A Dúvida da Fé

Para pensar...

A Dúvida da Fé




Ter dúvida é normal, por que acostumados estão os filhos com o palpável. A dúvida é, inclusive saudável até o ponto que faz o filho pensar e não aceitar verdades prontas e entregues.

E são todos que, em um momento ou outro, duvidam. Por a dúvida faz parte da natureza humana, é o que movimenta, é o que traz a inquietação e a busca da verdade, de forma incessante.

Portanto, a dúvida é boa.

Mas até um determinado ponto.


Por que após esta linha divisória faz fracos os filhos, retira da fé a tão necessária certeza e dos acontecimentos o seu tempo natural.A dúvida aí não faz crescer, ao contrario atrasa. Atrasa o filho, por que a dúvida, assim como a certeza, quando cega, bloqueia o andar natural das coisas.

Bloqueia a energia, a faz parar e, por não estar em movimento, a dissolve.

Em primeiro momento é importante que os filhos duvidem dos milagres, mas se ao buscarem explicações, as encontram e nelas acreditam, se convencendo da verdade, então a necessidade da dúvida chega ao fim, devendo ser substituída pela certeza, pela crença.

Por que se a cada renovação do mesmo milagre novas dúvidas se fazem, então toda a energia que deveria estar voltada para o desenvolvimento se volta para a resposta do que já foi respondido não uma ou duas, mas milhares de vezes.

É como se o estudante, atônito com as regras da física, perguntasse uma, duas, três vezes ao mestre, entendesse as regras, comprovasse-as, mas dia seguinte, novamente fizesse às mesmas perguntas para se certificar do que já sabe, e, o professor ao invés de lhe ensinar novos conceitos, repasse não só uma duas ou três, mas centenas, milhares de vezes os já explicitados.

E a dúvida gera o hábito da dúvida, o medo do aprendizado e o cansaço do novo. Por que a energia dissipada para se passar cada fase é enorme.

Então por que mesmo depois de compreendidas as premissas básicas, ainda assim o filho se pergunta:

Será? Será? Será, e novamente será?

Essa energia desperdiçada para compreender e aceitar diariamente os mesmos conceitos e as mesmas verdades é tanta e tão tamanha, que gera nos filhos o cansaço antecipado, o cansaço de novo aprendizado.

Se não absorveu os velhos conceitos, se diariamente repete por que e como? Como quer evoluir?

Já não perguntou o filho uma, dez, cem vezes?E nestas cem vezes não obteve a mesma resposta e não chegou às mesmas conclusões? Se sim, por que questionar e continuar questionando o que foi feito conclusão?

Cansa sim e cada vez mais obsta uma evolução natural, tornando-a difícil, penosa, trabalhosa.

O átomo tem sua estrutura aceita e após aceita, não se pode questiona-la milhões de vezes sob pena de não se compreender a matéria e terminar os anos, tentando absorver os conceitos mais básicos e primários, fazendo-o não uma, duas, três ou quatro vezes, mas milhares e eternamente, como um circulo vicioso que não leva ninguém a lugar nenhum.

Saibam filhos, que o questionamento, como já demonstrado é importante, mas depois que forem entendidos os conceitos, devem se fazer novos esclarecimentos.

Somente àqueles que não compreendem os conceitos, por que tem dificuldade de compreende-los é dado o benefício da dúvida diária, certos de que em um momento ou outro a resposta será demonstrada e então se fará a evolução.

A estes sim é dada a possibilidade da dúvida, por que compreendem a verdade de forma mais lenta e em seu tempo.

Mas aqueles filhos que já compreenderam, já fizeram suas perguntas, tiveram suas dúvidas respondidas e ainda se questionam todo o tempo e o tempo todo, estão errados.

Isso não é só falta de fé, como de verdadeira inteligência. Alias, são normalmente os que se dizem dotados de inteligência superior que não conseguem enxergar o mais obvio, construindo teorias complexas e absurdas, dentro do mesmo tema e voltando a ele todo o tempo.

E o que se diz de filhos que vêem, escutam, sentem, absorvem as energias espirituais e ainda duvidam? A estes, muito menos é dado o direito da dúvida constante, por que não duvidam apenas do cosmo, mas de si e tentam comprovar o contrário, que são dotados de surtos alucinatórios, de miolos desregrados, de falta de lógica e percepção.

E então acontece o caos, por que se está indo de encontro com aquilo que os próprios filhos vêem, escutam, sentem. Ai então, difícil, se não impossível se torna à missão, por que a dúvida não é mais só voltada ao exterior, mas também ao interior, corrompendo, denegrindo e retirando a sanidade de quem duvida, por que não duvida do todo, mas, sim e primordialmente, de si.

Filhos, importante saberem que estes é um dos métodos mais eficazes e perfeitos a espíritos sem luz se fazerem presentes.


É na degradação da paz, na dúvida ruim, na incerteza, que eles se fazem ouvir, minando, muito e o tempo todo à lucidez e a paz dos filhos, por que conseguem, na inquietação, fazer penetrar suas idéias, levar a tona sua falta de esperança e seus pensamentos negros, sem retorno.

E assim, fazem não uma, mas milhares de vezes.Por que os filhos caem um a um, se desfazendo de sua fé, para dar ouvido a perguntas que se tornam parecidas com a verdade quanto soprados espertamente pelas almas de não luz.

Então, sim, a dúvida corroí o espírito. E aqui, repita-se, não se esta querendo impor verdades nem dogmas pré-concebidos. Dá-se aos filhos a benesse da dúvida, mas apenas uma vez.

Depois de entendidos os conceitos e absorvidos como verdade, então o questionamento já não é mais válido, sob pena de obstar o desenvolvimento e não leva-lo a um efetivo conhecimento e resposta.

Fonte:Livro Umbanda Para a Vida,Primeira leitura dos fundamentos Umbandistas

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