O atoto está em terra!


O ser humano é, em natureza e essência, ligado com a fonte, dotado de sensibilidade e de um poder mental que – hoje – lhe é até inimaginável. Com o passar do tempo, com a evolução material e mal-uso de seus dons, esses foram desaparecendo. Não deixaram de existir, apenas não estão mais perceptíveis como o foram no início. Pensadores, cientistas e filósofos ao redor do globo, ao longo dos tempos, em suas palavras mencionaram de diversas formas que a imaginação é a coisa mais importante; que tudo aquilo que podemos imaginar, podemos criar ou cocriar. E o que é a imaginação, senão parte da sensibilidade e do poder mental.
Afastado da fonte, o ser humano foi capaz de criar armas, bombas, preconceitos, divisões sociais diversas e fez guerra. Tomado pela ganância destruiu a natureza, desrespeitou os animais e foi muito mais longe. Em nome da fonte, se separou com aquilo que denominou religião. Nos dias de hoje, sofre com um vírus, guerreia no escuro, porque não sabe de onde vem, para onde vai e nem ainda como para-lo. Entorpecido pela sua arrogância, seu sentimento de superioridade, demora ainda pra perceber que esse vírus nada mais é do que criação sua. Nada mais do que fonte de tantos anos de destruição, de separação, de preconceito, de falta de amor próprio e para com o próximo. Afastado da percepção sensorial que lhe é original, não percebeu que esse vírus, além de dor, trouxe aprendizado e junto com ele talvez a dica de como supera-lo. O vírus tem levado o ser humano pra casa, pra junto dos seus e de si próprio. Pela necessidade do confinamento, trouxe o recolhimento.
É hora de exercitar o silêncio, o atoto está em terra! Vem nos ensinar que pra tudo existe um tempo: nascer, crescer, morrer. No meio do caos, vem ser a luz que guia; com seu xarará na mão vem acalmar a dor da alma, curar a doença e também auxiliar as almas que fazem sua transição ao infinito. Seu atoto é a transição para a morte, mas não precisa ser a morte física. No silêncio, vêm também ajudar o ser humano na transição da morte do preconceito, da falta de fé, da falta de amor ao próximo; vem auxiliar na cura da doença dos sentimentos pesados. Junto de Odoya, transformam a morte do velho no novo, nos bons sentimentos, na amorosidade, no renascimento à fonte.
Ciente de que é um com o seus e com o todo, desperto no silêncio, junto de si próprio e dos seus, é capaz de produzir a cura. Se tomado por sentimentos não tão bons foi capaz de produzir a doença que hoje lhe assola, vibrando no amor, conectado novamente com a fonte, pode produzir a cura. A natureza já deu sinais que a resposta está no silêncio, no cuidado.
Vai passar, porque tudo que passa se pacifica.
Abau.
Canalizado por Matheus Teixeira

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