Os animais e a Espiritualidade
O texto abaixo foi retirado deste endereço:
"Os Espíritos respondem a Kardec, na questão 540 do O Livro dos Espíritos:
"... que tudo se encadeia na Natureza, desde o
átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo
começou pelo átomo", na questão 609 uma parte da
resposta é: "...durante algumas gerações, pode ele
(Espírito) conservar vestígios mais ou menos
pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se
opera na natureza por brusca transição. Há sempre
anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres
e dos acontecimentos...". E ainda na Codificação,
no livro A Gênese,
cap. VI, que Allan Kardec se refere sobre a
formação dos Espíritos e sua adaptação na matéria:
"O Espírito não chega a receber iluminação
divina que lhe dá o livre arbítrio e a consciência,
sem haver passado pela série divinamente fatal dos
seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a
obra da sua individualização".
Gabriel Delanne em sua extraordinária obra, A Evolução Anímica, tece considerações sobre os animais, sua inteligência e evolução. No capítulo II (pág.
61 da 4ª edição da FEB), vamos encontrar o
seguinte trecho: "Do homem ao macaco, deste o cão;
da ave ao réptil e deste ao peixe; do peixe ao
molusco, ao verme, ao mais ínfimo dos colocados nas
fronteiras extremas do mundo orgânico com o mundo
inanimado, nenhuma passagem é brusca...Nesta
hierarquia dos seres, o homem reivindica o primeiro
lugar a que tem direito, mas isso não o coloca
fora da série, e quer simplesmente dizer que ele é o
mais aperfeiçoado dos animais".
Sabemos que os
animais possuem não apenas a inteligência, mas
também o instinto e a sensibilidade e considerando o
axioma que diz que todo efeito inteligente tem uma causa
inteligente, temos o direito de concluir que a alma animal
é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciada
no desenvolvimento gradativo.
Gabriel Delanne amplia ainda em seu livro, na questão
594: "Os animais têm linguagem?", e a resposta
dos Espíritos a esta pergunta de Kardec foi: "- Se
pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas,
não, mas em um meio de se comunicarem entre si, então,
sim. Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas
a sua linguagem é limitada, como as próprias
idéias, às suas necessidades". Delanne
descreve o exemplo do cão doméstico, diferente dos
seus ancestrais selvagens, pois pelo processo das sucessivas
reencarnações evolui, e recebendo do homem carinho
e atenção age diferencialmente, aliás,
Delanne cita: "Erasmus Darwin* nota que nos cães
domésticos temos o latido da impaciência, como se
dá em caçadas; o da cólera, um rugido; o uivo
desesperado do prisioneiro e finalmente o da súplica,
para que lhe abra a porta".
Eles usam a
inteligência e a reflexão, não são apenas instintos
no momento de apanhar a presa. Alguns sofrem muito
quando abandonados por seus donos.
Algumas
pessoas imaginam que admitir tal princípio equivale
a rebaixar a dignidade humana.
Entretanto, não
temos o que perder com esse paralelo a nós
favorável, visto que é incontestável que um dado
animal não pode nem poderá jamais encontrar a lei
das proporções definidas, ou escrever uma peça
teatral. Trata-se, simplesmente, de assentar que se
o homem é mais desenvolvido que o animal nem por
isso deixa de ser uma verdade que a sua natureza
pensante é da mesma ordem, em nada difere essencialmente,
e sim, apenas, em grau de manifestação."
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