CURSO INTERMEDIÁRIO DE UMBANDA
GRUPO
DE UMBANDA ESOTÉRICA RAIOS DE LUZ
ESTUDOS
SISTEMATIZADOS DE UMBANDA - 2016
CURSO
INTERMEDIÁRIO DE UMBANDA
(Baseado
nos estudos da Aumpram.org.br)
Quem
conduz o Amor e a Caridade estará levando os ensinamentos maiores da Umbanda.
A
Umbanda leva a Luz sem retribuição, o Amor sem recompensa, a Caridade sem
prêmio, o Poder de Deus sem vaidades.
|
Aumpram,
Lei Divina e Umbanda
Apesar do real significado da Umbanda
ter origem na palavra Aumpram ou Lei Divina (devido a diversas corruptelas ao
longo de milhares de anos, o termo Aumpram tornou-se Umbanda), entendemos que a
Umbanda hoje seja para a grande população uma religião, um culto.
A Umbanda disseminada no Brasil teve
uma grande influência cultural afro-brasileira devido ao contexto, método e
meio de sua introdução. No dicionário "Aurélio" encontramos que
Umbanda é: "Forma cultural originada de assimilação de elementos religiosos
afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca." Esta é
a visão externa e muitas vezes interna da Umbanda. Neste contexto, quando se
fala Umbanda, muitos estão se referindo à religião, ao culto Umbanda difundido
no Brasil e não à origem dada pela Lei Divina Aumpram.
Hoje, dentro da Umbanda, encontramos
diversas interpretações e costumes. Os cultos seguem algumas influências
comuns, mas são fortemente influenciados pelos seus componentes, pelos
dirigentes locais que, sem uma base única e clara, permitem distorções, múltiplas
facetas e ritos diversos. A Umbanda sofre o risco de se tornar conhecida pela
religião, pelo culto no qual, qualquer dirigente que se diz conhecedor e com
influências espirituais, abre a sua “Umbanda”, a sua moda e satisfação.
"A Umbanda verdadeira está a
serviço da Lei Divina, da Aumpram, e só visa ao bem. Qualquer ação que não
respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo
de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda". ( do livro
"Umbanda, essa Desconhecida", Roger Feraudy - Ed. Conhecimento -
"Umbanda sua face")
A Umbanda deve crescer pelo
conhecimento e prática de bases mais sólidas, da busca da verdade e do
conhecimento da Aumpram, da Lei Divina. A divulgação, estudo e compreensão da
Lei Divina fortalecerá a Umbanda, eliminando mistificações e vaidades, atraindo
ainda mais os verdadeiros interessados pela evolução espiritual.
Em
que a Umbanda acredita?
Vamos encontrar bases comuns para os
que estudam, praticam ou são atendidos na Umbanda. Vamos criar um foco de
convergência e a partir dele tentar compreender a Umbanda de todos. Como
princípios deste foco convergente entendemos que a Umbanda acredita:
·
Em
Deus
·
No
Amor
·
Na
Natureza
·
No
Espírito
·
Na
Evolução
Em
Deus
Principio
e fim. Único e todo.
Deus está fora do limite de nossos
entendimentos. Apesar das dificuldades e figuras de interpretações usadas por
muitos, todos tem um sentimento comum de Deus, um sentimento bom, um sentimento
de Amor e isto é que é o importante. Quando imaginamos nosso Deus, quando os
mulçumanos, judeus, católicos, budistas imaginam o “seu” Deus, podemos divergir
em várias ideias, mas certamente convergimos que o Amor é a grande força de
Deus.
No
Amor
O Amor é a força da união, é o meio de
se atingir ao grande objetivo universal. Como podemos imaginar Umbanda sem o
Amor? Amor é :
Meio para nosso crescimento
Força de União Universal
O único caminho para evolução
O único caminho para nos encontrar
O único caminho para chegar a Deus
Na
Natureza
Natureza
e o estudo pela ciência.
Somos
natureza. Não acreditamos em nós?
Nosso universo é regido por leis
naturais e o homem busca compreendê-las ao longo de sua evolução. A busca deste
entendimento é denominada de ciência. A ciência evolui, muda seus princípios a
medida de novas descobertas, de novas revelações. Muitos mistérios que se
encontravam além das fronteiras do místico, do religioso, foram substituídos,
foram esclarecidos pela ciência sem deixar de existir o fato de que antes era
místico ou oculto. O limiar da ciência e
do desconhecido é uma questão de tempo e não de verdades absolutas.
Precisamos da ciência para evoluir, para compreender fenômenos muitas vezes
ainda inexplicáveis em nosso momento. Se acreditamos em nós, acreditamos na
natureza e usamos a ciência para compreendê-la melhor.
A
Umbanda não conflita com a ciência.
Precisamos fazer uma leitura do estágio científico atual e acompanhar sua
evolução, aceitando os princípios de suas teorias, aplicando nos conceitos da
Umbanda. A ciência é dos homens e suas revelações acompanham sua própria
evolução. Devemos utilizar as ferramentas que dispomos no momento, evoluindo e
revisando nossas bases. Dentro da natureza os seres pensam, tem inteligência e
a Umbanda tem um princípio que é um processo mental, a Magia, que pode ser
definida como força atuante ou influenciadora de caráter mental, criada pelo
pensamento, pela vontade do ser e que também não deixa de ser também um
processo natural.
No
Espírito
De forma simplificada podemos entender
que o “Espírito” é um dos elementos da natureza que compõe um ser . O ser não
está limitado ao seu corpo físico. Talvez as explicações científicas ainda não
tenham chegado a uma conclusão definitiva sobre espíritos, não significando que
não existam simplesmente porque a ciência do homem de hoje não conseguiu
elucidá-lo completamente. As forças atômicas, os elétrons e muitos outros
exemplos não eram explicados pela ciência e não por isto não existiam ou eram
inverdades, eram simplesmente não atingidos pela evolução científica da época.
Um ser tem sua existência, mesmo não tendo um de seus corpos. Chamamos então de
desencarnado o ser que não está utilizando ou não utiliza um corpo físico. A
Umbanda acredita na comunicação com seres, com entidades, que não estão com
seus corpos físicos, vulgarmente denominada de comunicação com espíritos ou com
desencarnados dos mais diversos graus de evolução. A Umbanda acredita no ser
extra corpóreo e na interação entre estes seres e o nosso mundo físico , seja
através da comunicação, ou efeitos e influências diversas. Veremos que de fato,
o ser é composto ou dividido em vários “corpos” ou veículos de consciência,
sendo a denominação “espírito”, dada pelos espiritualistas, uma simplificação
de um grupo ou conjunto de “veículos de consciência”
Na
Evolução
Sabemos que o Universo está em
mutação, está mudando todos os momentos. Sabemos que mudamos, envelhecemos, a
natureza se altera, nosso planeta sofre várias alterações desde sua formação.
Tudo está se modificando a todo o momento. Estas modificações poderiam ser
denominadas de evolução. Então tudo está em evolução. O Universo, os seres que
o compõe, o conhecimento, enfim tudo. Os processos são diferentes para cada um,
para cada natureza, mas o evoluir é comum a todos.
Para nós a evolução ocorre ao longo de
nossa vida presente e nas próximas. Evoluímos em ciclos sucessivos, em diversas
vidas, comumente chamadas de reencarnações. A evolução só pode acontecer se for
de alguma forma orientada, guiada por alguma lei ou princípio. O caos não
levaria ao visível processo evolutivo.
A lei maior que rege o processo evolutivo
de todos os seres e até mesmo de todo o Universo é a Lei do Carma, onde causa e
efeito estão definitivamente relacionados. A lei do Carma ou simplesmente
Carma, em sua ação no homem, só pode ser compreendida pelos que vêem o conjunto
de suas vidas, de suas reencarnações.
Nossa evolução só pode ocorrer através
de nossas ações. Somos seres inteligentes capazes de determinar nossas ações, a
Lei do Carma trará os efeitos causados pelas causas que criamos com nossas
ações.
Acreditamos que nossas ações devam ter
como princípios:
·
PUREZA
- A busca da Verdade
·
HUMILDADE
– O fim das vaidades e personalismos
·
SIMPLICIDADE
– Tentar levar ajuda a todos (Universalismo)
Em uma forma gráfica: A Umbanda acredita em:
Nossa
Umbanda precisa ser Amor, pois a verdadeira Umbanda é Amor
Vamos mostrar o caminho deste Amor a
todos. Vamos fazer entender que não existem Umbandas, existe apenas uma e ela é
da bondade, da caridade, do aprendizado, da seriedade para com a vida , do
respeito ao próximo e à natureza.
Como Amar maltratando, ingerindo ou
sacrificando animais?
Como Amar cobrando pela caridade?
Como Amar prejudicando o próximo?
Como Amar interferindo na evolução?
Como Amar prejudicando a natureza?
Vamos iluminar aos que podem ver,
vamos guiar os que não podem. Vamos levar a todos a verdadeira Umbanda, a do Amor.
A busca do saber verdadeiro levará ao
fim dos equívocos e usos indevidos. Os que levam a Umbanda, devem levar esta
busca.
Como eliminar a ignorância se não
erguendo a verdade?
Não precisamos convencer, precisamos
informar, esclarecer. O convencimento é dado pelo eu interior, que acolhendo o
sentido correto elimina as falsas práticas.
Estamos realmente buscando a verdade?
Pureza
- Nossas práticas e ações são verdadeiras?
Humildade
- Buscamos o fim de nossas vaidades?
Simplicidade
- Aceitamos a todos como são, buscando eliminar nossos preconceitos?
Não devemos nos acomodar nas bases em
que crescemos, elas também mudam, elas também evoluem. Vamos humildemente
evoluir com a eterna busca da verdade, somente ela pode fazer a mudança da
vida, a mudança para o caminho do Amor Universal.
Como podemos nomear os pensamentos do
Amor?
Como podemos nomear os pensamentos do
Conhecimento Eterno?
Eles não nos pertencem. Pertencem ao Universo
em que evoluímos. Vamos contribuir em seu saber como anônimos humildes. Não
sejamos estrelas da Terra, sejamos a Luz das estrelas do Universo, que atinge a
todos sem nomes e interesses próprios, mas com o calor que pode aquecer os
corações que precisam da energia do Amor.
Umbanda,
o guia para a verdade interior onde o Amor deve ser o seu rumo.
AULA 2
HISTÓRIA DA UMBANDA - ORIGENS CÓSMICAS
Umbanda,
essa desconhecida...
Enganam-se aqueles que pensam que a umbanda
é uma religião africana, ou simplesmente afro-brasileira como vimos no módulo
I, do Curso de Introdução à Umbanda. Na verdade, o conhecimento desse culto
milenar foi levado à África por povos
atlantes, durante as grandes migrações que tomaram lugar depois da terceira
sub-raça originada na Atlântida (o continente desaparecido nos mares do
Atlântico, cujos picos mais altos hoje remanescem no arquipélago de Cabo Verde,
entre outras ilhas do noroeste da África).
Um dos povos que habitava o antigo
continente era a negra, a etíope, que assim como outros povos, migraram para
diversas partes do globo por conta dos grandes cataclismos que se aproximavam,
desde o antigo Egito até as Américas. Naqueles tempos, alguns povos quando se
mudavam, levavam consigo o nome de sua terra. Então os etíopes levaram para a África
seu nome original, não sendo todavia originários daquele continente. Esta raça
levou consigo o entendimento da magia e
da luz divina, a Aumpram, para a África. Mesclando-se com as tradições
religiosas dos povos locais e com seus feiticeiros, deu origem aos cultos
africanos como conhecemos hoje.
No Brasil, com a vinda dos escravos
africanos, que não podiam exercer seus cultos tribais livremente por conta da
pressão da igreja católica, surgiram outros cultos, como o candomblé, por
exemplo, onde divindades africanas e até mesmo os orixás, com a interpretação
particular que faziam deles, se transformaram em figuras de santos cristãos,
numa estratégia inteligente para driblar as dificuldades da época.
Por todo o planeta a saga dos atlantes
em busca de novos lares, espalhou o conhecimento trazido pelos homens das
estrelas; aqueles que, há milhões de anos, por amor ao homem da Terra,
aportaram um dia com suas vimanas (naves espaciais) na Lemúria (o continente
perdido cujas altas montanhas hoje formam a Austrália), transferindo-se
posteriormente para a Atlântida, com as dinastias divinas, enquanto os grandes
cataclismos que mudavam a face geológica do planeta iam se sucedendo. Surgido
originalmente como um movimento hermético e fechado nos Templos da Luz, nas
academias iniciáticas, a original Aumpram, que por sucessivas corruptelas veio
a se chamar Umbanda, teve sua função
maior revelada quando precisou se transformar num culto gerido por magos
brancos para combater o então emergente movimento de magia negra que se
espalhava. Aparecem nessa época os egos chamados de Senhores da Face
Tenebrosa, os magos negros, espíritos dominadores e egressos de planeta[1] desaparecido, numa
história ancestral e anterior às civilizações de nosso planeta.
A Cidade das Portas de Ouro da
Atlântida se torna o centro da magia negra. Ao mesmo tempo, nos Templos da Luz,
três tipos de entidades se manifestam na antiga AUMPRAM: os Encantados, ou Kama
Rajás (não reencarnantes na Terra – entidades que vieram de outra cadeia de
evolução e que se tornarão Adeptos, como a maioria dos que fazem sua evolução
no planeta), os Nyrmanakayas (espíritos já libertos do carma ou em fase de
libertação – os Jivamupticas) e os Iniciados (sem resíduo de carma).
Apresentavam-se nos rituais, respectivamente, como instrutores, anciãos e
puros, da mesma forma que hoje temos os caboclos, os pretos velhos e as
crianças. É traçado o primeiro Triângulo Fluídico[2] no astral, sobre os céus
da Atlântida e se inicia então a
AUMBANDHÃ, que no idioma sagrado dos deuses (os homens vindos das estrelas), o
devanagari, quer dizer: a luz divina ou a lei divina. Isso tudo se passa há
mais de 700.000 anos.
Com o decorrer de milhares de anos,
sua trajetória e seu entendimento ficaram velados através dos tempos e da
história, assim como um dia também foi velada a palavra sagrada Umbanda.
Ressurgido no astral por ordem dos maiorais sidéreos, o Projeto Terras do Sul inicia, em terras americanas, o resgate do
antigo culto, quando então, o Triângulo Fluídico é traçado sobre os céus do
Brasil. Centenas de entidades, de diferentes cadeias de evolução, que desde o
princípio, trabalharam arduamente no desenvolvimento da raça humana no planeta,
se engajam espontaneamente no projeto, alijando-se novamente de desfrutar dos
paraísos cósmicos de seus planetas de origem, apenas por amor ao homem da
Terra. No final do século XIX a antiga Aumbandhã renasce finalmente em solo
brasileiro e por sucessivas corruptelas leva o nome de UMBANDA – a Luz Divina.
“Hoje, enfileiram-se infinidades de
provas da existência dos continentes da Lemúria e Atlântida e da civilização de
Paititi[3] no interior do Brasil, e
também de que fomos visitados constantemente por inteligências extraterrenas,
que muito contribuíram para a evolução da humanidade.”
“Após a verticalização[4] do eixo da Terra, está
prevista a Idade de Ouro nas terras brasileiras.”
“Tudo o que aqui foi narrado era parte
integrante do milenar “Projeto Terras do Sul”, planificado, orientado e
manipulado pela grandes inteligências cósmicas.”
“Todos os Mestres da Grande confraria
Cósmica expressaram seus conceitos sobre o importante Projeto e foram unânimes
ao afirmar que o solo brasileiro estava vibrado, magnetizado e devidamente
preparado para abrigar a futura raça.
A outra proposta analisada teve a
aprovação de todos: era necessária a implantação de um movimento espiritual,
cópia do cerimonial mágico da Atlântida, que reunisse o maior número de adeptos
no menor espaço de tempo e, para que se concretizasse essa deliberação, foi
imediatamente traçado no plano astral do Brasil um triângulo equilátero de
vibração magnética.”
“A Confraria Cósmica dava início ao
movimento mágico, preparatório para novamente estabelecer entre os homens a
Sabedoria universal, a religião-ciência do terceiro milênio...”
“... _ Onde existe um dos chacras do
Planeta Azul, na região central do Brasil, onde outrora se localizava Ibez3,
no plano etérico existe a chamada Cidade dos “Templos de Cristal Rosa”,
dirigida pelo Sumo Sacerdote da Ordem de Melchisedec, Sa-Hor, cujas vibrações
estendem-se para os quatro pontos cardeais de todo o território brasileiro. São
emanações de luz de cor violeta, com harmonização tonal fá, nota vibratória do
planeta em perfeita eufonia com essa terra, já anteriormente preparada para
receber a mensagem do III Milênio, a Luz ou Lei Divina, a milenar Aumpram.”
Um espírito venusiano, de nome Thamataê, cujo nome esotérico significa
“A sombra do oriente na exaltação e na graça do milagre da vida”, pupilo do
primeiro que veio para o antigo continente de Mu, em tempos imemoriais, o
sagrado Sanat Kumara, o senhor do mundo, e que ainda hoje vela pelo planeta com
o coração amoroso de pai, é designado para trazer o comunicado aos homens, se apresentando então pela primeira vez, no
início do século XX, através da mecânica da incorporação. E o mundo da umbanda
sagrada conhece então seu fundador, que se apresenta humildemente como o
Caboclo das 7 Encruzilhadas, numa alusão aos sete planos da manifestação,
aproveitando a herança xamânica de nosso povo, acostumado aos índios e pretos
velhos, para criar um corpo de ilusão que fosse facilmente compreendido e
aceito. Junto com ele, para comandar os Agentes Mágicos (conhecidos
popularmente como exus), usando como veículo um exu guardião (Exu das 7
Encruzilhadas) para se comunicar a través da mecânica da intuição, veio seu
irmão gêmeo Kalami (que governou anteriormente a cidade das pedras, Itaoca,
onde a magia negra grassava em profusão, sendo o local depois conhecido com o
nome de Sete Cidades, cujas ruínas permanecem até hoje no estado do Piaui).
Como muitos desses seres celestiais,
Kalami, cujo nome esotérico significa “A serpente da Sabedoria da Tríplice
Potencia” se tornou uma lenda, um dos muitos deuses dos antigos, como por
exemplo Hermes, no Egito, que ninguém mais era que Toth, o venerável espírito
oriundo de Óriun, que comandou a migração dos atlantes para o Egito, ou
Manco-Capac nos Andes, que era um dos companheiros de Thamataê, quando de sua
vinda para o planeta com seu mestre Aramu-Muru; e como eles, muitos outros.
Thamataê, por sua vez esteve por mais
de 3.500 anos no império de Paititi, no alto Amazonas e depois em Ibez, na
Serra do Roncador, com a missão de instruir o povo e fazer nascer uma nova
raça. Ele e Kalami eram dois dos 25 pupilos de Aramu-Muru, espírito venusiano,
último Grão Mestre dos Templos da Luz Divina da Lemúria, antes deles serem
abandonados para os magos negros, e sidos trazidos para a Atlântida.
Quantos mistérios estavam perdidos ou
ocultos na cultura umbandista, em função de sua história milenar e de sua
proposta primeira em fazer um maior número de adeptos num menor tempo possível,
o que possibilitou o culto se alastrar entre os humildes, pois deles não se
exigia maiores estudos ou entendimento, além do trabalho contínuo na caridade e
no amor desinteressado.
Havia
duas razões principais para a volta da umbanda ao planeta: a substituição dos
velhos cultos que não traziam esperança nem consolo e que também não mais
atendiam aos reclamos da inteligência dos homens e não traziam nada aos homens
simples, já que seus templos se revestiam de pedras preciosas e ouro e também a
necessidade de se continuar combatendo a magia negra, que voltava a aparecer
com grande força.
É mais que tempo dos homens, agora na
Terra, filhos das estrelas que todos somos, voltarem seus olhos para essa
história divina de nosso planeta, repleta de sacrifícios dessas entidades
maravilhosas, de uma evolução espiritual inimaginável aos nossos escassos cinco
sentidos. Voltarem seus olhos e, além de tentarem entender o que realmente se
passa nesse mundo invisível, nos meandros dessa magia cósmica na qual estamos
todos inseridos, tentarem imitar esses exemplos de bondade infinita, no limiar
dessas novas sub raças mais espiritualizadas que surgem sob o solo de nosso
magnífico planeta azul, até que esses seres das estrelas possam voltar a nos
guiar numa nova civilização.
E se um dia Thamataê veio em nosso
auxílio, para lembrar aos homens a antiga Aumbandhã, é agora chegada a hora daqueles que tem compromisso cármico ativo com a
magia, os umbandistas, estudarem, mudarem o paradigma da umbanda passiva, compreenderem
as verdades ocultas, liberando a verdadeira umbanda da miscigenação com outros
cultos e rituais que a ela se enredaram e se tornarem agentes do entendimento
universal, pois a nova missão do Caboclo das 7 Encruzilhadas é trazer, num
tempo futuro, todas as pessoas para um culto único e amorável, sem rótulos,
como deveria ter sido desde o princípio.
E em nome do mesmo amor, esses
mistérios começam a ser resgatados através da mediunidade e das mais de vinte
obras de Roger Feraudy (várias publicadas, outras já no prelo e algumas em fase
de revisão para atualização), decano orientador da Fraternidade do Grande
Coração – Aumbandhã, que dedicou meio século de sua existência ao estudo e à
pesquisa dos segredos ocultos da umbanda, através da umbanda de desenvolvimento
esotérico e da teosofia, com a assistência das mesmas entidades que 7
auxiliaram o desenvolvimento do planeta e que, um dia, anunciaram o resgate do
antigo culto atlante em terras brasileiras. Salve Pai Roger de Oxalá! Nós, da
Fraternidade do Grande Coração – Aumbandhã o saudamos, agradecidos e em prece
pela graça e honra de ter nos aceito como seus pequenos pupilos, nos dando a
oportunidade de replantar consigo as sementes perdidas da Umbanda Ancestral,
mesmo que apenas carregando humildemente o cesto de onde suas mãos lançam,
pródigas, as gotas de sabedoria que um dia vão alimentar muitas pessoas. Salve
a nossa Umbanda!
Resumo
da cronologia:
Obs.
A maioria desses fatos relativos à história da Umbanda e demais informações,
estão detalhadamente contadas nos livros de Roger Feraudy:
•
A Terra das Araras Vermelhas – uma história na Atlântida
•
Baratzil – a terra das estrelas – nosso sangue atlante e extra-terrestre
•
O Décimo Planeta – a pré-história esíritual da humanidade”(no prelo – com
edição planejada para 2005).
AULA 3
ORIGENS DO HOMEM NA TERRA
Existem muitos esquemas de evolução de
vida no universo. A Terra está situada no 6º esquema evolutivo, de um conjunto
de 12. Cinco esquemas já passaram. Cada um deles com 7 cadeias de globos/mundos/“planetas”.
Cada globo/mundo escoa 7 rondas, com 7 raças-raízes em cada uma delas. Cada
raça-raiz escoa 7 sub raças. Atualmente estamos na 4ª. ronda (há 20
milhões de anos estamos nesta ronda), na 5ª sub raça da 5ª raça-raiz.
Desde 1950 estamos vivendo uma série
de transformações, em função da 6ª sub raça, pertencente a 5ª raça-raiz que está nascendo. Isto
significa que entramos num período de transição evolutiva que durará em torno
de 160 anos. Esta 6ª sub raça já começará a encarnar na Terra para desenvolver
a questão intuitiva na humanidade, promovendo uma grande revolução no
planeta.
Espíritos retardatários, que não
acompanharem este processo, serão conduzidos a outros planetas com outras
vibrações (igual a vibração da Terra hoje). Esse processo evolutivo vem desde
tempos muito remotos. As primeiras raças surgidas na Terra não tinham corpo
físico, mental, emocional. Eram seres etéricos. A terceira raça-raiz surgida na
Terra é que começou a vir com corpo físico. Na quarta raça-raiz o foco da
evolução era desenvolver o corpo emocional. Na quinta raça-raiz, que é a atual
raça presente no planeta hoje, o foco evolutivo é a mente. Isso significa que
hoje temos todas as funções desenvolvidas para dominar o físico, emocional e
mental. Ou, dito de outra forma, através do campo mental, o homem encarnado na
Terra hoje tem condições de controlar seu emocional e seu físico, subindo
degraus evolutivos, aos poucos. Cada homem encarnado hoje,precisa aprender a
controlar suas emoções, pelo mental, para se elevar e acompanhar o plano evolutivo
previsto pra a Terra. As raças futuras, a 6ª e 7ª virão com a função evolutiva
de desenvolver o intuitivo e o espiritual na humanidade.
Segundo o plano divino a Terra será
habitada ao todo por 7 raças-raízes. Cada raça tem características peculiares,
diferentes tipos de corpos, correspondentes a etapa de desenvolvimento do
planeta. Cada raça-raiz vem pra Terra em determinado momento cósmico e vem pra
cá para conquistar aprendizados exigidos pela Leis Divinas. Cada raça-raiz é
subdivida em 7 sub raças.
É importante não confundir raça-raiz
com a ideia de raça que conhecemos hoje. Raça-raiz não tem a ver com cor de pele, nacionalidade. Diz respeito a
características mais amplas como tipo de corpo que os homens possuem (se
formado por matéria mais etérea ou mais física), estágio de desenvolvimento e
domínio dos corpos sutis.
A evolução dos seres se dá através dos
tipos de matéria e posteriormente continua através dos reinos (quando estamos
na matéria física). Então os primeiros seres que surgiram na Terra tinham
matéria essência Monádica, depois evoluiram para corpos formados com matéria
essência elemental mental concreta, depois matéria essência elemental astral e
por fim, matéria física. Neste estágio
passaram a seguir sua evolução através dos diferentes reinos,ou seja, seguiram
a evolução através da seguinte ordem: Reino Mineral, Reino Vegetal, Reino
Animal, Reino Hominal. Como se pode entender, todos já passamos por todos os
estados de matéria em nossa evolução e mais facilmente compreensível é entender
que já passamos por todos os reinos de matéria física. Então já fomos uma pedra
ou uma planta, por exemplo? A resposta é sim, mas muito provavelmente muitos de
nós, fizemos essa evolução em cadeias anteriores, há milhões de anos atrás.
A individualização do indivíduo se
fecha na 4a . ronda, o que significa que o ser que atingiu o estágio de cão,
por exemplo, (nível evolutivo mais alto no planeta hoje, depois do homem),
continuará desta forma nas próximas rondas até a próxima cadeia (não passa mais
de um reino evolutivo para outro), quando subirá um nível de evolução. Isto
significa que nosso cachorro, por exemplo, poderá vir a ser um ser humano na
próxima cadeia. Esta é uma das razões pela qual a umbanda é contra o sacrifício
de animais e não pode aceitar esse tipo de atividade em seus rituais. Todo e
qualquer culto que faça sacrifícios de qualquer tipo não é umbanda, pois
interfere na evolução de outros reinos.
Quanto
ao ser humano, quando atingir a próxima cadeia, existe a possibilidade de que
80% da humanidade tenha se libertado e se tornado mestre ou adepto (ou seja,
esteja livre do ciclo de encarnações). E nessa condição poderá optar por
continuar sua evolução entre sete condições diferentes:
a. Se reunir aos Devas, que planejam o
trabalho dos espíritos da natureza em todos os reinos físicos (como, por
exemplo, Maria).
b. Se tornar um Nyrmanacaya, que é
aquela entidade já liberta de todo e qualquer carma (poderá eventualmente ter
algum resíduo de carma – nesse caso é um Jivamuptica, isto é, um protetor).
c. Se ligar aos Logos, que planejam as
cadeias de evolução.
d. Ajudar a preparar as próximas
cadeias e atuar em outros esquemas (como aconteceu, por exemplo, com os
venusianos em relação à Terra – no livro “Baratzil” Roger Feraudy explica em
detalhes essa história).
e. Ser um oficial da Grande
Fraternidade Branca, caso seja aceito pelo Senhor do Mundo (hoje o divino Sanat
Kumara).
f. Atingir o nirvana.
g. Inimaginável.
As raças da Terra e o nosso momento atual
Raças que já passaram pelo planeta, a
raça atual e as que estão por vir:
Essa raça foi trazida para a Terra,
no hemisfério Norte. Nesta época havia mais água que terra no planeta. Essa
raça surgiu em uma Aurora Boreal. Esse fato deve ter ocorrido há cerca de 300
milhões de anos atrás. Os pais dessa primeira raça são conhecidos como seres
lunares, pois vieram da Lua.
Homens dessa primeira raça tinham
corpos etéricos ou astrais (etérico vem de éter, substância bem menos densa que
o corpo físico). Eram muito altos, assexuados, desprovidos de inteligência,
mente e vontade. Não conheceram a morte, mas dissolveram gradativamente seus
corpos, tendo sido absorvidos pelas formas da segunda raça-raiz. Isso aconteceu
de forma inconsciente.
2ª. Raça-raíz: Sem Corpo (nascidos de si mesmo ou do
ovo).
Essa raça habitou o território onde
hoje é a Groelândia, Islândia, parte da Noruega, Suécia e Sibéria.
Eram mais baixos que a primeira raça e
menos etéricos. Já possuíam o germe da inteligência e eram hermafroditas. Com o
tempo começaram a ser ovíparos, colocar ovos. E depois ovovivíparos (chocavam
ovos dentro do próprio corpo).
Essa duas raças eram bem mais
espirituais e não tão físicas. Nessa época o planeta Terra vinha se modificando,
ficando mais denso e mais físico também. Começaram a surgir montanhas, novos
continentes e aconteciam muitos dilúvios.
3ª. Raça-raiz: Lemurianos
(hermafroditas)
Tinham corpos mais sólidos, eram mais
baixos e compactos (mediam cerca de 2 metros). Primeiramente eram
hermafroditas, mas com o passar do tempo
separam os sexos. Foi essa separação que impeliu os homens a buscarem a união
através do sexo.
Habitavam um continente que na
época eram formado por 3 blocos de
terra. Chamavam esse continente de Mu, que mais tarde ficou conhecido como
Lemúria. Hoje, fazem parte da antiga Lemúria, a Ilha de Páscoa, Madagascar e
Austrália. Se denomiram Rutas, que
significa adoradores do sol.
Vieram para Lemúria seres de outros
planetas, que não estavam em níveis de evolução muito altos. Os terráqueos
daquela época acolheram esses seres que nasceram aqui para que fossem educados
com a pureza e harmonia dos seres terráqueos da época. No entanto, a energia
dissonante trazida pelos seres dos outros planetas, não foi transmutada, como
desejado e acabou contaminando os terráqueos.
A partir daí, os terráqueos começaram
a usar a energia divina com propósitos diferentes dos que eram utilizados até
então: surgiu o egoísmo, a necessidade de poder, os sentimentos negativos, o
mau uso do pensamento, etc. começando assim, a queda do homem.
Neste período, o homem entrou em um
processo de degradação total, desequilibrando a Terra também, pois gerou um
série de energias malqualificadas. Gerou-se doença, envelhecimento e morte. Com
ela surgiram também a alma, o carma e o processo de reencarnação.
A Terra passou a irradiar muita
energia escura que atraiu seres involuídos de outras galáxias. Estes seres
manipularam as energias de forma errada, usando a magia negra. Formaram-se
assim os Magos Negros. Estes seres
trabalharam contra o Plano divino de evolução, buscando um poder paralelo
baseado na negação da luz espiritual e na ilusão da separatividade, gerando
egoísmo, conflitos, competição, ambição, corrupção, o mal e a morte.
O objetivo dessas ordens Negras era
exercer poder material sobre os homens, manipulando seus egos, distorcendo
informações místicas com objetivo de manter a ignorância, estimular atividades de
lazer que anestasiassem a consciência, progrando luxuria, abusos mentais, etc,
incentivaram principalmente o mau uso do dinheiro/poder e do sexo para
escravizar os homens. O sexo passou a ser usado de modo negativo. A busca da
união com o divino e a realização com o parceiro visto como Deus, foi esquecida
e somente o prazer, a manipulação, o vampirismo e a experimentação desenfreada
eram importantes. Surgiram formas de depravação sexual, doenças de todos os
tipos. Os Magos Negros conseguiram prender a humanidade através dessas duas
forças do dinheiro/poder e do sexo (as mesmas forças que prende os homens ainda
hoje ao mundo material e os distancia da iluminação e da consciência crística).
Como consequência, na Terra, o solo do
planeta começou a ficar marrom, os vegetais começaram a desenvolver espinhos e
substâncias tóxicas, surgiram animais, primeiro no mar, e depois na superfície
do planeta (cada vez maiores e mais agressivos). O homem começou a se alimentar
de animais, o clima deixou de ser ameno.
Iniciou-se a reprodução através do
sexo, surgiram diferentes nações, com dialetos diferentes, ocorreram grandes
terremotos, erupções vulcânicas, tudo isso fruto do mal criado pelos homens.
Criaram-se escolas de magia negra, o homem tornou-se tão primitivo que viveu como um macaco. Houve a colisão do
planeta com um cometa. Isso há 2 e 4 milhões de anos atrás. Ocorreu a extinção
de todas as espécies da época, dinossauros, animais e homens. A Terra passou
por uma mudança geológica muito grande. Mestres interviram. Criou-se o Conselho
Cármico. Dada a situação da Terra, o
Conselho Cármico pensou em desintegrar o planeta e seu povo, para tentar evitar
que as energias densas da Terra contaminassem o resto do sistema solar.
No entato, um Mestre do planeta Vênus,
chamado Sanat Kumara, se ofereceu para vir pra Terra e permanecer no planeta
até que um terráqueo tivesse capacidade para assumir seu lugar. Este seria uma
ato de amor e misericórdia pois se tratava de um Mestre que já havia atingido
sua plenitude.
Trinta venusianos se ofereceram então
para vir para a Terra, encarnando em corpos humanos. Estes seres nasceram em
famílias que viviam no centro da Terra. Muitos seres de Vênus e de outros
planetas deste e de outros sistemas solares se ofereceram para encarnar na Terra
e auxiliar os homens macacos no seu processo de elevação. A Terra foi salva e
os homens com o fogo de Deus vivo em seus corações, representado pela Chama
Trina, a qual foi colocada nos corações doso homens por Sanat Kumara, começaram a progredir.
Apenas na 5ª sub raça lemuriana chegaram
na Lemúria os venusianos (que estão uma cadeia à frente). Existiam nessa época
3 tipos de procriação: os nascidos do ovo, os nascidos do suor e a
bissexualidade.
...os
antigos lemurianos apenas começavam a esboçar um corpo físico, Não possuíam
mente e, portanto, eram dirigidos pelos Devas, não tendo, dessa forma,
autoconsciência, ignorando quase que totalmente o mundo exterior... passava de
um corpo a outro em completo estado de inconsciência. Era como uma vida de sono
povoada de sonhos...
Nas últimas sub raças lemurianas começaram
a ter uma mente rudimentar, começando então, lentamente, a guiar seus próprios
destinos.
Os venusianos trouxeram à humanidade
insipiente o corpo mental . Isso significa que anterior a esses tempos, os
homens não tinham consciência de suas próprias individualidades; como o cão de
hoje. Que só tem consciência de sua raça. Nasciam, morriam e tornavam a nascer
sem consciência do que lhes acontecia.
Dessa grande transformação que foi o
advento do mental, vêm lendas ancestrais, como, por exemplo, a de Adão e Eva e
a expulsão do paraíso das felicidades eternas e inconscientes.
4ª. Raça raiz: Atlantes.
Esta raça foi a primeira a ser
composta por diferentes etnias. A formação desta raça começou há 10 milhões de
anos atrás e se estendeu até 10 mil anos a.C. Envolvia inicialmente a região
onde hoje fica a Islândia Texas, Golfo do México, estados da América, Brasil e
costa da África.
Aquele contato permanente com os
mundos supra-físicos foi diminuindo progressivamente, até se perder quase que
completamente nos meados da raça Atlante. O homem foi se afundando na matéria.
...Usando
esses poderes latentes, indevidamente, em benefício próprio, caíram irremediavelmente
na magia negra que, mais tarde, por efeito de carma, destruiu totalmente a
quarta raça.
Nessa época surgiram os magos brancos,
saídos das Academias Iniciáticas, justamente para combater a magia negra,
nascendo então o culto popular, a umbanda. A primitiva Aumpram!
A mediunidade dos homens apareceu
nessa época, por efeito já do carma. Os homens haviam começado a usar os seus
poderes remanescentes de contato com os mundos invisíveis em proveito próprio e
muitos se tornaram magos das sombras.
...perdida
a sua faculdade natural de comunicação, tiveram que lançar mão desse recurso –
a mediunidade – para reforçar suas práticas de magia.
Os magos negros foram seres egressos
da terceira raça raiz, da cadeia lunar (lembramos que assim como a Lua é nosso
satélite hoje, vindo de outra cadeia, a Terra será satélite na próxima cadeia).
Os magos negros também eram os Morgs.
Por orgulho negaram-se a cumprir a
ordem do Logos (Deus), que era povoar a Terra, em função dos corpos horríveis
do lemurianos.
Muito depois, quando obrigados a
reencarnar na Atlântida, revoltados, pelas duras penas que teriam pela frente,
se tornaram magos negros (os senhores da face tenebrosa).
A primeira sub raça atlantes se
miscigenou com os membros da sexta e sétima sub raças lemurianas e eram
governados por Mestres Divinos. A segunda sub raça atlantes era governada por
reis criados pelo povo e espalhou-se por todo o continente. Há quem diga que os
índios da América do Sul são desta raça.
A terceira sub raça atlante foi a que
mais se destacou, governando a Atlântida por milhares de anos. Durante este
período um grupo de Servidores veio de Sirius, Órion e outras constelações para
auxiliar a Terra, pois magos negros começavam a dominação e o povo Tolteca (3ª
sub raça atlante) sucumbia. Ao longo
desta civilização, a Atlântida desenvolvia-se e decaía. O que aconteceu
inúmeras vezes. Começaram as grandes migrações da Atlântida. Iniciou-se também
a magia negra em Atlântida.
Foram enviados 25 discípulos de Vênus,
entre eles Thamataê, futuro Caboclo das
7 encruzilhadas e kalami, seu irmão gêmeo, que, no futuro, comandaria o
trabalho dos Agentes Mágicos ou Exus. Vieram com a missão de fundar os primeiros
Templos de Luz na parte que restou do continuente Lemuriano (hoje África).
Após,
para colonizar e iniciar o processo de resgate chegaram outras levas de
migrações espirituais, vindas de Capelinos, Pleiades, Órion, Sirius. Chegam na
grande Atlântida que ocupava quase todo o Oceano Atlântico, África e América do
Sul, que eram unidas. Ergs também reencarnam no planeta.
Surge o movimento da AUMPRAM, ritual fechado nos templos da
luz de Atlântida, nas academias iniciáticas. Surgem os MAGROS BRANCOS, saídos desses templos iniciáticos, para combater a
magia negra, usando também a mediunidade dos homens. Três tipos de entidades se
manifestavam na Aumpram: ENCANTADOS(não
reencarnantes na Terra), NYRMANAKAYAS (livvertos
ou quase libertos do carma) e os INICIADOS
(sem resíduos de carma). Se
aprensentavam como INSTRUTORES, ANCIÃOS
E PUROS. É traçado o 1º TRIâNGULO
FLUÍDICO MAGNÉTICO, DA FORMA DE MANIFESTAÇÃO DA UMBANDA SOBRE O CÉU DE
ATLÂNTIDA. SE INICIA A AUMBANDHÃ.
ATRAVÉS DOS TEMPLOS DA LUZ DE ATLÂNTIDA.
Vários cataclismas acontecem. Afunda
parte da Atlântida. A 3ª sub raça atlante migra para o lesta da América do sul,
onde fundam grandes civilizações. Migram também para o Mediterrâneo onde fundam
a Caldéia.
Desaparece a cidade OPHIR, DO GRANDE IMPÉRICO PAITITI, NO
NORTE DA AMÉRICA DO SUL. E surge a cidade de IBEZ, centro de grande civilização situado onde hoje fica a cidade
de Brra do Garço, em Mato Grosso. Thamataê,
permaneceu 3.500 anos entre essas duas cidades, Ophir e Ibez. Uma outra cidade importante chamada ITAOCA,
criada por Kalami, situada onde hoje é o estado do Piaui, cai pelas mãos da
magia negra. O trajeto das civilizações naquela época, bem como essas cidades
relatadas estão na ordem direta das manifestações das entidades que hoje cuidam
da umbanda e do planeta.
5ª. Raça-raiz: Ariana (a nossa)
A quinta raça-raiz surgiu na Terra há
cerca de 60 mil anos a.C. É conhecida como a raça ariana. Esta raça sabia ler e escrever.
A função evolutiva dessa raça é
acumular aprendizados, aprendendo a ter o máximo de comando das energias:
físicas, emocional, mental (e é através desta última, da energia mental, que
poderemos nos elevar, saindo dos padrões emocionais e físicos densos.
A 6ª raça-raiz começará a entrar na
Terra para desenvolver a questão intuitiva, para promover grande revolução na
Terra. Irá habitar inicialmente o continente norte-americano. Os processos de transição planetária e de
transformação que já estamos passando agora, vão finalizar com a 6ª raça-raiz.
Os seres retardatários, que não acompanharem este processo evolutiva serão
realocados em outros planetas. Este processo já começou.
Esta raça está sendo criada sob a
regência dos Deuses Meru.
7a. Raça-raiz: ainda
por vir - a última raça (seres com arquétipos
dourados).
Na 7º sub raça (sempre a
mais curta) haverá procriação pela mente consciente (kriashakti).O SNC (sistema
nervoso central) se unirá ao SNS (sistema nervoso simpático).
Esta raça não nascerá
enquanto todo processo de transição não estiver concluído. Muitos territórios
tem carmas criados pelas raças encarnantes neles. No caso do Brasil, por
exemplo, a escravidão e a ditadura deixaram profundas marcas cármicas.
A frequência energética
do planeta terá que ser totalmente outra para possibilitar a vinda dos seres
desta raça. O berço inicial desta raça será a América do Sul, muitos em solo
brasileiro. Também poderá surgir um novo território. Especula-se que esta 7ª
raça recriará o paraíso. Trarão o que se chama de Idade de Ouro para o planeta,
um período de perfeição, em que o homem terá novamente a sua consciência
sintonizada com a Consciência Divina e sustentará harmonia, amor, união e paz
sobre a Terra. O planeta caminhará então para a unificação: social, política,
religiosa, econômica, de consciências e de corações, e, assim, a NOVA ERA será
definitivamente instaurada.
Sugestões
de leitura para aprofundar esses conhecimentos:
1.
O homem, sua origem, história e destino de
Werner Schroeder
2.
Terra das Araras Vemelhas – R. Feraudy – Ed.
Conhecimento
3.
Os Iroqueses – Marilea de Castro – no prelo –
Ed. Conhecimento
4.
Terra dos Ay-Mhorés – a saga dos últimos
atlantes nas Terras do Sul - M.Teodora Guimarães – no prelo
A razão de colocarmos esse assunto
neste curso de umbanda é motivar os
umbandistas a pensarem em sua individualidade, enquanto espírito imortal,
deixando de ser tão egoistas e imediatistas. Se considerarmos, por exemplo,
que costumamos pensar na humanidade vinda apenas dos tempos do advento do
cristianismo, há dois mil anos, ou quando muito dos tempos finais da antiga
civilização egípcia, há quatro ou cinco mil anos, já teríamos motivos de sobra
de nos tornarmos pessoas melhores, mais brandos e resignados. Não teria sido
por falta de oportunidades reencarnatórias que não melhoraríamos enquanto pessoas,
fator fundamental para nós umbandistas, nos tornarmos merecedores de ter
contato com as entidades superiores do astral.
Quando
pensamos então em milhões de anos, a nossa obrigação aumenta muito, pois
continuamos a fazer questão de tudo, de forma ranzinza, a querer fazer nossas
opiniões prevalecerem, como se tivéssemos nascido ontem. Nos irritamos quando contrariados,
fazendo nossa faixa vibratória cair de ondas curtas (onde normalmente
deveríamos vibrar o tempo todo), para ondas médias, onde vibram nossos
desafetos do passado, que, naturalmente, estão sempre dispostos a nos
prejudicar (quer dando intuições negativas, quer manipulando nosso ectoplasma).
Temos
que voltar a perceber que começa a ser, no mínimo, ridícula, nossa tendência a
querer que tudo seja do nosso jeito, além de querermos sempre dar a última
palavra em tudo ou nos acharmos os donos das verdades. Queremos
não só tudo do nosso jeito, mas também tudo para ontem, como se o mundo fosse
acabar amanhã e não fossemos seres universais ligados a enormes correntes de
evolução.
Precisamos nos perceber também como
responsáveis pelo nossa própria evolução. E, assim, a partir da transformação
interna, entender que vamos contribuir para a evolução de toda a humanidade e
também do próprio planeta Terra. Dessa forma estaremos conectados como o plano
evolutiva da Terra. Se somos responsáveis, então, precisamos questionar quando
ficamos esperando que as entidades modifiquem nosso carma.
Carma não é algo para ser modificado pelos
outros (o que inclui as entidades espirituais). Carma é aquela oportunidade que
estamos tendo de resgatar nosso passado através do aprendizado, que muitas
vezes vem com o aborrecimento e com a dor (o que significa, literalmente, a
eliminação dos nossos defeitos). E muitas vezes nossas dores não são nem mesmo
fruto de nosso carma e sim de nossa teimosia, em não querer aceitar muitas
coisas como são. Temos pouca capacidade de ver a vida com brandura e
resignação.
No entanto, se alguma entidade amiga
se dispor a afastar de nós nossos problemas ou nossos desafetos, presentes ou
passados, sem que estejamos num processo real de modificação interior (o que os
kardecistas chamam, sabiamente, de reforma íntima), estará fazendo magia.
Portanto, desconfie da luz dessa entidade. O problema é que gostamos de
acreditar que aquilo que nos faz bem é o correto. O mesmo se dá com médiuns
desavisados que acham que podem fazer isso pelas pessoas.
É preciso que os consulentes e os
médiuns sejam evangelizados, estudem, pois via de regra, o que acontece nas
casas umbandistas, é o retorno eterno daquele consulente que nada consegue, ou
o oposto, aparece a vaidade no médium que acha que pode tudo com sua magia
autoritária, quando na verdade só está modificando os acontecimentos
temporariamente, pois os desígnios
divinos para cada indivíduo se restabelecem,
naturalmente, mais cedo ou mais tarde. Ninguém deixará de passar o que precisa
se não aprender.
Além do mais, através dessa magia, que
é negra, esteja ela baseada em boas intenções ou não, o médium estará ganhando
um carma para si, pois estará interferindo no livre arbítrio do outro.
O médium precisa estudar para, então,
irradiado por entidades sábias, captar melhor o que lhe é passado; precisa
saber discernir entre uma mensagem que vem da luz e outra que vem das sombras
ou apenas de um dos muitos espíritos transeuntes que dão comunicação na umbanda
sem estarem ligados a nenhuma linha dos orixás, bem intencionado, mas
desinformado, assumir o papel de professor de seu consulente.
Nas lides umbandistas se acostumaram
as pessoas a listas de pedidos descabidos, tanto os que os fazem, quanto os que
se dispõem a resolvê-los.
Fiquemos pois mais atentos. Vamos nós,
umbandistas, parar de brincarmos de Deus e tentarmos compreender melhor os
caminhos para chegar a ele, levando conosco os que nos procuram, com mais
humildade.
Além de nos percebermos apenas como um
grão de areia nessa imensidão evolutiva do planeta, precisamos perceber que o
futuro também está em nossas mãos. Este é um momento de grande preparação para
cada pessoa. O joio e o trigo já começaram a ser separados. Em todas as
dimensões do planeta.
Será resgatado e seguirá o plano
evolutivo da Terra aquele que se entregar ao seu Cristo Interno e a Vontade de
Deus. O homem que trilhar o caminho da luz e se esforçar para vencer a natureza
humana mundana, internamente, vencendo sua própria personalidade, seu próprio
ego, seus apegos a natureza inferior é forte candidato ao resgate.
Esse resgate será de dentro para fora,
ATRAVÉS DOS PENSAMENTOS, PALAVRAS, SENTIMENTOS E ATITUDES DE LUZ E AMOR. NÃO
IMPORTARÁ O LUGAR ONDE A PESSOA ESTIVER, NEM SUAS CONDIÇÕES EXTERNAS. A ÚNICA
GARANTIA DE LIBERTAÇÃO E EVOLUÇÃO É MANIFESTAR A ENERGIA CRÍSTICA NO CORAÇÃO.
A tarefa evolutiva é INDIVIDUAL.
Precisa ser realizada por cada um, com vontade, dedicação, desenvolvendo o
desapego das posses materiais e dos laços emocionais negativos.
Este capítulo foi escrito com base no
material da aumpram.org.br e também dos ensinamentos dos Mestres da
Fraternidade Branca, através dos estudos divulgados por Luis Carlos Silveira Dias
Jr., no livro Eu sou eternamente livre.
[1] A
história desse planeta, de nome Morg, que ocupava o mesmo espaço, de um outro
planeta chamado Erg, numa outra dimensão, está intimamente ligada ao nosso
planeta. Da mesma forma que espíritos venusianos trouxeram às primeiras raças
terráqueas o mental, os ergs levaram aos venusianos o desenvolvimento de suas
raças. Os morgs tinham seu planeta em vias de desaparecimento e tentaram então
se apossar do mental dos ergs para promover uma invasão. Desta luta resultou a
fuga dos ergs para o planeta Vênus e uma explosão nuclear que destruiu ambos os
planetas: Erg e Morg. Com o passar do tempo os morgs se viram exilados no
astral da Terra e começaram mais tarde a reencarnar na Atlântida, com muitos se
transformando em magos negros. Essa história está contada em detalhes no livro
“O 10° Planeta” – de Roger Feraudy, no prelo pela Ed. do Conhecimento.
Os fatos relativos a esses planetas,
ocorridos a milhões de anos passados, foram trazidos a Roger Feraudy,
orientador da FGC (Fraternidade do Grande Coração), pelo então imperador de
Erg, venerável espírito luminoso de nome Hylion, habitante hoje de planeta no
centro da galáxia, Colope. Do planeta Erg resta hoje um cinturão de asteróides
entre Marte e Júpiter, bastante conhecidos dos astrônomos, que com o tempo se
reunirá para formar o planeta para onde esta civilização terráquea se
transferirá na próxima cadeia, como seu único planeta de características
físicas, como a Terra
[2]
Triangulo
fluídico é o triangulo vibratório da forma, aquele que representa a síntese do movimento
da umbanda: cada um de seus lados representa uma das formas de manifestação das
entidades, isto é, os hoje caboclos, pretos velhos e crianças.
[3] A
história de Ibez, Itaoca e Paititi está contada no livro “Baratzil” - de Roger
Feraudy
[4] Essa
profecia está relatada no livro o “10° Planeta – a pré-história espiritual da
humanidade” – de Roger Feraudy – no prelo
AULA 4
A HIERARQUIA CÓSMICA
Nesta aula procuraremos mostrar, de
forma resumida, a hierarquia cósmica em nosso planeta dos seres que colaboram
na umbanda ancestral.
Vale ressaltar que
existem vários outros Mestres conhecidos em cada Raio, porém destacamos aqui
aqueles que ocupam o cargo de Cohan/Dirigente atual.
CARGOS HIERÁRQUICOS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA
(Explicação do gráfico da página 25)
Chefe
da Hierarquia Divina é O SENHOR
DO MUNDO. Seu trabalho consiste em chefiar a hierarquia espiritual como a
mais alta autoridade em todos os assuntos de natureza transcendente,
recebe as energias irradiadas pelo Cérebro de Deus e as transmite generosamente
para os instrutores do mundo e os senhores do karma. Até 1956, por milhões de
anos, este cargo foi ocupado por: SANAT KUMARA, (Mestre vindo do planeta
Vênus, mencionado nas aulas anteriores). Então, em 31 de dezembro de 1956,
vários outros da hierarquia celeste subiram de posto, o atual SENHOR DO
MUNDO é o Príncipe GAUTAMA, que foi o BUDA por
centenas de anos.
BUDA
DA EVOLUÇÃO: Responsável pela manutenção da chama divina em
cada coração humano, cargo ocupado, hoje por SENHOR MAITREYA, que foi o
instrutor do mundo, ou cristo cósmico até 1956, assumiu o lugar do Príncipe
Gautama, sendo então atualmente o Buda. Seu trabalho consiste em irradiar e
manter o amor divino na alma humana, enquanto ela estiver encarnada, período em
que precisa de desenvolvimento e amadurecimento. O BUDA transmite ao
planeta Terra as vibrações e fundamentos essenciais do reino de Deus às almas
humanas, para que estas não se sintam desamparadas e sem apoio das forças
celestes. O senhor MAITREYA, foi instrutor dos mestres Kuthumi e Jesus, antes
destes assumirem o cargo.
INSTRUTOR
DO MUNDO ou CRISTO CÓSMICO, atualmente ( desde 1956) são: o Mestre
KUTHUMI ,Mestre JESUS e Mestre LANTO. O trabalho de Instrutor do
mundo consiste em erguer os seres da Terra aos raios do Buda através do
desenvolvimento de suas consciências. Esta elevação impulsionará a evolução
planetária. O instrutor do mundo é quem arquiteta e orienta as religiões e o
uso da energia divina por um período de aproximadamente 14 mil anos.
MAHA
CHOHAN (GRANDE DIRETOR), cargo ocupado por Paulo Veneziano, representa o Espírito Santo para o planeta
Terra.
MANÚ são os seres
responsáveis pela evolução da raça na Terra, orientam a encarnação das
raças-raízes, são eles: Vaisvata, Meru, Senhor
Sainthru e Senhora Mercedes.
Depois, na hierarquia cósmica, temos na ordem
sucessiva:
·
CHOHANS (DIRETORES) DOS SETE RAIOS - com as atividades que citamos
na tabela, anteriormente, e, então, servindo a eles, em seus respectivos Raios
temos:
§ GRANDES
ARCANJOS (em número de 7)
§ GRANDES
ELOHIM (em número de 7) -
todos formam os autênticos arquitetos da Terra
Obs.: estes cargos não são
definitivos, podendo haver alterações.
Compreendendo melhor a Fraternidade Branca
A Fraternidade Branca é um Conselho de Mestres, que
representa o Divino, este Conselho foi divulgado ao mundo físico por volta de
1875, através do Movimento Teosófico por intermédio de Elena Petrova
Blasvastsky.
Os Mestres da Fraternidade Branca, são chamados também de
Mestres Ascensos, são entidades incorpóreas, ou seja, formas de energia do
mundo espiritual; que juntamente com anjos, os arcanjos, os lideres espirituais
e outros, pertencem em parte ao mundo invisível, que sustenta nossa vida.
Muitos dos mestres ascensos percorreram como nós, o caminho
evolutivo na Terra, (alguns são extraplánetarios) e tendo superado a dualidade
durante sua vida terrena alcançaram a unidade, no fim de suas vidas foram
mestres iluminados alguns deles conhecidos até hoje: ex. Lao Tsé, Kwan Yin e
Cristo.
Por terem percorrido o caminho terreno os mestres conhecem
muito bem o tipo de dificuldade com que lidamos, conhecem nossos medos, as dúvidas
a as decepções que continuam a nos afligir.
Do grupo de mestres ascensos, nem todos encarnaram, mas
escolheram como missão ajudar os seres humanos no seu processo de evolução.
O objetivo dos mestres não é apenas que possamos mostrar
nosso verdadeiro ser, mas também que possamos, no “dia - a dia”, “vencer o
cotidiano”, ou seja, manter a quietude, o equilíbrio e a unidade, num mundo
material, agitado, perseguido pelo mal, pelo barulho, entre as tensões e a luta
por sobrevivência.
O objetivo é permanecer equilibrado, também nessas
situações, agindo igualmente de forma calma, descontraída e clara, trata-se de
aproveitar todo o nosso potencial, desenvolver nossa intuição, seguir a
sabedoria interior, aceitar nosso lado sombrio e integrar tudo isso, esta é a
lição que os mestres querem nos ensinar.
Em maio de 1954 começou a Era da Liberdade, que se
estenderá por 2000 anos, sob a supervisão do Bem Amado Mestre Saint Germain, os
2000 anos passados estiveram sob o comando do Bem Amado Mestre Jesus, que
passou a humanidade o conhecimento espiritual apoiado no amor divino.
A grande promessa de Saint Germain é trazer a liberdade
para todas as criaturas humanas, inumanas, elementais e anjos prisioneiros,
promessa que esta promovendo uma extraordinária mudança na maneira de pensar e
sentir e na vida planetária em geral trabalhando com ele, existem Legiões de
Luz unidas em torno da mesma causa e operando com o máximo de amor e dedicação.
Os Mestres Ancensionados e as legiões angélicas atuam
também como amorosos intermediários entre o Divino e os Homens, pois apesar de
termos acesso direto com o pai, nossas orações não conseguem se elevar as
esferas superiores, quando oramos a Deus, nossos apelos, são ouvidos e
respondidos pelos mestres e pelos anjos, que são todos mensageiros. Reforçam a
energia contida na prece dos homens com suas próprias energias para que as
orações possam voltar em forma de ajuda àqueles que oram. Entretanto, os
mestres só podem interceder pela humanidade se houver um pedido explícito e que
tenha a consciência clara de que devemos trabalhar pela nossa liberdade e
seremos merecedores dos benefícios que os mestres e anjos nos concedem.
A cada ser humano é concedido o livre arbítrio, faculdade
que, além de pessoal e intransferível, intocável e incapaz de sofrer qualquer
modificação a não ser pela disposição espontânea e voluntária do próprio
detentor, ou seja, o ser humano através do livre arbítrio, decide como quer
viver, ser e estar, felicidade, saúde, bem–estar a realização pessoal não são
empreendimento que dependam de mais alguém que não o homem e sua vontade, o
homem e seu livre arbítrio ou livre escolha, portanto não podemos e não devemos
responsabilizar ninguém, alem de nos mesmos, por todas as nossas realizações
,sejam elas positivas ou negativas.
Compreendendo a LEI de CAUSA e EFEITO, agiremos melhor e mais acertadamente, usaremos melhor
nosso livre arbítrio e usando a ferramenta do amor divino, rumaremos à
perfeição, onde existe a liberdade e salvação dos erros cometidos no passado.
Cada um de nós possui dentro de si uma personalidade
salvadora que manejada pelo livre arbítrio resgata o homem de suas dores e
sofrimentos, habilitando sua elevação acima das barreiras criadas pelo próprio
homem por decisão de sua livre vontade. Toda via, apesar de ter o homem, de
executar seu próprio resgate, apesar de ser o dono e responsável direto por sua
salvação (uma vez que ninguém salva a ninguém, mas cada um pode salvar a si
mesmo), podemos ser grandemente auxiliados pelos mestres, anjos e seres da luz.
Muitos mestres têm encarnado nas diversas eras do mundo
como mensageiros ou enviados de Deus, trabalhando para que cada ser atinja e
realize seu plano divino, assim: Moisés ainda reverenciado pelos judeus, o
profeta Maomé, mestres dos maometanos, Sidarta Gautama, o Buda e Jesus, o
Cristo são alguns destes mensageiros, que caminharam neste planeta e ainda hoje
continuam suas missões de amor e misericórdia pela humanidade.
Quando apelamos a Deus, sempre somos ouvidos, não há prece
sem resposta, desde que o pedido seja procedente.
Juntamente com os Mestres Ascencionados, trabalham pelo bem da Terra e
para o despertar espiritual do homem, e fazem parteda da Grande Fraternidade
Branca, arcanjos e elohim. Os arcanjos evoluíram na linhagem angélica e os
elohim evoluíram dos devas. Os arcanjos são seres de luz conhecidos como
mensageiros de Deus. Circulam pela Terra e pelo universo, irradiando as Virtudes Divinas (como o Amor, a Cura,
a Luz, a Misericórida, a Fé, etc). Seus corpos são formados das próprias
energias que eles irradiam. Os arcanjos são os Anjos que atingiram um
desenvolvimento bem maior e são parecidos com os Metres, em relação ao nível de
perfeição. Elohim são seres de luz responsáveis pela construção das formas que
existem em todo o universo, como as galáxias, as estrelas, os planetas, por
exemplo. São eles que recebem as ideias que Deus tem, por assim dizer, e
trabalham para que elas sejam criadas. Eles também construíram a Terra e nela
existem várias elementais que estão evoluindo e que também constroem formas
como as montanhas, bosques, mares, etc. Estes se chamam Devas e vão evoluir até
um dia tornarem-se Elohim.
Cada Mestre, Arcanjo e Elohim
tem aptidões específicas e expressam determinadas virtudes divinas,
potencializando-as e distribuindo-as sobre a Terra e a humanidade. Atuam no
mundo dos pensamentos e estão a serviço das diferentes Chamas.
Cada mestre trabalha associado a uma “potência” espiritual, ligado a uma
determinada “Chama”, também
conhecida como “Raio”, este “Raio”
ou “Chama”, se manifesta na matéria com uma cor e força específica. Os Mestres
e Seres de Luz estão organizados ao todo
em 7 Raios.
Os Raios são energias
que fluem de Deus para todo o universo. Estas energias se manifestam sob a
forma de qualidades como a Fé, o Amor, a Criatividade, entre outras. Todos os
homens recebem e precisam desenvolver essas virtudes e, assim, se aproximarem
novamente de Deus.
Todos os Raios estão
associados a cores para que os homens possam imaginá-los e também para usar
essas cores ao seu redor.
Os três primeiros Raios
formam a Chama Trina. No coração de
todos os homens essas três energias divinas estão pulsando como sementinhas que
estão ali para crescer e se expandir. Essa Chama representa a vontade de Deus,
(chama azul), o Amor-sabedoria e a Luz Divina (chama dourada) e a Inteligência
Criativa Divina (chama rosa) que precisam ser estimuladas e dsenvolvidas. Cada
vez que você sente e expande essas qualidades, está fazendo sua Chama Trina
aumentar e quanto mais ela aumenta, mais você se transforma nessas qualidades.
Ela também é conhecida como os três Raios Divinos que Deus colocou em cada
homem. A manifestação plena da Chama Trina é a essência divina em nós, ou seja,
o Cristo Interno.
No Raios de Luz trabalhamos com a
frequência dos Mestres da Fraternidade Branca. Entendemos que não há uma
correlação direta entre Mestres ascensos e Orixás da Umbanda. Sendo assim, os
mestres não “equivalem” a nenhum Orixá. São frequências paralelas, diferentes,
todas voltadas para o bem do planeta e da humanidade.
No sincretismo já estudado no Curso Básico
de Umbanda, vimos que relacionam Jesus à Oxalá. Porém, entendemos que não são a
mesma coisa. O Orixá Oxalá é um e, Jesus Cristo, outro. Tal sincretismo foi
realizado pela similaridade do atributo de fé, relacionados a ambos,
entretanto, não são a mesma coisa.
A Divindade Suprema mostrada na imagem da
página 26 (LOGOS CÓSMICO) equivale a OLURUM. OS LOGOS SOLARES equivalem às SETE VIBRAÇÕES ORIGINAIS que
auxiliaram a criação do mundo. Os LOGOS
PLANETÁRIOS equivalem aos SETE ORIXÁS MAIORES DA UMBANDA. as subdivisões
sequentes da hierarquia da umbanda segue uma organzição paralela, conforme já
estudamos no Curso Básico.
Este capítulo foi escrito com base no
material da aumpram.org.br e também dos ensinamentos dos Mestres da
Fraternidade Branca, através dos estudos divulgados por Luis Carlos Silveira Dias
Jr., no livro Eu sou eternamente livre; e do Manual do Raios de Luz.
BONS
MÉDIUNS
PRINCÍPIOS DE UM MÉDIUM
TIPOS DE
MÉDIUNS PERFEITOS:
OS BONS
MÉDIUNS E AS MENSAGENS RUINS
MÉDIUNS
PERFEITOS
O MÉDIUM,
SUA MORAL E O ESPÍRITO COMUNICANTE
QUALIDADE
DOS BONS MÉDIUNS
MÉDIUNS IMPERFEITOS
TIPOS DE
MÉDIUNS IMPERFEITOS:
RAZÕES DA QUEDA DOS MÉDIUNS
SEXUALIDADE
DINHEIRO
CONSEQUÊNCIAS
CONCLUSÃO
VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM
IDENTIFICANDO
A VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM
AFINIDADES
LISTAGEM
DOS DIAS E DOS ORIXÁS CORRESPONDENTES
AULA 5
MEDIUNIDADE - PROCESSO ANÍMICO
CONTEÚDOS DA AULA: recaptular
conceito de mediunidade; processo anímico
MEDIUNIDADE
Definição: Médium é o intermediário entre os
mundos (ponte entre os planos dos encarnados e desencarnados).
Tela
búdica: Tela búdica é
uma capa de átomos sub atômicos (mais sutis que os atômicos, pois não estão no
corpo físico) entre o duplo etérico e o corpo astral que serve como uma
proteção, impedindo a livre comunicação consciente entre o plano físico e o
astral. Isto é, impede a comunicação direta com o plano espiritual. Essa tela
pode se romper em situações extremas (ira, intoxicação alcoólica, uso de
drogas, chás alucinógenos, etc).
Na época da 4a . raça-raiz, na
Atlântida, todos os homens tinham suas telas búdicas muito abertas e
permeáveis, o que significa, em palavras simples, que se comunicavam com o
plano espiritual de forma permanente. E muitos fizeram mal uso disso,
desviando-se para a magia negra e ganhando um carma.
Com o advento da magia negra, os magos
brancos começaram a usar as mediunidades dos homens para combatê-la, surgindo
as primeiras incorporações. Portanto, médium é todo aquele que possui rombos na
tela búdica por efeito de carma acumulado em vidas passadas.
Todo médium de umbanda exerceu a magia
no passado. DESTA FORMA, COMO JÁ
EXPLICAMOS NA APOSTILA DO CURSO BÁSICO DE UMBANDA, MEDIUNIDADE NÃO É UM DOM E
SIM UMA PROVAÇÃO CÁRMICA!
Quanto mais exuberante é a mediunidade
de alguém, mais carma ele carrega do passado (e mais rombos tem na tela
búdica). Portanto as referências que fazemos do tipo: Ele é um grande médium! -
são, no mínimo, uma bobagem, pois não existem grandes médiuns e sim grandes
devedores. O que existem são incansáveis trabalhadores na seara divina, que
compreendem serem meros intermediários com o plano astral em prol da caridade
desinteressada, desenvolvendo seu trabalho de forma silenciosa, humilde e
operosa, iniciando assim o resgate dos débitos do passado.
Para saber mais sobre os tipos de
mediunidade, ver apostila do Curso Básico de Umbanda, disponível em: http://raiosdeluz-aruanda.blogspot.com.br/p/curso-de-introducao-umbanda.html
PROCESSO ANÍMICO
O fenômeno anímico diz respeito a intervenção da própria
personalidade do médim nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele
usa nelas algo de si mesmo. Assim, pela persfectiva do espiritismo, afirma-se
que determinada comunicação mediúnica foi “puro animismo” quando a alma do
médium interveio com exclusividade, tendo ele manifestado apenas os seus
próprios conhecimentos e conceitos pessoais, embora depois os rotulasse com o
nome de algum espírito desencarnado.
Às
vezes, essa interferência anímica inconsciente é tão sutil que o médium é
incapaz de perceber quando o seu pensamento intervém ou quando é o espírito
comunicante que transmite suas ideias pelo contato perispiritual.
Do
ponto de vista do espírito Ramatis[1], a comunicação gerada de
forma anímica pelo médium não precisa ser desprezada. Na compreensão desse
espírito, a comunicação anímica expressa a interpretação pessoal do médium, mas
conserva a ideia central e autêntica daquilo que os espíritos desencarnados
lhes incutiram na alma.
No entanto, se o médium interpreta a mensagem do
desencarnado e a transmite com má intenção, alterando o conteúdo da mensangem,
com o intuito de enganar os que o ouvem, não se trata de animismo e sim de mistificação. E, nesse caso, torna-se
algo negativo.
Quando, um médium transmite animicamente fatos morbidos
de sua infância, cenas trágicas vividas em outras vidas, ou mesmo aspectos do
seu temperamento psicológico, suas aflições, alegrias, derrotas, cenas
dolorosas, fatos trágicos ou detestáveis, então, trata-se de um médium
desajustado, doente, que necessita de amparo e orientação espiritual.
Médiuns
que são muito sugestionáveis na vida profana, a ponto de estigmatizar com
facilidade sua mente indisciplinada correm o risco de se tornarem vulneráveis a
espíritos levianos ou maquiavélicos que tudo fazem para ridicularizar o
trabalho mediúnico. Tornam-se também, reféns de sua própria imaginação
exagerada e passam a trabalhar desgovernada e desiquilibradamente.
Há
ainda, aqueles que tentam o transe mediúnico sem possuir a sensibilidade
exigida para o mesmo. Nestes casos, a pessoa irá comunicar apenas o que emerge
do seu próprio subconsciente.
Segundo Ramatis, nem todos os médiuns abusam do animismo
com intenções condenáveis ou para fins vaidosos. Assim, não aconselha a
desistência do desenvolvimento mediúnico só porque a interferência do médium
perturba a transparência cristalina das comunicações dos espíritos
desencarnados.
Ramatis explica que as entidades dependem da vontade e da
diretrizes intelectuais e emotivas do seu médium intérprete encarnado. Ou seja
o médium utiliza suas próprias palavras e sua bagagem mental para transmitir a
mensagem do espírito desencarnado. Os médiuns são considerados então
intérpretes do pensamento alheio e por isso influem com seu temperamento,
engenho e cultura nas mensagens que traduzem. Mas só o médium com propósitos
condenáveis é que poderia ter remorso de sua interferência anímica, pois nesse
caso estaria burlando a mensagem do desencarnado. Não é passível de censura
aquele que impregna as mensagens dos espíritos com forte dose de sua
personalidade, mas o faz sem poder dominar o fenômeno ou mesmo distingui-lo da
realidade mediúnica. É tão sutil a linha divisória entre o mundo espiritual e a
matéria, que a maioria dos médiuns conscientes dificilmente logra perceber
quando predomina o pensamento do desencarnado ou quando se trata de sua própria interferência anímica. Só
depois de alguns anos de trabalho assíduo na seara mediúnica, estudos
profícuos, afinada sensibilidade mediúnica, muita capacidade de auto-crítica e
introspecção é que o médium logra dominar e distinguir com êxito o fenômeno
anímico.
Ramatis não aconselha que se procure eliminar
deliberadamente o fenômeno anímico na comunicação com as entidades, uma vez que
isso tornaria ainda mais difícil o desenvolvimento mediúnico e as comunicações
doutrinárias aos próprios médiuns, pois, os guias não desejam que os médiuns
sejam autômatos mediúnicos, ou seja, cavalos de orixá, como se diz na umbanda,
espécie de robôs acionáveis à distância, comandados pelos desencarnados. A
mediunidade é um meio de os encarnados e desencarnados atingirem objetivos mais
elevados, por isso, o médium não pode dispensar o estudo, a educação, o
afinamento e aprimoramento moral, a cultura do seu próprio intérprete e também
seu despertamento espiritual.
Para os guias, importa mais o progresso intelectual, o
desenvolvimento evangélico do seu médium, do que um resultado brilhante de sua
manifestação mediúnica. Muitas vezes o guia espera para fazer revelações do
Além, para que o seu médium, que em geral fica ansioso por se destacar pessoalmente,
procure em primeiro lugar desenvolver sua modéstia como alguém evangelizado. O
médium deverá acima de tudo aprender primeiro a caminhar por seus próprios pés,
em relação ao entendimento e a compreensão da vida imortal e procurar ser útil
ao próximo.
Segundo Ramatis, os guias preferem médiuns disponíveis ao
serviço cristão incondicional, aliado ao estudo sincero da espiritualidade. Se
satisfazem com a
“revelação
da ternura, a prática da benevolência e da tolerância, a cultura da honestidade
e a manifestação da humildade, pois, malgrado sejam mesmo anímicos para as
mensagens dos desencarnados, serão os mais louváveis intérpretes”. (MAES,
psicografando Ramatis, 2006, p.164)
Para Ramatis, de nada adianta um médium inconsciente, por
exemplo, que transmite as mensagens dos desencarnados com fidelidade, porém,
que em sua vida diária se volte para a prática de vícios degradantes, que não
estuda, não se aprimora moralmente, ficando estagnado em sua evolução espiritual.
Um guia se sentirá melhor afinado com seu médium se o
médium tiver recursos mentais que facilitem a sua comunicação. Quando o médium
e o espírito comunicante estão afinados pelos mesmos laços intelectuais,
morais, ou mesmo quando compartilham da mesma profissão (por exemplo, um
desencarnado médico incorporado em um médium que também seja médico), as
comunicações mediúnicas se tornam mais claras.
Quando o médium tem todo um repertório intelectual, moral
e até profissional, parecido com o da entidade que ele está comunicando,
facilita a interpretação das mensagens pois o médium poderá ter mais facilidade
inclusive em fiscalizar o conteúdo comunicado, evitando qualquer aberração ou
equívoco.
Os guias não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo
nas comunicações espíritas, porque sua intenção é orientar os médiuns aos
poucos, para irem adquirindo preceitos espirituais, morais e intelectuais a tal
ponto que aperfeiçoem as comunicações anímicas. Os guias se utilizam dos
médiuns conforme a necessidade de aproveitamento doutrinário aos encarnados. Ou
seja, alguns médiuns são mais eficientes
para as identificações seguras de desencarnados. Alguns são melhores para fazer
esclarecimentos doutrinatários e outros tem mais habilidades para transmitir
com êxito as revelações importantes do Além.
Como os médiuns são intuitivos, dificilmente se
libertarão totalmente do animismo, que apenas varia mais ou menos de
intensidade em um ou em outro médium. Quando uma entidade precisa fornecer
algum tipo de prova da existência espiritual a certos incrédulos encarnados,
por exemplo, utilizarão um médium apropriado para isso, possivelmente um médium
de incorporação, através do qual os desencarnados possam escrever exatamente
como o faziam em vida, fornecendo detalhes convincentes. Podem se utilizar de
um médium de fenômenos físicos, que proporciona a voz direta do espírito
comunicante ou materializações para sensibilizar os vivos desconfiados.
Para revelações importantes que comprovem aos encarnados
a existência de um plano espiritual, os espíritos utilizam também médiuns que
tem o dom natural de serem proféticos em sua vida particular. Para fazer o
consulente refletir sobre suas convicções pessoais, os guias podem valer-se de
um médium bem eloquente, que se expressa com desenvoltura e conhecimentos
espíritas contundentes capazes de sensibilizar a pessoa com bons argumentos.
Muitas vezes, durante uma transmissão mediúnica, as
ideias, os pensamentos, os conhecimentos e a indole do médium coincidem com o
assunto que o espírito inspira ele a falar. Assim, o médium transmite a mensagem
com segurança e facilidade pois expõe um conteúdo que lhe é familiar. Porém, se
houverem desajustes muito grandes entre o médium e o espírito comunicante,
podem haver desajustes de conhecimentos, formando-se hiatos na mensagem
mediúnica. Assim, as vezes, se o médium percebe um vazio no
meio da comunicação, talvez, o espírito esteja alertando-o para a necessidade
de estudar e se desenvolver mais como pessoa. Por este motivo os médiuns
precisam transformarem-se em bons instrumentos para os guias, procurando
estudar, desenvolver-se emocionalmente e espiritualmente para transmitirem as
mensagens com mais proveito.
Por outro lado, os guias ou protetores deixam, algumas
vezes, o médium “falar sozinho” também, com a intenção de que o médium mobilize
seus próprios conhecimentos e recursos intelectuais.
“Sob a
direção e controle do guia do médium, os espíritos comunicantes suspendem então
o fluxo das ideias que lhe transmitiam pelo cérebor perispiritual, o qual é
obrigado assim a unir os elos vazios da comunicação, demonstrando até que ponto
é capaz de expor a mensagem espiritual sem distorcê-la ou fragmentá-la na sua
essência doutrinária” (MAES, psicografando Ramatis, 2006, p.167).
Essas situações em que o espírito comunicante deixa um
“vazio”, para que o médium preencha com seus valores intelectuais e morais, de
improviso, embora constranja e atemorize o médium, é uma forma que o espírito
usa para treinar seu médium a compensar esse “vazio” com seus conhecimentos,
tornando-se assim útil e capaz de atender à necessidade de orientar e servir o
próximo, a qualquer momento. Nestes casos o médium fica por sua conta por
alguns momentos, sem poder fugir do impulso da comunicação. O médium precisa então
recorrer a suas próprias concepções filosóficas, morais e espirituais para
preencher sozinho os intervalos da comunicação, da mensagem, deixados de
próposito pelo seu guia. É realmente uma espécie de teste, para que o médium
prove o que o que já sabe, o que já compreendeu das leituras doutrinárias que
já fez, que demonstre como julga as pessoas, e demonstre sua capacidade de
orientar o próximo, apesar de sua característica humana falível. As
comunicações podem então ser truncadas propositadamente pelos orientadores
espirituais do médium, para que o médium possa comprovar seu grau de segurança
e ter consciência de como se comportaria no caso de uma interferência,
intromissão ou confusões provocadas por espíritos mal intencionados, que, às
vezes, se infiltram entre os sentivos invigilantes, se fazendo de mentores
espirituais.
Trata-se de um processo de educação doutrinária do
médium. Um treino mesmo. Em que o guia obriga o médium a estudar, ampliar seu
repertório de conhecimentos, afinar-se e melhorar-se moralmente, desenvolvendo
seu senso de crítica, de argumentação que acabará fortalecendo o médium, tanto
em sua tarefa de intérprete das comunicações dos espíritos desencarnados, como
em sua vida diária, pois habilitará o médium a falar do conteúdo espiritual com
propriedade nas suas relações cotidianas, com amigos, familiares, defendendo os
postulados espíritas no dia-a-dia.
Nesse processo, cresce a confiança dos guias e de outros espíritos de luz, que passam a
credenciar o médium com maior responsabilidade no exercício de sua mediunidade.
É importante observar, no entanto, que, os espíritos, mentores, orientadores
espirituais e guias desinteressam-se completamente de aplicar este método de
ensino espiritual nos médiuns que são levianos, fúteis, mal intencionados, que
tem pouca disposição para estudar ou que são preguiçosos.
Há casos em que o espírito comunicante apenas fornece o
tema central da comunicação mediúnica, envolve o médium com fluidos
identificadores de sua presença espiritual e inspira as primeiras ideias, para
que depois o médium faça a comunicação sozinho até o fim. Se comprovam que seu
pupilo comunica corretamente a mensagem, os guias chegam a se afastar do
sensitivo em transe, e ficam à distância, apreciando a comunicação anímica que
o médium faz exclusivamente com seus próprios recursos. Ao encerrar a fala, o
guia se reaproxima, firmando-a com sua personalidade conhecida.
Assim, é possível dizer que não há interesse dos
espíritos de luz hoje, em trabalhar com médiuns que não se desenvolvam
pessoalmente no trabalho mediunico. Médiuns robôs, cavalos de orixás, que
manifestem mecanicamente as mensagens dos espíritos desencarnados, sem a
convicção espiritual daqueles que as comunicam inteligentemente e aplicam em
suas vidas, não evoluem, tornam-se passivos e não contribuem para o projeto
espiritual da nova consciência. Daí que a mediunidade da Nova Era seja
consciente. A intenção da luz é
transformar os médiuns em pessoas úteis à qualquer momento e não somente quando
estão incorporados por seus guias.
Observa-se, em alguns casos, que os guias preparam seus
médiuns com certa antecipação, quando desejam transmitir determinadas mensagens
de importância para o público. Assim, inspiram seus pupilos com leituras e os
aproximam de pessoas que podem avivar-lhes o mesmo assunto a ser ventilado
posteriormente na sessão de caridade. Através de recursos fornecidos durante o
dia, os guias asseguram a coerência da comunicação mediúnica, alimentando as
ideias principais da comunicação para o público. Dessa forma, quando o médium
percebe que o conteúdos das suas leituras diárias misturaram-se com a mensagem
do espírito desencarnado, pode ser uma influência anímica que representa um
ajuste providenciado pelo próprio guia do médium. Assim, quando um frequentador
de uma casa perceber que a mensagem dita pelo médium incorporado, trata de
algum assunto que o médiium trata, conhece ou trabalha em sua vida particular e
pessoal, não precisa achar que o médium está mistificando algo, ou que não
esteja incorporado. Animicamente, o médium pode estar expondo o conteúdo do seu
próprio saber, porém sob a influência das entidades.
Ainda sobre o assunto do animismo, podemos mencionar o
fato de alguns médiuns no início do seu desenvolvimento mediúnico imitarem
trejeitos de entidades manifestadas em médiuns mais antigos. Segundo Ramatis
isso é humano. É regra que os iniciantes se guiem pelos mais antigos,
justamente por desconhecerem o caminho, seguem aqueles que estão à sua frente.
O problema está se o médium cristalizarem sua mediunidade como imitadores dos
bons médiuns em que se inspiraram.
Somente o conhecimento profundo da espiritualidade, o
estudo da doutrina e a prática mediúnica é que poderão reduzir a interferência
anímica do médim, auxiliando-o a eliminar aos poucos as imitações, as
redundâncias (repetição de palavras), a prolixidade indesejável (uso exagerado
de palavras para passar uma mensagem, falta de objetividade) no intercâmbio com
os guias desencarnados. Somente boa intenção não produzirá a evolução
necessária do médium. Ele precisará desenvolver estudo doutrinário, pesquisa
mediúnica e da cultura em que vive.
Atualmente, são poucos os trabalhos mediúnicos que estão
livres de práticas contraproducentes e que satisfazem totalmente os guias
trabalhadores. Na maior parte das vezes os médiuns devotam-se forçadamente à
prática mediúnica, porque querem livrar-se da opressão psíquica. Falta ainda na
maior parte dos médiuns o sentido da renúncia aos interesses pessoais, o prazer
por servir ao próximo ou o ideal de divulgar a doutrina da umbanda ou espírita
em geral.
Muitos médiuns ainda pipocam de centro espírita em centro
espírita, de terreiro em terreiro, sempre insatisfeitos e a procura de
“correntes afins”, de “bons trabalhos”, onde obtenha máximo de rendimento pelo
mínimo de esforço. No entanto, muitos desses médiuns incultos e inquietos se
esquecem de que, ao participar das “melhores correntes” ou dos “melhores
trabalhos”, desarmonizam o trabalho mediúnico alheio. A solução não se
restringe a mudar de casa, a solução está em promover a renovação íntima do seu
próprio espírito no próprio ambiente onde a bondade dos presentes lhes tolera a
bagagem ainda defeituosa que tem.
É por isso que muitas vezes é suficiente para as
entidades que seus médiuns sejam de boa vontade, laboriosos e sem complicações,
mesmo que ainda não tenham grandes preparos. Por isso que as entidades são
pacientes e tolerantes com a ignorância dos seus médiuns encarnados, aguentando
o animismo, a histeria, o automatismo psicológico, a imaginação indisciplinada,
os longos rodeios para dizer algo que poderia ser dito com uma só palavra, as
frases pomposas e vazias, a exacerbação neurótica ou os caprichos dos médiuns
vistos erroneamente como qualidades mediúnicas.
Como afirma Ramatis, “quando encontram alguma docilidade
nos seus intérpretes, tudo fazem para afastá-los dos ambientes perniciosos, das
companhias prejudiciais, dos vícios e das paixões degradantes, encaminhando-os
para as palestras elevadas, leituras proveitosas que os ajustem gradativamente
ao imperativo superior do trabalho mediúnico”(Ramatis, MAES, 2006, p. 179).
Como já dissemos, é muito mais importante para o
orientador espiritual desencarnado a reabilitação espiritual do médium, do que
se tornar um excelente intérprete. Os médiuns ignoram que os espíritos
responsáveis e conscientes de suas tarefas que são, não estão preocupados em
impressionar os encarnados com trejeitos ou mensagens cheias de floreios. Ao
contrário, a intenção dos espíritos é passar sua mensagem de forma breve,
clara, sensata e moderada.
O animismo coletivo que gera aquelas imitações de médium
pra médium numa casa, promovendo um padrão anímico no modo dos médiuns se
comunicarem, é resultado da flarta de interesse daqueles que se pressupõem
completamente desenvolvidos, mas por comodismo, preferem imitar, copiar os
conhecimentos e as orientações espirituais da fonte mais próxima, que é o
médium principal do trabalho onde se desenvolvem e de que participam.
Se, o médium modelo, também for outro anímico, que
demonstra em suas manifestações mais manias e superficialidades que qualquer
outra coisa, então, seus imitadores tornam-se outros multiplicadores das mesmas
inconveniências e desarmonias ao atuarem. Nestes casos, os médiuns ficam
repetindo frases pomposas e trejeitos desnecessários enquanto a entidade fica
pacientemente esperando, do lado do médim indisciplinado, a oportunidade de de
se manifestar com sua forma simples.
Segundo Ramitís é aconselhável eliminar de uma sessão as
manifestações exuberantes que roubam tempo precioso destinado a assuntos úteis,
dispensando também qualquer tipo de competição ou destaque pessoal. Não passa
de excêntrico o médium que usa de floreios para manifestar sua entidade.
Torna-se um médium exibicionista, mais preocupado em competir, impor-se sobre
seus irmãos de corrente e teatralizar com efeitos pirotécnicos extravagantes.
Ramatís defende, no entanto, que não se censure os médiuns
anímicos, porque o animismo é fruto natural e lógico do seu desenvolvimento
mediúnico. O problema é quando os médiuns ficam estacionados nessa
improdutividade, depois de já se considerarem desenvolvidos. O desejo dos
espíritos de luz é que os médiuns enfrentem o problema anímico em sua essência,
sem receios ou misticismo (devoção exagerada).Muitos fatores que rebaixam o
nível das comunicações com os desencarnados podem ser corrigidos. O médium em
desenvolvimento por vezes caminha com dificuldade, copia cacoetes e caprichos dos médiuns que
toma como modelo e que ele julga mais competente. Mas... na verdade, como diz
Ramatis:
O
médium evolui ou cristaliza-se; ele estaciona entre as excrescências anímicas (excessos)
copidas do `modelo` veterano em que se inspirou, ou então estuda, pesquisa e
desenvolve o senso de autocrítica suficiente para entender melhor o seu próprio
temperamento e caráter, a fim de se livrar o mais cedo possível das anomalias
do animismo improdutivo (Ramatis psicografado por MAES, 2006, p. 182)
Importa
ressaltar que o animismo, ainda é a base do mediunismo., sem animismo o
mediunismo não existe. Então não importa os tropeços do início do
desenvolvimento mediúnico. Importa não cristalizar-se em um mediunismo
improdutivo, engessado em palavras pomposas, trejeitos exagerados,
desnecessários. A solução do animismo não será conquistada através de censuras.
É necessário enfrentar esse problema sem tabus, com modéstia, conduta moral
superior e serviço mediúnico isento de exageros ridículos. Os médiuns são
homens e, portanto, imperfeitos. Desde que estudem, ficam esclarecidos de quais
percalços a mediunidade e o desajuste de conduta lhes proporcionará.
Portanto,
insiste-se em ressaltar que só há um caminho para qualquer médium lograr melhor
êxito no seu trabalho mediúnico: estudo incessante aliado à disciplina moral
superior. Não é esperado que o médium se torne um gênio, mas que eleve seu
nível de conhecimento espiritual. Da mesma forma, importa queaprenda a
identificar em sua alma as paixões e frivolidades que prejudicam suas
comunicações com os espíritos. Só depois
de conhecer a si mesmo é possível ter mínimas condições de corrigir e ajudar o
outro.
Não há
privilégios concedidos por Deus para um ou outro médium. Um médium ignorante,
fantasioso ou anímico so se transformará num instrumento sensato e inteligente
pelo seu próprio empenho esforço pessoal em estudar a melhorar espiritual e
moralmente.
Como dizem, é preferível o médium analfabeto, ingênuo e
imaginativo, mas com virtudes cristãs sublimes que o médium intelectual, culto,
desembaraçado, porém vaidoso, mal intencionado e interesseiro. Mas é óbvio que
ainda melhor será o médium humilde, bom, desinteressado, estudioso, dos bons
compêndios profanos, que se imuniza contra automatismos psicológicos, sugestões
alheias e interferências anímicas.
Este
capítulo foi escrito totalmente com base no
livro Mediunismo, de Ramatis (psicografado pelo médium
Hercílio Maes).
[1]
Ramatis é um espírito provindo de
outras latitudes siderais (Sirius), já tendo reencarnado no planeta Marte. Faz
parte da elevada hierarquia terrestre que assessora o Mestre Jesus em seu
projeto de evolução desta humanidade. Na Atlântida, Ramatís era mestre dos
Templos da Luz, e foi contemporâneo (do mesmo tempo), numa existência, do
espírito que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec. “Foi Phanuh, o
Peregrino, há 28.000 mil anos, na Atlântida, e Ben Sabath, mago famoso na
Caldéia; depois Shy-Ramath, grão-sacerdote no Egito; mais tarde Pitágoras, na
Grécia, e Phylon de Alexandria, no tempo de Jesus” , informa Hercílio Maes, seu
primeiro médium. “Atualmente, ainda opera como mestre nas tarefas dos
teosofistas, conhecido como Koot-Humi (Mestre Kutumi)”(4) Foi portanto Ramatís,
sob a figura desse Mestre da Fraternidade Branca, quem inspirou a teosofia,
eminente movimento espiritualista que, colateral ao espiritismo, empenhou-se em
trazer para o Ocidente os milenares conhecimentos iniciáticos do Oriente. A
literatura teosófica é ampla fonte de conhecimentos espiritualistas acessíveis
ao leitor ocidental.
AULA 6
MEDIUNIDADE - MÉDIUNS PERFEITOS E IMPERFEITOS
CONTEÚDOS DA AULA: médiuns perfeitos e imperfeitos; razão
da queda dos médiuns;
E quem
são essas pessoas chamadas de médiuns?
Os
médiuns são espíritos que, em vidas passadas, fracassaram na forma que viveram,
contrariando as leis divinas. Como consequência dessas vidas passadas pedem aos
Mestres espirituais para resgatar essas faltas. E o fazem sob severos
compromissos e grandes responsabilidades. No seu passado encontramos graves
deslizes e erros. Erros como por
exemplo, prepotência, abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da
inteligência, ganância, etc.
No caso dos médiuns de umbanda, são aqueles
que, inclusive, já mexeram com magia negra em vidas passadas. E agora com a
eterna bondade da espiritualidade, regressam ao planeta para trabalharem em
favor dos irmãos que necessitam, numa forma de resgatar seu próprio carma.
Portanto,
é necessário que o médium não se julgue superior às pessoas por ter mediunidade,
pois a caridade eventualmente prestada deve ser creditada à espiritualidade,
pois o médium não passa de um instrumento não podendo interferir na lei de
causa e efeito.
É
preciso que ele compreenda que não pode ajudar a todos que o procuram; apenas
àqueles que tem merecimento e quem pode julgar esse aspecto é a
espiritualidade.
O
médium tem a obrigação de, em contato com a espiritualidade, orientar,
aconselhar, informar aqueles que querem manter uma vida dedicada à evolução do
espírito ou ainda, acolher aqueles que se desviaram no rumo de suas vidas e
desejam retornar ao caminho do amor.
Há que
se ter na forma de viver um diferencial. Não pode haver diferença entre o
discurso e a prática. O médium deve colocar em prática todos os conceitos de
amor, humildade e caridade. Na verdade todo ser humano deveria fazer isso, mas
o médium tem a obrigação de se esforçar ainda mais nesse sentido.
Feita
essa introdução, necessária para equilibrar os conceitos de mediunidade e
médium (quem são ou foram esses médiuns), passemos, então, ao assunto que nos
traz a este capítulo: médiuns perfeitos, imperfeitos e razões das quedas dos
médiuns!
BONS
MÉDIUNS
PRINCÍPIOS DE UM MÉDIUM
- Fé
-Caridade
-Paciência
-Perseverança
-Disciplina
-Amizade
-Sinceridade
- Igualdade
-Humildade
-Fraternidade
TIPOS DE
MÉDIUNS PERFEITOS:
- Médiuns sérios: Os que unicamente para o bem se servem de suas
faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, se
utilizarem-se delas para satisfação de curiosos, indiferentes ou para
futilidades.
- Médiuns modestos: Os que nenhum reclamo fazem das
comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos ä
elas e não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões
desinteressadas solicitam-nas.
- Médiuns devotados: Os que compreendem que o verdadeiro
médium tem uma missão a cumprir, e deve quando necessário, sacrificar gostos,
hábitos, prazeres, tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros.
- Médiuns Seguros: os que, além da facilidade de
execução, merecem toda a confiança pelo próprio caráter, pela natureza elevada
dos espíritos que os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser
iludidos. Veremos mais tarde que essa segurança de modo algum depende dos nomes
mais ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.
“Todas essas variedades de médiuns
apresentam uma infinidade de graus em sua intensidade. Muitas a que, a bem
dizer, apenas constituem matizes, mas que nem por isso, deixam de ser efeito de
aptidões especiais.
Concebe-se que há de ser muito raro
esteja à faculdade de um médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. O
médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões, havendo, porém, sempre uma
dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de
todo o modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua. Deve a
pessoa cultivar todas aquelas de que se reconheça possuir os germens. Procurar
ter as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder
talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.
“Quando existe o princípio,
os gérmens de uma faculdade, estes se manifestam sempre por sinais inequívocos.
Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter
grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá. Notai, de
passagem, que o desejo de ampliar
indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que
os Espíritos nunca deixam impunes.
Os bons abandonam o presunçoso que se
torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns,
que, não contentes com o dom que receberam, aspiram por amor-próprio, ou
ambição, a possuir faculdades excepcionais capazes de os tornarem notados. Essa
pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros.” –
(Sócrates)
OS BONS
MÉDIUNS E AS MENSAGENS RUINS
Allan Kardec nos ensina que não basta
ser um bom médium para estar livre das más influências. O médium dotado de boas
qualidades também pode transmitir respostas falsas. Isto pode ser permitido
pelos bons Espíritos a título de aprendizado e para que se mantenham
vigilantes, além de testar os medianeiros que com eles trabalham. Além disso, é
preciso se levar em consideração que nem sempre se conhece a intimidade das
pessoas e uma vez que somos imperfeitos, ainda não nos livramos de certas
mazelas que nos associam a irmãos semelhantes. Eis aí a razão da necessidade da
análise criteriosa de todas as comunicações, não importando por qual médium ela
venha tampouco, qual o nome a assine.
Os bons médiuns que se esforçam para
bem desenvolver suas atividades, não devem desanimar quando recebem
comunicações dessa natureza. Antes, devem agradecer a advertência, tomando o
fato como precioso aprendizado e como necessário alerta.
MÉDIUNS
PERFEITOS
NÃO EXISTEM MÉDIUNS PERFEITOS, disseram os Espíritos, pois a perfeição não existe na face deste
planeta. Logo, devemos deixar de lado a ideia de que existem médiuns
infalíveis. No item 10 da pergunta 226 do Livro dos Médiuns, a resposta é clara
e precisa: “Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes
enganados, para que exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o
verdadeiro do falso. Além disso, por melhor que seja o médium, jamais é tão
perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser atacado. As
comunicações falsas que recebe de quando em quando são advertências para evitar
que se julgue infalível e se torne orgulhoso”.
Esta resposta dos Espíritos merece
muita reflexão, pois temos a tendência ao endeusamento de personalidades, o que
pode levar a prejuízos na avaliação das mensagens, uma vez que se confunde o
instrumento com os acordes que dele saem.
No desenvolvimento da mediunidade,
portanto, procuremos nos conscientizar que cada um deve procurar servir em espírito de humildade, sabendo que a perfeição só em
existe em Deus. Usemos no máximo a palavra “bom médium”.
O MÉDIUM,
SUA MORAL E O ESPÍRITO COMUNICANTE
“Se o médium, quanto à execução é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência
nas comunicações. Porque o Espírito comunicante se identifica com o Espírito do
Médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se
assim podemos dizer afinidade.
A alma exerce sobre o Espírito
comunicante uma espécie de atração ou repulsão, segundo grau de semelhança ou
dessemelhança entre eles. Ora, os bons tem afinidades com os bons e os maus com
os maus, de onde se segue que as qualidades morais do médium tem influencia
capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio. As
qualidades que atraem os bons Espíritos são: bondade, benevolência,
simplicidade de coração, amor ao próximo e o desprendimento das coisas
materiais. Os defeitos que os afastam são: orgulho , egoísmo, inveja, ciúmes,
ódio, sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se apega a matéria.”
- (questão 227, Livro dos Espíritos).
QUALIDADE
DOS BONS MÉDIUNS
“O que mais importa
considerar é a natureza dos Espíritos que assistem o médium habitualmente, e
para tanto, o que mais nos deve interessar não são os nomes, mas a linguagem.
Jamais o médium deve esquecer-se de que a simpatia entre os Espíritos Bons
estará na razão dos esforços feitos para afastar os maus. Convicto de que sua
faculdade é um dom que lhe foi concedido para o bem, para o cumprimento de seus
carmas, não se prevalecerá dela de maneira alguma, nem se atribuirá mérito por
possuí-la. Recebe como uma graça as boas comunicações, devendo esforçar-se por
merece-las através de sua bondade, benevolência e modéstia.”- (questão 229).
Allan Kardec nos deixou preciosas e
seguras instruções em O Livro dos Médiuns. Trata da questão com a clareza que
lhe é peculiar e faz sérias advertências em seus escritos, na Revista Espírita,
sobre o assunto. No que se refere às avaliações das mensagens, diz o
codificador que nem sempre as boas
intenções e a própria moralidade do médium bastam para evitar a intromissão dos
Espíritos mentirosos e pseudo-sábios nas comunicações. É necessário pesar
tudo quanto dizem os Espíritos, passando-os pelo crivo da lógica e do bom
senso, senão quisermos ser vítimas de Espíritos levianos, diz ele. A seguir,
veremos as advertências do Espírito Erasto a respeito das avaliações das
mensagens mediúnicas.
“Mais vale rejeitar
dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.”
“Deve-se eliminar sem
piedade toda palavra ou frases equivoca, conservando no ditado somente o que a
lógica prova ou o que a doutrina já ensinou.”
“Eis por que é
necessário que os dirigentes de grupos sejam dotados de tato apurado e de rara
sagacidade, para discernir as comunicações autênticas e ao mesmo tempo não
ferir os que se deixam iludir.”
“Se, portanto um médium,
seja qual for, por sua conduta ou seus costumes, por seu orgulho, por sua falta
de amor e de caridade, der um motivo legítimo de desconfiança, rejeitai as
vossas comunicações, por que há uma serpente oculta na relva.”
“Na dúvida abstém-te,
diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para
vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos
pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o
bom-senso reprovam, rejeitai corajosamente.”- (Erasto, questão 230).
Conclusão: Isto posto, CONVÉM ESTUDARMOS COM CAUTELA REDOBRADA QUAL TEM SIDO NOSSA POSTURA
DIANTE DA NOSSA MEDIUNIDADE.
A situação de heterogeneidade em que se
encontram as práticas mediúnicas no país inteiro nos dá mostra da imensa
responsabilidade que temos diante do quadro que aí está. A mediunidade para bem
produzir no campo da edificação do Ser carece de médiuns dotados de boas
faculdades, mas, sobretudo de bons valores morais que possibilitem o acesso dos
bons Espíritos e menor possibilidade de ser enganado pelos maus. A primeira
condição para se obter a boa vontade dos Espíritos é a que decorre da
humildade, do devotamento e da abnegação, afirmou Allan Kardec.
Se o lado moral do médium tem grande
influência na natureza das comunicações, faz-se necessário a busca da melhoria íntima, através do
exame cuidadoso de si mesmo. Esforçando-se para dominar as más tendências,
enfim, trabalhando para o alto melhoramento de uma forma global. Dessa forma,
pode ser dar sentido útil a mediunidade, contribuindo, efetivamente e de
maneira produtiva para divulgação de uma Doutrina séria, isenta de fantasias e
mitos, e que leva muitos a mudarem os rumos de suas vidas quando em contato com
seus ensinamentos.
O papel da Umbanda é a regeneração da
humanidade. Os ensinamentos das Entidades superiores só chegarão até nós
através de médiuns seguros e conscientes de sua tarefa como intermediários
desse processo.
O exercício da mediunidade requer
grande dose de desprendimento, humildade e sinceridade de propósitos.
O médium, desprovido de esses
sentimentos e não valorizando o esforço em melhorar-se, estará distante do verdadeiro
objetivo desde dom de Deus, que é servir com alegria aos objetivos do Criador.
MÉDIUNS IMPERFEITOS
Comentários sobre maus médiuns:
“Toda vez que
deixarmos nossa parte humana (ego) dominar o nosso lado espiritual, cometemos o
primeiro erro dentro da Espiritualidade. O segundo é conseqüência do primeiro,
pois o mundo espiritual nos dá nova chance de revermos nosso erro, e voltarmos
nosso coração para o lado certo; mas, nossa vaidade não permite que enxerguemos
e continuamos achando que somos superiores ao mundo Espiritual, aí nos perdemos
da Luz e somos facilmente um joguete das Trevas.”
TIPOS DE
MÉDIUNS IMPERFEITOS:
- Médiuns fascinados:
aqueles que são enganados por Espíritos mentirosos e se iludem sobre a natureza
das comunicações que recebem.
- Médiuns subjugados: os
que sofrem uma dominação moral e frequentemente material por parte dos maus Espíritos.
- Médiuns levianos: os
que não tomam sua faculdade a serio, e dela não se servem senão por passatempo
ou para coisas fúteis.
- Médiuns indiferentes:
os que não tiram nenhum proveito moral das instruções que recebem, e não
modificam em nada sua conduta e seus hábitos.
- Médiuns presunçosos: os
que têm a pretensão de serem os únicos em relação com os Espíritos Superiores,
crêem em sua infalibilidade, e consideram como inferior e errado tudo o que não
proceder deles.
- Médiuns orgulhosos: os
que se envaidecem das comunicações que recebem; crêem não ter mais nada para
aprender, e não tomam para si as lições que recebem frequentemente da parte dos
Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem: querem te-las todas.
- Médiuns suscetíveis: variedade de médiuns orgulhosos;
melindra-se com as críticas das quais suas comunicações podem ser objeto; se
irritam com a menor contrariedade, e se mostram o que obtêm é para que seja
admirado, e não para pedir pareceres. Geralmente tomam aversão pelas pessoas
que não os aplaudem sem reserva, e desertam das reuniões onde não possam se
impor e dominar.
- Médiuns mercenários: os
que exploram suas faculdades.
- Médiuns ambiciosos: os
que, sem pôr apreço suas faculdades, esperam dela tirar quaisquer vantagens.
- Médiuns de má-fé: Os
que, tendo faculdades reais, simulam as que não tem para se darem importância,
exemplo: O médium Semiconsciente, (por ter consciência da informação que o
Espírito traz) aproveita-se disso para colocar movimentos, forma de falar,
dançar e passa a enganar as pessoas, que receberam mensagens que ele ( o médium
) queria passar, normalmente para aparecer e ganhar vantagens. É importante
saber, que mesmo sendo um médium consciente ou semiconciente, suas Entidades
Superiores estarão sempre o observando, e depois de um tempo, se as
“pantominas” continuarem acontecendo, então elas se afastam, deixando o médium
sobre influencias do seus afins( baixos espíritos) e sempre sob o julgo da Lei.
- Médiuns egoístas:
aqueles que não se servem de suas faculdades senão para seu uso pessoal, e
guardam para eles as comunicações que recebem.
- Médiuns invejosos: os
que vêem com despeito os outros médiuns, melhor apreciados, e que lhes são
superiores.
Mau médium
“Deixai-os irem se
pavonear em outra parte e procurarem ouvidos mais complacentes, ou se retirarem
para o isolamento: as reuniões que se privam da sua presença não tem uma grande
perda.”
(Erasto)
RAZÕES DA QUEDA DOS MÉDIUNS
Ao
contrário das verdadeiras razões de ser médium, consagrou-se entre o povo que
ter mediunidade é ter um poder. Há uma admiração subserviente sobre aquele que
é médium (como se isso fosse dom). E isso leva ao desastre se não houver um
exercício mental para se afastar da imagem que se passa e manter a postura daquilo
que se foi no passado somando-se à missão que se tem no presente e futuro.
Entre
os defeitos mais comuns encontramos, o orgulho e a vaidade. Na nossa busca
interior que devemos realizar (me refiro à reforma íntima) vamos encontrar os
defeitos que são comuns nos seres humanos. Temos que conhecê-los, profunda e
verdadeiramente, e suas características, que habitam dentro de nós. Reconhecer
ao nível de nossa consciência as manifestações impulsivas que nos dominam, e
que, desejamos controlar para poder evitá-las.
Já foi
dito neste curso que o médium deve ser um trabalhador na seara divina, que
devem compreender serem meros intermediários com o plano astral em prol da
caridade desinteressada, e que desenvolva seu trabalho (espiritual) de forma
silenciosa, humilde e operosa. Assim, poderá iniciar o resgate das faltas
cometidas em vidas passadas. Os necessitados são escolhidos pela
espiritualidade pelo merecimento de cada um.
A
definição de ORGULHO no sentido pejorativo da palavra é um sentimento egoísta,
admiração pelo próprio mérito, excesso de amor próprio; arrogância, soberba,
imodéstia atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade,
insolência. Costumamos dizer que o orgulho é o pai de todos os males e
defeitos.
A
definição de VAIDADE é qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência
ilusória, valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras
qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais
qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros; coisa insignificante,
futilidade. A maneira pela qual os consulentes se dirigem àqueles que possuem
mediunidade, onde demonstram total admiração, poderá despertar dentro do médium
o grave defeito de orgulho e vaidade. O que será um erro enorme como veremos ao
final deste capítulo.
Os
médiuns são vistos como pessoas com poderes sobrenaturais e o erro mais comum é
acreditar que se tem realmente esse “poder”. Os consulentes estão frágeis nas
suas dores, nas suas dúvidas e o dever do médium é acolher com carinho, com
humildade, sem aparentar arrogância, prepotência ou superioridade.
O
médium quando alcança o posto de chefe da casa deve demonstrar ainda mais o
amor, a humildade e a caridade para com todos (médiuns e consulentes), até
porque quem chega a essa posição, tem mais dividas com o passado que os demais,
não sendo, absolutamente, motivo para se sentir lisonjeado. É estranho, para
falar o mínimo, um chefe de casa espiritual ter atitudes contrárias a caridade
e ao amor ao próximo, sem a humildade que caracteriza um trabalhador da
espiritualidade. “Cuidado com o orgulho, pois de fato não existe nada que possa
realmente chamar de seu para justificar a soberba: nem riqueza, beleza, força
ou inteligência são méritos seus. Lembre-se, tudo que você possui é uma dádiva
de Deus.” (texto extraído de um site religioso)
SEXUALIDADE
Já foi
dito que a forma de viver de todos nós deve ser comedida, sem abusos. Pois tudo
em excesso implica nas conseqüências desse excesso.
A
sexualidade usada de forma inadequada pode ser utilizada pelos espíritos menos evoluídos
contra àquele que faz disso um hábito, no sentido de que essa tipo de fraqueza
abre as portas para essas entidades atuarem nos campos vibracionais do médium,
potencializando as tendências negativas naturais do mesmo. Assim, o uso dessa
energia em excesso, sem as regras naturais, gerará graves consequências para
aqueles que fazem da sexualidade um prazer incontrolável, pois é como se fosse
uma bola de neve. O médium abusa de suas tendências negativas, isto é, aquelas
que já trás de vidas passadas em relação ao mau uso da sexualidade; sua faixa
vibratória desce ao nível das entidades menos evoluídas, que o intuem a
continuar nesse caminho, num processo de obsessão contínua, o que o desabilita
frente a sua própria capacidade de exercer adequadamente sua mediunidade, uma
vez que seus guias e protetores, obviamente, se afastam, sem que perceba. Os
obsessores realimentam os desejos do médium e o impossibilitam de “ouvir” os
conselhos dos guias e protetores, pois saiu de sua sintonia. Esse processo de
afastamento de fato se dá em todo e qualquer defeito grave do médium, não só
frente à sexualidade, pois as entidades malévolas são oportunistas. Se para os
seres deste planeta deveria ser uma recomendação pelas consequências advindas
pelo excesso de sexo em suas vidas, para o médium é um alerta. Também se aplica
aqui o fato da fragilidade dos consulentes; estes fazem qualquer coisa para ter
o seu “problema” resolvido. Não se pode aproveitar dessa situação se envolvendo
com o consulente de forma geral e ainda mais no relacionamento sexual. Temos
visto muitos chefes de terreiro terem filas de mulheres apaixonadas a seus pés
e disso tirarem vantagens pessoais.
DINHEIRO
Na
definição de mediunidade fala-se em ser intermediário. Mero intermediário!
Entendemos esta definição como os médiuns serem simples instrumentos
(mecânicos) da espiritualidade para as missões de caridade, ajuda, orientação e
aconselhamento àqueles que necessitam.
Considerando
que médium é aquele que tem erros a serem resgatados e se prontificou a vir,
nesta vida, para servir de intermediário na ajuda dos irmãos, e que as
orientações dadas aos consulentes não pertencem ao médium (aqui me refiro aos
direitos autorais do que se fala aos consulentes), como pode alguém pensar em
cobrar para fazer isso?
Isto
é, o médium está irradiado por uma entidade, ou pelo menos deveria estar, e
então, supostamente, as ideias principais são da entidade, ideias estas que
apenas estão sendo decodificadas e transmitidas pelo médium. Da mesma forma não
se pode cobrar por nenhuma outra atividade relacionada com sua mediunidade,
dentro ou fora do centro.
CONSEQUÊNCIAS
A
consequência básica de se exorbitar das regras claras da espiritualidade, da
mediunidade e dos princípios éticos de ser médium é o fato bastante comum das entidades de luz se afastarem do médium (na
verdade é o médium que se afasta delas, no sentido de que não mais consegue
captar suas intuições, pois encontra-se em outra faixa vibratória).
Não se
iluda o médium de que ele pode enganar a espiritualidade, boa ou má. Ele pode,
no máximo, enganar os encarnados, especialmente, a si mesmo. Em geral ele não
percebe que o espírito que se manifestava através de sua mediunidade (seja qual
for a mediunidade que tenha) se afastou, pois outra entidade, com pouca (ou
nenhuma) luz toma o lugar da entidade original. Muitas vezes o próprio médium
passa a orientar os consulentes, fazendo todos os rituais que antes fazia,
sendo ele próprio, sem perceber, a passar as orientações, achando que está
irradiado e acreditando que são os espíritos de luz que estão fazendo aquele
trabalho.
Os
princípios da Umbanda devem ser vividos, vale dizer, colocados em prática nas
nossas vidas, nas relações com outras pessoas, no trânsito, na rua, com o
visinho, com o superior, os empregados, com os colegas, com os pais e filhos,
enfim, com todos que nos rodeiam. A humildade,
a caridade e a tolerância devem ser palavras corriqueiras nas atitudes, nos
pensamentos. O pensamento é energia que toma forma. Cuidem do pensamento,
exercitem o amor, a humildade e a caridade iniciando pelo amor ao próximo no
pensamento.
CONCLUSÃO
A
conclusão que gostaríamos de deixar aqui é que a mediunidade é uma forma de
consertar os erros graves cometidos no passado, por grande benevolência da
espiritualidade com aqueles que se comprometeram em voltar ao planeta e atuar
de forma distinta das anteriores, não só em relação às tendências de seu
caráter, temperamento e tendências negativas, como também em relação à magia.
Devemos,
pois, aproveitar da melhor forma a condição privilegiada de poder resgatar
nossos muitos erros passados, apenas trabalhando com a mediunidade, agindo de
forma honesta, humilde neste trabalho em nome do Pai.
Para
encerrar este capítulo deixamos a definição de Humildade, para que possamos
refletir sobre ela e com isso possamos iniciar a prática da espiritualidade com
muita humildade: “A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa
fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão. É a virtude
caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia e
simplicidade”.
AULA 7
MEDIUNIDADE - VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM
CONTEÚDOS DA AULA: vibração original do médium, amaci, obrigações
de cabeça
VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM
IDENTIFICANDO
A VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM
Saber exatamente qual a vibração
original de uma pessoa é muito difícil. Isso vai se manifestando ao longo de
algumas encarnações. Costuma ser identificado pelo jogo de búzios e/ou pelo guia
superior do médium no terreiro, o dirigente espiritual da casa. O que é
possível é fazer um mapeamento da vibração original dos médiuns, para observar
os possíveis posicionamentos das vibrações no eledá. Porém esse mapeamento
precisa sempre ser confirmado pelo seu guia superior ,do médium ou da casa.
O uso de uma palavra que significa “dono
da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo,
entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua
constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Contamos
com a influência de um Orixá que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional
de nossos corpos físicos, agindo através dos espíritos amigos que se empenham
em nossa vigilância e auxílio morais.
Nós, seres espirituais manifestando-se
em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o
momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta
existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é
a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".
Ao Regente dessa energia predominante,
definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe
de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico
"ELEDÁ". A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante
esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao
“arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos
através das lendas africanas sobre os Orixás. Junto a essa energia
predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda
denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra
latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e
"OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.
Quando um espírito vai encarnar, são
consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um
filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado,
começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico.
Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza (Elementais), sendo
que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as
energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida.
A partir desse processo, o novo ser
encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o
ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do
nascimento.
Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua
respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do
corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e
corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética
vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do
espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por
meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma
mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e
energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de
manter-lhe a existência.
A cada reencarnação, de acordo com
nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis
por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com
o auxílio de um Espírito da Natureza (Elemental), ligado a um Orixá protetor. É
normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá. Em todos
os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força
é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de
atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias
auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM.
Eledá, Ossi e Otum formam
a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.
AFINIDADES
Os filhos de fé não recebem influências
apenas de um ou dois orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à
educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela
de nosso orixá de frente ou adjuntó. Frequentemente recebemos influências de
outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na
vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que
somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade
espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor
com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser
filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser
filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem
respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras. O
importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências
benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e
individualmente, a característica de um único orixá.
Entre os espíritos que atuam dentro da
vibração energética do nosso Eledá, é escolhido um para nos acompanhar mais de
perto, seja pela afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de
acompanhar esse espírito na sua caminhada encarnatória. No caso de médiuns,
normalmente este espírito é aquele que incorpora quando invocada a vibração do
Orixá principal. Os Orixás, dentro do culto Umbandista não são incorporados. O
que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros
dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um
Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus “cavalos” e mostram sua presença e sua
força em nome de um Orixá.
Para a identificação da coroa mediúnica
(vibração original do médium) ao invés de jogar búzios, pode ser verificado
também o dia de seu nascimento e a qual orixá esta data está relacionada, o
signo, qual dia da semana que se deu o nascimento do médium, a hora planetária
do nascimento e se possível seus ascendentes ou decanato. Temos, então, uma
ideia da vibração da coroa mediúnica do
médium, a ser confirmada pelo guia espiritual.
Fonte:
http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/historiaorixas.html
LISTAGEM
DOS DIAS E DOS ORIXÁS CORRESPONDENTES
Data de
nascimento:
Fonte da tabela: Curso
aumpram.org. br
Decanato:
A
partir desses dados é possível montar um mapa de identificação da vibração
original dos médiuns,o posicionamento das vibrações no eledá pode ser
confirmada pelo seu guia superior.
Amaci ou batismo
Significa que o médium está sendo aceito
para desenvolvimento no terreiro. O amaci fixa a vibração original do orixá no
médium (que é aquela que predominava no momento de seu nascimento) e também
significa que está sendo aceito pelo respectivo orixá. Facilita muito seu
desenvolvimento.
O médium encaminhado para o batismo
geralmente é aquele iniciante que começa a manifestar seu guia ou protetor.
Somente médiuns de incorporação e irradiação necessitam fazer o amaci, na nossa
casa. Facilita seu desenvolvimento, pois na medida que é feito com as ervas,
estas emitem uma vibração energética que promove a movimentação dos respectivos
chakras, fazendo-os girar, auxiliando o médium iniciante na interação com o
plano espiritual. Não se trata,
portanto, de um simples ritual.
Amaci – Definições:
·
É feito com ervas frescas maceradas na água limpa (de cachoeiras,
nascentes, etc...) que tem por finalidade a lavagem de cabeça, devidamente
consagradas e propiciatórias ao fortalecimento do sensitivo. É realizado no
chacra da coroa, e pontos de circulação de energia nos médiuns.
·
é oportunidade sagrada de reencontro com os guias dentro da faixa
vibratória do orixá regente de cada um.
·
os orixás extraem das seivas, dos cheiros, das águas, as energias necessárias
para a vitalização dos chacras dos médiuns, fortificando sua ligação com o alto
·
a aplicação ritualística externa é feita pelo sacerdote e
seus assistentes, mas
a ligação espiritual interna é de cada médium.
Se assim não acontecer, o
amaci será um mero PLACEBO RITUAL, inócuo e sem efeitos positivos. Nenhuma valia tem um rito, seus
elementos e liturgias, se o médium internamente não tem a condição necessária
de recebê-lo satisfatoriamente.
·
no momento do Amaci
nosso pequeno Templo se fortalece nos ensinamentos do amoroso Senhor
Jesus.
·
pode ser Amaci iniciático (quando é na individualidade, finalidade
pessoal da pessoa com suas entidades) ou Amaci geral (quando é no coletivo, com
a finalidade de se encontrar com aquela força vibracional da força da natureza
que estiver trabalhando no ritual) ; Amaci das guias, para proteger os médiuns;
Amaci dos otas ou Okutás (pedras e cristais de cada orixá).
É importante ressaltar que existem uma série de condutas para o amaci,
conforme os fundamentos da casa.
OBRIGAÇÕES DE CABEÇA
O cerimonial é semelhante ao do amaci,
com a diferença que as ervas usadas são as relacionadas com a linha para a qual
a obrigação está sendo feita e não apenas as ervas solares.
Para os demais trabalhadores, que não passam
pela mecânica da incorporação, e que não necessitam, portanto, fazer as
obrigações de cabeça, em casos especiais, dependendo da função e
responsabilidade especial dos mesmos na casa, pode ou não ser realizada uma
cerimônia especial a critério da entidade chefe da casa.
Sugestão de vídeos no youtube para estudo:
https://www.youtube.com/watch?v=oRYl3hoLfX0
https://www.youtube.com/watch?v=lrBCNKCXqII
AULA 8
SERES NO ASTRAL
“Entidade
espiritual é todo ser desencarnado, consciente do plano evolutivo em que se
encontra. Essas entidades podem ser de vários estados evolutivos, desde os mais
adiantados aos mais atrasados. Cada um ocupa um plano próprio ou inerente ao
seu estado evolutivo”.
Nem
todo ser é uma entidade espiritual, mas ainda assim ele pode transitar pelo
astral; além disso o ser pode estar encarnado ou desencarnado e pode inclusive
não estar em nenhum desses estados, sendo muitos apenas uma criação de outra
consciência; outros ainda são de natureza distinta, como por exemplo, os
elementais.
Antes
de citarmos cada tipo de ser que transita pelo astral, é preciso que se
compreenda que astral não é um lugar que paira sobre nossas cabeças, como
pensam algumas religiões espiritualistas. Ele permeia nosso plano físico, da
mesma forma que os demais corpos ou veículos de manifestação da consciência
humana, o chamado setenário. Fazem parte desse setenário, o quaternário
inferior (onde se encontram os corpos mais densos, como o físico e astral, por
exemplo) e o ternário superior (onde se encontram os corpos mais sutis da parte
divina do homem).
Falando
de uma forma simples, o plano astral nada mais é que um estado de consciência
do homem. Poderíamos citar o conhecido exemplo de que cada homem cria seu
próprio “umbral”. Isto é, os meus monstros não são os seus monstros; os meus
medos não são os seus medos; as minhas alegrias não são as suas alegrias; meus
conceitos de felicidade, tristeza ou excitação tampouco são os seus.
Quando
se fala numa cidade espiritual, como por exemplo a conhecida Nosso Lar, não se
deve entender que ela flutue, ou flutuasse, sobre a cidade do Rio de Janeiro,
como se diz de uma forma até certo ponto ingênua. Ela é plasmada, realimentada,
a cada instante, pela vontade consciente das milhares de entidades que se
encontram no astral, vibrando de forma a direcionar energia e matéria astral
para a manutenção de edifícios e tudo mais que nela se instalou, unidas que são
essas entidades pelas mesmas crenças, desejos e sentimentos. Semelhante atrai
semelhante.
Acreditamos
que esses conceitos de que o astral é algo que está acima de nós, enquanto
encarnados, vêm das antigas crenças sobre céu e inferno, onde o céu era o
paraíso que planava nas alturas e o inferno um local situado nas profundezas da
terra. De fato os planos coexistem no mesmo espaço, como quando estamos em
nossa casa ouvindo nosso rádio. Não vemos as ondas de rádio que chegam, mas
elas estão lá, ocupando o mesmo espaço que nós, sem que um tipo de matéria
atrapalhe a outra e mais, sem que uma se aperceba da presença da outra. Assim
como nós achamos que Nosso Lar é um mundo maravilhoso nas alturas, muito
distante e inacessível, os seres que lá estão, em sua maioria, também acham que
estão longe de nós. Aproveitando o assunto de que tudo apenas se passa em
diferentes estados de consciência, poderíamos voltar a falar brevemente da
comunicação com o mundo astral, pois muita confusão existe a esse respeito.
Os
processos das ditas “incorporações” e irradiações, são interações entre mentes
com a formação de “ilusões”, associadas a influencias físicas. A interação
mental pode ocasionar influências no corpo do médium de vários níveis, desde o
comando, passando pelas visões, audições e sensações induzidas, até as intuições.
As informações captadas pelo médium são transferidas para o cérebro que
processa a informação em sintonia com a sua mente e, posteriormente, através do
processo de expansão mental transmite para o ser desencarnado que os transforma
em seu meio de entendimento que não é físico, não é cerebral.
Este
é apenas um exemplo de quando um encarnado pensa estar falando com um
desencarnado numa comunicação mediúnica, por exemplo. O mesmo se passa quando o
médium espera receber o pensamento do desencarnado pronto, como se fosse um
pacote. O processo de comunicações (nos dois sentidos) só pode ocorrer de forma
“interativa” quando existe consciência intelectual das partes. Um ser
desencarnado sem consciência de seu estado ou sem o conhecimento dos processos de
interação com a expansão mental (devido as diferenciadas formas de como se
processa o pensamento e a tênue expansão mental do encarnado) não tem a
habilidade de se comunicar com os seres encarnados, tendo no limite a
comunicação dos sentimentos que se processa de forma espontânea e pode ser
muitas vezes mais forte que a comunicação induzida.
Muitas
vezes o que o médium pensa ser um pensamento, nada mais é que a captação desses
sentimentos, que são por ele traduzidos em palavras, o que torna a comunicação com
os seres do astral muitas vezes perigosa em sua veracidade. Por isso a
comunicação mediúnica de alto nível depende também do estado moral do médium,
além de treinamento intenso e disciplinado, para que ele possa distinguir
pensamentos de simples captações, que possam se passar por verdades
inquestionáveis que escravizam ou iludem.
Não
vamos acreditar que as comunicações são para ajudar o mundo; isto é pura
arrogância. Somos pequenos demais para assim fazê-lo. Se conseguirmos nos
ajudar já teremos realizado um grande feito. O Universo é tão sábio que
permitindo nos ajudar estaremos ajudando o próximo. Agora colocamos toda
complexidade da comunicação entre nossos estados de consciência de nossos
“corpos” e entre outros seres. Encontramos uma rede complexa e cheia de
diversas interpretações, passíveis de erros, desvios e perturbações. Precisamos
compreender e aceitar as difíceis e falhas comunicações entre os “mundos”. O
conhecimento humilde desta situação nos levará a uma necessária analise crítica
dos processos mediúnicos, enormemente vulgarizados e utilizados como sabedorias
a prova de contestações. Se nem os homens da terra conseguem transmitir suas
idéias, quanto mais falando com outros níveis de consciência.
TIPOS E SERES ASTRAIS
1
– Astrais Humanas:
a)
encarnadas
-
pessoas dormindo.
-
estudantes de escolas iniciáticas desdobrados.
-
mestres e discípulos.
-
magos negros e discípulos.
b)
desencarnadas
-
mortos normais.
-
suicídas e mortos violentamente.
-
sombras (cadáveres astrais deixados para trás quando uma entidade desencarnada
passa do plano astral para outro superior, com matéria mental aderida se
desintegrando). São semelhantes ao corpo físico. Podem ser vitalizadas por
adeptos, etc, para outras utilizações.
-
cascões (cadáveres astrais quase totalmente desintegrados).
-
cascões vitalizados (cascões vitalizados e usados por magos negros para suas
magias).
-
vampiros e lobos astrais (são raros; só existem em países com rastros da 4a
raça raiz, a Atlante; por exemplo, a 7ª sub raça, a Mongólica, de onde se
originaram os japoneses).
-
magos negros e discípulos esperando encarnação.
-
nyrmanakayas (seres que não precisam mais reencarnar mas abdicam de migrar para
planos superiores porque do astral é mais fácil ajudar o ser humano).
-
guias (caboclos, pretos velhos e crianças); habitam planos superiores e
projetam corpo de ilusão no astral Criam quantos corpos de ilusão desejarem
(que destroem depois dos trabalhos para não deixar cascão).
-
protetores (caboclos e pretos velhos; criam um corpo de ilusão permanente,
geralmente tipos humildes para se identificarem com consulentes mais simples,
embora não precisem mais disso).
-
auxiliares invisíveis (cuidam dos corpos de ilusão dos protetores, para que não
sejam utilizados por outras entidades).
-
exus: Agente mágico universal. Servem de veículo para a magia.
2
– Astrais Não-Humanas:
-
essência elemental (campo eletromagnético ou matéria astral; é quando existe a
afluência do espírito na matéria astral; é uma matéria extremamente sensível ao
pensamento humano).
-
animais dormindo.
-
corpos astrais de animais.
-
espíritos da natureza (elementais). Sem estrutura interna (evolução só na
Terra).
a) da terra: gnomos
b) das águas: ondinas, yaras e sereias
c) do fogo: salamandras
d) do ar: silfos, sílfides e fadas -
devas: Anjos. Seres de um reino superior ao hominal. - kama-rajás: Os chamados
reis do astral ou encantados. Seres de outro tipo de evolução (se unirão à
humanidade em outra cadeia).
3
– Astrais Artificiais: (elementares)
Segundo Roger Feraudy a
essência elemental astral, sendo muito sensível e plástica, é capaz de ser
modelada por meio de impulsos de pensamentos de uma entidade encarnada ou
desencarnada. Assim, os seres artificiais são pensamentos-forma criados
artificialmente ou coletivamente.
-
formados inconscientemente :
o pensamento humano
atrai essência elemental (plástica)
↓
modela instantaneamente
um ser vivente (de vida geralmente efêmera)
↓
este ser não está sob a
vontade do criador
↓
Ex: uma cobra; um
monstrinho qualquer
-
formados conscientemente:
mesmo processo de
criação (por magos negros ou brancos)
↓
modela formas reais com
existência real no astral (pode existir por anos ou séculos)
↓
atua independente do
criador (num segundo momento)
↓
Ex: diabo cristão /
compadres e comadres
-
artificiais humanos:
(Kama rupas) Criados na Atlântida pelos magos vermelhos
(que são os chamados magos brancos menores)
↓
usavam desencarnados
para combater a magia negra (atrasando sua evolução; mas eles ganhavam créditos
quando liberados)
↓
depois suas sombras (que
são astrais humanos mortos) eram magnetizadas e vitalizadas (e utilizadas pelos
mesmos magos vermelhos para também combater a magia)
↓
hoje algumas dessas
sombras são os artificiais humanos (mas utilizadas pelos magos negros)
CARACTERÍSTICAS E RELAÇÕES DOS ORIXÁS
Definição
Os
Orixás são os grandes arquitetos siderais ou construtores de sistemas solares e
nós, seres humanos, devemos a eles nossa evolução intelectual e física.
São
também chamados de Hierarquias Criadoras e se ocupam da construção do Universo.
É
preciso saber que orixás não são espíritos e portanto não podem incorporar os
médiuns.
Orixás
são divindades e também conhecidos como os Mensageiros do Senhor ou Luz do
Senhor ou ainda As Sete Emanações do Senhor.
A
origem do nome Orixá vem da palavra Purushá, do idioma sânscrito, o idioma
sagrado que deu origem a todas as línguas, em sua raiz.
Os
nomes sagrados de cada orixá foram totalmente perdidos e os nomes que hoje
conhecemos são resultado da corruptela dos nomes originais (com a exceção de
Yori e Yorimá) e cada um têm um significado específico.
Os
nomes dos sete orixás e seu significado esotérico:
Os orixás são em numero de sete, a
saber:
- Oxalá – a imanência de Deus
- Ogum – o fogo da salvação
- Oxossi – o caçador de almas
- Xangô – o comandante das almas
- Yemanjá – a mãe do mundo
- Yori – relação com a lei divina
O
Triangulo fluídico
O
triangulo fluídico representa os três aspectos em que a Lei da Umbanda trabalha
no mundo astral ou da forma (o mundo da forma é a maneira pelo qual as
entidades se manifestam aqui no planeta).
Representa
a síntese do movimento da umbanda e foi traçado pela primeira vez no astral da
Atlântida, na antiga Aumbandhã, sendo posteriormente traçado nos céus aqui na
América, quando a espiritualidade superior decidiu reimplantar a Umbanda do
planeta, no projeto chamado Terras do Sul.
Representa
a vontade, a sabedoria e a atividade dos orixás. Sua consequência é o
equilíbrio da manifestação.
Manifestação
no triângulo da forma Caboclos: Manifestam-se entidades das vibrações de Oxalá,
Yemanjá e Oxossi.
Obs.
Entidades das vibrações de Ogum e Xangô não se denominam como caboclos e sim
como Oguns e Xangôs, assim como as da vibração de Obaluayê* (o orixá oculto),
que se denominam Obaluayês.
Crianças:
Manifestam-se entidades da vibração de Yori.
Pretos
velhos: Manifestam-se entidades da vibração de Yorimá.
Observações:
-
É preciso que se entenda que a forma que as entidades se manifestam (caboclos,
pretos velhos e crianças), não representam sua identidade real ou original.
Isto quer dizer, por exemplo, que entidades que se manifestam como CRIANÇAS, na
verdade são Nyrmanacayas e não crianças no sentido cronológico de idade. São
entidades de alta evolução, como já citamos anteriormente, que são chamados de
crianças no sentido daquele que renasceu para o mundo espiritual.
-
Os que se apresentam como PRETOS VELHOS, por exemplo, são geralmente os grandes
magos do oriente.
-
No triângulo da forma temos então:
- Caboclos representam a simplicidade.
- Pretos velhos representam a humildade.
- Crianças representam a pureza
-
Na antiga Aumpram, as entidades que se manifestavam eram os Nyrmanacayas e os
Encantados (espíritos que nunca reencarnaram no planeta) e se apresentam no
triângulo da forma nas vibrações de anciãos, instrutores e puros, o que nos
dias de hoje corresponde aos pretos velhos, caboclos e crianças.
- As formas de pretos velhos e caboclos foram
escolhidas quando se estabeleceu o reinicio da umbanda para aproveitar a
tradição xamanica do povo brasileiro, acostumada aos escravos africanos e
índios brasileiros.
OBS:
no centro dos triângulos invertidos está Oxalá
Observações
•
Os chefes de legião (ou orixás menores) geralmente não se manifestam através da
mecânica incorporação ou irradiação. Só mesmo através da comunicação mente a
mente. Se desdobram em sete, e isto significa que abaixo dos 7 chefes de legião
de cada linha, estão 49 entidades, de hierarquia imediatamente inferior, com os
mesmos nomes, que são os chefes de falanges. Abaixo deles estão os guias, em
número de 343. E abaixo deles estão os protetores, em número de 2401. Para cada
linha. Guias e protetores se manifestam sob os mais variados nomes.
•
Obs. Não é incomum vermos algumas entidades se manifestarem com os mesmos nomes
de chefes de legião, por exemplo, quando seu conhecimento demonstra obviamente
que não o são; isto se dá, geralmente, apenas como uma forma carinhosa de
manifestação ou por desejo inconsciente ou não do médium. Todos estão fazendo
sua caridade.
•
Isto quer dizer que o mesmo caboclo Pena Branca, por exemplo, que se manifesta
num centro, não precisa ser , necessariamente, aquele que se manifesta em
outro.
•
Além dessas entidades, estão aquelas que fazem parte de agrupamentos,
enfeixadas nas diversas linhas, com um número ilimitado de entidades. Os
agrupamentos mais conhecidos são os agrupamentos das Almas (conhecido como
Linha das Almas), enfeixados nas linhas de Xangô e de Yorimá e o agrupamento do
Oriente (enfeixado na linha de Oxalá).
Guias
e protetores
•
Os guias podem se apresentar com vários corpos de ilusão e os protetores apenas
com um único corpo de ilusão. Corpo de ilusão é a forma plasmada pela entidade
para se manifestar. Por exemplo, uma entidade que se manifesta na umbanda com o
nome de Pai Benedito, pode se manifestar no Kardecismo, por exemplo, com o nome
de dr. Fulano de Tal, e assim por diante.
• Obs. É interessante notar, quando se fala em
corpo de ilusão, que cada vidente, vai “ver” ou ouvir, compreender ou deduzir,
aquilo que já acredita, ou melhor falando, aquilo que já é um engrama*
registrado em seu cérebro. Por exemplo, num dia de caridade de caboclo um
consulente chamou um dos médiuns da casa e, maravilhado, confidenciou sobre os
belos índios que se encontravam trabalhando com os médiuns. O mesmo médium ao
olhar para a mesma corrente de trabalho via, no entanto, apenas sacerdotes e
magos, paramentados com seus trajes tradicionais auxiliando na assistência dos
consulentes.
Engrama:
quando vemos um gato, reconhecemos imediatamente que aquilo é um gato, pois já
temos registrado o engrama “gato” em nosso cérebro. Mas, se nunca tivéssemos
visto um gato, ao vermos o animal, ficaríamos pensando do que se trataria. Da
mesma forma que se o engrama caboclo está registrado como um silvícola, ao nos
depararmos com um, vamos reconhece-lo de acordo com o registro que já temos.
Por isso o acúmulo de cultura, altera os engramas e nossa capacidade, inclusive
de desenvolvimento mediúnico. Os registros podem ser sensoriais ou culturais.
Quando lemos um livro compreendemos a história e montamos o cenário de acordo
com nossos engramas, isto é, de acordo com os registros que já temos. Por isso,
é preciso cuidado com aquilo que você acha que está vendo, pois pode não
corresponder à verdade. •
Os guias são entidades que estão encerrando
praticamente seus compromissos cármicos (podem ter ainda algum resíduo de carma
– muitos já são o que chamamos de Nyrmanacayas, isto é, entidades que já
esgotaram totalmente seus carmas).
•
Os protetores são entidades que ainda tem pela frente de 2 a 4 reencarnações.
•
Chefes de legião e chefes de falange não incorporam.
•
É importante esclarecer que muita gente confunde entidades auxiliares não
enfeixadas na síntese do movimento da umbanda com guias e protetores, como é
comum acontecer no kardecismo, por exemplo, onde qualquer espírito bondoso que
se apresente na mesa de intercambio, ou até mesmo parentes de trabalhadores da
casa nas mesmas condições, são chamados de protetores. O pior é que o mesmo se
dá com entidades malévolas que vêm às casas de umbanda para atrapalhar ou
brincar e muitas vezes conseguem, até com facilidade (lembrando sempre que
entidades trevosas, muitas vezes, têm os mesmos conhecimentos de entidades de
luz e sabem também falar com palavras doces), se fazer passar por guias ou
protetores. A diferença não está, portanto, no que eles dizem de forma geral ou
na forma como dizem, mas no conteúdo do que dizem, isto é, naquilo que podem
induzir médiuns ou consulentes a pensar ou fazer. Isto é, a parte moral de sua
fala. É preciso pois atenção de médiuns e cambonos, pois um guia ou protetor
verdadeiro nunca pedirá que alguém faça ou pense qualquer coisa que vá contra
aquilo que a umbanda acredita (por exemplo: fazer o médium beber ou pedir um
sacrifico de animal ou qualquer ato que implique numa atitude não amorosa,
etc). Nunca esquecer ainda que a entidade de luz jamais inferirá no carma do
consulente.
“Duvide sempre de seus
conhecimentos e verdades, cultivando a sabedoria dos sentimentos. Não há como
errar amando de forma pura e desinteressada. Não tenhamos fé pelos títulos,
pelos ditos sábios; tenhamos fé quando reconhecemos em nossos corações a
coerência, harmonia e sabedoria da mensagem. Muitas vezes nos iludimos criando
sentimentos de sabedoria por exaltação destes sábios; este é o caminho mais
curto para nos afastamos do nosso eu, do nosso caminho ao Senhor”
EXU–
AGENTES MÁGICOS E EXECUTORES DA JUSTIÇA KÁRMICA
ORIGEM
HIERARQUIA
DOS EXUS
RESUMINDO...
AULA 10 - PONTOS CANTADOS - EM REVISÃO
AULA 11 - PONTOS RISCADOS
2. Raiz ou linha da entidade: (o sinal grafado na
flecha)
Mandala aberta:
AULA 12
Vamos pensar nisso?
Povo Cigano na Umbanda
Linha
do Oriente
CIGANOS
AULA 14
EXU–
AGENTES MÁGICOS E EXECUTORES DA JUSTIÇA KÁRMICA
Na umbanda esotérica o conceito de exu
não é o mesmo que existia nos meios umbandistas e cultos afins. O conceito de
exu deixara de ser ligado a figura do Diabo, do demônio ou de outras
aberrações, que se munem de capa preta, tridentes e outros apetrechos para
fazer o mal, usando o álcool, galo preto, baixos pensamentos, fazendo uso de
palavreados não condizentes com os princípios da Umbanda.
Para os umbandistas da
atualidade exu são TRABALHADORES DA LUZ que
exercem as seguintes funções:
- Agente da Magia
Universal,
- Executor da justiça
Kármica,
-
Manipuladores das energias livres,
-
Representam a polícia de choque do astral, enfrentando seres malqualificados e
a magia negra
-
Realizam limpezas energéticas mais pesadas, de energias não transmutáveis facilmente.
Exus apresentam energia muito próxima a
energia dos humanos. Transitam por diferentes planos do astral. Trabalham nas
encruzilhadas energéticas, no entrecruzamento energético das linhas da umbanda,
no baixo astral, em locais de energias densas e como guardiões de portais que
dão passagem às sombras.
Observando o gráfico das zonas astrais
podemos ter uma noção melhor dos planos de atuação dos Exus, de sua proximidade
com os humanos, bem como da atuação nos planos inferiores:
GRÁFICO DAS ZONAS ASTRAIS:
É importante compreendermos que existem
em todos os Orixás os seus opostos negativos que representam o equilíbrio das
duas forças positivas e negativas, agindo em harmonia quando o médium tá
equilibrado, o negativo são os Exús de Lei ou Exus ligados aos Orixás, os Exus
da Lei da Umbanda são entidades atuantes no nosso plano, como agentes do karma,
sob as ordens de Ogum, todos os Guias ou Mentores trazem consigo Exus em
evolução, liberados para atuarem junto ao médium nos seus trabalhos, mas quem
anota o que essas forças fazem é Ogum, que é o Guardião da Lei Maior. Quando
falamos negativos, não estamos dizendo ruins. Nos referimos à polaridades energéticas
que se complementam.
ORIGEM
No início, o baixo astral
era povoado por seres negativos, muitos vindos de outras dimensões, ou
planetas, com a crescente involução do planeta, ou seja, guerras, racismo,
perseguições etc., com o aumento dos sentimentos negativos, ódios, raiva inveja
etc., esta fileira foi aumentando.
No caso especifico da linha
da Quimbanda, acredita se que no caso dos Exus trabalhadores da faixa chamada
Umbanda, a Quimbanda , começou como Quiumbanda, ou kiumbanda, originou-se das
batalhas, das perseguições travadas pela ganância, exemplo, a Pagelância ,
culto aos ancestrais, e rituais praticados pelos índios, que foram perseguidos
pelos brancos, que invadiram ( eles dizem que descobriram), suas terras, os
negros africanos, (candomblé) perseguidos pelos brancos, que os escravizaram,
tirando-os de sua terra amada, onde muito eram Reis, fortes guerreiros
valentes, sacerdotes de suas Religiões e seitas; os brancos por sua vez,
sentiam-se ameaçados, e melhores que as outras duas raças.
Estes quando desencarnavam,
cheios de ódios, e sentimentos de vingança, não conseguiam enxergar nada além
de sua sede de vingança, foram de juntando no baixo astral, ganhando forças, no
ódio crescente na Terra, formando assim uma corrente negativa, a chamada
Kiumbanda, com o passar do tempo, esta fileira continuou a ser engrossada por
todo aquele que se julgava “mau”, não merecedor da Luz.
Mais tarde por influência do
Astral Superior, e seus incansáveis trabalhos na busca da evolução destas
almas, formou-se a Quimbanda, onde aqueles que aceitaram, a luz, ou a busca por
esta luz, começaram a trabalhar nos
ajustes dos karmas, seus e de outras almas, também foi “colocado” no meio
destes, almas mais evoluídas para que pudessem orientá-los , e assim, separou
as correntes, a quimbanda ou Kimbanda, é formada pelos Exus, trabalhadores da
luz, ou seja seres que aceitaram ajuda, e que buscam evolução ,( e de todo não
eram tão maus assim, como acreditavam) mas não estão fora da Lei de ação e
reação, tudo que fizerem lhes é cobrado, bem como quando estão em trabalho na
Umbanda, estão sobre os olhos da Lei, assim como todos nós.
Por trabalharem nos ajutes kármicos
é que os Exus são considerados
executores da lei do karma.
A linha de Exus é uma linha
independente, assim como Ibeji,(Yori-crianças), mas engloba-se no Plano número
1 da Umbanda, através do qual tem acesso aos planos positivos, por mérito e
evolução, conseguidos através do trabalho junto a humanidade.
A Quimbanda, é uma linha
paralela á Umbanda, pode se dizer então; que ‘tudo “é Umbanda, são linhas que
se completam, que caminham juntas, uma não existe sem a outra, uma é a paralela
ativa, outra a paralela passiva, esotericamente, entendesse que a paralela
ativa seja Umbanda, e a paralela passiva é a Quimbanda, na verdade tudo faz
parte da Umbanda, inclusive a Quimbanda , onde atuam os Exus. Isto faz com que
se conclua que todo o espirito que recebe a denominação de Exu atua na
Quimbanda, portanto são Exus da Umbanda, Exus da Lei. É importante não confundir eguns, zombeteiros, e mistificadores, com
Exus. Exu é espírito trabalho da luz, é a
Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior
ligação com os seres encarnados.
Quando estudamos a origem cósmica
da umbanda, vimos que juntamente com o espírito venuziando Thamataé (Cabococlo
das 7 Encruzilhadas) veio para a Terra o seu irmão gêmeo, Kalami, o qual foi
responsável por comandar os Agentes Mágicos (exus), usando como veículo um exu
guardião (Exu das 7 Encruzilhadas) para se comunicar a través da mecânica da
intuição. Kalami governou anteriormente
a cidade das pedras, Itaoca, onde a magia negra grassava em profusão, sendo o
local depois conhecido com o nome de Sete Cidades, cujas ruínas permanecem até
hoje no estado do Piaui.
Kalami, cujo nome esotérico
significa “A serpente da Sabedoria da Tríplice Potencia” se tornou uma lenda,
um dos muitos deuses dos antigos, como por exemplo Hermes, no Egito, que
ninguém mais era que Toth, o venerável espírito oriundo de Óriun, que comandou
a migração dos atlantes para o Egito, ou Manco-Capac nos Andes, que era um dos
companheiros de Thamataê, quando de sua vinda para o planeta com seu mestre
Aramu-Muru; e como eles, muitos outros.
Na antiga Atlântida, Kalami e
Thamataé vieram com a missão de fundar os primeiros Templos de Luz na parte que
restou do continuente Lemuriano (hoje África).
Quando o astral superior
organizou a volta da Aumbandan, a Umbanda, no Brasil, Kalami manifestou-se como
Exu das 7 encruzilhadas, ligado ao Orixá Oxalá, que veio em auxílio ao seu irmão
Thamathae (Caboclo das 7 Encruzilhadas), para organizar o trabalho dos Agentes
mágicos.
HIERARQUIA
DOS EXUS
Cada um dos 7 Orixás Menores da
umbanda tem Guardiões correspondentes para as sombras, ou seja, Emissários da
Luz para as Sombras. Essas Entidades são chamadas de Exus Guardiões, os quais são
serventias e elemento de ligação com os Orixás.
Os 7 Exus Guardiões são:
EXU 7 ENCRUZILHADAS —
serventia direta de OXALÁ;
EXU TRANCA-RUAS — serventia
direta de OGUM;
EXU MARABÔ — serventia direta
de OXOSSI;
EXU GIRA-MUNDO — serventia
direta de XANGÔ;
EXU PINGA-FOGO — serventia
direta de YORIMÁ;
EXU TIRIRI — serventia direta
de YORI;
EXU POMBA-GIRA — serventia
direta de YEMANJÁ.
No seu desdobramento gráfico,
os Orixás se dispõem em dois triângulos invertidos, como vimos na aula passada.
Por serem os elementos de ligação e serventia dos Orixás, os Exus, se encontram
nas intersecções dos dois triângulos invertidos, sendo que o sétimo estará no
prolongamento das sete interseções. Essas interseções representam as
ENCRUZILHADAS, daí o nome Povo da encruzilhada.
Quando falamos encruzilhada,
entenda-se os entrecruzamentos vibratórios das linhas de força, onde os Exus
são chamados a atuar, manipulando-as para diversos fins. No sentido popular,
passaram a ser as encruzilhadas, caminhos que se cruzam, nas quais é comum
vermos certas oferendas aos vulgarmente chamados compadres, homens da encruza, no entanto esta foi mais uma deturpação, trazida pela ignorância.
O que antes era normal, entregar
oferendas, nas encruzilhadas, na certeza de que estas seriam recebidas pela
vibração dos Exus de verdade, hoje , já não é mais seguro, pois , estas em sua
maioria já foram tomadas, pelos, seres doentes, perturbados do baixo astral.
Para melhor compreensão da
hierarquia dos Exus, é necessário compreender que cada um dos Exus Guardiões se
desdobra em seis com o mesmo nome, que são individualizados e incorporantes.
Denominam-se os EXUS COROADOS, e tem o grau de Chefes de Legião. São ao todo
42.
Esses Exus denominados Coroados,
formam a Coroa da Encruzilhada. São coroados pois são os mais elevados dentro
da Hierarquia dos Exus, ou componentes da Cúpula dos Exus, ditos guardiões.
Receberam a coroa do compromisso de serem os Agentes da Justiça Kármica e
Agentes da Magia Cósmica. Dedicam-se à prática do bem, e servem para policiar o
baixo astral, seguindo a ordem dos Orixás, e também para anular a magia negra.
Cada um desses Chefes de
Legião se desdobra em seis, que trabalham sob suas ordens, num total de 252,
chamados de EXUS BATIZADOS e tem o grau de Chefes de Falange. Esses Exus também
são incorporantes.
Estes igualmente se desdobram
em seis cada um, constituindo um total de 1.512 Exus.
Das sombras para as trevas há
os Exus pagãos (1º ciclo), os quais
arrebanham os kiumbas, rabos de encruza e toda sorte de almas aflitas, penadas,
desesperadas e revoltadas.
A Hierarquia pode ser melhor
visualizada através do gráfico abaixo:
Exus também trabalham ou
manipulam as energias livres. Como energias livres, entendemos toda
transformação de matéria em que há liberação de energia. A matéria física,
transformando-se em matéria astral, libera energia física ou produz resquício
de energia. A morte física, ao liberar o corpo astral do corpo físico denso e
do etérico, libera energia, sendo que essas energias, se não forem
transformadas ou armazenadas, serão utilizadas por Entidades malfazejas, nas
mais diversas formas.
Muitos Espíritos desencarnados
andam em busca de sensações e energias livres que lhes sustentem seus desejos e
objetivos escusos. São como verdadeiros vampiros; aliás, são Espíritos
vampiros, de aspecto horripilante, que aterrorizam várias criaturas não
acostumadas com suas infelizes manifestações... Esses Seres Espirituais estão
sempre próximos dos cemitérios ou dentro deles, ou nos matadouros, nos
açougues, nas tão habituais churrascarias, nas casas de prostituição, nas casas
noturnas onde há vários vícios, tais como tóxicos, álcool e exacerbação da
luxúria etc.
Não fica difícil também
perceber que nas encruzilhadas de ruas, onde há uma profusão de correntes
mentais as mais disformes possíveis, coaguladas e condensadas, eles também
orbitam, em busca de satisfazer seus desejos e necessidades mórbidas. Eis,
pois, uma real interdição de se fazer as oferendas ritualísticas a Exu Guardião
nessas encruzilhadas de ruas, onde passam transeuntes de todos os matizes e
estirpes espirituais, sejam encarnados ou desencarnados. É por isso que muitas
Entidades chamam essas encruzilhadas de ruas de portas cruzadas. Sim, são
verdadeiras "portas", tanto de entrada como de saída, para as mais
baixas regiões do submundo astral e mesmo para as regiões mais baixas e
grosseiras do túnel de triagem, já em plena zona de transição com o baixo mundo
astral. São também essas encruzilhadas de ruas, portas que se abrem ao que há
de mais escuso em forças e Seres Espirituais que orbitam nos cemitérios.
Esses Seres Espirituais que
orbitam nas encruzilhadas de ruas são os chamados Kiumbas, que estão a mando de
verdadeiros magos-negros que se encontram em suas cavernas ou em seus reinos de
feitiçaria e de bruxaria, nas covas ou cavernas de zonas subcrostais, como
veremos logo mais. Esses kiumbas, Espíritos velhacos e trapalhões, verdadeiros
marginais, arrebanham as almas penadas, aflitas e desesperadas, as quais vão
engrossar a falange maldita do ódio e da revolta, são coordenadas por
verdadeiros magos negros, gênios das trevas, filhos da insubmissão e da
revolta, os quais mantêm verdadeiros exércitos de marginais de todos os
estigmas e que, vez por outra, atacam as humanas criaturas que com eles se
sintonizam ou se afinizam, através dos mesmos sentimentos, desejos e ações
nefastas. É contra esse estado de coisas
e fazendo oposição a esses Seres que atuam os EXUS. Todos esses Exus são,
portanto, valorosos Guardiões das Sombras para as Trevas. Muitos deles são chamados
de AGENTES DO EXU CAVEIRA* que na verdade é um Exu de Lei que comanda todos os
Exus das Almas, sendo um de seus auxiliares avançados o Exu Tranca-Ruas das
Almas, o qual é elo de ligação entre a Encruzilhada de Lei (os Entrecruzamentos
Vibratórios dos Orixás) e o Campo do Pó (os Entrecruzamentos Vibratórios
Humanos — das correntes de pensamentos pesados, que orbitam invariavelmente no
campo do pó ou cemitério).
E pois completamente errôneo
atribuir-se ao Exu Caveira certos trabalhos de magia negra feitos nos
cemitérios. O que ocorre é que seus subplanos, vez por outra, são subornados.
Sim, há suborno e deixam "passar em branco", ou até ajudam,
determinados magos-negros desencarnados e mesmo encarnados em seus trabalhos
maléficos feitos com as energias livres e deletérias dos cemitérios,
manipuladas e endereçadas por esses caudais de subgrupos, os quais, quando são
pilhados, são enviados a certas "zonas do astral inferior", onde
estacionam através de profundos transes hipnóticos, através de efeitos mágicos
promovidos pelos comandantes do exército do Exu Caveira, os quais lhes
manipulam a tela mental visando equilibrar-lhes emoções e sentimentos. Isso, às
vezes, pode demorar séculos.
Como vemos, nada fácil e nada
de irresponsável tem o trabalho ou função do Exu Caveira e sua corrente. Também
aproveitamos a ocasião para afirmamos que o Exu Caveira raramente se apresenta
à clarividência e quando o faz não é na forma de esqueleto ou caveira. Seus
enviados por baixo, os seus "criados", esses sim podem se apresentar
como esbranquiçados e macilentos ou encapuzados, percebendo-se nitidamente as 2
órbitas oculares vazias. Não obstante serem Espíritos muito endividados, estão
cumprindo sua parte, e estão na senda da reabilitação, claro que tudo na
dependência de suas vontades e desejos, que são frenados e fiscalizados. Mas
aí, como em qualquer locus, há o livre-arbítrio (nessas regiões, às vezes, o
livre-arbítrio é relativíssimo e quase nulo). Salve pois o trabalho desse
GRANDE AGENTE DA MAGIA DAS ENERGIAS LIVRES, pelo seu trabalho incansável, há
milênios, em favor da melhoria do planeta, reajustando as almas insubmissas e
ignorantes e aparando arestas do submundo astral, onde, através dele e seus
comandados, atua a Misericórdia Divina.
Falando sobre os Exus e suas
funções, não podemos deixar de citar que quem pratica as ações maléficas, como
gênios do mal, não são os Exus, mas sim os marginais do astral, os quais são
combatidos e frenados pelos verdadeiros Exus. Assim, carecem de maiores
fundamentos os Filhos de Fé que os evocam para serem veículos de choques
contundentes ou correntes maléficas que pretendam atingir outro Ser Espiritual,
visando seu malefício. Quem em verdade recebe os ebós como carnes sangrentas,
regadas a álcool ou outra qualquer bebida excitante, nas encruzilhadas de ruas
e mesmo na "kalunga pequena" (cemitério), não são os verdadeiros Exus
de Lei, e sim os Exus Pagãos e os Kiumbas, ambos "linhas de frente"
dos magos negros, que de suas cavernas ou covas subcrostais os comandam nas
mais baixas correntes mágicas (magia negra) ou mesmo nas correntes de atritos e
perseguições a quem eles querem deleteriamente atingir, ou ainda aos Filhos de
Fé que com eles se afinizem ou se sintonizem.
São esses exus pagãos e rabos
de encruzas que, quando pilhados pelos verdadeiros exus, são disciplinados em
verdadeiro "cárcere astral" que os impede de reencarnar, pois eles
estão sedentos das sensações humanas que ainda precisam esgotar. Em obediência
à Lei Kármica, Exu não lhes vincula o "passe reencarnatório", algo
que os atormenta, levando-os às vezes, a verdadeira alienação mental, com
completa deterioração de sua constituição astral, podendo assim permanecerem,
em estado de latência, vários séculos. Como vínhamos falando, são esses
marginais do astral e seus comandantes, os magos-negros, que se comprazem em
fazer o mal e atender aos baixos desejos ou paixões desenfreadas das humanas
criaturas, não os Exus de Lei, que têm funções kármicas até no reencarne, em
seus aspectos técnicos ou de execução.
Outra importante função exercida
pelos Exus é a função da limpeza de
energias mais densas. Os Exus trabalham limpando energias não passíveis de
transmutação, que são energias baseadas apenas nas sombras, sem efeito que
possa ser transmutado em algo bom, que precisa ser apenas desintegrado.
RESUMINDO...
A vibração Exu existe como intermediário como
concretizador dos idealizadores, que são os Orixás, no mundo das formas físicas
e astrais. Exu interfere no mundo físico e astral, no mundo mental essa
interferência fica a cargo dos orixás que manipulam energias mais sutis.
Exu não é bom nem ruim, é apenas exu,
mas uma coisa é certa: exu não é mau. hoje na Umbanda eles exercem uma
função de regulador, é o termômetro das condições astrofísicas do planeta, todo
o emocional, todos os instintos, todas as paixões, é isso que exu manipula,
essas são suas demandas, neutraliza aqueles que se afinizam com os planos mais
baixos.
Ouve se também dizer: que exu tem 2
cabeças, querendo significar que exu tem um lado que trabalha para o mal e
outro para o bem, na Umbanda Esotérica, isto não faz, sentido, pois, teria que
se acreditar que quando as entidades do bem vão embora , deixam os Exus para
fazer o serviço “sujo” ou seja o mal.
Exu não é dúbio, pois se num espaço um
orixá/caboclo “desce” para fazer caridade, como permitiria que exu baixasse e
fizesse o mal, a lógica, o bom senso e a razão nos fazem refutar estas idéias.
Mas, vale lembrar, estes são espíritos
em evolução, claro que se são aceitos como trabalhadores ou intermediários dos
orixás, é porque têem noção do certo ou errado, quando fazem qualquer ato que
esteja em desacordo com a Lei, também são enquadrados na Lei da Causa e Efeito,
e do livre arbítrio, prejudicando, sua evolução, bem como a de quem lhes
solicitou o feito.
Os Exus manipulam os elementos e as
energias, as quais os orixás são senhores.
São espíritos em evolução,
dentro de certas funções Kármica, o karma como sabemos tem reajustes e
cobranças estas são feitas pelos exús que fazendo cooperam pelo equilíbrio da
lei, equilibrando também suas próprias necessidades perante essa mesma lei.
Representam a policia de
choque do astral, que fiscaliza e freia
o submundo astral, como vemos e ainda veremos mais, não são espíritos
irresponsáveis, maus e trevosos, os verdadeiros maus e trevosos são aqueles que
eles arrebanham , controlam e freaim. Manipulam energias livres e realizam a
limpeza das energias não transmutáveisAULA 10 - PONTOS CANTADOS - EM REVISÃO
AULA 11 - PONTOS RISCADOS
Definição
O ponto riscado é uma “ordem” escrita a uma série de
entidades. Quando um médium risca um ponto irradiado por uma entidade, está
mobilizando a falange que com ela trabalha, ou outra, direcionando a energia mobilizada
para o objetivo desejado, dependendo do merecimento do consulente e da ética do
médium.
Os pontos riscados
obedecem à vibração original ou flecha, da qual falaremos a seguir.
Tudo começa com 1 simples ponto (1 ponto sozinho nada produz
em termos de magia, mas vários pontos geram uma linha e várias linhas fazem um
ponto riscado).
Todavia é importante saber que o ponto riscado não produz
nenhum tipo de magia se não for impulsionado pelo pensamento.
Muitos médiuns
acreditam que podem simplesmente riscar o ponto e que as entidades vão fazer
tudo por ele. Vemos em muitos centros de umbanda médiuns riscando pontos que de
fato nada têm a ver com os princípios dos pontos riscados.
É possível que em alguns casos a espiritualidade
considerando o merecimento do consulente e o desconhecimento bem intencionado
do médium, além de seu real desejo de manipular forças amorosas para aquele
consulente, promova o necessário para o auxílio. Não se engane todavia o médium
achando que está promovendo magia com pontos sem os elementos básicos dos quais
eles se compõem.
Os sinais aqui
apresentados são os chamados sinais positivos, que propiciam apenas magia
branca, digamos assim. De forma que não adianta a ninguém tentar fazer outro
tipo de magia usando estes sinais.
Breve consideração teosófica
Entendimento inicial
do ponto
• (ponto) • Deus –
Ativo, Unidade , Energia absoluta
( • ) Natureza,
Passiva, A divisão, Reflexo da Unidade, Ser Reflexo ,
Elementos básicos de
identificação dos pontos riscados
(Oriundos dos
desenvolvimentos das linhas, eles são três)
- Flecha: identifica a vibração - forma da entidade. –
Raiz: identifica a origem (a linha, uma
das sete, a que pertence a entidade).
- Chave:
identifica o elemento que a entidade manipula, Grau hierárquico
Sinais positivos que identificam cada ponto (são 7) (os negativos
são ocultos)
1 - Flecha ou vibração forma
(identifica a forma como a entidade se apresenta):
A Flecha, que é
baseada na linha, que por sua vez é formada de pontos, representa o equilíbrio
e a dualidade sendo, portanto, a vibração original ou reflexo da escrita
divina. Sempre orientada para o alto, para o céu, em louvor e respeito às
divindades que a ensinaram aos homens. No movimento da síntese da umbanda
existem três manifestações formas:
- caboclo - preto
velho – criança
2 - Raiz
ou linha (uma das 7) na qual a entidade trabalha:
- Oxalá - Ogum -
Oxossi - Xango - Yemanjá - Yori - Yorimá
3 - Chave
(identifica o grau hierárquico da entidade): - Guia - Protetor
Obs. E também se é chefe
de legião, chefe de falange ou de sub falange.
4 - Planeta regente (planetas sagrados) e
signo zodiacal:
- Sol - Lua - Marte -
Vênus - Júpiter - Saturno – Mercúrio
5 – Cor fluídica
6 - Elemento que
manipula, tattwa*, corrente cósmica e metal correspondente.
7 - Entidades
que comanda: - Naturais - Artificiais
Sinais grafados
1. Flecha ou vibração – forma da entidade
5. Cor Fluídica:
O triangulo da forma fluídico plasmado no astral pelos orixás é violeta ,
dourado e branco (que é cor da umbanda*) e tem as seguintes
representações para as diversas linhas:
verde Caboclos: (Oxossi)
Azul\ amarelo (Yemanjá)
Verde\vermelho\branco, as cores de Ogum
Marrom\ vermelho , Xangô
Branco (Oxalá
Anil \ branco e preto (Yorimá, Pretos velhos:)
Alaranjado \ rosa e
azul, ( Crianças: Yori)
As cores são consequência dos sons. São vibrações.
Obs: A cor da umbanda esotérica é a do 7°raio, o da Magia
(dirigido pelo C. Saint Germain, para se contrapor à magia negra, através de
seu mediador que é o arcanjo Ariel).
Obs. A grafia das cores é dada apenas pela cor da pemba usada para riscar o ponto , ( ou quanto
estudarmos a magia do fogo, também será importante)
Observações
O médium precisa
controlar seu desejo de colocar no ponto todos os sinais ou desejar que “sua”
entidade tenha uma alta hierarquia, pois isso nada significa no plano
espiritual.
O que importa é o
trabalho na caridade, independente de tudo o mais. Naturalmente é preciso
também compreender que não há como uma entidade de alta hierarquia se
manifestar por um médium que não tenha na vida um comportamento condizente com
a ascendência moral da mesma (semelhantes se atraem, diz o ditado). Que ninguém
espere ser na vida uma pessoa raivosa, rancorosa ou ranzinza, ou quem sabe melindrosa,
insatisfeita ou vaidosa, ou ainda egoísta, gananciosa ou arrogante, não tolerar
ser contrariado, beber ou fumar, ser de fácil irritabilidade ou ainda ter uma
vida sexual desregrada ou “casos” fora do casamento e ainda assim achar que vai
receber uma entidade de grande luz, porque não vai mesmo. Podemos até riscar
pontos que impressionem as pessoas, mas não podemos enganar o plano espiritual
e desta forma nenhuma magia será mobilizada por ele, na medida que toda magia é
mental (o ponto é um instrumento de concentração do médium).
Exemplo. Cabocla Jurema Entidade Guia - Chefe da Linha de Oxossi,
É preciso lembrar que
existe apenas uma cabocla Jurema igual a que é Guia Chefe no nosso Grupo, com
estas características. A entidade que se manifesta num determinado centro não é
a mesma que se manifesta em outro. Isto quer dizer que muitas entidades podem
até se apresentar com esse nome, o que não significa ser a mesma.
Explicações
adicionais
Pode –se observar
que as entidades podem ser “cruzadas”
com outras linhas.
Exemplo , caboclo da linha de xangô cruzado com a linha de
obaluaye, terá grafado ao longo da Flecha tanto a Raiz de xango (a
linha original) quanto a de obaluaye (linha com a qual é cruzado). Ser cruzado
significa que trabalha nas duas vibrações. Naturalmente uma entidade dessa
hierarquia pode trabalhar em qualquer linha, mas originalmente trabalha nas
duas. Ele poderia também ter grafado as duas Flechas com as duas Raízes, uma
cruzando sobre a outra.
Outras informações.
As entidades podem
ainda ser “ligadas” com outras linhas. Estar “ligado” com outra linha significa
que a entidade trabalha, eventualmente, junto com a outra linha, dependendo da
necessidade do trabalho. A Flecha da linha não original à qual a entidade está
ligada. É grafada ao lado da original, em tamanho menor. Esta é apenas outra forma de se identificar.
Poderia grafar três, por exemplo, ou ainda grafar uma virada para a direita,
como deve ser originalmente quando a entidade grafa apenas uma Flecha, e outra
para a esquerda.
* Normalmente que
cada médium recebe duas, no máximo três entidades (as demais geralmente são
corpos de ilusão das demais), ou seja ,desdobramento da vibração, Exemplo: se o caboclo Guia achar necessário em um
atendimento trazer a Vibração de outro, traz desdobrando a vibração, Isto no caso da entidade atuar no nível de
Guia.
Alguns casos , o médium ser desenvolvido para trabalhar ,
abrir frequência com 7 orixas, (mas, não é comum)
O Caboclo das 7
Encruzilhadas, por exemplo, o fundador da umbanda, manifestado exclusivamente
no médium Roger Feraudy durante muitos anos (depois de Zelio, claro, ver História da umbanda), apresentava-se com
vários corpos de ilusão, como Caboclo Anhangá (na vibração de Xangô), por exemplo,
ou ainda como Simeon, o mago, entre outros, dependendo da necessidade da tarefa
a ser realizada.
Mandalas:
Constituídas de um desenho circular, aonde no seu interior
vemos formas e figuras variadas. É uma representação geométrica da dinâmica
relação entre o homem e o Cosmo. No interior da Mandala temos sempre um ponto
central, que representa sua essência, e dele partirão todos os demais
elementos. Esse ponto representa Deus (consciência Universal, Deusa, universo
cósmico)do qual partiu todas as coisas existentes no planeta. Existem dois
tipos de mandala, mandala aberta, e fechada.
A ação da Mandala aberta é ampla e vasta, envolve a todos e
a todo o terreiro. Dentro de um terreiro normalmente esse tipo de ponto só é
riscado pelo Pai ou pela Mãe espiritual, porque nesse caso está expandindo a
energia para todos.
Mandala fechada:
A ação da Mandala fechada, é a ação concentrada, delimitada
e limitada, a entidade neste caso cria um verdadeiro campo de força, usado em
solicitações específicas e nos pontos identificatórios.
Na Mandala são colocados elementos simbólicos ancestrais, ao
desenhar uma mandala, ou seja, ao ser riscado um ponto, é criado um instrumento
sagrado.
Pemba:
A pemba é uma pedra de calcário, que nossos guias utilizam
para riscar seu o ponto de energia de acordo com a sua vibração. Ela é parecida
com um giz, e pode apresentar várias cores de acordo com a vibração ou linha da
entidade.
A pemba consagrada pode ser ralada e utilizada para cruzar o
ambiente e filhos de santo. Desta forma ela é soprada nos pontos cardeais do
ambiente para que se de a firmeza, ou sobre o ori (chacra coronário) para dar
firmeza e assentar energias.
Símbolos e cores:
Todos os Símbolos partirão de um ponto no interior da
Mandala. Os símbolos e as cores da Mandala criam a força que define a ação
vibracional da Mandala (Ponto riscado).
Mais sobre a Grafia de Umbanda e seus significados:
Cada traço, cada forma tem um significado e de acordo com a
ordem, a direção e a maneira como os símbolos se posicionam podem revelar
muitas informações sobre a manifestação espiritual ora transcrita através do
ponto riscado e sua missão de trabalho.
Círculo – O Universo, a Perfeição.
- Circulo aberto – energia expandindo;
- Circulo fechado – energia concentrada;
- Circulo com um ponto – ser supremo, símbolo de Oxalá;
Um Círculo com Dois
Diâmetros Entre Si – O Plano Divino, o Quaternário Espiritual.
Círculos Menores e Semicírculos – A fases da lua (símbolo de
Iemanjá), força de luz inclui Iansã.
Círculo com Estrias Externas – O sol (símbolo de Oxalá).
- Hexagrama ( dois triângulos ) – masculino e feminino, as
forças divinas
- Um Pentagrama -A Estrela de Davi e o Signo de Salomão
A Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.
- Balança, Machado ou Nuvem – Símbolos de Xangô e do Oriente
- Raio – Símbolo de Yansã ( mudança dos tempos, intensidade,
forte energia)
- Espada Curva – Símbolo de poder e força, a luta do bem
contra o mal, símbolo de Ogum;
- Espada Reta – Símbolo de Iansã.
- Coração – Símbolo do amor, da força dos sentimentos que
unem os homens, símbolo de Oxum; a Flor também é um símbolo de Oxum.
- Tridentes – Símbolo antigo de força, representando a força
do Deus Netuno que tinha no tridente a representação dos pólos que comandavam
aquela civilização. Símbolo usado por exus e pomba giras devido ao sincretismo.
Observam – se tridentes de risco quadrado para exus (compadres) e de risco
arredondados para pomba giras.
- Cruzeiro – Símbolo das almas e do encontro dos
desencarnados. Muito comum nos pontos de pretos velhos e exus de cemitério.
- Caveira – Não simboliza a morte. É a identificação dos
espíritos que militam nas esferas da calunga pequena (cemitério).
- Flecha para cima – Símbolo da busca espiritual , do
objetivo, do alvo a ser atingido. Símbolo dos falangeiros de Oxossi.
- Arco e Flecha – Símbolo dos falangeiros de Oxossi
- Fases da lua , Cheia – Símbolo da magia oculta, símbolo de
Yemanjá,Crescente – Renovação de forças, Nova – Força plena, Minguante –
descarrego ou pólo invertido
- Um Quadrado – O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar).
(xango)
- Espiral - Para fora indica chamamento de força, retirando
demanda.
- Coração com uma Cruz no Interior – Símbolo de Nanã.
- Traços Pequenos na Vertical (chuva) – Símbolo de Nanã.
- Cruz Grega Negra – Com pedestal, símbolo de Omulu.
Arco-íris – Símbolo de Oxumaré.
- Estrela Branca (Oriente) – Luz dos espíritos.
- Conchas do Mar – Símbolo das crianças.
- Águas Embaixo do Ponto – Símbolo de Iemanjá (mar).
- Pequenos Traços de água – Símbolo de Oxum.
- Rosa dos Ventos – Chamamento de força ou descarrego.
Existem muitas grafias utilizadas por nossos guias e essas
são algumas mais comuns. Porém no Ponto riscado está o segredo e assinatura de
cada entidade, aonde poderemos perceber símbolos ainda desconhecidos
apresentados pelas mesmas.
Por isso cabe a nós o estudo e a avaliação, não só do Ponto
riscado, mas da manifestação e da confirmação do Guia como um todo, onde tem
que prevalecer sempre a energia que está vibrando.
Tábua de Ponto:
Os pontos podem ser riscados em qualquer local, porém se
recomenda ao médium que tenha uma tabua de ponto confeccionada em madeira de boa
qualidade (cedro ou pinho). Ao término do trabalho o médium deve sempre apagar
o ponto no sentido horário com bucha vegetal e seca.
Bucha Vegetal Seca, para apagar os pontos riscados.
PONTOS RISCADOS -
ESCRITA MAGISTICA DOS GUIAS SIMBOLOS
SIGNIFICADOS
Ondas do Mar – Iemanjá ou Povo do Mar, risco de Grande
Força.
Sol – Força Criativa, Luz, Início da Criação
Cruz – Fé Cristã
Âncora – Esperança
Coração – Caridade
Flecha – Vibração de Caboclos
Raio – Força dos Elementos da Natureza
Tridente – Trabalhos de Magia
Espada – Vibração de Ogum
Estrela – Povo do Oriente, Alta Magia
Circulo Evolutivo – Símbolo de Amarração
Lua Crescente – Vibração Magnética da Lua
Saturno – Vibração dos Astros
Machado de Dois Cortes – Povo das Matas, Vibração de Xangô
Cobra – Símbolo de Cura
Cometa – Estrela Guia, Povo do Oriente
Arco – Oxossi e seus Caboclos
Espiral Ascendente – Evolução Espiritual
Balança – Irradiação de Xangô
Chave – Abertura de Caminhos Fechados
DESPACHOS E OFERENDAS
DEFINIÇÃO
DESPACHOS: é
uma espécie de magia, que podemos usar para fins de magia dirigida, positiva ou
negativa (Feraudy)
OFERENDAS:
é um presente, uma oferta aos Orixás para captar vibrações, ou melhor, para
harmonizar vibrações (Feraudy).
HISTÓRIA
O ato de
realizar oferendas é um costume universal muito antigo, que não se sabe ao
certo quando ou de onde se originou. Desde sempre o homem, em diferentes
lugares e momentos históricos, no intuito de buscar soluções para os seus
conflitos, fazia oferendas às forças e aos poderes superiores, pedindo em troca
alguma forma de auxílio para seus problemas.
Com o
passar dos tempos, cada povo, cada religião se desenvolveu e evoluiu sua forma
de ofertar, criando rituais coletivos em locais, dias e horas marcados, no
intuito de receber algo de bom como retorno.
Os
povos africanos e indígenas dos quais se originaram o culto da Umbanda, não
foram diferentes disso.
No
seio dos escravos havia muitos Seres Espirituais abnegados que, com paciência e
persistência, transmitiam bom ânimo aos seus iguais, incentivando-lhes a
resignação e a tolerância. Mas a verdade é que nem todos aceitavam esses
valores. A grande maioria jamais se conformou com o peso das algemas e reagiu
com ódio, sangue e violência, como também utilizaram-se de suas práticas
religiosas, que já estavam deturpadas há milênios, degenerando-as ainda mais
para a prática aberta da magia como agressão, violência, sangue e morte. Assim
é que evocavam tudo que havia de mais escuso no submundo astral (kiumbas), como
também nas zonas abismais, através de um baixo sistema mágico-vibratório, nas
tão propaladas oferendas ritualísticas que utilizavam. Assim, a vingança se
organizava de forma física e astral, perseverando o conflito racial nos dois
planos da vida.
Os
povos indígenas também tinham sido oprimidos pelos brancos, e muitos reagiram
de forma idêntica aos seus irmãos negros. Assim é que o negro africano aportado
no Brasil, em comunhão com as nações indígenas completamente degeneradas em sua
cultura, inclusive no setor religioso, firmaram seus protestos na luta pela
liberdade, nos seus sentimentos e desejos, através de seus ritos religiosos.
Dessa
fusão surgiram e permaneceram praticamente até os dias atuais os mais variados
ritos, os quais refletem os sentimentos e ideais de seus fundadores na época,
nem todos com ideias e sentimentos nobres. A maioria desses ritos já
amalgamados e sincretizados tinham como base sentimentos de ódio e vingança,
que se consubstanciariam nas práticas mais baixas da magia, na própria magia
negra em ação, alimentada com um baixíssimo e agressivo sistema de oferendas.
O uso de animais presente em
rituais desde tempos remotos como oferendas, foi deturpado por muitos seguidores
dos cultos africanos. Muitos africanos originalmente tinham
conceitos metafísicos e esotéricos da mais alta escola iniciática que,
infelizmente já perderam-se há muitos milênios. Inicialmente usavam o sangue
vermelho animal, por exemplo, sem sacrificá-lo e vibrava esse sangue, numa
determinada Lua, sobre o ori (cabeça) do indivíduo, fazendo então uma
transferência de elementos vitais, que era o axé, tudo relacionado com os
Elementares e os elementos radicais da Natureza, tais como: o fogo, a água, a
terra e o ar. Era o único ritual em que se usava o sangue animal vermelho e
assim mesmo sem sacrificá-lo, e não para louvar Orixá ou "assentar Orixá" ou qualquer
outra Entidade sobrenatural, quer seja no mundo físico ou astral.
Porém, os Cultos de Nação Africana, de há muito não praticam esses
puros e reais ritos iniciáticos. Infelizmente inverteram-nos e interpolaram-nos
e essa Tradição foi postergada. Foi a má interpretação de alguns homens
associada à intenções de usar a magia com finalidade de violência, ódio e
vingança que deturparam o uso ritualístico das oferendas, passando a fazer uso
desenfreado e negativo do sangue e da matança de animais.
O entendimento que se tem na
Umbanda é de que Orixá ou qualquer outra Entidade de Luz não se
compraz com a agonia de um ser vivo, quer seja para louvá-lo ou para
ritualizá-lo.
PRINCÍPIOS
Segundo Norberto Peixoto, no Brasil
é muito comum observarmos o acúmulo de oferendas nas ruas, esquinas, praças,
praias e outros locais públicos. A legislação do estado do Rio Grande do Sul
protege esse tipo de oferenda, em função da defesa da liberdade religiosa.
É sabido que há diferenças entre os
cultos de Umbanda, Candomblé, Batuque entre outros cultos de matriz afro. Mas,
infelizmente, há muitas pessoas que se dizem umbandistas e fazem oferendas em
locais externos. Acabam assim contribuindo para que as pessoas que não tem
conhecimento julguem pejorativamente esse ato e os atribua aos umbandistas de
modo geral. Quanto em verdade sabemos que é fundamento da Umbanda não realizar
despachos em encruzilhadas, com animais mortos, poluindo os espaços públicos.
Norberto Peixoto nos traz importante
questionamento sobre esse aspecto: “Como que essas religiões, que defendem e
cultuam a natureza, fazem esse tipo de coisa? “ A questão é que o problema não
são as religiões e sim as pessoas que praticam, sem conhecimento esses atos,
denegrindo a imagem da Umbanda.
A Umbanda defende o culto ao Orixás
sem denegrir a natureza, sem polui-la. Não se usam materiais poluentes como
plástico, vidro, papel, fitas, laços. Apenas aquilo que pode ser degradado
naturalmente. Além disso, procura-se respeitar os limites das outras pessoas,
não agredido nem violentanto consciências ou o espaço que é de todos.
As oferendas junto a natureza seguem
o princípio de que essas ofertas sejam compostas de energias primárias dos
quatro elementos. A ideia é restituir à natureza aquilo de que se está
precisando para refazimento, para recomposição do equilíbrio mediúnico, e assim
mantendo respeitosamente a hormonia da natureza doadora. A simples presença
junto a natureza já seria suficiente para tonificar o homem. Na verdade, as
oferendas são um mecanismo de auxílio válido que serve de apoio externo para um
intercambio magístico com os elementais. A força mental das invocações no
momento da oferenda é que acessa a assistência amorosa dos bons espíritos, que
utilizam-se da energia pranica dos objetos oferendados para harmonizar a
egregora coletiva ou o objetivo oferendado.
Nenhuma oferenda deve
agredir a Natureza, sob qualquer aspecto (daí, também, a Umbanda não trabalhar
com sacrifícios). Portanto, não devemos deixar garrafas, lixo, material que a Natureza
não absorva etc.
A verdadeira oferenda é
uma restituição de energias, o que equilibra o indivíduo e lhe ativa várias
funções.
Outra questão importante a ser
esclarecida é que Umbanda não recorre a sacrifício de animais, nem ao uso de sangue.
Entendemos que tais práticas são legítimas de outros cultos. Respeitamos e
compreendemos esta prática. Entendemos que, em alguns casos, muitos curiosos se
dizem praticantes do ritual africano, mas dele não conhecem absolutamente nada,
fazendo com que muitos acreditem que os rituais de nação são bárbaros e fora de
propósito. Os que assim pensam é porque, com certeza, não estiveram num ritual
de nação seleto; viram sim é misturas em cima de misturas, repletas de
deturpações, algumas até absurdas, que são sim pontes de ligação com o mundo
trevoso, com seus kiumbas, arregimentados pelos sorrateiros e não menos frios e
calculistas magos-negros do reino da Kiumbanda.
Embora
esses agrupamentos sejam pontes para o baixo astral, de todas as formas a
Corrente Astral de Umbanda está interpenetrando lentamente esses subúrbios
avançados do submundo, na expectativa de frenar sua ação. Não somos a favor das
matanças, ebós, obis e orobôs dos Cultos de Nação Africana, mas não podíamos
atribuir a eles fardos que não lhes são devidos. Acreditamos que tudo tem uma
razão de ser e existir; assim, acreditamos que o Culto de Nação atende aqueles
que ainda estão presos karmicamente ao seu tipo de ritual, que ainda necessitam
deste tipo de prática, por interpretarem que a religião é assim. Entendemos que
essa é a forma que eles entendem a religião. Nós compreendemos diferente. Mas o
que nos interessa no momento são as oferendas na Sagrada Corrente Astral de
Umbanda que existe sim, mas para movimentos de forças mágicas, nunca com o uso
de animais, vísceras ou sangue. A oferenda na Umbanda é mágica. Procuram-se
elementos básicos, pois interessa-nos sua repercussão no plano etérico e
astral, como também a movimentação mágica que vem pela evocação dos
elementares, os ditos Espíritos da Natureza.
Pelo
exposto, concluímos que a oferenda é inerente à movimentação das forças mágicas
e essas são movimentadas através dos elementos radicais da Natureza, que se
associam aos sólidos, líquidos, gases, éteres, etc. Também movimentam e atraem
a corrente de Elementares, Seres Espirituais que não encarnaram ainda uma só
vez sequer, e que estagiam nos reinos da Natureza, sendo que, em última
análise, as oferendas estão diretamente ligadas aos Elementares, que podem ser
serventias de um Caboclo, Preto-Velho, Criança e mesmo de um Exu Guardião, que
também sabe como movimentá-los.
A prática de sacrifício de animais
seria um contra senso, pois Umbanda é amor, cultua as forças da natureza, honra
tudo que é vivo. Seria imcompatível seifar uma vida e ao mesmo tempo fazer
caridade, que é a essência do praticar amoroso que norteia a umbanda.
É muito importante distinguir as
oferendas comuns na umbanda, ligadas com a magia da natureza, dos despachos de
encruzilhadas, que alimentam o astral inferior, em processo simbiótico
vampirizador, fruto dos interesses mundanos de médiuns macumbeiros que a tudo
resolvem para seus consulentes, com vistas a ganhar dinheiro com seus
trabalhos. Esses despachos não tem nenhuma ligação com a Umbanda. Esse tipo de
despacho é recebido por kiumbas, geram carma negativo para as pessoas que os
solicitaram e para o médium que doou energia para fazê-lo. Interferem
negativamente no livre arbítrio de quem é endereçado o trabalho e, portanto,
não tem conexão nenhuma com o que se prega na umbanda. A umbanda respeita livre
arbítrio, o merecimento individual.Não pratica oferendas nem despacho que
possam prejudicar o próximo.
Ao contrário do que
muitos pensam, as oferendas não são Obrigações. Nenhum Orixá ou Espírito
Superior obriga alguém a oferecer algo.
Também não podemos
confundir as oferendas com o ritual de amacy. Amacy é um ritual feito para os
médiuns, que só deve ser executado por um Iniciado, com alguns conhecimentos
fundamentais e específicos.
Mais
um ponto importante: A oferendas não são para os espíritos COMEREM, mas para que
absorvam teores energéticos de suas emanações. As
entidades não comem as comidas que oferecemos e sim se beneficiam das energias
dos elementos que oferecemos. Por isso também que não precisa-se deixar os
elementos largados ou “sujar” a natureza como diriam os menos esclarecidos,
evitando também que os nossos irmãos que trabalham nas limpezas de nossas ruas
não se machuquem com cacos de vidros ou coisas cortantes que podem vir a
quebrar.
Nós
umbandistas não somos contra as oferendas, mas sim contra alguns tipos de
oferendas e contra o excesso delas. Pois existem médiuns e assistentes dentro
da Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão
os seus objetivos e fazem isto com tanto frequência e fé que acabam se
“viciando” nesta prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas.
Deveriam
saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o conseguem
por não estarem habituados a fazer as coisas de maneira simples e
espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para
canalizar sua fé.
É
claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer
parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser orientadas, explicadas
e justificadas.
Exemplos
positivos: axés para pedido de miseriocordia, elevação do campo epiritual de
alguém doente, pedido para afastar energias sombrias do caminho, casos graves de saúde , sempre com o intuito
de pedir interseção no carma, e não para
“mudar” o destino, tipo negociar com Deus, etc.
No
Raios de Luz, despachos, são usados
apenas de limpeza e abertura, o restante
que fizemos são oferendar.
COMO FUNCIONA UMA OFERENDA
As oferendas são atos
magísticos-religiosos que podem ter as finalidades de agradecimento, pedido de
ajuda, desmanche de magias negativas, descarga, purificação, firmeza de força
na natureza e assentamento de forças e poderes espirituais e divinos.
Como já dissemos, nós
umbandistas, fazemos oferendas apenas quando necessário. Porém não podemos ser
fanáticos, acreditando que somente conseguiremos resolver os nossos problemas
através de oferendas. Quase em todas as vezes, uma simples oração bem
intencionada pode fazer um milagre. Somente com a fé verdadeira podemos
realizar nossos sonhos e desejos.
Há momentos na vida do médium ou do consulente em que há
necessidade de uma troca energética mais intensa com os elementos da natureza.
Essa necessidade pode ser percebida pelo próprio médium, sempre instruída pelas
suas entidades e pelos dirigentes ou pelos guias chefes de uma casa espiritual.
Sim
Observada a necessidade, é fundamental que o médium se
instrua a respeito do que irá fazer, sempre buscando conhecer os procedimentos
para a realização de sua oferenda. Esse conhecimento pode ser buscado com os
dirigentes de casa e guias espirituais, além das fontes de literaturas sérias
que tratem sobre o assunto.
As
oferendas na Umbanda são parte de sua ritualística e estão relacionadas à
restituição, à purificação, à filtragem, ao equilíbrio e à movimentação de
forças energéticas que são necessárias à vitalidade do ser humano. Essa troca
energética ocorre com o uso dos quatro elementos da natureza: água, fogo, terra
e ar.
Estes
elementos da natureza podem ser representados fisicamente pelos seguintes
instrumentos ritualísticos: ÁGUA:sucos, guaraná, sumos de ervas,
chás, cerveja e etc; TERRA:frutas, raízes, legumes, verduras, fumo,
ervas e etc; FOGO E AR: velas, incensos, defumação, cigarro,
cachimbo, charuto e etc. É importante saber que todos os elementos colocados na
oferenda adquirem poderes magísticos e são utilizados para o benefício da
pessoa que ofertou.
Cada
Orixá terá elementos que correspondem a sua vibração, terá bebidas, frutas,
ervas, cores de velas específicas para sua energia vibracional.
Os
efeitos de purificação e todos os benefícios da oferenda são “proporcionais” à
intenção e à energia com as quais se ofertou. Portanto o que vai no mental e no
emocional do médium que realiza a oferenda é de extrema importância e fará toda
diferença para o que está sendo oferendado. Bons pensamentos e sentimentos
verdadeiros voltado ao bem, são essenciais. Se o médium que realiza uma
oferenda emanar pensamentos e sentimentos negativos estará dando força a esse
tipo de fluido no momento de oferendar.
Cada planta, fruta ou bebida emana certo tipo de energia
através da cor, do nutriente ou do magnetismo do material usado.
·
As frutas são elementos essencialmente vitais,
sendo carregadas de prana ou éter vital.
·
As bebidas, inclusive as bebidas alcoolicas,
são providas de elementos voláteis ou
aéreos, e também possuem equivalência de éter refletor (um tipo de estado da
matérica etérica).
·
As velas são compostas de elementos fixadores,
ao mesmo tempo que são potentes catalisadores da ideia e dos desejos. Enquanto
perdurar a vela, os mesmos são amplificados e repetidos incessantemente. O
elemento ígneo-aéreo representado pela queima do fumo, através de charutos,
condensa as ideias, que logo atingem o éter químico (outro estado da matéria
etérica), desencadeando os processos de transferência, que em resumo refletem a
oferenda. O número, a cor e a disposição geométrica das velas são de suma
importância, caracterizando e direcionando vibrações. Assim, para efeitos
espirituais, são utilizadas número de velas ímpares; para efeitos materiais,
velas pares, sempre harmonicamente dispostas e nas cores que vibrem com as
intenções da oferenda ritual e para o orixá correspondente.
·
As flores são elementos abundantes em prâna,
sendo também fonte de substâncias etéricas, as quais são esparramadas e formam
o substrato etérico que conduz a ideia e desejos, que encontram ressonância no
plano astral, se refletindo sobre o plano etérico potencializado e ativando
certas energias que encontram realização no plano denso da vida.
Conforme
os elementos sólidos vão se consumindo, produzindo gás carbônico e outros, além
de água, tudo isso vai gerando energia, vai liberando energia no plano etérico.
Essa energia liberada é usada pelos elementais para “construirem”o que foi
emanado e pedido mentalmente pelo médium, ou seja, darão energia para
concretizarem o que foi pedido, conforme as intenções depositadas.
Assim,
em suma, se processa em ações e efeitos a oferenda ritual. O médium monta a
oferenda com os elementos correspondentes a oferta que deseja fazer,
considerando para qual orixá e qual intento. Deposita intenção e força mental
focado no que está direcionando com a oferenda (se for um agradecimento
agradecendo, se for no sentido de equilibrio mediúnico, fortalecendo tal
intenção, etc). O mental do médium associa-se a energia dos elementos usados na
oferenda (das frutas, ervas, flores, velas, bebida), pois cada elemento usado
tem uma força éterea, uma energia, que chamamos de prana. Assim que preparou-se tudo, as entidades
juntamente com os elementais levantam a força energética dos elementos
presentes na oferenda e direcionam essa energia para executarem o trabalho.
Assim, as
oferendas tem seus elementos energéticos retirados no momento em que executamos
a oferenda. Assim que preparamos tudo e que mentalmente pedimos o
direcionamento do trabalho, a força energética é levantada e tudo aquilo que as
entidades precisam para o direcionamento da energia daquele trabalho é retirado
e executado. Se assim acontece, não temos que deixar todos os elementos
largados para que outras pessoas, ao passar por ali, por falta de conhecimento,
nos juguem por aquilo que nem conhecem. Podemos muito bem aguardar um
determinado tempo e retirarmos os elementos e já encaminhá-los ao lixo e, de
preferência, separando os produtos que podem ser reciclados.
15 ou 20 minutos são necessários para execução do
trabalho, em geral. Alguns elementos podem ser liberados na própria natureza
como bebidas ou até alimentos que não venham a deixar mau cheiro; basta
retirarmos os potes, frascos e garrafas nos quais possam estar contidos os
elementos.
Existem
outros tipos de trabalhos, porém, que requerem mais tempo, mas a estes devem
ser direcionados pelos Guias e de preferência em lugares onde não atrapalhem
outras pessoas, pois o seus direitos religiosos terminam onde começam os de
outras pessoas.
Vamos pensar nisso?
PARA
FINALIZAR...
Um
grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda ao sempre se deparar com
médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda se deveria entregar
no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma receita básica que pode
ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade. Vamos a ela:
“Material
necessário:
· 01 pacote de amor, em pó, para que
qualquer brisa possa espalhar entre as pessoas que estiverem perto ou longe de
você;
· 01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado
rochoso, para que ela seja inabalável;
· Algumas páginas de estudo doutrinário,
para que você possa entender as intuições que recebe;
· 01 pacote de desejo de fazer caridade
desinteressada, em retribuição, para não "desandar" a massa.
Modo
de Preparo:
Junte
tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha
para o terreiro.
Coloque
em frente ao Gongá e reze a seguinte prece:
"Pai,
recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o
meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados.
Amém."
Pronto!
Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode
desejar ou precisar: Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”
REFERÊNCIAS
Protosíntese Cósmica (Rivas
Neto)
Umbanda essa desconhecida
(Roger Feraudy)
Exu o poder organizador do
caos (Norberto Peixoto)
Umbanda de A a Z (Norberto
Peixoto)
Texto de Rogerio Malena (Médium trabalhador da
C.E. Caboclo Urubatan)
AULA 13
Povo Cigano na Umbanda
"Somos livres, nascemos livres e a
liberdade nos dá a responsabilidade de evolução, crescimento e vontade, a
consciência é o único bem nessa Terra que vocês irão realmente aproveitar em
vossas liberdades espirituais, por isso cuide muito bem dela, encha-a de
moralidade, bons conhecimentos e bons atos. Consciência é o que vocês precisam
para adquirirem a felicidade plena em vossas almas, Deus dá a matéria prima,
cabe a vocês usarem e aproveitarem da melhor forma possível! Opcha!"
Cigano Ezekiel
“O Céu
é meu teto, a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião"
Linha
do Oriente
A
Linha do Oriente foi formada no plano astral há muito tempo atrás, ela é
anterior à própria Umbanda. Ela é um agrupamento de seres divinos, mestres
ascencionados e espíritos iluminados.
Neste
agrupamento chamado de “Grande Oriente Luminoso ou Círculo Luminoso do Grande
Oriente” estão muitos irmãos atlantes, lemurianos, celtas, persas, incas,
astecas, peregrinos, instrutores, magos, budistas, indianos, tibetanos,
espíritos das mais antigas e diversas civilizações do planeta. Este agrupamento
é o sustentador de várias religiões e formas de atuação espirituais em
benefício dos seres humanos em evolução.
A
Linha do Oriente guarda todo o conhecimento de todas as civilizações que aqui
viveram, sobre todas as religiões, as tecnologias, as ciências (das naturais às
medicinais e às nucleares), de todas as formas de Magia, enfim, todo o
conhecimento relacionado à espécie humana desde a sua origem.
Dentro
da Umbanda, chamamos os Guias que trabalham sob esta irradiação de “Linha do
Oriente” ou “Povo do Oriente”.
A
palavra “Oriente” não está relacionada ao mapa do planeta, mas sim, ao Oriente
relativo ao nascer do Sol, quando os primeiros raios luminosos surgem sobre o
planeta para aquecer e mostrar o caminho. “Oriente é Luz, é iluminação, é
brilho, é ascensão”.
Esta
linha de trabalho e ação começou a se manifestar nas casas de trabalho
umbandistas a partir do séc. XX para atender à necessidade de vários irmãos que
estavam no plano astral precisando trabalhar através da Caridade, mas que não
se encaixavam nas demais linhas já conhecidas.
O
Povo do Oriente é regido pelo Sagrado Pai Oxalá e pelo Sagrado Pai Xangô, é
sustentada pela luz da Fé e pelo Fogo Sagrado que aquece o espírito. O seu patrono
é Xangô, representado por São João Batista.
Os
Guias das irradiações do Oriente estão entre os Guias que se manifestam nas
casas de trabalho, são Guias como todos os outros e respeitam as normas de
conduta da casa e o livre arbítrio de seus médiuns. Incorporam normalmente, dão
passes, fazem consultas, apenas possuem uma irradiação que os permite uma
vibração na linha do Oriente.
Os
Guias da linha do Oriente tem sua vibração primordial relacionada à ascensão espiritual e à cura do
espírito e do corpo. Atuam muito nos trabalhos e atendimentos relacionados à
saúde.
Tem
como missão auxiliar na humanização de nossos corações endurecidos, na elevação
de nossas vibrações e dos nossos pensamentos, no aumento da nossa Fé, em nossa
elevação moral e ética, na evolução dos nossos mentais divinos.
Em
suas giras podem se apresentar Guias das mais diversas origens. Normalmente,
falam muito pouco, tem um linguajar correto e culto, quando precisam passar
alguma orientação usam frases curtas com significados profundos. Procuram fazer
os consulentes compreender as causas de suas enfermidades e assimilar a
necessidade de mudança de seus hábitos pessoais, de seus pensamentos e
sentimentos, a fim de se elevar e buscar a sua própria cura.
Por
ser uma linha universalista as informações sobre as suas ervas principais, o
seu dia, ponto de força e oferenda não foram estabelecidos. O Povo do Oriente
não costuma pedir oferenda, por isso não há uma regra. A sua cor fundamental é
o dourado.
CLASSIFICAÇÃO
DA LINHA DO ORIENTE - Suas Falanges, Espíritos e Chefes:
01 -
Falange dos Indianos:
Espíritos
de antigos sacerdotes, mestres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos
integrantes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.
02 -
Falange dos Árabes e Turcos:
Espíritos
de mouros, guerreiros nômades do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc...
A maioria é muçulmana. Uma Legião está composta de rabinos, cabalistas e
mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a misteriosa Cabala. Está sob a
chefia de Pai Jimbaruê.
03 -
Falange dos Chineses, Mongóis e outros Povos do Oriente:
Espíritos
de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curiosamente, uma Legião está
integrada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no
desmanche de demandas e feitiços de magia negra. Sob a chefia de Pai Ory do
Oriente.
04 -
Falange dos Egípcios:
Espíritos
de antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a
chefia de Pai Inhoaraí.
O5 -
Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas:
Espíritos
de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.
06 -
Falange dos Europeus:
Não
são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética.
Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de origem européia: romanos,
gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a chefia do Imperador Marcus I.
07 -
Falange dos Médicos e Sábios:
Os
espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é integrada por
médicos e terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de
Arimatéia.
CIGANOS
Os
Ciganos são entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente
se manifestam sob domínio da linha do
oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser
a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos
usam uma relação material, energética, elementar e natural, enquanto que o povo
do Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.
Os
Ciganos são entidades livres. Não se faz firmezas ou assentamentos para ciganos, nem
dentro da casa de Exu, ou em qualquer lugar do terreiro. O que se tem em geral
é um altar, com elementos relacionados aos ciganos, como um ponto de força, de
fixação da energia cigana, para que médiuns possam entrar em sintonia com seus
guias e com a energia do povo rosa. Em geral nesse altar há a representação dos
4 elementos, imagem de Santa Sara Kali.
Essas
entidades não trabalham a serviço de um orixá em específico. Trabalham em
paralelo e conjugados com as demais da linha da umbanda. Seu compromisso maior
e primordial é com a caridade e não com alguma linha em específico.
Não
se firma cigano como guardião. Os ciganos são protetores, e não guardiões. Cigano
trabalho em todos os lugares, é livre para trabalhar e precisa dessa liberdade
para sua evolução.
Os
ciganos podem trabalhar dentro da linha de Exu, porém sem função de chegia e de
guarda. Já os exus ciganos e Pombagiras ciganas são Exus e Pombagiras como
outros quaisquer, exercendo funções que qualquer Exu ou Pombagira exercem. Em
resumo, Cigano é uma coisa. Exu cigano é outra. Eles tem funções diferentes,
embora tenham a mesma origem cigana.
Os
ciganos se manifestam na Umbanda justamente por ser esta ser uma religião
aberta, que acolhe as diferenças, que dá liberdade para qualquer linha de
trabalho que faça a caridade.
É
muito comum que os médiuns se facinem e tenham excesso de culto por essa linha,
pelo fato de serem muito alegres. Por vezes, começam vaidades, roupas
enfeitadas demais, bebidas em excesso, fumo em excesso, e, assim, infelizmente,
muitos espíritos que ainda estão em desenvolvimento se perdem junto com esses
médiuns facinados.
Os
ciganos trabalham com os 4 elementos da natureza: terra, água, ar e fogo.
·
Elemento terra: os ciganos distinguem cada
pedra e tem conhecimento sobre elas; assim, manipulam o elemento terra. Cada
pedra tem uma razão para ser usada e uma necessidade. Uma pedra quando passada
em uma parte do corpo ou ao segurar uma pedra é possível fazer com que o
indivíduo se descarregue ou seja energizado. É na terra que encontra-se a
firmeza para enfrentar a vida, resgatar carmas e continhar a caminhar.
·
Elemento água: podem utilizar copos ou taças
com água. Pela água conseguem ver se não há maldade no que está sendo pedido.
Enxergam se há pureza no coração das pessoas, pois a água funciona como um
espelho que reflete o que há no interiro de cada um. Conseguem ver com clareza
o que foi feito por cada um e o porquê de estarem colhendo o que não querem
colher.
·
Elementos ar e fogo: podem utilizar o cigarro e
com ele estar manipulando esses dois elementos. O fogo é usado para queimar
invejas, miasmas, larvas e cascões astrais.
Nem
sempre esses elementos são usados de uma só vez. Os ciganos não precisam
diretamento deles, podem plasmá-los, usando pra isso o ectoplasma do médium.
Para
um cigano trabalhar na caridade não é necessário um baralho, uma taça de vinho
ou qualquer outro elemento. Eles podem usar, e usam, elementos da natureza.
Entretanto, quando estão incorporados nos médiuns, a energia de trabalho e o
próprio corpo do médium limitam a visão e o campo de ação da entidade
Entre
as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano Pablo, Wlademir,
Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros. Da mesma
forma temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita,
Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin,
Sarita e muitas outras também.
Os
espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do
mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber
que eles dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE.
Os
Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de
vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a
de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida, mas a de trabalho pode
ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.
É
muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas
as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos,
folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas,
areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até
as próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas, como grandes
instrumentos magísticos de trabalho.
Os
Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos
encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios,
escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da
Lua.
Gostam
muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante música, dança,
frutas, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com jarras de vinho
tinto com um pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo broa, passando em
um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Não podemos
esquecer: flores silvestres, muitas rosas, velas de todas as cores e, se
possível, incenso de lótus.
Adoram
fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das
salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada
Ser.
Os
Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento
das missões espirituais.
Livro:
Diário Mediúnico Norberto Peixoto
AULA 14
LIMPEZA ENERGÉTICA DE FIM DE ANO NA UMBADA
A Limpeza na Umbanda, propicia
uma renovação energética. Com seus
elementos de trabalho traz energias de mudanças e desimpregnarão de energias mórbidas,
pesadas, negatividades, etc. Trata-se de uma espécie de grande “faxina
energética” que propicia purificação e
transformação à pessoa que a recebe,
proporcionando condições energéticas positivas para a pessoa iniciar um novo
ano.
Ao realizar uma limpeza
energética deste tipo, a pessoa recebe uma "marcação", ou seja,
recebe fitinhas de pulso, chamadas de segurança de ano. Esta “segurança”,
recebida após a limpeza, é a confirmação da proteção espiritual da pessoa para
o ano que se inicia. Através desta segurança a pessoa torna-se “ligada” à egregora de proteção do terreiro, o qual passa a exercer uma manutenção energética e vibratorial positiva
sobre ela.
O PORQUÊ DAS LIMPEZAS DE FIM DE ANO?
Cada ano é regido por um orixá
que é acompanhado por outros orixás. A determinação de qual orixá irá reger o
ano é dada através de várias formas, nós da Umbanda, observamos os movimentos
astrológicos, o dia da semana que se inicia o ano, a orientação dos Guias de
nossa casa, assim como a observação dos movimentos de oráculos. Para melhor
entrar em sintonia com estas regências, entre outras coisas, deixarmos para
trás as energias densas do ano que finda, para tanto, iniciam-se as limpezas de
fim de ano.
Esta limpeza que ocorre
normalmente em dezembro, antes de terminar o ano, é diferente das demais
limpezas feitas ao longo do ano, pois é realizada com o axé de todos os orixás,
mais:
·
07 varas de marmelo (que pertencem a Iansã,
para cortar as demandas, limpar espíritos nefastos ou perturbados
·
7 espadas de Ogum (que vence demandas, corta o
mal, afasta as sombras)
·
a vassoura de Xapanã feita de palha ou com 07
cores de tecido, (para varrer as doenças e feitiçarias)
·
7 velas (1 para cada orixá, que completa os 7
campos energéticos, trazendo equilíbro)
·
pacote de axé do limpeza pesada (Exu Bará, e
para muitos Orixá Bará)
·
pacote de axé da Orixá Oxum, (para trazer
abundância, material e afetiva)
·
pacote de ervas de Oxóssi e Jurema (cura, conhecimento,
equilíbrio verdade)
·
pacote de Oxalá, nosso Pai Maior (para trazer paz,
sabedoria, amor, sustentação de nossa espiritualidade).
Para ajudar a manter a
vibração recebida, o axé recebido, distribuímos um patuá dos regentes do ano
que inicia. Em alguns casos, é feito o que chamamos de “ marcação” dos que
fizeram a limpeza e segurança amarrando-se ao pulso ou tornozelo um pequeno
cordão feito de linhas com as cores dos orixás regentes (ou mesmo dos 7
orixás). Esta marcação com o cordão de linhas significa que a pessoa estará
preparada e segura para enfrentar o ano que vai vir.
Receber as
"marcações", as fitinhas de pulso, que são chamadas de segurança de
ano, após a Limpeza, significa a confirmação da proteção espiritual da
pessoa, ou seja, a pessoa torna-se “ligada” à egregora de proteção do terreiro.
O terreiro passa então a exercer uma manutenção energética e vibratorial positiva
sobre essa pessoa. Esta marcação, esta segurança, em alguns casos bem
específicos, pode ser cruzada especificamente para a pessoa, através de uma
guia, colar de contas ou fita trançada, ou cristal uso pessoal.
Este tipo de limpeza energética
é feita por médiuns, ocorre dentro de um círculo de cristais e pedras,
consagrado e preparado anteriormente, oferecido ao Senhor Deus, a Grande Deusa,
e os orixás da Umbanda.
A limpeza na Umbanda, propicia
uma renovação energética, trazendo uma mudança de energia e desimpregnação de
energias densas e negativas, afastando miasmas astrais, e todo o tipo de
energia pesada. Assim através de radical transformação energética a pessoa esta
apta a "recomeçar" na nova gestão de um ano que inicia...
SUGESTÃO DE BANHOS PARA O
FINAL DO ANO:
Os Banhos de Ervas são
transmissões de forças magnéticas para fortalecer, descarregar e limpar a aura,
e o perispírito do membro da corrente ou do consulente.
Todos os banhos de descarga devem ser
tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado
pelo Guia de Trabalho.
As folhas que caem dos banhos de ervas
devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral,
vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem
nas ruas.
Para este momento de encerramento e início
de ano, sugerimos dois banhos que devem ser tomados em sequência:
1º ) Banho de sal com arruda –
· Sal – O sal grosso tem o
mesmo comprimento de onda da cor violeta. O sal é um cristal e por isso emite
ondas eletromagnéticas, capaz de neutralizar campos eletromagnéticos negativos.
Quando misturado em água é capaz de puxar íons positivos, isto é, as partículas
de energia elétrica da atmosfera, por isso absorve tudo de ruim que está no ar,
ajuda a purificar. Impede que a inveja, mal olhado e outros sentimentos
negativos se aproximem. Em banhos renova a energia interna e a vontade de
viver, neutraliza a eletricidade do corpo, descarregando energias negativas.
- Arruda – Planta de odor bem
forte que pertence a Oxóssi e Exu. O uso medicinal é
contra verminoses e reumatismo em chás, e o sumo aplica-se para
reduzir feridas.Muito usada contra maus fluídos, inveja, olho-grande, e
para benzimentos. Erva muito usada em banhos de limpeza ou descarrego.
É um ótimo protetor astral, descarrega larvas astrais e energias
enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas resultantes de
acúmulo de pensamentos negativos e de atuações de baixo astral.
2º ) Banho de mel e malva
cheirosa –
·
Mel – O
mel tem a potencialidade de harmonizar o espírito, curar as feridas, cicatrizar
e curar mágoas. Elemento que propicia a boa comunicação e ligação. Ou seja, nos
liga ao próximo, ao Divino, sempre de forma pura e desinteressada. O mel está
associado a fartura, a doçura, prosperidade, a ressurreição, transmutação, ao
próprio Cristo em sua essência, símbolo da perfeição. o mel simboliza o amor
fraternal o alimento da alma.
·
Malva cheirosa – Planta que pertence a Oxum, Oxóssi e Oxalá. O uso medicinal dos
banhos com essa erva auxiliam a tonificar a circulação e purificar o sangue.
Em banhos, é utlizada para equilíbrio emocional e mediúnico. Ajuda a combater
depressão e baixa autoestima. Promove atmosfera de paz e acolhimento. Acalma e
desperta a sensibilidade.
DICAS DE FIM DE ANO:
1-Limpe a casa, remova tudo o que
não serve mais. Não entulhe a casa de bagulhos.
2-Lembre de outras pessoas,
doe artigos, comida e ajude alguém (sempre, não apenas no natal para
impressionar a família).
3-Reserve um tempo para
refletir sobre como foi o ano (e faça algo hoje mesmo, não espere a segunda
feira, nem o dia primeiro).
4-.Evite se
"encharcar" de bebidas alcoólicas (com a desculpa que é tempo de
festas)
5- Evite desperdícios de
alimentos (lembre-se de quem não tem)
6-Perfume a casa e sua vida.
Ajude nas tarefas domésticas (não somente no natal)
7-Não faça coisas só porque as
propagandas induzem. Se não gosta de amigo secreto, se não curte família, fique
à vontade.
8-Não seja mal educado nos
centros comerciais, natal virou sinônimo de gente consumista, mal educada. Com
licença e muito obrigada continuam valendo mesmo em dias de promoção e
supermercado cheio.
9-Respeite a todos, incluindo
a si mesmo. Cuide o que coloca para dentro do seu corpo através da alimentação,
bebidas, conversas e companhias.
9-Estenda estas atitudes para
o próximo ano. Faça isso todos os dias.!!!Lembre-se de comemoramos o nascimento
do Mestre Jesus no dia 25, traga-o sempre junto na sua casa, como a mais
ilustre convidado!
Viaje com a família, mas, vá sem pressa, com calma, seja
previdente, seguro cuide de sua família e da dos outros!
Sejam bem-vindos as limpezas
de fim de ano do Grupo Raios de luz!
Faça sua segurança energética
para 2017!!
Com as bênçãos de Oxum, Oxossi e Oxalá, e que seja bem-vindo nosso ano!!
Conhecimentos templários de Myriam Cassariego