Terça - atendimento de cura Reiki
Nesta Sexta- sessão de Exu-

Bicho Preguiça
Coisa ruim é sentir preguiça, não falamos daquela que sentimos quando estamos deitados descansando numa rede confortável, na varanda de nossa casa, num fim de domingo, mas da preguiça mental. Esta sim é maléfica e precisa ser combatida, pois denuncia o espírito atrasado e comodista.
Por quanto tempo esta moléstia espiritual pode nos atrasar a caminhada evolutiva mantendo-nos no mais puro sofrimento? Depende muito da criatura, pois se está cansada de permanecer no erro, busca sem demora a solução para sua doença psíquica. Entretanto, se a mesma ainda insistir em permanecer estagnada feito poça d’água, o sofrimento é quem dirá sobre sua permanência na ignorância.  
Falemos, pois, sobre a preguiça mental, moral e espiritual.
Preguiça Mental - seria a ideia estúpida do indivíduo em não ajustar-se a contento, a fim de arrancar de si pensamentos inferiores que auxiliam no aprisionamento da alma, pois tudo parte da mente.
Preguiça Moral – seria o medo de buscar o novo no campo da retificação, da disciplina, do ajustamento que adequa os indivíduos a uma estrutura psíquica melhor. Mas por esta ação ter um preço e alto, as criaturas preferem manter-se na mais profunda preguiça, fingindo não ser com elas o sofrimento que lhes bate a porta e os espinhos pontiagudos e venenosos que colhem a cada plantio mal feito.
Preguiça Espiritual – Esta é a que mais necessitamos nos desfazer para nos tornarmos pessoas melhores, mas lamentavelmente nos escondemos por trás do ego e seguimos em frente. A preguiça espiritual seria em nosso modesto entendimento, aquela que impede as criaturas de libertarem-se da ilusão, do egoísmo e das inferioridades que as aprisionam na carne através das imensuráveis encarnações.
E todas essas dificuldades partem do nosso psiquismo, do estado permanente ou momentâneo em que nos encontramos durante fases de nossa existência. São um grande escolho à nossa evolução espiritual.
Vejamos como milhares de pessoas convivem com ela no dia a dia e falemos despretensiosamente de algumas características  próprias dos que permanecem petrificados em seu desajustado psiquismo quanto a esta deficiência.

Doralina é uma mulher de meia idade, mãe de dois filhos adultos e já independentes. E está casada pela segunda vez com Amílcar, um policial aposentado.
Às sete horas da manhã do domingo levantou-se da cama, foi em direção ao banheiro para a primeira higiene corporal do dia. Cuidou de tudo menos dos cabelos, os deixou desalinhados, encrespados e cheios de bolinhas do cobertor, que ficaram agarradas aos fios de cabelo da nuca.
Algum tempo depois, preparou o café, mas não foi buscar o pãozinho quentinho na padaria, por preguiça de sair de casa naquela hora, deixou o pão velho e duro em cima da mesa para Amílcar degustar.
Após o dejejum matinal foi em direção à varanda de casa, recolher as fezes dos cães de estimação e dar-lhes água limpa e fresca. Jogou a ração no chão mesmo espalhando-a, pois estava com preguiça de ir buscar a vasilha na qual eles comiam, ficou tudo espalhado ali mesmo no chão, criando um aspecto de desorganização e de pouco asseio.
Depois do almoço o marido a convidou para irem até a praça que ficava perto de casa, estava cheia de crianças e moradores locais que se divertiam nas conversações amigáveis entre vizinhos.
Foi somente para não desagradar o marido, colocou um vestido todo amarrotado, porque teve preguiça de passá-lo. O pobre coitado do esposo, aprendera a fazer quase tudo dentro do lar, sua esposa não gostava do “mãos a obra”! Ainda sobre efeito da disciplina militar, andava sempre asseado, com roupas limpas e passadas por ele mesmo, se fosse esperar Doralina fazer algo... Ichi coitado!
Na casa havia uma enorme estante com muitas variedades de livros, o policial aposentado gostava de ler, adquiria literatura interessante, mas instruía-se sozinho, apesar de insistir com a esposa para que ela desenvolvesse este bom hábito, a mulher tinha preguiça e dizia sempre que sentia sono ao ler.
Ele era frequentador de um templo umbandista há mais de oito anos. Ela só ia para não ficar só em casa e sempre cochilava durante as palestras, dizia que eram demoradas e cansativas. Quando o esposo a questinoava ela retrucava e defendia-se veementemente, alegando cansaço da labuta diária e desinteresse pelo “falatório” do palestrante.
Entediava-se sempre dentro de casa e irritava-se quando algo caía no chão, tinha preguiça de pegar e guardar no local adequado, passava várias vezes pelo objeto caído, olhando-o sem coragem de abaixar-se e tirá-lo dali. Assim era com as roupas que precisavam de pequenas reformas, Doralina evitava ao máximo arrumá-las, deixava-as amontoadas num canto do armário pegando mofo, amarelando com a poeira e com a falta de uso, por pura preguiça. Sem contar que demorava dias para cuidar da casa, como por exemplo, para limpar as vidraças das janelas que não eram poucas, o interior da geladeira, lavar os banheiros da casa, etc.
Dar banho nos cães então, nem pensar! Os peludos ficavam até quarenta dias sem os necessários cuidados, porque a mulher não tinha vontade, ela sempre dizia que precisava estar inspirada para cuidar da vida!
Certa vez, Amílcar adentrou em seu lar, de noitinha, estava chegando do templo umbandista. Foi fazer-lhe um carinho e sentiu no corpo da esposa um cheiro forte de suor misturado ao cigarro que ela fumava, reclamou e quis saber o porquê até àquela hora não havia feito a toalete. A mulher encheu-se de melindres e disse-lhe em tom grosseiro que um banho só já era o suficiente! Mas Amílcar sabia que seu problema era a danada da preguiça! Só de imaginar que teria que ir até o varal de roupas para pegar a toalha de banho, despir-se da roupa suja, cobrir os cabelos com uma touquinha plástica e abrir o registro do chuveiro, afffffe Maria!!! Ela desistia.
Nas reuniões familiares ela sempre “sobrava” no quesito assuntos gerais, as irmãs e cunhadas de Doralina eram mulheres de hábitos simples, mas não dispensavam a leitura de um jornal, de uma revista e de alguns livros didáticos. Sem contar que os telejornais não passavam despercebidos por nenhuma delas e o comentário do momento era o aumento absurdo de salário, que os deputados queriam se dar. Mas nossa irmã Doralina,  sabia pouco sobre o fato, não havia prestado atenção na reportagem só ouviu algo, mas já não se lembrava do que de fato se tratava. Diante dessa postura foi duramente admoestada por uma das irmãs mais velhas, mas foi em vão, porque ela não aceitava receber reprimendas nem mesmo as que serviam para acordar a pessoa a tempo! Reagia mal a menor crítica que recebesse, melindrava-se sobremaneira mudando radicalmente de assunto e justificando que deixava de fazer coisas por cansaço e preguiça. Caiu na esparrela de dizer que estudou muito na época em que seus filhos eram crianças e que fizera isso somente para ajudá-los com os deveres da Escola. _“Agora que estão adultos e criados, não preciso mais aprender.” - Retrucou asperamente.
As irmãs e as cunhadas riram da infeliz declaração, mas preferiram mudar rapidamente de assunto ao perceberem a cara de poucos amigos que Doralina fez...

È minha gente... Preguiça de arrumar os cabelos, de fazer devidamente a toalete, de cuidar dos bichos de casa, de limpar as vidraças da casa, de cuidar do esposo, de se reciclar nos estudos e de ler bons livros. Preguiça de saber o que acontece no mundo através dos telejornais, de fazer a reforma íntima, de ouvir as dicas inteligentes  e positivas das irmãs quanto a sua inatividade., preguiça de ser gente!!!

Lamentavelmente existe a preguiça para sair da zona de conforto e o comodismo nauseabundo que impede o ser de mudar sua péssima condição de espírito preguiçoso. Falta coragem para se admitir o erro a cada tropeço dado. Erro oriundo do orgulho fétido que é acalentado pelos espíritos preguiçosos.
Valoriza-se então tudo o que é contrário e negativo, pois o preguiçoso tem desleixo para com as coisas pequeninas da vida, age com descaso para com as pessoas ao seu redor, trata com desprezo a própria existência e segue com o descompromisso consigo mesmo.
Doralina  pode estar em cada um de nós em algum momento de nossas vidas, caso nos descuidemos de nós mesmos, é preciso expulsá-la como um bom jardineiro o faz as ervas daninhas que nascem no jardim. Devemos arrancá-las pela raiz para o bem das plantas sadias.
A preguiça física é consequência da moral, que é oriunda da espiritual, doença que habita o espírito ainda atrasado.


Reflitamos!


Autoria: Marcos Marchiori/Letícia Gonçalves – Missão de Luz

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