
·         7 espadas de Ogum (que vence demandas, corta o mal, afasta as sombras)
·         a vassoura de Xapanã feita de palha ou com 07 cores de tecido, (para varrer as doenças e feitiçarias)
·         7 velas (1 para cada orixá, que completa os 7 campos energéticos, trazendo equilíbro)
·         pacote de axé do limpeza pesada (Exu Bará, e para muitos Orixá Bará)
·         pacote de axé da Orixá Oxum, (para trazer abundância, material e afetiva)
·         pacote de ervas de Oxóssi e Jurema (cura, conhecimento, equilíbrio verdade)
·         pacote de Oxalá, nosso Pai Maior (para trazer paz, sabedoria, amor, sustentação de nossa espiritualidade).

Para ajudar a manter a vibração recebida, o axé recebido, distribuímos um patuá dos regentes do ano que inicia. Em alguns casos, é feito o que chamamos de “ marcação” dos que fizeram a limpeza e segurança amarrando-se ao pulso ou tornozelo um pequeno cordão feito de linhas com as cores dos orixás regentes (ou mesmo dos 7 orixás). Esta marcação com o cordão de linhas significa que a pessoa estará preparada e segura para enfrentar o ano que vai vir.
Receber as "marcações", as fitinhas de pulso, que são chamadas de segurança de ano,  após a Limpeza, significa  a confirmação da proteção espiritual da pessoa, ou seja, a pessoa torna-se “ligada” à egregora de proteção do terreiro. O terreiro passa então a exercer uma manutenção energética e vibratorial positiva sobre essa pessoa. Esta marcação, esta segurança, em alguns casos bem específicos, pode ser cruzada especificamente para a pessoa, através de uma guia, colar de contas ou fita trançada, ou cristal uso pessoal.
Este tipo de limpeza energética é feita por médiuns, ocorre dentro de um círculo de cristais e pedras, consagrado e preparado anteriormente, oferecido ao Senhor Deus, a Grande Deusa, e os orixás da Umbanda.
A limpeza na Umbanda, propicia uma renovação energética, trazendo uma mudança de energia e desimpregnação de energias densas e negativas, afastando miasmas astrais, e todo o tipo de energia pesada. Assim através de radical transformação energética a pessoa esta apta a "recomeçar" na nova gestão de um ano que inicia...

SUGESTÃO DE BANHOS PARA O FINAL DO ANO:

Os Banhos de Ervas são transmissões de forças magnéticas para fortalecer, descarregar e limpar a aura, e o perispírito do membro da corrente ou do consulente.
Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Guia de Trabalho.
As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas.
Para este momento de encerramento e início de ano, sugerimos dois banhos que devem ser tomados em sequência:

1º ) Banho de sal com arruda –
·      Sal – O sal grosso tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta. O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas, capaz de neutralizar campos eletromagnéticos negativos. Quando misturado em água é capaz de puxar íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, por isso absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar. Impede que a inveja, mal olhado e outros sentimentos negativos se aproximem. Em banhos renova a energia interna e a vontade de viver, neutraliza a eletricidade do corpo, descarregando energias negativas.
  • Arruda – Planta de odor bem forte que pertence a Oxóssi e Exu. O uso medicinal é contra verminoses e reumatismo em chás, e o sumo aplica-se para reduzir feridas.Muito usada contra maus fluídos, inveja, olho-grande, e para benzimentos. Erva muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. É um ótimo protetor astral, descarrega larvas astrais e energias enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas resultantes de acúmulo de pensamentos negativos e de atuações de baixo astral.

2º ) Banho de mel e malva cheirosa –
·         Mel – O mel tem a potencialidade de harmonizar o espírito, curar as feridas, cicatrizar e curar mágoas. Elemento que propicia a boa comunicação e ligação. Ou seja, nos liga ao próximo, ao Divino, sempre de forma pura e desinteressada. O mel está associado a fartura, a doçura, prosperidade, a ressurreição, transmutação, ao próprio Cristo em sua essência, símbolo da perfeição. o mel simboliza o amor fraternal o alimento da alma.
·            Malva cheirosa – Planta que pertence a Oxum, Oxóssi e Oxalá. O uso medicinal dos banhos com essa erva auxiliam a  tonificar a circulação e purificar o sangue. Em banhos, é utlizada para equilíbrio emocional e mediúnico. Ajuda a combater depressão e baixa autoestima. Promove atmosfera de paz e acolhimento. Acalma e desperta a sensibilidade.

DICAS DE FIM DE ANO:

1-Limpe a casa, remova tudo o que não serve mais. Não entulhe a casa de bagulhos.
2-Lembre de outras pessoas, doe artigos, comida e ajude alguém (sempre, não apenas no natal para impressionar a família).
3-Reserve um tempo para refletir sobre como foi o ano (e faça algo hoje mesmo, não espere a segunda feira, nem o dia primeiro).
4-.Evite se "encharcar" de bebidas alcoólicas (com a desculpa que é tempo de festas)
5- Evite desperdícios de alimentos (lembre-se de quem não tem)
6-Perfume a casa e sua vida. Ajude nas tarefas domésticas (não somente no natal)
7-Não faça coisas só porque as propagandas induzem. Se não gosta de amigo secreto, se não curte família, fique à vontade.
8-Não seja mal educado nos centros comerciais, natal virou sinônimo de gente consumista, mal educada. Com licença e muito obrigada continuam valendo mesmo em dias de promoção e supermercado cheio.
9-Respeite a todos, incluindo a si mesmo. Cuide o que coloca para dentro do seu corpo através da alimentação, bebidas, conversas e companhias.
9-Estenda estas atitudes para o próximo ano. Faça isso todos os dias.!!!Lembre-se de comemoramos o nascimento do Mestre Jesus no dia 25, traga-o sempre junto na sua casa, como a mais ilustre convidado!
Viaje com a família,  mas, vá sem pressa, com calma, seja previdente, seguro cuide de sua família e da dos outros!

Sejam bem-vindos as limpezas de fim de ano do Grupo Raios de luz!
Faça sua segurança energética para 2017!!
  Com as bênçãos de  Oxum, Oxossi e Oxalá, e  que seja bem-vindo nosso ano!!




Conhecimentos templários de Myriam Cassariego