CURSO DE INTRODUÇÃO À UMBANDA






GRUPO DE UMBANDA ESOTÉRICA RAIOS DE LUZ
ESTUDOS SISTEMATIZADOS DE UMBANDA
2015-2016





CURSO DE INTRODUÇÃO À UMBANDA
                   Coordenadora: Myriam Cassariego







1.            INTRODUÇÃO


O modelo que segue tem por objetivo permitir a continuidade do Projeto Estudo Sistematizado de Umbanda. Com o objetivo de melhor aproveitamento dos participantes em 2015 teremos educação presencial, e apoio com materiais via blog e e-mail (vídeos, artigos, apostilas) que permitirão um estudo mais aprofundado.  Os encontros semanais acontecerão as sextas-feiras, das 19h-20h15, o que permitirá uma maior discussão e aproveitamento do conteúdo.
O Material será enviado no início do curso. O estudo prévio às aulas é fundamental para o aproveitamento do curso.
O curso será dividido em 4 módulos organizados por afinidade dos assuntos e cada tema será respectivo a um encontro presencial. Portanto o encontro presencial será de 4 módulos.
O primeiro encontro ocorrerá na segunda sexta de março de 2015 , a previsão de encerramento do curso introdutório de Umbanda é final de Junho de 2015.
O curso é presencial, e para participar do curso intermediário de umbanda, será necessário no mínimo 80% de frequência.
No ano de 2016, os conteúdos desta apostila serão revisados, através de palestras semanais às sextas-feiras, no horário das 19;30 às 20:15-20:30. Durante o curso será disponibilizada uma lista de frequência. Os participantes que desejarem participar do curso mediúnico oficialmente deverão registrar suas presenças em tal lista, mas as palestras serão feitas para o público em geral.




2.            ESTRUTURA DOS MÓDULOS


MÓDULO I

*      Histórico da Umbanda e do movimento umbandista;
*      O que é Umbanda
*      Tipos de Umbanda
*      Os Orixás – conceitos básicos
*      Sincretismo
*      Diferenças e semelhanças entre Umbanda x Kardecismo x Religiões Africanas

MÓDULO II

*      Mediunidade e suas características na Umbanda
*      Centros de forças e auras
*      Orixás, espíritos e entidades.
*      Linhas de trabalho e falanges na Umbanda

MÓDULO III

*      Fundamento e elemento de rito
*      A magia na Umbanda e seus elementos
*      A Importância dos Elementos e Congá
*      Obsessão, desobsessão e apometria

MÓDULO IV
*      Oxalá, Iemanjá, Ogum e Xangô
*      Iansã, Oxum, Oxossi e Naña
*      Omulu, Povo Cigano e Exus

 


MÓDULO I

1.     Histórico da Umbanda e do Movimento Umbandista


No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz com 17 anos de idade, que preparava-se para ingressar na carreira militar na Marinha, começou a sofrer estranhos "ataques". Sua família, conhecida e tradicional na cidade de Neves, estado do Rio de Janeiro, foi pega de surpresa pelos acontecimentos.
Esses "ataques" do rapaz eram caracterizados por posturas de um velho, falando coisas sem sentido e desconexas, como se fosse outra pessoa que havia vivido em outra época. Muitas vezes assumia uma forma que parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.
Após examiná-lo durante vários dias, o médico da família recomendou que seria melhor encaminhá-lo a um padre, pois o médico (que era tio do paciente), dizia que a loucura do rapaz não se enquadrava em nada que ele havia conhecido. Acreditava mais, era que o menino estava endemoniado.
Alguém da família sugeriu que "isso era coisa de espiritismo" e que era melhor levá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa.
Tomado por uma força estranha e alheia a sua vontade, e contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, Zélio levantou-se e disse: "Aqui está faltando uma flor". Saiu da sala indo ao jardim e voltando após com uma flor, que colocou no centro da mesa. Essa atitude causou um enorme tumulto entre os presentes. Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns kardecistas espíritos que se diziam pretos escravos e índios.
O diretor dos trabalhos achou tudo aquilo um absurdo e advertiu-os com aspereza, citando o "seu atraso espiritual" e convidando-os a se retirarem.
Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e através dele falou:
_"Porque repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Será por causa de suas origens sociais e da cor ?"
Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura.
Um médium vidente perguntou: _"Por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados?
Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome irmão?
_"Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim, não haverá caminhos fechados."
_"O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome era Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como caboclo brasileiro."
Anunciou também o tipo de missão que trazia do Astral:
_"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou.
Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados.”
O vidente retrucou: _"Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto" ? perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse:
_"Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei".
Para finalizar o caboclo completou:
_"Deus, em sua infinita Bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal,
rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornariam iguais na morte, mas vocês, homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas socialmente importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?"
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar a hora marcada, 20:00 h, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.
Às 20:00 h, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e osíndios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados,qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social.
A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto, que teria por base o Evangelho de Jesus.
O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões, assim seriam chamados os períodos de trabalho espiritual, diárias, das 20:00 às 22:00 h; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade.
A Casa de trabalhos espirituais que ora se fundava, recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque assim como Maria acolheu o filho nos braços, também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda ou de conforto.
Ditadas as bases do culto, após responder em latim e alemão às perguntas dos sacerdotes ali presentes, o Caboclo das Sete Encruzilhadas passou a parte prática dos trabalhos.
O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que haviam neste local, praticando suas curas.
Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:
"_ Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá."
Após insistência dos presentes fala:
"_Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nego."
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
"_Minha caximba. Nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca."
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".
No dia seguinte, verdadeira romaria formou-se na rua Floriano Peixoto. Enfermos, cegos etc. vinham em busca de cura e ali a encontravam, em nome de Jesus. Médiuns, cuja manifestação mediúnica fora considerada loucura, deixaram os sanatórios e deram provas de suas qualidades excepcionais.
A partir daí, o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a trabalhar incessantemente para o esclarecimento, difusão e sedimentação da religião de Umbanda. Além de Pai Antônio, tinha como auxiliar o Caboclo orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia.
Em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebeu ordens do Astral Superior para fundar sete tendas para a propagação da Umbanda. As agremiações ganharam os seguintes nomes:
Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia; Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição; Tenda Espírita Santa Bárbara; Tenda Espírita São Pedro; Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge; e Tenda Espírita São Gerônimo. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das mencionadas.
Embora não seguindo a carreira militar para a qual se preparava, pois sua missão mediúnica não o permitiu, Zélio Fernandino de Moraes nunca fez da religião sua profissão. Trabalhava para o sustento de sua família e diversas vezes contribuiu financeiramente para manter os templos que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.
Ministros, industriais, e militares que recorriam ao poder mediúnico de Zélio para a cura de parentes enfermos e os vendo recuperados, procuravam retribuir o benefício através de presentes, ou preenchendo cheques vultosos. "_Não os aceite. Devolva-os!", ordenava sempre o Caboclo.
A respeito do uso do termo espírita e de nomes de santos católicos nas tendas fundadas, o mesmo teve como causa o fato de naquela época não se poder registrar o nome Umbanda, e quanto aos nomes de santos, era uma maneira de estabelecer um ponto de referência para fiéis da religião católica que procuravam os préstimos da Umbanda. O ritual estabelecido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas era bem simples, com cânticos baixos e harmoniosos, vestimenta branca, proibição de sacrifícios de animais. Dispensou os atabaques e as palmas. Capacetes, espadas, cocares, vestimentas de cor, rendas e lamês não seriam aceitos. As guias usadas são apenas as que determinam a entidade que se manifesta. Os banhos de ervas, os amacis, a concentração nos ambientes vibratórios da natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituiriam os principais elementos de preparação do médium.
O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.
Após 55 anos de atividades à frente da Tenda Nossa Senhora da Piedade (1º templo de Umbanda), Zélio entregou a direção dos trabalhos as suas filhas Zélia e Zilméa, continuando, ao lado de sua esposa Isabel, médium do Caboclo Roxo, a trabalhar na Cabana de Pai Antônio, em Boca do Mato, distrito de Cachoeiras de Macacu – RJ, dedicando a maior parte das horas de seu dia ao atendimento de portadores de enfermidades psíquicas e de todos os que o procuravam.
Em 1971, a senhora Lilia Ribeiro, diretora da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança,Fraternidade – RJ) gravou uma mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, e que bem espelha a humildade e o alto grau de evolução desta entidade de muita luz. Ei-la:
"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade,
honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Meus irmãos: meu aparelho já está velho,com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos,tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".
Zélio Fernandino de Moraes dedicou 66 anos de sua vida à Umbanda, tendo retornado ao plano espiritual em 03 de outubro de 1975, com a certeza de missão cumprida. Seu trabalho e as diretrizes traçadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas continuam em ação através de suas filhas Zélia e Zilméa de Moraes, que têm em seus corações um grande amor pela Umbanda, árvore frondosa que está sempre a dar frutos a quem souber e merecer colhê-los.




Neste imóvel, localizado na rua Floriano Peixoto, nº 30,
em Neves, Niterói – RJ iniciou-se a religião de
Umbanda, anunciada no dia 16 de novembro de 1908,
pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas



Cabana do Pai Antônio - Neste espaço Umbandista,
Zélio Fernandino de Moraes dava segmento aos
trabalhos caritativos, através do iluminado e querido
Preto Velho Pai Antônio. Localizava-se em Boca do
Mato, Distrito de Cachoeiras de Macacu – RJ

2.    O que é Umbanda

Vejamos o que nos diz o Aurélio:

Verbete: umbanda
[Do quimb. umbanda, 'magia'.] S. m.
1. Bras. Forma cultual originada da assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca.
2. Bras., RJ. Folcl. Grão-sacerdote que invoca os espíritos e dirige as cerimônias de macumba. [Var.: embanda.]


UMBANDA é religião !

Se dentro da Umbanda conseguimos nos religar com Deus, conseguimos tirar o véu que cobre nossa ignorância da presença de Deus em nosso íntimo, então podemos chamar nossa fé de Religião.  Como mais uma das formas de sentir Deus em nossa vida, a Umbanda cumpre a função religiosa se nos levar à reflexão sobre nossos atos, sobre a urgência de reformularmos nosso comportamento aproximando-o da prática do Amor de Deus.
A Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos Orixás e seus servidores: Crianças, Caboclos, Preto-velhos e Exus. Estes grupos de espíritos estão na Umbanda "organizados" em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus. Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os ORIXÁS.
Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso é uma religião totalmente brasileira.
Mas, torna-se imperioso, antes de ocuparmo-nos da Anunciação da Umbanda no plano físico sob a forma de religião, expor sinteticamente um histórico sobre os precedentes religiosos e culturais que precipitaram o surgimento, na 1ª década do século XX, da mesma. Em 1500, quando os portugueses avistaram o que para eles eram as Índias, em realidade Brasil, ao desembarcarem depararam-se com uma terra de belezas deslumbrantes, e já habitada por nativos. Os lusitanos, por imaginarem estar nas Índias, denominaram a estes aborígines de índios.
Os primeiros contatos entre os dois povos foram, na sua maioria, amistosos, pois os nativos identificaram-se com alguns símbolos que os estrangeiros apresentavam. Porém, o tempo e a convivência se encarregaram em mostrar aos habitantes de Pindorama (nome indígena do Brasil) que os homens brancos estavam ali por motivos pouco nobres.
O relacionamento, até então pacífico, começa a se desmoronar como um castelo de areia. São inescrupulosamente escravizados e forçados a trabalhar na novel lavoura. Reagem, resistem, e muitos são ceifados de suas vidas em nome da liberdade. Mais tarde, o escravizador faz desembarcar na Bahia os primeiros negros escravos que, sob a égide do chicote, são despejados também na lavoura. Como os índios, sofreram toda espécie de castigos físicos e morais, e até a subtração da própria vida.
Desta forma, índios e negros, unidos pela dor, pelo sofrimento e pela ânsia de liberdade, desencarnavam e encarnavam nas Terras de Santa Cruz. Ora laborando no plano astral, ora como encarnados, estes espíritos lutavam incessantemente para humanizar o coração do homem branco, e fazer com que seus irmãos de raça se livrassem do rancor, do ódio, e do sofrimento que lhes eram infligidos.
Além disso, muitas das crianças índias e negras, eram mortas, quando meninas (por não servirem para o trabalho pesado), quando doentes, através de torturas quando aprontavam suas “artes” e com isso perturbavam algum senhor. Algumas crianças brancas, acabavam sendo mortas também, vítimas da revolta de alguns índios e negros.
Juntando-se então os espíritos infantis, os dos negros e dos índios,  acabaram formando o que hoje, chamamos de: Trilogia Carmática da Umbanda. Assim, hoje vemos esses espíritos trabalhando para reconduzir os algozes de outrora ao caminho de Deus.
A igreja católica, preocupada com a expansão de seu domínio religioso, investiu covardemente para eliminar as religiosidades negra e índia. Muitas comitivas sacerdotais são enviadas, com o intuito "nobre" de "salvar" a alma dos nativos e dos africanos.
A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza, a esta associação, deu-se o nome de "Sincretismo religioso".
O candomblé iorubá, ou jeje-nagô, como costuma ser designado, congregou, desde o início, aspectos culturais originários de diferentes cidades iorubanas, originando-se aqui diferentes ritos, ou nações de candomblé, predominando em cada nação tradições da cidades ou região que acabou lhe emprestando o nome: queto, ijexá, efã. Esse candomblé baiano, que proliferou por todo o Brasil, tem sua contrapartida em Pernambuco, onde é denominado xangô, sendo a nação egba sua principal manifestação, e no Rio Grande do Sul, onde é chamado batuque, com sua nação oió-ijexá (Prandi, 1991). Outra variante ioruba, esta fortemente influenciada pela religião dos voduns daomeanos, é o tambor-de-mina nagô do Maranhão. Além dos candomblés iorubas, há os de origem banta, especialmente os denominados candomblés angola e congo. Os anos sucedem-se. Em 1889 é assinada a "lei áurea". O quadro social dos ex-escravos é de total miséria. São abandonados à própria sorte, sem um programa governamental de inserção social. Na parte religiosa seus cultos são quase que direcionados ao mal, a vingança e a desgraça do homem branco, reflexo do período escravocrata. No campo astral, os espíritos que tinham tido encarnação como índios, caboclos (mamelucos), cafuzos e negros, não tinham campo de atuação nos agrupamentos religiosos existentes. O catolicismo, religião de predominância, repudiava a comunicação com os mortos, e o espiritismo (kardecismo) estava preocupado apenas em reverenciar e aceitar como nobres as comunicações de espíritos com o rótulo de "doutores". Os Senhores da Luz (Orixás), atentos ao cenário existente, por ordens diretas do Cristo Planetário (Jesus) estruturaram aquela que seria uma Corrente Astral aberta a todos os espíritos de boa vontade, que quisessem praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que pudessem dar um freio ao radicalismo religioso existente no Brasil.
Começa a se plasmar, sob a forma de religião, a Corrente Astral de Umbanda, com sua hierarquia, bases, funções, atributos e finalidades. Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras. No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro socio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos. Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.
A formação histórica do Brasil incorporou a herança de três culturas : a africana, a indígena e a européia. Este processo foi marcado por violências de todo o tipo, particularmente do colonizador em relação aos demais. A perseguição se deveu a preconceitos e a crença da elite brasileira numa suposta alienação provocada por estes cultos nas classes populares.
No início do século XX, o choque entre a cultura europeizada das elites e a cultura das classes populares urbanas, provocou o surgimento de duas tendências religiosas na cidade do Rio de Janeiro. Na elite branca e na classe média vigorava o catolicismo ; nos pobres das cidades (negros, brancos e mestiços) era grande a presença de rituais originários da África que, por força de sua natureza e das perseguições policiais, possuíam um caráter reservado.
Na segunda metade deste século, os cultos de origem africana passaram a ser freqüentados por brancos e mulatos oriundos da classe média e algumas pessoas da própria elite. Isto contribuiu, sem dúvida, para o caráter aberto e legal que estes cultos vêm adquirindo nos últimos anos.
Esta mistura de raças e culturas foi responsável por um forte sincretismo religioso, unificando mitologias a partir de semelhanças existentes entre santos católicos e orixás africanos, dando origem ao Umbandismo.
Ao contrário do Candomblé, a Umbanda possui grande flexibilidade ritual e doutrináriao que a torna capaz de adotar novos elementos. Assim o elemento negro trouxe o africanismo (nações); os índios trouxeram os elementos da pajelança; os europeus trouxeram o Cristianismo e o Kardecismo; e, posteriormente, os povos orientais acrescentaram um pouco de sua ritualística à Umbanda. Essas cinco fontes criaram o pentagrama umbandista:



Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja. Os espíritos da Quimbanda (Exus) podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.
 Algumas casas de Umbanda homenageiam alguns Orixás do Candomblé,  como por exemplo: Oxumarê, Ossãe, Logun-Edé. Mas os mesmos, na Umbanda, não incorporam e nem são orixás regentes de nenhum médium.
Nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe, normalmente é um caboclo, mas pode ser em alguns casos um preto-velho.


2.1 Aspectos Dominantes do Movimento Umbandista


1.        Ritual, variando pela origem
2.        Vestes, em geral brancas
3.        Altar com imagens católicas, pretos velho, caboclos
4.        Sessões espíritas, formando agrupamentos em pé, em salões ou terreiro
5.        Desenvolvimento normal em corrente
6.        Bases; africanismo, kardecismo, indianismo, catolicismo, orientalismo.
7.        Serviço social constante nos terreiros
8.        Finalidade de cura material e espiritual
9.        Magia branca
10.   Batiza, consagra e casa – sacramentos -


11.  As diferentes ramificações da Umbanda

 
Hoje, temos várias ramificações da Umbanda que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.
Alguns exemplos dessas ramificações são:
“Umbanda tradicional” - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes”;
"Umbanda Popular" - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixas Africanos";
"Umbanda Branca e/ou de Mesa" - Com um cunho espírita - "kardecista" - muito expressivo. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas - "kardecistas - como fonte doutrinária;
A UMBANDA ESOTÉRICA é uma religião do século XXI, da Nova Era. UMBANDA com cultura, esclarecimento, absorvendo os ensinamentos de diversas religiões e filosofias, sem contudo perder suas raízes oriundas do Antigo saber Atlantes, dos  Cultos Afros;da Pajelança  Brasileira etc,  é a ... UMBANDA COM RAÍZES, PÉ NO CHÃO.
É de conhecimento geral de todos os iniciados, médiuns e adeptos, que a UMBANDA é Brasileira, pois em nossa cultura, sabemos que ela se formou com os próprios escravos provenientes do continente africano, que aqui aportaram. Cultuavam os Orixás e através a mesclagem com os indígenas que aqui já habitavam e que também se beneficiavam das diversas formas da natureza, constituíram após o desencarne, na Religião autêntica e verdadeira, atuando na forma espiritual como orientadores e que conhecemos como os nossos "Pretos(as) Velhos(as)" e "Caboclos(as). 

Na realidade somos uma parte desta árvore frondosa que é a espiritualidade, também cremos como o espiritismo que a  uma vida após a passagem terrena e com certeza de uma continuação, através as diversas reencarnações.

Absorvemos os ensinamentos milenares, do Brâmanismo, do Taoísmo, do Budismo Zen, do Hinduísmo, do Hermetismo, da Kaballah, do Cristianismo,  dos Essenios, da Fraternidade Branca, da Alquimia, etc. Como não assimilar os ensinamentos dos Grandes Mestres, como JESUS CRISTO, o nosso OXALÁ, de Apolônio de Tiana, do grande Hermes, de Sidarta Gautama (BUDA), de Lao Tse, de Confúcio, dos Mestres Ascencionados, de São Thomaz de Aquino e sua grande obra Teologia, da Alquimia, do Xamanismo e de centenas de outras personalidades como Alan Kardek, Charles Richet, Camille Flamarion, Conan Doyle, etc. E ficaríamos enumerando uma série interminável de presenças, em diversas épocas da humanidade..
Enfim, UMBANDA ESOTÉRICA é a mesma UMBANDA, com amor e carinho para com o semelhante, porém com estudo e aplicação de todo cabedal legado pelos antecessores, em conjunto com a FORÇA e a VIBRAÇÃO DOS NOSSOS ORIXÁS

12.  Os Orixás


Os orixás são aspectos da Divindade, altas vibrações cósmicas que se rebaixam até nós, propiciando a apresentação da vida em todo o Universo.
Cada um dos orixás tem peculiaridades e correspondências próprias na Terra: cor, som, mineral, planeta regente, elemento, signo zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades astromagnéticas que fundamentam a magia na umbanda por linha vibratória (texto extraído de A Missão da Umbanda)

13.  Sincretismos da Umbanda


O sincretismo religioso existente na umbanda dá-se devido a fatores histórico-culturais presentes na história do Brasil. Durante o Brasil Colônia, os índios brasileiros e os negros eram mantidos como escravos. Eram proibidos de expressar, cultuar ou fazer ritos de acordo com suas próprias crenças religiosas por conta dos preconceitos (e medos) dos seus senhores, e tinham que fingir e “aceitar” a imposição da religião Católica, pois a missão Jesuíta era impor isso a eles, para que todas as impurezas de espírito fossem retiradas dos “não-civilizados”. Muitos deles, ao demonstrarem essa não-aceitação ao catolicismo, acabavam sendo severamente castigados.
Não satisfeitos em dar continuidade às suas crenças de forma silenciosa, a saída encontrada pelos escravos foi associar os orixás aos santos católicos que melhor pudessem representar cada divindade. Desta forma sábia, eles puderam contornar a ignorância e a intolerância a eles impostas e assim surgiu o sincretismo que permanece até os dias de hoje.
A representação dos orixás através dos santos católicos pode sofrer variações de cidade para cidade, mas o importante é que se tenha em mente as características e essência de cada orixá:
Oxalá – Jesus Cristo
Oiá – Santa Clara
Oxum – Nossa Senhora Aparecida
Oxumaré – São Bartolomeu
Oxóssi – São Sebastião
Obá – Santa Joana D'Arc
Xangô – São Jerônimo
Ogum – São Jorge
Iansã – Santa Bárbara
Obaluaê – São Lázaro
Omulú – São Roque
Iemanjá – Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes
Nanã – Santa Ana

14.  Umbanda x Kardecismo x Religiões Africanas


A umbanda e o candomblé têm em comum o culto pelos Orixás, apesar de ser de uma forma diferente, e o uso da mediunidade. A maior diferença entre as duas é que na umbanda é permitida a incorporação de espíritos " guias", como os caboclos, pretos velhos, etc., e no candomblé as consultas são feitas através do jogo de búzios e Ifá, não permitindo a incorporação de Guias.
Já o Kardecismo, de Allan Kardec, é praticado por um grande número de pessoas e visa a doutrina de encarnados e desencarnados e, passes mediúnicos. Creem na "lei do karma" ou "causa e efeito", reencarnação, e que nossas conquistas são possíveis pelo nosso merecimento. Não cultuam os Orixás, que para a umbanda são Forças Divinas da Natureza (Oxóssi- matas, Yemanjá- mar, etc.) e na maioria das vezes não há incorporação, o foco de doutrina está voltado para palestras e estudos. No Brasil, o kardecismo passou a ter maior notoriedade depois de mais de 400 livros psicografados pelo médium Chico Xavier.
Existe também a Umbanda Branca, que possui mais elementos do kardecismo, como a mesa branca; A Umbanda Cruzada, que possui mais elementos do candomblé; A Umbanda Sagrada, que é a mais conhecida e, talvez, a mais praticada; e a Kimbanda, que trabalha apenas com Exus e Pomba-giras.
Trabalhar também:

TEXTO COMPLEMENTAR: Religiões Afro-Brasileiras
MÓDULO II


1.    Mediunidade – definições e características

Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuímos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis.
A mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, ensejando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. Trata-se de uma sintonia entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos. O Espiritismo vê a mediunidade como uma oportunidade de servir, de praticar a caridade, sendo uma benção de Deus que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os “débitos”, ou seja, desajustes adquiridos em encarnações anteriores.
É graças à mediunidade que o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à erraticidade, trazendo informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, possui uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal.
Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos. Além disso, a mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral.

AÇÃO DOS ESPÍRITOS
A ideia da ação dos espíritos não nasceu com o Espiritismo, já que sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).
A ação mediúnica não está limitada às sessões, vivemos mediunicamente entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que freqüentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraímos ou repelimos.
Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis aos nossos irmãos em nossa vida social. Quantas vezes um conselho sensato e oportuno que damos sob a intuição de um benfeitor espiritual consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma família inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça? O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugar nem hora especial para ser praticado, pois o nosso mundo, com o sofrimento da humanidade torturada, é igualmente um vasto campo de serviço redentor.
Entretanto, não julguemos que a mediunidade nos foi concedida para um simples passatempo ou para a satisfação de nossos caprichos. Ela é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvermos a mediunidade, lembremo-nos de que ela nos é dada como um arrimo para conseguirmos mais facilmente a perfeição, para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guia aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente. Sendo assim, MEDIUNIDADE NÃO É UM DOM, E SIM UMA PROVAÇÃO CÁRMICA.
Nos primórdios da origem humana na Terra (desde a época de Atlantis), todos os homens se comunicavam com o plano espiritual de forma permanente, mas faziam mal uso disso. Portanto, o médium é todo aquele que possui rombos na tela búdica*, por efeito de carma acumulado em vidas passadas. Todo médium de umbanda mexeu com magia no passado. (Site aumpram.org.br)
* Tela búdica é uma capa de átomos sub atômicos entre o duplo etérico e o corpo astral  que serve como uma proteção, impedindo a livre comunicação consciente entre o plano físico e o astral. Isto é, impede a comunicação direta com o plano espiritual. Essa tela pode se romper em situações extremas (ira, intoxicação alcoólica, uso de drogas, chás alucinógenos, etc).



MEDIUNIDADE EM DESARMONIA
Existem alguns sinais mais frequentes do aparecimento da mediunidade em desarmonia, que são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e ombros, nervosismo (ficamos irritados por motivos sem importância), desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemos em algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza.Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os sintomas acima citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de uma auto-obsessão, um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de distúrbios. Muitas vezes, a ajuda de um psicólogo, de preferência espírita ou espiritualista, é necessária.
Mas o que o médium deve fazer nestes momentos de alterações emocionais? Todo iniciante, a fim de evitar inconvenientes na prática mediúnica, primeiramente deve se dedicar ao indispensável estudo prévio da teoria e jamais se considerar dispensado de qualquer instrução, já que poderá ser vítima de mil ciladas que os espíritos mentirosos preparam para lhe explorar a presunção.
Junto com o conhecimento teórico, o médium deve procurar desdobrar a percepção psíquica sem qualquer receio ou temor. Na orientação do desenvolvimento mediúnico, é importante que ele procure as instruções espíritas, para evitar percalços e dissabores. É aconselhável o desenvolvimento mediúnico em grupos especialmente formados para isto, pois pessoas bem orientadas, que se reúnem com uma intenção comum, formam um ambiente coletivo bem favorável ao intercâmbio. É importante também que o médium jamais abuse da mediunidade, empregando-a para a satisfação da curiosidade.

REFORMA ÍNTIMA – O FUNDAMENTAL
Educar e desenvolver a mediunidade é aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade. A mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro, por isso, devemos ter muita paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre persistentes. Ter boa vontade é comparecer às sessões espíritas com alegria e muita satisfação. A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofreremos decepções.
Ensinamentos é que não faltam em todas as circunstâncias de manifestações da vida. A faculdade mediúnica em harmonia pode fazer grandes coisas. A educação pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida.
A mediunidade se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve no processo de relação.
Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os fenômenos se disciplinem e ele empregue acertadamente sua faculdade. Não se deve colocar em trabalho mediúnico aqueles que apresentam perturbações ou que possuam desconhecimento sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico, através de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.
É fundamental que o médium busque sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc, e da prática da caridade, seremos, com certeza, instrumentos do Amor Universal. O médium também precisa ser amigo do estudo e da boa leitura, além de moderado. Por fim, deve sempre cultivar a oração diária, pois ela é um poderoso fortificante espiritual e um benéfico exercício de higiene mental.

Adaptações do Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 05.


2.    Tipos de mediunidade

a.          Incorporação : 
Incorporação Inconsciente: caracteriza-se pela total inconsciência do médium ou seja, quando os espíritos deixam o médium completamente inconsciente com a tomada integral de todas as faculdades psicomotoras. Isto é um fenômeno raríssimo (neste tipo de mediunidade a entidade atua no corpo astral e na parte motora do médium). Em tempos imemoriais a inconsciência foi a forma encontrada pelos espíritos para cumprirem suas missões no mundo físico sem que o médium interferisse em suas tarefas.

  
Com o passar do tempo e através de maior estudo e consequente entendimento do que ocorria, a inconsciência dos médiuns foi pouco a pouco  sendo elevada a semi-inconsciência preservando assim o direito de livre arbítrio comum a todos os seres.
Na Umbanda Esotérica acreditamos na evolução do médium, no seu direito de escolha e responsabilidades enquanto caminho espiritual. A inconsciência, ao contrário do que o ego do médium vaidoso, possa acreditar, não é considerada um dom e sim um carma. O que caracteriza na maioria das vezes mau uso da mediunidade em vidas passadas.

Incorporação Semiconsciente: A mediunidade semiconsciente é o fenômeno pelo qual os espíritos agem conjuntamente com a psique do médium que mesmo incorporado, sabem de tudo que se passa ao seu redor (fica em estado de sonolência, não tendo atuação, quer no mental, quer na zona motora) inclusive que estão sob domínio de uma força externa. . Neste tipo de mediunidade o médium cede o corpo astral, a  entidade atua   na vontade, na sabedoria e na atividade.  Este tipo de mediunidade predomina quase que inteiramente nos seguimentos espiritualistas, inclusive na Umbanda Esotérica, porque é   a que melhor se adequa as necessidades atuais, ou seja, através da semiconsciência há uma interação entre médium e o espírito atuante que são doutrinador e doutrinado ao mesmo tempo, além disso faz com que o médium seja co-responsável pela mensagem transmitida por um Caboclo, Preto Velho ou Exú. Daí a necessidade desse tipo de médium ser mais aplicado nos estudos, propiciando ao mesmo que possa aprender aquilo que a entidade comunicante venha a lhe ensinar.

b.         Mediunidade Consciente


A mediunidade consciente é guiada pelo mundo espiritual, mas o médium continua consciente das suas faculdades mentais e emocionais, dentro desse conceito inclui-se: Irradiação, Intuitiva, Psicográfica, de Efeitos físicos, de Materialização, Sonambúlica, Sensitiva, Auditiva, Falante, de Vidência, de Cura.

Mediunidade de irradiação: nessa modalidade há uma vibração na parte física, sem provocar a anulação da zona motora. É a afinidade perfeita entre o mental do médium e da entidade  que quer se comunicar. Ou seja, é sempre consciente e há uma afinidade entre as mentes do médium e da entidade. O médium capta o pensamento da entidade e o coloca em palavras. O médium tem plena noção do contexto geral do que disse.
Mediunidade Intuitiva: é a recepção de ideias ou pensamentos das entidades que o médium transfere em palavras. Todos tem.

Mediunidade de Psicografia:
            - Mecânica: a mão e o antebraço ficam completamente controlados pela entidade que se comunica, não é necessário saber ler ou escrever, podendo ao mesmo tempo escrever uma página com a mão direita outra com a esquerda, falando outro assunto, tudo ao mesmo tempo.
- Semi-mecânica: essa mediunidade sente o impulso dado a sua mão, independente de sua vontade, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve ä medida que as palavras se formam. Simplesmente acompanha.
            - Intuitiva: as idéias enviadas pela entidade são transformadas em frases escritas pelo médium.

Mediunidade de Efeitos Físicos: É o tipo de mediunidade em que médium emite vibrações capazes de produzir modificações na matéria inanimada.

Mediunidade de Materialização: Esses médiuns têm o duplo etérico muito frouxo em relação ao corpo físico denso e o corpo astral, podendo esse veículo ser deslocado quase que totalmente. Graças a esse deslocamento do corpo astral o médium através da transpiração pode produzir ectoplasma.

Mediunidade Sonambúlica: O médium se entrega ao sono pesado, em que mergulha a consciência para ceder o corpo físico ao espírito comunicante. Também chamada de mediunidade de desdobramento. Não confundir com sonambulismo. Trata-se da situação em que a pessoa adormece e fala, ela mesma, sobre o que está à sua volta. Porque no desdobramento o médium “se solta”, desprende-se parcialmente do corpo físico, acessa e descreve o que está vendo da realidade não-material, podendo receber e passar as mensagens que os espíritos ou Entidades vão ditando (exemplo raro: Chico Xavier psicografava numa reunião mediúnica em Minas Gerais. Em desdobramento, participou de uma reunião mediúnica extra física e lá também psicografou, transmitindo a mensagem de um filho desencarnado à mãe também desencarnada. Mãe e filho se encontravam em regiões astralinas diversas, a mãe sofria por não ter notícias dele.);


Mediunidade Sensitiva: Sentem a presença dos espíritos por uma vaga impressão, uma espécie de arrepio sobre todos os membros, o médium pode sentir desconforto estomacal (enjôos e dores) sensação de peso, cansaço, sono, gosto e cheiros, euforia, enfim, todo o tipo de sensação podendo ser boa ou não,  sem explicação.

Mediunidade Auditiva: É o tipo de mediunidade em que o médium ouve a voz dos espíritos, podendo entrar em conversação com os mesmos e transmitir apenas o que ouve.

Mediunidade Falante: O médium falante na maioria das vezes não ouve nada,  o espírito age sobre os órgãos da palavra. O médium exprime-se geralmente sem ter a consciência do que diz.

Mediunidade de Vidência: São dotados da faculdade de ver espíritos. Na realidade, é a alma que vê, e essa é a razão pela qual o médium vê tanto com os olhos fechados quanto com os olhos abertos.

Mediunidade de cura: Consiste principalmente no dom que certas pessoas possuem de curar pelo simples contato, pelo olhar ou até mesmo por um gesto sem ajuda de nenhuma medicação. São os chamados “mãos de luz”. Ainda na mediunidade de cura, com pequenas diferenças, incluem-se aqui também  os médiuns passistas, que trabalham com cura magnética - Reikianos.

8.3 Outros tipos de mediunidade:
Missionária: médium sem carma ativo (vibra pelo corpo mental entrando no mesmo plano de vibração da entidade, captando e transmitindo informações). Tela búdica integra. Vale lembrar o que foi dito sobre mediunidade não ser um dom e sim uma provação cármica. 

Mediunidade de transporte (desdobramento consciente) – É a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o
corpo físico permanece repousando tranquilamente; o espírito se
desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser
voluntário ou involuntário.

 No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se
concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando
conhecimento do que vê e do que ouve.  O transporte involuntário
ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico
durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais
não nos recordamos ao acordar. Às vezes,  recebemos nesses transportes
soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão
idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de
um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".

Também chamamos de médiuns de transporte, aqueles que sentem a presença através da sensitividade, e  “trazem “ os espíritos necessitados a luz da caridade, ou seja para serem encaminhados, servindo literalmente de “transporte”  destes para a luz.



Mediunidade que permite falar ou entender línguas estrangeiras que não são do conhecimento do médium, que é a xenoglossia ;

Mediunidade que permite pintar ou desenhar, sob a instrução de artistas já desencarnados; também chamada de pictórica ou pintura mediúnica;

Mediunidade olfativa, que permite ao médium sentir perfumes e odores de uma realidade não-física;




8        Mediunidade e Suas Características na Umbanda

ORIGEM DO MEDIUNISMO

A África foi colonizada em parte pela India e pelo Egito, que desde a antiguidade praticavam o mediunismo..

Portanto o Afro-mediunismo tem suas origens no antigo Egito e na India. O Afro-mediunismo foi trazido para o Brasil através dos escravos a partir do ano de 1600.
O Espiritismo surgiu na França em 1857 e veio para o Brasil próximo ao ano de 1900. Portanto a origem da Umbanda e do Candomblé nada tem de haver com o Espiritismo.

UMBANDA É MEDIUNISMO, MAS NÃO É ESPIRITISMO!

É doutrina que admite a Lei da Reencarnação e o processo de Causa e Efeito do Carma, merecendo também os mais sinceros louvores pelas curas dos enfermos e obsidiados.
Juntamente com as falanges de Espíritos primários ou pagãos, também operam na Umbanda Espíritos de elevada estirpe espiritual, confundidos entre pretos velhos, caboclos, índios ou negros, originários de várias tribos africanas. Os mentores de Umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as práticas obsoletas, dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina.

UMBANDA ATUA NO ASTRAL MAIS DENSO

Os trabalhos mediúnicos de Umbanda ajudam a atenuar as violências das entidades cruéis e vingativas que se aglomeram sobre a crosta terráquea.
As equipes de caboclos, índios e pretos velhos experimentados constituem-se na corajosa defensiva, segregando as entidades demasiadamente perversas que não sabem viver entre as outras criaturas. O Espiritismo, como a Umbanda, apesar do seu labor mediúnico diferente, ambos cumprem determinações do Alto e tendem para o mesmo objetivo em comum.
Enquanto a Umbanda aperfeiçoa a prática mediúnica no campo da fenomenologia mais densa do astral inferior; o Espiritismo doutrina os homens para a sua libertação definitiva das formas do mundo transitório da carne! Malgrado a aparência de ambos se contradizerem, a Umbanda ajusta o vaso e o Espiritismo asseia o líquido; a Umbanda aprimora a lâmpada e o Espiritismo apura a chama!



7.1 Mediunidade de Incorporação na Umbanda


A palavra “incorporar” tem vários significados:

- Ela nos dá a ideia de unir,(incorporar alguma coisa a algo que já temos; unir conceitos ou práticas);
- Igualmente, nos traz o sentido de reunir ou fazer fusões,(de empresas, instituições, etc.);
- Também a de introduzir,(incorporar um conceito: assimilar e aplicar esse conceito a alguma coisa que já fazemos);
- E ainda sugere a ideia de dar forma física, forma material ou forma corpórea, (dar corpo).

Na Umbanda, dentro do campo da mediunidade, falar em “incorporação” sugere a ideia de “dar passagem a uma Entidade”, geralmente um Guia Espiritual que vem trazendo uma mensagem de orientação; outras vezes, ocorre a incorporação de Encantados (ex.: a de Crianças) ou a de Naturais (ex.: a do Orixá do médium).  E a vontade de incorporar deixa muitos médiuns angustiados! 
Uns, porque temem o fenômeno- esquecidos de que, na incorporação o que acontece é uma espécie de união de dois mentais: o do Guia Espiritual ou Entidade e o do médium, que se sintonizam, “unindo” os respectivos campos áuricos, para que um possa expressar suas idéias e “falar com a voz do outro”- isso, resumindo na forma mais simples.
Mas o que vai “ganhar corpo”, ou “ganhar forma”, é a expressão das ideias do Guia Espiritual ou da Entidade, bem como a energia do arquétipo. Ao incorporar, os Amparadores da Luz certamente que não se apossam do corpo do médium, apenas irão moldá-lo às próprias características, fazendo com que o médium assuma todo um gestual e movimentos de apresentação do arquétipo que representam, (postura corporal, dança, giros, forma de caminhar, ritmo etc.). E aqui se pode, inclusive, distinguir a psicofonia, estudada no Espiritismo, da mediunidade de incorporação na Umbanda. A incorporação é mais do que “falar por intermédio do outro”, pois também envolve que o médium assuma características do Ser que se manifesta por meio da sua mediunidade e não se limita à comunicação com espíritos desencarnados.

No início da atividade mediúnica, acontece de o médium ficar angustiado, querendo logo incorporar, para “se sentir médium”; ignorando talvez que existem outras formas de mediunidade, igualmente importantes, e já mencionadas anteriormente.

As orientações que recebemos na Umbanda através da mediunidade de incorporação são importantes. Contudo, há outras formas de nos comunicarmos com a Espiritualidade e de trazermos esse aprendizado para a nossa vida.
Incorporar, “receber o Guia”, não é o mais importante. Fundamental é que nos dediquemos a assimilar as orientações e os exemplos dos Guias Espirituais e das Entidades que nos amparam, procurando entender-lhes o sentido para aplicá-los em nossa vida diária e ficando atentos para as intuições que eles nos dão, (que podem chegar como novas ideias, como sensações, até como perfumes e odores variados que, de repente, invadem o ambiente etc.).
Importante é “incorporar”, (assimilar e aplicar), o fundamento da mensagem, assim como a lição embutida no exemplo de conduta dos Guias Espirituais diante de um consulente ou de um médium “difícil”, buscando analisar o quanto aquilo pode ter aplicação útil em nosso dia-a-dia.
Espiritualidade não é algo para se viver apenas entre as paredes do Terreiro. É algo para vivermos “dentro de nós”, em silêncio, com naturalidade, sem alarde, sem roupa especial, sem dia marcado, sem que ninguém precise elogiar e aplaudir. É um caminho interno, é aprender a olhar tudo com os olhos da alma, porque isso vai nos ajudar a encontrar novas soluções, novas formas de viver e enxergar a vida “lá fora”.
Não tem sentido fazer as coisas para se receber elogios. O essencial é fazermos as coisas em que acreditamos, pelo bem que elas representam. Agir assim nos livra de muitas mágoas, de muitas bobagens... Espiritualidade é algo que nos ajuda a caminhar de mãos dadas com os outros, pelo prazer de ajudar e participar, apesar de sermos diferentes, apesar de pensarmos de forma diferente, apesar dos pesares...
Ser médium é ser veículo, canal, meio de comunicação. Dentro e fora do Terreiro.
A melhor forma de transmitirmos as mensagens do Astral é colocá-las na prática : em família, no trabalho, com os amigos, com os vizinhos, com as pessoas difíceis”...
Espiritualidade é união, é a “incorporação”, (assimilação e aplicação), do verdadeiro sentido da vida : somos todos filhos de Deus, somos todos feitos de Luz, temos valores e méritos, mas também temos nossas limitações e lições a aprender.
Incorporar o Guia não é tudo, é apenas uma parte das infinitas possibilidades de aprendizado que a Vida nos concede, inclusive no campo mediúnico.
Portanto, no desenvolvimento mediúnico, não nos preocupemos apenas em girar, em rodar, para “mostrar que o Guia chegou”...  Na verdade, os Guias e Entidades chegam ali muito antes de nós, preparando o ambiente para o trabalho. Bom mesmo será a gente conseguir abrir o coração, para incorporar, (assimilar, absorver), os ensinamentos do Astral e colocá-los em prática.
E, se o Guia quiser incorporar, por favor : entregue-se, deixe, permita-se a experiência ! Não perca mais tempo se perguntando : “Será que sou eu, será que é o Guia...? Abra o coração ! Busque o contato com a Espiritualidade, que a resposta virá, do jeito que precisa e pode vir, sem dificuldade, naturalmente, e só por um motivo : somos seres espirituais !

Mediunidade Hoje
É interessante notar que neste momento da humanidade em que se está mudando a forma de comunicação das entidades, é natural que o ritual da Umbanda venha igualmente se modificando, na medida que o médium não necessita mais do necessário estímulo para entrar em transe mediúnico, como, por exemplo, o som dos atabaques, girar, etc. Isto porque já há o entendimento de que o médium não está em nenhum tipo de transe (incorporação).

Desta forma também não se pode esperar que o desenvolvimento mediúnico continue se dando como antigamente, quando o médium ficava passivo, esperando que alguma coisa mágica acontecesse com a suposta incorporação. Esperando que algo "tomasse conta" de seu corpo e de sua mente. Isto provocava situações constrangedoras pois muitos médiuns se sentiam obrigados a incorporar, incentivados por dirigentes menos informados e não atualizados da evolução da mediunidade. 
Os médiuns precisam compreender  que hoje em dia a manifestação das entidades se dá, em sua maioria,  por um processo de irradiação. O médium não precisa nem mesmo sentir uma forte irradiação; com o tempo começa a compreender como captar o pensamento da entidade e como se concentrar no chakra relacionado àquela linha de orixá, para perceber melhor então a irradiação e facilitar a comunicação.

** Artificiais: são formas pensamento criadas, geralmente, por magos negros, que terminam, com o tempo, ganhando vida própria. Falaremos deles em capítulo próprio.



(Texto extraído do site http://www.aumpram.org.br/c7mediunidade1imp.html)

Textos complementares: se quiser complementar
1)    A importância do médium desiludir-se de si mesmo
2)    Perguntas e respostas frequentes para iniciantes


8 Centros de Forças e Auras



O nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um cam­po eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado.
Nossa posição mental deter­mina o peso específico do nosso envoltório espiri­tual e, consequentemente, o “habitat” que lhe com­pete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pen­samento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou tor­turada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins.

Tal seja a viciação do pensamento, tal será a de­sarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.
Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre.
Temos, assim:

Centro coronário: Na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primei­ro lugar os estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando, todavia com eles em justo regime de interdependência. Dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdi­visões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabi­lidade orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior, capazes de favorecer a sublimação da alma.
O Centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada. Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
Centro cerebral/frontal *: Contíguo ao “centro coronário”, ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audi­ção, o tato e a vasta rede de processos da inteli­gência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É no centro cerebral que possuímos o comando do núcleo endocrínico, refe­rente aos poderes psíquicos. Possui influência decisiva sobre os demais centros, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras.
 Centro laríngeo: Preside os fenômenos vo­cais, inclusive às atividades do timo, da tireóide e das paratireóides, controlando notadamente a respiração e a fonação.
Centro cardíaco: Sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral. Dirige a emotividade e a circulação das forças de base.
Centro esplênico: No corpo denso está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo.
Centro gástrico: Responsabiliza-se pela penetração de alimentos e fluidos no corpo, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização.
Centro genésico: Nele localiza-se o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.
Sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações (corpo físico), conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da es­fera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nos­so envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinan­tes na Criação Divina.
Cada “centro de força” exigirá absoluta harmonia, perante as Leis Divinas que nos regem, a fim de que possamos ascender no rumo do Perfeito Equilíbrio...

A Aura


Todos os corpos existentes no universo, desde aqueles que são conhecidos do homem na Terra, até aquelas formas ainda desconhecidas pelo homem terreno, em qualquer ser que palpite a alma da vida, o principio inteligente ou a consciência, em qualquer fase da evolução, irradiam uma atmosfera fluídica em volta dessas individualidades, constituída de uma rica variedade policrômica com cambiantes que variam intensamente, que são constituídos de irradiações das diversas camadas do corpo espiritual ou psicossoma.

Conhecidas com o nome de “aura”, essas irradiações são, por assim dizer, a marca ou o selo do espírito. Por isso é que se torna impossível esconder cada um ou seus sentimentos e as suas qualidades, por se acharem expressos nas variadas camadas áuricas e patentes à visão dos espíritos superiores.
Normalmente acessível à sensibilidade dos videntes, pode-se percebê-la através de alguns métodos desenvolvidos para o estudo de suas vibrações. A aura constitui-se também num reflexo natural da consciência espiritual, estampando através de suas combinações de cores as manifestações de espiritualidade ou as degradantes imagens da perversão do ser.
Durante as vivências do espírito, espelha-se, nas irradiações da aura, todos os seus vícios ou virtudes adquiridos ao longo de sua jornada evolutiva, inscrevendo-se, nas células sutilíssimas do perispírito, tanto as nobres e elevadas vibrações de altruísmo, quanto as mais negras e abjetas manifestações de um caráter doentio e pecaminoso.
O psiquismo em evolução, através das diversas exteriorizações no mundo fenomênico das formas, emite, pelas suas vibrações, essa atmosfera mais ou menos sutil, que impregna o Éter Cósmico com as suas peculiaridades, constituindo isso um registro de toda a vida, no qual os espíritos superiores têm acesso ao passado espiritual, como numa fita magnética de alto potencial de registros.
Através do estudo das energias da aura, poderão os nossos irmãos ter mais detalhes a respeito das formas-pensamento, das criações fluídicas e clichês mentais, podendo este estudo contribuir grandemente para a Medicina do futuro, quando os homens de ciência utilizarem o elemento psíquico como fonte de diagnóstico ou como objeto dos tratamentos que se realizarão em bases energéticas.
A fotosfera iridescente que circunda o organismo humano constitui-se de elementos psíquicos e etéricos, manifestando-se em processos intra-atômicos, desenvolvidos na intimidade nas células astrais de que se constitui o psicossoma, tornando-se essa aura na manifestação anímica do espírito, que se expressa em maravilhoso policromismo para expressar a sua elevação ou a sua embrionária condição evolutiva.
Em sua variada coloração e efeitos rutilantes, conseguimos identificar o espírito pela aura, em qualquer lugar que se localiza no infinito da criação. O estudo das energias da aura é por demais importante para que  dele se descuide. Aquele que se interessa pelo estudo das manifestações psíquicas deveria ampliar mais o seu conhecimento a respeito dessas energias, que fornecem a identificação segura dos seres que habitam os dois planos da vida.
Lamentavelmente, os nossos companheiros espiritistas e espiritualistas trocaram o maravilhoso laboratório da ciência experimental pelas interpretações místicas dos fenômenos, acomodando-se com as conquistas já realizadas no passado por eminentes pesquisadores, julgando haver esgotado o material de pesquisa, perdendo-se nos labirintos sombrios da ignorância e do misticismo.
Acontece, muitas vezes, que pseudo-médiuns videntes julgam ver as irradiações da aura, dando a sua interpretação pessoal, mística e sem bases cientificas, a respeito de algo de que pouco se conhece, mesmo na teoria. Pelo estudo sério e metódico a respeito das energias da aura, poderão os meus irmãos, no futuro, detectar tanto os desequilíbrios psíquicos, emocionais ou físicos, quanto os estados superiores da consciência.
Estados alterados de consciência ou simples enfermidades no veiculo periférico de manifestação são igualmente perceptíveis pela aura que se irradia de cada um, cabendo, no entanto, aos meus irmãos, se dedicarem mais intensamente ao seu estudo e entendimento.
É interessante que desenvolvam métodos de análise e de experimentação, a fim de descobrirem as leis que regulam a fenomenologia psico-energética. Os tempos atuais, quando a ciência espírita está definitivamente estabelecida sob o alicerce inamovível de seus postulados, impõe-se a cada um o dever de divulgar os fatos sobejamente provados e catalogados a respeito das manifestações da alma, preparando o homem para a sua integração cósmica na realidade da vida.
Vídeo: chackaras e mediunidade
https://www.youtube.com/watch?v=fLoEeX5JyYs&feature=youtu.be

9 Orixás, espíritos e entidades.

 

9.1 História dos Orixás


Na aurora de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza.
Tementes dos perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana, perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos da natureza.
Muitos desses espíritos da natureza passaram a ser cultuados como divindades, mais tarde designadas orixás, detentoras do poder de governar aspectos do mundo natural, como o trovão, o raio e a fertilidade da terra, enquanto outros foram cultuados como guardiões de montanhas, cursos d'água, árvores e florestas. Cada rio, assim, tinha seu espírito próprio, com o qual se confundia, construindo-se em suas margens os locais de adoração, nada mais que o sítio onde eram deixadas as oferendas. Um rio pode correr calmamente pelas planícies ou precipita-se em quedas e corredeiras, oferecer calma travessia a vau, mas também mostra-se pleno de traiçoeiras armadilhas, ser uma benfazeja fonte de alimentação, mas igualmente afogar em suas águas os que nelas se banham. Esses atributos do rio, que o torna ao mesmo tempo provedor e destruidor, passaram a ser também o de sua divindade guardiã. Como cada rio é diferente, seu espírito, sua alma, também tem características específicas. Muitos dos espíritos dos rios são homenageados até hoje, tanto na África, em território iorubá, como nas Américas, para onde o culto foi trazido pelos negros durante a escravidão e num curto período após a abolição, embora tenham, com o passar do tempo, se tornado independentes de sua base original na natureza. O contato entre os povos africanos, tanto em razão de intercâmbio comercial como por causa das guerras e domínio de uns sobre outros, propiciou a incorporação pelos iorubás de divindades de povos vizinhos, como os voduns dos povos fons, chamados jejes no Brasil, entre os quais se destaca Nanã, antiga divindade da terra, e Oxumarê, divindade do arco-íris. O deus da peste, que recebe os nomes de Omulu, Olu Odo, Obaluaê, Ainon, Sakpatá e Xamponã ou Xapanã, resultou da fusão da devoção a inúmeros deuses cultuados em territórios iorubá, fon e nupe. As transformações sofridas pelo deus da varíola, até sua incorporação ao panteão contemporâneo dos orixás, mostra a importância das migrações e das guerras de dominação na vida desses povos africanos e seu papel na constituição de cultos e conformação de divindades.

9.2 O que é Orixá


O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas.
Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.
O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.
Acreditamos que esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra.
Estas energias de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, usando um vocábulo de origem Yorubana. Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza. São conhecidos em outras partes do mundo como "Ministros" ou "Devas",seres de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas constantemente.
O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos.
Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".
Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ". A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás. Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.
Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.
Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.
A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza, um Orixá protetor. É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM.

Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.

9.3 Afinidades


Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó.
Frequentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras.
O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.

9.4 ORIXÁS – Elementos Primordiais e Suas Ramificações



*Observação: No Raios de Luz a cor que representa Oxum para nós, é amarelo; Ogum é verde, vermelho e branco; Iansã é laranja ou rosa forte

9.5 Os Elementais

Entre esses espíritos de atuação dentro do campo vibratório dos Orixás de comando, encontramos aqueles que trabalham mais perto de nossa realidade, relacionando-se de forma estreita com os elementos: são os ELEMENTAIS. São os grandes artífices e alquimistas que nos oferecem as pedras, as folhas, as flores, a água, as forças da natureza. Eles estão, muito perto de nós, atuando também nos trabalhos dos Guias e da própria Umbanda como um todo.
Os Elementais se apresentam com forma semelhante à humana. De acordo com a variação de consciência e emoção produzem mudanças em sua coloração e até mesmo em sua forma.
Usam seu corpo astral e quando necessário, até materializam seu veículo etéreo. A forma astral, de acordo com revelação e depoimento de videntes, consiste numa aura esférica multicolorida energética. O veículo etérico dessas entidades é que lhes permite um senso de individualidade.
Nas épocas de crescimento, germinação e desenvolvimento dos vegetais, a vitalidade e atividade desses seres aumenta pelo contato maior com o mundo físico, tornando-os mais visíveis aos médiuns videntes, quando não se materializam temporariamente, dançando e brincando como seres humanos.

No elemento Terra:

 Nas florestas, por exemplo temos as Dríades, ligadas ao campo vibratório de Oxossi, possuem cabelos compridos e luminosos, são de rara beleza e trabalham diretamente nas árvores.
· Os Gnomos das árvores trabalham dentro do duplo etérico das mesmas.
· As Fadas manipulam a clorofila das plantas, estabelecendo a multiplicidade dos matizes e fragrância das flores, formando as pétalas e brotos. Estão associadas à vida das células da relva e outras plantas.
· Os Duendes que cuidam da sua fecundidade, das pedras e metais preciosos e semipreciosos.

No elemento Água:

· Encontramos as Sereias que ficam perto dos Oceanos, rios e lagos, de forma graciosa e energética.
· Nas cachoeiras estão as Ondinas, que muito ajudam nos trabalhos de purificação realizados pela Umbanda nas cachoeiras.

No Elemento Ar:

· Os Silfos que estão sob a regência de Oxalá. Como as Fadas, se apresentam com asas, movimentando-se com extrema rapidez.
No Elemento Fogo:

· As Salamandras são elementais do FOGO. Se apresentam como correntes de energia ígnea, que se precipitam, sem se afigurarem como seres humanos. Atuam nas energias ígneas solar e do fogo em geral.

9.6 OS 7 RAIOS DOS ORIXÁS


Estes são os Raios dos Orixás de Umbanda, comandantes das energias criadoras, mantenedoras e transformadoras dos elementos da natureza, tendo sob seus comandos legiões de espíritos de várias vibrações evolutivas dentro de seu Raio. Eles realizam o milagre da vida e distribuem essa energia no corpo da magia, para os locais que delas necessitam, para ajuda e fortalecimento dos espíritos encarnados e desencarnados.
As 07 Linhas dos Trabalhadores Espirituais de Umbanda, não devem ser confundidas com os Sete Raios de que estamos tratando, uma vez que estas Linhas são dos Regentes planetários das energias da natureza.

CLASSIFICAÇÃO DOS ORIXÁS NA UMBANDA:
1º) Orixás Virginais = Recebem do supremo Espírito Reino Virginal
2º) Orixás Causais = Aferem karma causal
3º) Orixás Refletores = Coordena Energia – Massa
4º) Orixás Originais = Recebem dos três as vibrações universais
5º) Orixás Supervisores = Supervisiona as leis universais
6º) Orixás Intermediários = Senhores dos tribunais solares do Universo Astral
7º) Orixás Ancestrais = Senhores de toda a hierarquia planetária
· Todos os Orixás Ancestrais são subordinados à Cristo (dimensão da consciência cristica)  que é o tutor máximo da Terra.
· Os Orixás Ancestrais são os que conhecemos na Umbanda.
Entre os espíritos que atuam dentro da vibração energética do nosso Eledá, é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que incorpora quando invocada a vibração do Orixá principal.
Os Orixás, dentro do culto Umbandista não são incorporados. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus “cavalos” e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá.

Orixás cultuados na Umbanda:
Oxalá, Ibeiji, Obaluayê, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, Nanã, Oxum.
Outros Orixás:
Exu, Obá, Ewa, Logun-edé, Iroko, Ossãe, Oxumarê, Tempo, Orumilá, Ifá.
Os orixás: Exu, Obá, Ewa, Logun-edé, Iroko, Ossãe, Oxumarê, Tempo, Orumilá, Ifá e Ibeiji não formam a Tríade do Coronário dos médiuns na Umbanda.

 

9.7 Linhas de Trabalho e Falanges na Umbanda


Para entender um pouco mais a Umbanda devemos conhecer as linhas ou vibrações. Uma linha ou vibração, equivale a um grande exército de espíritos que rendem obediência a um "Chefe". Este "Chefe" representa para nós um Orixá e cabe a ele uma grande missão no espaço

Vejamos quais são as Sete Linhas da Umbanda:
1. Linha De Oxalá ( Ou Orixalá )
2. Linha De Yemanjá
3. Linha De Xangô
4. Linha De Ogum
5. Linha De Oxossi
6. Linha De Yori (Ibeiji)
7. Linha De Yorimá (Almas)

Estes nomes são sagrados e ancestrais e nomeiam os sete Orixás Maiores da Umbanda.
Estes Orixás Planetários são os sete espíritos mais elevados do planeta, e nunca encarnaram aqui.
Os Orixás Maiores não incorporam, eles têm funções de governo planetário. Cada um deles estende suas vibrações e ordenações a mais sete entidades denominadas Orixás Menores e estas, cada uma para mais sete inferiores e assim por diante.

Veja como se organiza uma linha:



A cada grau que a hierarquia vai descendo a quantidade de entidades vai se multiplicando por sete, pois cada entidade, dentro de sua hierarquia delega ordenações para mais sete

9.8  Linhas, Legiões e Falanges


As vibrações originais são as faixas vibratórias espirituais em que se agrupam por afinidades diversos seres espirituais, constituindo legiões, falanges, sub-falanges e agrupamentos de espíritos formando as linhas.
Linhas são espíritos que compõem as legiões, falanges e sub-falanges e agrupamentos que se movimentam na proteção e ordenação das vibrações espirituais dos orixás, cada um dentro da sua faixa espiritual afim.
As 7 linhas da Umbanda: Linha de Orixalá (linha de Oxalá), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, Yorimá (preto velho), Yori (crianças) e Iemanjá.
As 7 linhas da Umbanda são na verdade as 7 irradiações vivas de *Deus que são essas:

1ª - Irradiação de fé - Oxalá
2ª - Irradiação do amor – Yori/Oxum
3ª - Irradiação do conhecimento - Oxossi
4ª - Irradiação da justiça e razão-Xangô
5ª - Irradiação da lei e ordem - Ogum
6ª - Irradiação da evolução – Yorimá
7ª - Irradiação da geração – Yemanjá

Estas linhas, comandadas pelos orixás, referem-se ao Setenário Sagrado, que é formado por 7 Orixás Ancestrais, doadores das 7 qualidades divinas que dão sustentação da vida. Qualidades estas facilmente identificáveis, pois, também dão origem aos elementos e as energias que alimentam nossos sentidos, os 7 elementos são: cristais, minerais, vegetais, fogo, ar, terra e a água. 
                 

As 7 energias são:

Cristalina, mineral, vegetal, ígnea (fogo), Eólica (vento), telúrica(terra) e aquática.
Cada uma destas energias tem um casal de orixás regente, ambos geradores de magnetismo mental, energia viva e de energias de sentimentos relacionados aos elementos que os distinguem, poderíamos dizer, então, que temos 7 pares de orixás elementais puros que são estes: orixás cristalinos, orixás minerais, orixás vegetais, orixás ígneos, orixás eólicos, orixás telúricos e orixás aquáticos.

Um orixá elementar é um irradiador de um tipo de energia:

•           os orixás elementares do cristal atuam no sentido da fé;
•           os orixás elementares dos minerais atuam no sentido do amor;
•           os orixás elementares dos vegetais atuam no sentido do conhecimento;
•           os orixás elementares ígneos atuam no sentido da razão;
•           os orixás elementares do ar atuam no sentido da Lei e da ordem;
•           os orixás elementares da terra atuam no sentido da evolução;
•           os orixás elementares da água atuam no sentido da criatividade e geração

Orixá
Energia Vibracional
Elemento Equivalente
Sentido de Atuação
Oxalá
Senhor da energia espiritual
Energia mental
Linha da fé
Ogum
Senhor da força sutil hídrica e ígnea
Energia da água e fogo
Linha da Lei e Ordem
Oxóssi
Senhor da força eólica e telúrica
Energia do ar e terra
Linha da conhecimento
Xangô
Senhor da força ígnea e hídrica
Energia do fogo e água
Linha da justiça
Yorimá
Senhor da força telúrica e eólica
Energia da terra e ar
Linha da evolução
Yori
Senhor das energias vitais e éteres
Energia eólica e telúrica (ar e terra)
Linha do amor
Yemanjá
Senhor da energia natural
Energia hídrica (água)
Linha da geração (maternidade)

Obs.: Nos níveis vibratórios destas 7 linhas encontramos os orixás intermediários e regentes de níveis vibratórios, onde são acomodados os seres afins entre si e num mesmo estágio evolutivo e grau consciencial.
Resumindo e simplificando: Cada linha compõe-se de sete legiões, tendo cada legião o seu chefe. Cada legião divide-se em sete grandes falanges, que por sua vez também tem um chefe e cada falange divide-se em sete sub-falanges e assim por diante, obedecendo a um critério lógico. Assim em cada linha temos um orixá maior, 7 orixás intermediários e 49 orixás intermediadores (dando um total de 16.807 orixás intermediadores).

 Agora apresentaremos as linhas e seus Orixás com os seus respectivos chefes de legiões.









1 - Linha de Oxalá

Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça".

2 - Linha de Iemanjá

Essa linha é também conhecida como Povo d'Água. Iemanjá significa a energia geradora, a divina mãe do universo, o eterno feminino, a divina mãe na Umbanda. As entidades dessa linha gostam de trabalhar com água salgada ou do mar, fixando vibrações, de maneira serena. Seus pontos cantados têm um ritmo muito bonito, falando sempre no mar e em Orixás da dita linha.


3 - Linha de Xangõ

Xangô é o Orixá que coordena toda lei Kármica, é o dirigente das almas, o Senhor da balança universal, que afere nosso estado espiritual. Resumindo, Xangô é o Orixá da Justiça. Seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre aos seus sítios vibracionais como as montanhas, pedreiras e cachoeiras.

4 - Linha de Ogum

A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques consequentes do karma. É a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida. É a divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros. Os Caboclos de Ogum gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces cantadas traduzem invocações para a luta da fé, demandas, batalhas, etc.

 5 - Linha de Oxossi

A vibração de Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou seja, o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. Suas entidades falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. Seus pontos cantados traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da espiritualidade e da natureza, principalmente as matas.

6 - Linha de Yori

Essas entidades, altamente evoluídas, externam pelos seus cavalos, maneiras e vozes infantis de modo sereno, às vezes um pouco vivas. Quando no plano de protetores, gostam de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Seus pontos cantados são melodias alegres e algumas vezes tristes, falando muito em Papai e Mamãe de céu e em mantos sagrados.

7 - Linha de Yorimá

    Também chamada de Linha das Almas, essa linha é composta dos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Orixás Velhos, verdadeiros magos que velando suas formas kármicas, revestem-se das roupagens de Pretos-Velhos ensinando e praticando as verdadeiras "mirongas". Eles são a doutrina, a filosofia, o mestrado da magia, em fundamentos e ensinamentos. Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação através de sua fumaça.
Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho e o cansam muito, principalmente pela parte dos membros inferiores, conservando-o sempre curvo. Falam compassado e pensam bem no que dizem. Raríssimos os que assumem a Chefia de Cabeça, mas são os auxiliares dos outros "Guias"- o seu braço direito. Os pontos cantados nos revelam uma melodia tristonha e um rítmo mais compassado, dolente, melancólico, traduzindo verdadeiras preces de humildade.

9.9 Os Guias e as Linhas


Os Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, que fazem parte da chamada Corrente Astral de Umbanda, trabalham dentro de uma das Sete Linhas de Umbanda: Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá, Yori e Yemanjá.
 Os Caboclos que trabalham nos terreiros são das seguintes Linhas: Orixalá (estes não incorporam, somente passam vibrações), Ogum, Oxossi, Xangô e Yemanjá;
Os Pretos-Velhos são da Linha de Yorimá;
E as Crianças da Linha de Yori.
 Como descrito anteriormente, a linha se divide hierarquicamente em vários graus.
 Nos terreiros, em geral trabalha-se com Protetores de 5º, 6º e 7º Grau. Para se trabalhar com Guia (4º Grau) é exigida muita experiência e devoção por parte do médium. Raras (praticamente impossíveis) são as incorporações de Orixás Menores (1º, 2º e 3º Grau), que necessitam de um médium muitíssimo preparado, corrente mediúnica segura, um terreiro limpo no físico, astral e mental, e ausência de obsessores até mesmo vindo da assistência. É impossível a incorporação de Orixás Maiores.
 Os espíritos militantes da Umbanda só usam os mesmos nomes dos seus Chefes Principais, até quando são do 4º Grau, quer dizer, até quando são Guias (Chefes de Grupamento). Daí para baixo, até 7º Grau não seguem esta regra, variando seus nomes mas tendo a mesma ligação afim.


O simbolismo dos “Nomes” dos “Guias Espirituais” da Umbanda:

1- O simbolismo dos nomes, dos Guias é uma forma de os Espíritos não se identificarem por seus nomes terrenos.
2- Os nomes estão associados a elementos da natureza, e como os Orixás regem estes elementos, então os trabalhadores usam o nome da energia que atuam, junto com seu Orixá Ancestral regente.
3-Usar um nome simbólico é muito positivo, pois, sob um só nome, muitos Espíritos podem se manifestar e com isto formam uma linha de trabalho Espiritual voltada totalmente para a religião, seus mediadores, e os freqüentadores dos templos de Umbanda.
4- Os Espíritos usam nomes simbólicos também para anular as vaidades pessoais nos médiuns e impede que um determinado nome possa ser “endeusado” pelas pessoas beneficiarias do seu trabalho luzeiro ou pelo seu médium incorporador.
5- Quanto à aparência que os Espíritos plasmam para se manifestar durante os trabalhos, isso se deve ao fato de que uma energia plasmável reveste o corpo energético como se fosse uma “pele”.
6- Este revestimento palmável é um mistério, pois tanto mostra a aparência que um Espírito teve em sua última encarnação, como reflete seus sentimentos íntimos e seu estado consciêncial.
7- Em função dessas “maleabilidades”, o corpo plasmável dos Espíritos tanto pode ser moldado mentalmente por eles, como pode ser usado como ocultador de suas identidades.
8- Na Umbanda, nem todos os Espíritos – Guias, “ Caboclos” foram índios em suas últimas encarnações e o mesmo se aplica aos “ Pretos - velhos” e às outras linhas de trabalho, tais como ,Exus, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, etc. Mas, para se manifestarem bem caracteristicamente segundo os arquétipos já coletivizados na religião, e já definidos no inconsciente dos Umbandistas, esses Espíritos–Guias podem assim, se apresentarem, pois, caso sejam vistos pelos médiuns videntes, estes não se surpreenderão com a visão de um Espírito “alemão”, por exemplo, falando como um baiano.

9- É muito comum, que os Espíritos usem novas aparências, para ocultarem, seu passado, pois assim “disfarçados”, não serão reconhecidos por possíveis desafetos ou inimigos, entretanto, essas aparências só os ocultam dos que tiverem o mesmo grau visual, pois os Espíritos luzeiros, podem ver quem realmente é o Espírito, por baixo da aparência plasmada.
10- Quanto ás vestimentas que cobrem o corpo dos Espíritos, muitos usam cópias astrais das que usavam no plano material, mas o mais comum é plasmarem mentalmente as vestes que mais os agradam.
11-Também existem vestes simbólicas, às quais recorrem os Espíritos- Guias como as chamadas guias (colares de contas), pois elas servem para identificar a hierarquia a que pertencem e como meio de proteção ao médium.
12- Este fenômeno, das vestes simbólicas é muito usado entre os seres naturais (não encarnantes), pois cobrem seus corpos energéticos com vestes idênticas às dos seus Orixás regentes.
13- E isso, acontece porque eles são manifestadores naturais do mistério dos seus regentes, inclusive, os Guias Espirituais copiaram deles este costume e se cobrem com uma veste igual à dos lideres das linhas a que pertencem , distinguindo-os por falanges.


O simbolismo na Umbanda

A umbanda tem no simbolismo, um dos seus fundamentos, o próprio nome do seu Espirito fundador, é um simbolismo, - Caboclo das sete Encruzilhadas- este nome é totalmente simbólico, pois, caboclo é uma palavra que distinguia as pessoa mestiças do século XIX, os sertanejos  e sete encruzilhadas  são as 7 linhas de Umbanda entrecruzando-se numa vibração regida pelo Oorixá regente de nosso planeta - Oxalá-
Os Orixás regentes dos níveis vibratórias ou faixas evolutivas são evocados também através de nomes simbólicos.
Por exemplo:
Temos um Orixá Ogum, regente aplicador da Lei Maior, mas também temos os Orixás Oguns regentes dos níveis vibratórios, tais como:
1-    Ogum Beira Mar
2-    Ogum Megê –Sete Espadas
3-    Ogum Sete Lanças
4-    Ogum das Pedreiras
5-    Ogum das  Cachoeiras
6-    Ogum das Matas ou Rompe- Matas,
7-    Ogum Sete Ondas, etc.

Orixá Xangô, regente e aplicador da justiça Divina e temos os Xangô regentes dos níveis vibratórios, tais como:

Xangô Sete Montanhas
Xangô Sete Pedreiras
Xangô sete Cachoeiras
Xangô das Matas
Xangô da Pena Branca
Xangô da Pedra Preta
Xangô Sete Raios etc.

Este mesmo sistema de simbolismo, se aplica a todos os outros Orixás regentes, que dão sustentação ás linhas da Umbanda.
Até os Orixás individuais ou pessoas que acompanham os médiuns e que eventualmente incorporam neles, apresentando-se com nomes simbólicos que  identificam seus regentes de  níveis vibratórios.

OBS.: Ogum é Ogum; Ogum Rompe Mato é seu intermediador que atua como ordenador nos campos do Orixá Maior Oxossi, existem milhares e milhares de Espíritos que se manifestam nos templos de Umbanda e se apresentam com nomes simbólicos: Caboclos: Rompe-Mato, Tupinambá, Ubirajara, Beira-Mar, Arranca-Toco, Mata-Virgem, Sete-Folhas, Pena-Verde, Sete-Espadas, Urubatão, Urabatã, Cabocla Jurema, Indaía, Jupira, Jandirá, Janaina, Jacira, Iara Etc.




MÓDULO III


10. Fundamento e Elemento de Rito


Em primeiro lugar é fundamental estabelecermos algumas premissas básicas para a diferenciação do que seja “fundamento” de “elemento de rito”.
Fundamento: é tudo que existe velado, ou não, no terreiro que “fundamenta” e direciona o trabalho. Estabelece as linhas de forças trabalhadas e cultuadas, assim como a missão da Casa. Ou seja, interfere e determina o resultado final dos trabalhos realizados. É estabelecido pelo Alto. Exemplo: firmezas ou pontos de força estabelecidos no Congá.
Elemento de Rito: é tudo que existe, velado ou não, que presente ou não, não interfere no resultado final dos trabalhos e nem na missão da Casa. É estabelecido pelo sacerdote. Exemplo: na umbanda o atabaque é elemento de rito, ou seja, a presença ou não do atabaque NÃO interfere no RESULTADO final do trabalho. A gira pode ficar, e fica mesmo, mais alegre, mais “vibrante”, mas o resultado final é o mesmo. As entidades incorporam e fazem seu trabalho da mesma maneira. Da mesma forma, as roupas (saias rodadas, etc.) são elemento de rito, o fato de serem brancas é que é fundamento, ou seja, se as mulheres trabalham com “baianas” rodadas ou sem roda, ou de jalecos não interfere no resultado final do trabalho. As roupas coloridas podem ser usadas em giras festivas. Vai da preferência do sacerdote.


FUNDAMENTOS  - NO QUE ACREDITAMOS

·         Na existência de um Deus, Único ( entenda-se que cremos que Deus e a Deusa são um só)  Onipotente e Onisciente, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma e adorado sob o nome de ZAMBI;

·         Em Entidades Espirituais, em plano superior de evolução, Hierarquias Superiores, que não necessitam de novas reencarnações, responsáveis pela organização dos mundos e dos seres que neles habitam. (como Mestres da Fraternidade, seres ascensos à luz, comandos planetários). Entre eles, Oxalá, o Cristo Planetário da Terra e, como tal, primeiro na hierarquia deste planeta. E os Orixás Maiores, Chefes de Linhas e Falanges, executores diretos da Vontade Divina .

·         Cremos nos  Guias Espirituais e Protetores, sábios, poderosos e bondosos, porém necessitados ainda de reencarnações para seu aperfeiçoamento. São mensageiros dos Orixás;

·         Em Seres da Natureza e suas energias cósmicas que, manipulados com sabedoria e bondade, sob a forma de magia, auxiliam a peregrinação do homem;

·         Na imortalidade do espírito, sobrevivendo à morte física, a caminho da evolução;

·         Na reencarnação, possibilitando o aprendizado e aprimoramento do espírito;

·         Na Lei do Carma, instituindo que cada ação gera uma reação;

·         Na necessidade do ritual como elemento mágico e disciplinador;

·         Na prática da mediunidade, sob as mais variadas modalidades, com o objetivo de CARIDADE e EVOLUÇÃO ESPIRITUAL;

·         NO RESPEITO ÀS DEMAIS RELIGIÕES, porque todas constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a DEUS.

·         Cremos no livre arbítrio, no direito à liberdade de cada um.

·         Cremos no respeito a todas as formas de vida, e no não preconceito, seja de raça, credo, condição social ou sexual. Neste sentido vale destacar ainda, que um fundamento importante é o não uso de sacrifícios de animais nas ritualísticas do trabalho, bem como a limpeza dos espaços públicos quando os ritos são realizados foro do Terreiro, de modo que despachos deixados indevidamente nas cidades, não são Umbanda.

Mandamentos da Lei de Umbanda
1) Não faças ao próximo o que não queres que te faça.
2) Não cobice o alheio.
3) Socorra os necessitados sem perguntas.
4) Respeite todas as religiões por que vem de Deus.
5) Não critiques o que não entendes.
6) Cumpra sua missão mesmo com sacrifício.
7) Defenda-te das maldades e resista ao mal.


ELEMENTOS DE RITO

A Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa coibir os abusos. Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, ditado pelo guia chefe do terreiro, o que faz a diferenciação de ritual entre uma casa e outra. Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o princípio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes.
O mais importante, seria que todos pudessem encontrar em suas diferenças de culto, o que seria o elo mais importante e a ele se unissem. Tal elo é a CARIDADE!
Não importa se o atabaque toca, ou se o ritmo é de palmas, nem mesmo se não há som. O que importa é a honestidade e o amor com que nos entregamos a nossa religião.
Todo terreiro de Umbanda possui um ritual e embora estes rituais se modifiquem, é necessário que haja DISCIPLINA para realizar uma gira, ou seja, NORMAS CONHECIDAS POR TODOS desde o dirigente ao iniciando que acabou de entrar, de tal forma que os médiuns da corrente devem ter pleno conhecimento e seguir as orientações e normas existentes no seu Grupo ou Terreiro.

RITUAIS DA UMBANDA
1.       Obrigação - É um dever, um compromisso com as Entidades. Implica na presença do Sacerdote, que com sua força espiritual, com o conhecimento do ritual e do material a ser aplicado na obrigação e no seu preparo individual, segundo as responsabilidades que assumiu no templo, estabelece o elo, o canal entre o filho e as forças espirituais dos trabalhadores do astral.
2.       Preceito - Normas, proibições e recomendações relativas ao culto e trabalho dos médiuns na casa.
3.       Banhos de Descarga - São coisas sérias, requerendo atenção de quem os toma, bem como de quem os administra. É uma banho de flores, ervas ou essências. Cada um deles traz o seu magnetismo e a pessoa vai absorvê-lo de modo que ao tomá-lo, limpa toda a influência negativa agregada a seu corpo etérico. As ervas, de preferência, devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas), desde que quem vá usá-las, as conheça. Poderão ser também preparados banhos de descarga, com rosas brancas (banho neutro) e de efeito muito positivo, podendo ser tomado por qualquer pessoa sem afetar sua faixa vibratória. As essências também devem ser utilizadas com cuidado, pois contêm muita vibração, somente administradas por pessoas capacitadas.
Preparo - O melhor modo pelo qual obtemos uma maior imantação, seja ele com flores, ervas ou essências, é através do calor, da evaporação, isto no ritual da Umbanda. Colocamos numa panela a água e a deixamos ferver. Quando estiver fervendo, apagamos o fogo. Então, colocamos as pétalas das flores, ervas ou essências, abafando e deixando em fusão para o devido cozimento por evaporação. No caso das flores e ervas, após o cozimento, coamos o mesmo num pano branco e guardamos os resíduos para serem despachados oportunamente.
Uso - O chacra mediúnico (frontal) e o da nuca são os dois pontos que fecham a faixa vibratória mediúnica. Com elas, para o cérebro convergem as vibrações captadas, sendo razão indispensável para que o banho seja derramado sobre a nuca. No entanto é importante saber o que está fazendo, pois quando   mal aplicado (no caso das ervas e essências), caso este em que o magnetismo do banho não estiver em harmonia com a vibratória mediúnica da pessoa (Orixá de Coroa),pode prejudicar mais do que ajudar.
4.       Bater com as pontas dos dedos, no chão - Da mão esquerda: Saudando os caminhos de Exu; da mão direita: Saudando, homenageando e pedindo licença para adentrar o ambiente preparado para as tarefas no templo (local da gira).
5.       Bater Cabeça - O médium da Casa, em respeito às firmezas dos Orixás, e das entidades presentes. Bate a cabeça, primeiramente firmando o frontal, e as frontes direita e esquerda à fim de pedir proteção e fluidificar-se para as tarefas, recebendo as energias concentradas no congá, ou mesmo faça uma reverência, com as mãos postas em oração, como Namastê, (A Divindade que existe em mim, saúda a que existe em você) abaixando a cabeça, em sinal de respeito.
6.       Pemba - A força mágica da escrita astral, na Umbanda é feita pela Pemba (giz oval - forma cônica), que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de magia, quando quem o manuseia, sabe o que está fazendo. Pode  purificar, quando em forma de pó e lançado ao ar no ambiente em que se utiliza, pois as pembas são sempre preparadas de forma a condensarem grande quantidade de energia fluídica.
7.       Cruzamento com pemba - O Cruzamento com Pemba, é um ritual utilizado na Umbanda, para melhor proteção dos médiuns, que participam da gira, e que por esta razão, tomam também parte ativa em descargas fluídicas negativas. O Cruzamento deve ser feito da seguinte forma: Segurando a Pemba com a mão direita, fazer uma cruz na fronte, depois cruzar a palma da mão esquerda e descendo, cruzar também o peito do pé direito. Após isto, passar a pemba para a mão esquerda e com ela fazer uma cruz na nuca, depois cruzar a palma da mão direita e descendo cruzar o peito do pé esquerdo (No Raios de Luz raramente fazemos estes cruzamentos)
8.       Ponto Riscado - PONTOS DO TRABALHO: pontos para firmeza e de segurança de locais estratégicos no trabalho, sob a orientação do mentor espiritual das tarefas e realizado nas obrigações do dirigente do trabalho. PONTOS DAS ENTIDADES: riscado pelas entidades: Cada ponto, seja de Caboclo, do Preto Velho ou do Exu, tem uma interpretação, podendo identificar aquele que o risca, podendo caracterizar também a natureza do trabalho.
9.       Defumação - Visa purificar o médium, o ambiente, os objetos e os consulentes, através da fumaça de uma combinação de ervas específicas. É o ato de expulsar o negativo, através de aromas, ou seja, das essências (ervas: alecrim, benjoim, incenso e outras). A defumação é uma prática antiquíssima de muitas religiões e de todos os povos. A defumação, evita a contaminação do médium nos diversos tipos de fluidos enfermos que poderiam ser assimilados pelo seu corpo e ou das pessoas presentes no trabalho. Seu aroma desperta alguns centros nervosos dos médiuns, fazendo esses centros vibrarem de acordo com as irradiações fluídas das Entidades, aumentando assim a sensibilidade de uma forma geral.
10.     Atabaques - Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os médiuns permaneçam em vibração.
11.     Ponto cantado: são cânticos entoados nos templos umbandistas, são na verdade manifestações do verbo sagrado, decodificações dos mantras da energia do verbo (eu sou), com profunda ação magística capazes de movimentar as forças sutis da natureza e mesmo atrair certas entidades espirituais, dentro da ritualística da umbanda os pontos cantados são indispensáveis, são verdadeiras preces cantadas, que expressam a fé, a mística, a magia da ritualística.
12.     Cumprimento Ombro-a-Ombro - Quando um Guia cumprimenta um consulente ou um assistente com o bater de ombro, isto é sinal de igualdade, de fraternidade e grande amizade.
13.     Velas - Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo. Iluminadas, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou. Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito, nunca se acende uma vela sem um direcionamento.
14.     Água - Sua utilidade é variada. Serve para os banhos de amacis, para cozinhar, para lavar as guias, para descarregar os maus fluídos, para o batismo. Dependendo de sua procedência (mares, rios, chuvas e poços) terá um emprego diferente nas obrigações. A água poderá concentrar uma vibração positiva ou negativa, dependendo do seu emprego.
15.     Sessão - Reunião dos adeptos da Umbanda para promoverem os seus desenvolvimentos espirituais, homenagem ou procura de curas de males materiais e espirituais.
16.     Charutos, Cachimbos e Cigarros - O segredo é a utilização, desses elementos por parte de nossas entidades, o modo como a fumaça é dirigida (magia) tem o seu eró (segredo) e não é como muitos utilizam, para alimentar a vaidade, o vício e a ignorância.
17.     Guias (fios de contas) - É um colar ritual de miçangas, contas de cristal, de louça, de frutos pequenos, construídos de acordo com a Entidade, que designa também a cor de sua preferência. Podem ter pequenos objetos presos a eles.
18.     Vestimenta Roupa Branca (Roupa de Santo) - É a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas.
19.     Toalha Branca (Pano da Costa) - Trata-se de um pano branco em formato de toalha (retangular), podendo ser contornado ou não com renda, fino ou grosso, de tamanho aproximado de 0,50 x 0,76 m. No caso dos homens, é pendurado do lado esquerdo, no ombro ou na cintura e no caso das mulheres, por cima dos ombros ou na cintura, do lado direito. É utilizado para o médium bater cabeça, secar os ritos com água, da cabeça. etc
20.     Trabalhar descalço - O médium, sempre que possível, deve trabalhar descalço por uma questão de humildade e para facilitar a incorporação, bem como para haver melhor descarga dos fluídos nocivos, diretamente para a terra. Estando o médium calçado, estará isolado da terra, o que dificultará a eliminação dos fluídos nocivos (negativos), assimilados ao se transpor as encruzilhadas, cemitérios, hospitais, etc..., quando da vinda para o Terreiro. No  entanto, pode usar um calçado leve, usado somente dentro do terreiro.

A Umbanda trabalha com alguns sacramentos que são parecidos com os da Igreja Católica, que são: casamento, funeral e batismo.
O casamento é realizado pelo guia chefe da casa ou pelo sacerdote responsável pêlo centro, e não pertence só aos médiuns da casa, qualquer um que deseje casar-se na Umbanda pode pedir este sacramento.
O funeral é realizado pelo sacerdote do terreiro e sofre alterações de acordo com a condição do morto, se é iniciado na Umbanda ou não.
O batismo é realizado sempre pelo guia chefe do terreiro e pode ser para crianças ou adultos e também não se restringe apenas aos médiuns da casa.
Os demais sacramentos da Umbanda são referentes aos graus de iniciação dos médiuns da casa.
Leitura complementarBatismo na umbanda;  As giras de umbanda

11. A Magia da Umbanda e seus Elementos


Magia é movimentação de energia pela aplicação da vontade e da força mental de um agente encarnado ou desencarnado (ou ambos, em união de interesses), com a finalidade de criar campos de forças magnéticos específicos (atração, defesa, retenção, repulsão). Atraímos energias quando riscamos um ponto com essa finalidade e, ao mesmo tempo, realizamos uma invocação.
Quando tocamos uma sineta diante da tronqueira de exu (local onde é fixado vibratoriamente o guardião do templo, geralmente à entrada e aos fundos do terreiro), nos defendemos pedindo proteção e segurança. Da mesma forma, alguns atos magísticos podem ter por objetivo a retenção de certas energias, como por exemplo: ao acendermos uma vela para um determinado orixá no local vibrado dentro do terreiro para essa finalidade específica, ou quando rogamos amor para Oxum ou prosperidade para Iemanjá.
Temos de liberar o ato magístico da conotação de misticismo fantástico, de mistério fenomênico, de algo sobrenatural. Toda ação de magia se baseia em leis da natureza e delas não se consegue prescindir. Umbanda é essencialmente magística e toda a sua magia tem por finalidade o bem do próximo. É importante deixar bem claro que todo ato de magia deve visar ao bem dentro da máxima evangélica de que "devemos fazer ao nosso semelhante aquilo que desejamos a nós mesmos".
A aplicação prática da magia se dá por meio de invocações, evocações, esconjuros, consagrações, contagens, cânticos, mantras e outros recursos utilizados para facilitar a concentração mental. Quanto mais unido for um grupo que objetiva praticar a magia, mais coesão e força terá o ato magístico. Cabe lembrar que um mago adestrado consigue interferir em campos de energia somente pela sua mente disciplinada.
Quando falamos em energia, tratando-se de magia, temos de contemplar as dimensões vibratórias mais próximas que nos cercam, ou seja, a física, a etérica e a astral. O pensamento tem poder criador e o que emitimos se movimenta nessas três dimensões. A partir dessa realidade, nos conscientizamos de quão responsáveis somos pelo que pensamos. Detalhando melhor: a dimensão física é formada de energia condensada (matéria); a dimensão etérica tangencia e é contígua à física e se sustenta pela constante emanação fluídica desta, fazendo parte dela; e finalmente temos a dimensão astral, da qual a dimensão material (em que nos encontramos encarnados) é consequência, como se fôssemos um gigantesco mata-borrão. Salientamos que a verdadeira  morada planetária é o mundo astral, onde passamos a maior parte de nossa existência como desencarnados.
Na umbanda, a movimentação de energias entre essas dimensões se dá pela via mediúnica, não bastando "apenas" ser um mago sacerdote. São os guias do "lado de lá" quem conduzem todos os trabalhos e têm o alcance de justiça e outorga do Astral superior para determinar a amplitude das tarefas realizadas. Por esse motivo, ficamos bastante receosos com os muitos magos existentes atualmente, e com a rapidez com que são formados. Somos de opinião que está faltando mediunidade em muita magia praticada por aí. Preocupa-nos os cursos de formação coletiva, regiamente pagos, para se obter insígnias sacerdotais de mago disto ou daquilo, com solenidades grandiosas de entrega de títulos e paramentos bonitos. Todo o cuidado é pouco quando tratamos com magia cerimonial caritativa de auxílio ao próximo, pois "aquele que não tem patuá que não se meta com mandinga", diz-nos sempre a veneranda Vovó Maria Conga, sabedora do efeito de retorno para todos nós quando interferimos em campos de energias de outras pessoas, sem autorização para fazê-lo em conformidade com as leis cármicas.
É preciso comentar que todo médium da umbanda é, em maior ou menor proporção, um mago, mas nem todo mago é um médium, pois a premissa para se ter uma função sacerdotal na umbanda é a mediunidade, e não o contrário: dirigentes magos, sem nenhuma mediunidade, na frente de um congá. Nada temos contra a ênfase mágica sacerdotal e iniciática de outros cultos, que até podem ser confundidos com a umbanda, em vários aspectos ritualísticos, pelos olhos leigos da sociedade. Ocorre que não somos "meros" repetidores de ritual, qual cenógrafos de teatro. Não sabemos exatamente o que se está fazendo por aí, mas com certeza esse grande comércio de magia que está virando indústria não é umbanda, aquela umbanda simples e de pujança mediúnica instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. A ênfase iniciática e mágica, meramente pelo efeito ritual externo, vistoso, decorre da vaidade humana e é um reducionismo da nossa religião, da sua humildade, simplicidade, e principalmente do mediunismo com as suas entidades, verdadeiras mantenedoras da força e do axé de nossos congás por este Brasil afora.

12. A Importância dos Elementos e o Congá

Os elementos materiais não são indispensáveis e não devem se tornar bengala psicológica.
As vibrações dos orixás respondem à invocação pela força mental. Obviamente essa resposta varia de indivíduo para indivíduo. Experiências sacerdotais de vidas passadas utilizando essas energias fazem parte do inconsciente dos médiuns magistas da atualidade. Temos de considerar que a aparelhagem fisiológica do médium, quando vibrada junto com os guias por meio da incorporação, fornece abundantes fluidos que serão movimentados para a caridade.
Por outro lado, sabemos que os elementos materiais são importantes condensadores energéticos. Na prática do terreiro, aprendemos que, em determinados atendimentos, se utilizássemos só a força mental, os trabalhos ficaram por demais prolongados e muito cansativos.
Outro fato que reforça essa opinião é que somos naturalmente desconcentrados, ainda mais depois de duas a três horas de extenuantes passes e consultas, em que nos defrontamos com as mais inimagináveis mazelas humanas.
Elencaremos a seguir alguns condensadores energéticos e sua utilização no terreiro:
álcool/fogo: transmutação, assepsia e desintegração de trabalhos de feitiçaria que estão vibrando no Astral.
ervas: maceradas liberam prana (axé vegetal) pelo sumo das plantas; queimadas (fumo, defumação) dispersam seus princípios químicos no ambiente astro-etéreo-físico.
som: atração, concentração ou repulsão de certas energias.
 guias: imantação da vibração do orixá para proteção e descarga do médium.
pontos riscados: campos de força magnéticos de atração, retenção e dispersão, usados junto com os pontos cantados.
pólvora: deslocamento do éter (ar) para desintegração de campos de forças muito densos.
oferendas: agradecimento e reposição de axé (na umbanda não fazemos oferendas para trocar).
água: imantação de uma maneira geral; descarga fluídica; meio condutor de fluidos que se quer fixar.
Devemos usar os elementos materiais com parcimônia e sabedoria, pois quando bem utilizados são valiosas ferramentas de apoio liberadoras de energias para os trabalhos de caridade, preservando o corpo mediúnico de maiores desgastes.
Congá
O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico,numa junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na área física do templo
Vamos descrever as funções do congá:
· atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.
· condensador: condensa as ondas mentais que se "amontoam" ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.
· escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.
· expansor: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
· transformador: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra;
· alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
Todo o trabalho na umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes). Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.
Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.

13. Obsessão, desobsessão e Apometria


Os Espíritos que ainda estão em fase de evolução com tendências ainda de mágoas, rancores, podem muitas vezes influenciar o pensamento dos encarnados, de tal forma que quem está sendo obsediado nem consiga muitas vezes perceber.
No entanto, para que isto aconteça é necessário que os encarnados baixem seu padrão vibratório, seja pela mágoa, pelo rancor, pela tristeza. Isto é um grande desafio.
E alguns se perguntariam por que Deus permite que isto aconteça?
“Os espíritos imperfeitos são instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens de bem”
Na Umbanda, desobsessão ocorre durante as consultas da sessão de caridade. Com a palavra mansa e calma do preto velho, com a austeridade direta do caboclo, com a irreverência do exu, vão os obsessores sendo doutrinados e encaminhados ao Astral. Muitas vezes, basta um passe com galhinho de arruda e o enorme amor de uma vovó para que os ferrenhos inimigos do "lado de lá" se apaziguam e se deixam levar. Quem tem olhos de ver e ouvidos de escutar podem observar o que acontece em nossas "engiras". Entendemos como contra-magia todo o axé (força) do orixá que é canalizado para o equilíbrio do consulente. É como um suprimento energético que está faltando. Numa sessão de caridade, todas essas energias se movimentam para que as entidades possam utilizá-las na medida exata para o bem-estar de cada um.
No entanto, além de todo o trabalho realizado pelos Orixás e pela espiritualidade é necessário diariamente a vigilância constante de pensamentos, atitudes e sentimentos.
Todos ainda estão em evolução, mas a cada dia é possível se melhorar um pouco mais e auxiliar a todos os seres da luz, que também estão ao lado dos encarnados, mas muitas vezes estes não os escutam.
Vamos auxiliar os Pretos-Velhos, os Caboclos e todas as falanges da Luz, mantendo padrões de pensamentos, sentimentos e palavras de AMOR E LUZ!


TIPOS DE OBSESSÃO
Entre as obsessões temos as simples (Monobsessões OU  Poliobsessões)e a complexa.

Obsessão simples
A obsessão simples será mono-obsessão quando houver um espírito agindo sobre outro. E poliobsessão se forem vários os obsessores que atuam sobre uma mesma vítima.

Mono-obsessão
A obsessão simples caracteriza-se por ação maléfica que poderíamos chamar de superficial. O algoz atua através de simples sugestão, não empregando campos-de-força ou instrumentos mais sofisticados. Trata-se, quase sempre, de espontâneo fruto do ódio; o agente visa prejudicar a vítima sugestionando-a através de idéias ou imagens. Não usa de maiores recursos para que isso se cristalize; a ação é limitada, em seus efeitos, pela força mental da indução. Esses obsessores agem com os meios de que dispõem, sem maiores conhecimentos das leis do mundo espiritual. Procuram destruir o desafeto com paus, chicotes, cordas e instrumentos semelhantes, envolvem-no em amarras, laços, peias, sudários, etc. As conseqüências destas agressões têm importância muito relativa já que depende das defesas naturais do obsediado, intensidade das energias empregadas pelos perseguidores e do tempo de atuação.

Poli-obsessão
Na poli-obsessão, a ação produzida por vários obsessores (que agem quase sempre em grupos, e sincronicamente) é mais perigosa, pois há multiplicações de energias maléficas. Caso, no entanto, não se conste a implantação de aparelhos eletrônicos parasitas no sistema nervoso da vítima ou o emprego de meios sofisticados de causar danos irremediáveis, a poli-obsessão deve ser catalogada entre as do tipo simples.

Obsessão complexa
Na obsessão complexa consideramos todos os casos em que houver ação de magia negra; implantação de aparelhos parasitas; uso de campos-de-força dissociativos ou magnéticos de ação contínua, provocadores de desarmonias tissulares que dão origem a processos cancerosos. Campos-de-força permanentes podem, também, inibir toda a criatividade das vítimas, ou desfazer projetos acalentados com o maior desvelo, principalmente os que geram dinheiro (levando as vítimas ao total empobrecimento). Complexos são, igualmente, os casos em que técnicos das sombras fixam no obsediado espíritos em sofrimento atroz, visando parasitá-lo ou vampirizá-lo. Página 8 Vem sendo comum nos depararmos com pessoas aprisionadas em campos magnéticos que as envolvem em vibrações de baixíssima freqüência. Esses pacientes se queixam de profundo mal-estar e sensação de opressão que, aumentando rápida e progressivamente, os levam a atitudes e idéia-fixa de auto-destruição, tão grande é o desespero que os aflige. A técnica de cercar a vítima com vários tipos de obsessão configura outra característica da obsessão complexa. O enfermo vê-se encurralado, indefeso, à mercê de inimigos e predadores desencarnados. Através de planejamento minucioso (plano de urdidura verdadeiramente diabólica, de “estado maior”, executando com rigor militar), os técnicos do Mal investigam toda a vida da vítima, descobrem e “convocam” seus inimigos desencarnados (desde o passado mais remoto) para convidá-los à vingança e destruição de seu desafeto.

TIPOS DE AÇÃO OBSESSIVA
Indução Espiritual
A indução espiritual de desencarnado para encarnado se faz espontaneamente, na maioria das vezes de modo casual, sem premeditação ou maldade alguma. O espírito vê o paciente, sente-lhe a benéfica aura vital que o atrai, porque lhe dá sensação de bem estar. Encontrando-se enfermo, porém, ou em sofrimento, transmite ao encarnado suas angústias e dores, a ponto de desarmonizá-lo - na medida da intensidade da energia desarmônica de que está carregado e do tempo de atuação sobre o encarnado. Em sensitivos sem educação mediúnica, é comum chegarem em casa esgotados, angustiados ou se queixando de profundo mal-estar. Por ressonância vibratória, o desencarnado recebe um certo alívio, uma espécie de calor benéfico que se irradia do corpo vital mas causa no encarnado, o mal-estar de que este se queixa. Hábitos perniciosos ou vícios, uma cerveja na padaria, um cigarro a mais, um passeio no motel, um porno-filme da locadora de vídeo, defender ardorosamente o time de futebol, manifestação violenta da sua própria opinião pessoal, atraem tais tipos de companhia espiritual. Algumas brincadeiras tais como as do copo, ou pêndulo, podem atrair espíritos brincalhões, a princípio, que podem gostar dos participantes e permanecerem por uma longa estadia. De qualquer maneira, o encarnado é sempre o maior prejudicado, por culpa da sua própria invigilância - "orai e vigiai" são as palavras chaves e o agir conscientemente, é a resposta. A influência exercida pelos desencarnados, em todas as esferas da atividade humana poderá ser feita de maneira sutil e imperceptível, por exemplo, sugerindo uma única palavra escrita ou falada que deturpe o significado da mensagem do encarnado de modo a colocá-lo em situação delicada. A indução espiritual, embora aparente certa simplicidade, pode evoluir de maneira drástica, ocasionando repercussões mentais bem mais graves, simulando até mesmo, uma subjugação espiritual por vingança. Durante o estado de indução espiritual, existe a transferência da energia desarmônica do desencarnado para o encarnado, este fato poderá agravar outros fatos precedentes, como a ressonância vibratória com o passado angustioso que trazem a desarmonia psíquica para a vida presente, através de "flashes" ideoplásticos - ideo, do grego idéa = "aparência"; princípio, idéia. + plast (icos), do grego plásso ou platto = "modelar"; moldar. Ou ainda "plasmar", no conceito espírita.). Em outras palavras: um fato qualquer na vida presente poderá ativar uma faixa angustiosa de vida passada, tal vibração, gera a sintonia vibracional que permite a aproximação de um espírito desencarnado em desarmonia. Esses dois fatos juntos podem gerar situações de esquizofrenia na vida atual do paciente.

Obsessão Espiritual
"A obsessão é a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais." (Allan Kardec) "É a ação nefasta e continuada de um espírito sobre outro, independentemente do estado de encarnado ou desencarnado em que se encontrem" (Dr. José Lacerda). A obsessão implica sempre ação consciente e volitiva, com objetivo bem nítido, visando fins e efeitos muito definidos, pelo obsessor que sabe muito bem o que está fazendo. Esta ação premeditada, planejada e posta em execução, por vezes, com esmero e sofisticação, constitui a grande causa das enfermidades psíquicas. Quando a obsessão se processa por imantação mental, a causa está, sempre em alguma imperfeição moral da vítima (na encarnação presente ou nas anteriores), imperfeição que permite a ação influenciadora de espíritos malfazejos. A obsessão é a enfermidade do século. Tão grande é o número de casos rotulados como disfunção cerebral ou psíquica (nos quais, na verdade, ela está presente) que podemos afirmar: fora às doenças causadas por distúrbios de natureza orgânica, como traumatismo craniano, infecção, arteriosclerose e alguns raros casos de ressonância com o Passado (desta vida), TODAS as enfermidades mentais são de natureza espiritual. A maioria dos casos é de desencarnados atuando sobre mortais. A etiologia das obsessões, todavia, é tão complexa quanto profunda, vinculando-se às dolorosas conseqüências de desvios morais em que encarnado e desencarnado trilharam caminhos da criminalidade franca ou dissimulada; ambos, portanto, devendo contas mais ou menos pesadas, por transgressões à grande Lei da Harmonia Cósmica Passam a se encontrar, por isso, na condição de obsediado e obsessor, desarmonizados, antagônicos, sofrendo mutuamente os campos vibratórios adversos que eles próprios criaram. A maioria das ações perniciosas de espíritos sobre encarnados implica todo um extenso processo a se desenrolar no Tempo e no Espaço, em que a atuação odiosa e pertinaz (causa da doença) nada mais é do que um contínuo fluxo de cobrança de mútuas dívidas, perpetuando o sofrimento de ambos os envolvidos. Perseguidores de ontem são vítimas hoje, em ajuste de contas interminável, mais trevoso do que dramático. Ambos, perseguidor e vítima atuais, estão atrasados na evolução espiritual. Tendo transgredido a Lei da Harmonia Cósmica e não compreendendo os desígnios da Justiça Divina, avocam a si, nos atos de vingança, poder e responsabilidade que são de Deus. Os tipos de ação obsessiva podem acontecer em desencarnado atuando sobre desencarnado, desencarnado sobre encarnado, encarnado sobre desencarnado, encarnado sobre encarnado ou ainda obsessão recíproca, esses dois últimos, estudados sob o título de Pseudo-Obsessão.

Pseudo-Obsessão
É a atuação do encarnado sobre o encarnado ou a obsessão recíproca. Todos nós conhecemos criaturas dominadoras, prepotentes e egoístas, que comandam toda uma família, obrigando todos a fazerem exclusivamente o que elas querem. Tão pertinaz (e ao mesmo tempo descabida) pode se tornar esta ação, que, sucedendo a morte do déspota, todas as vítimas de sua convivência às vezes chegam a respirar, aliviadas. No entanto, o processo obsessivo há de continuar, pois a perda do corpo físico não transforma o obsessor. Este tipo de ação nefasta é mais comum entre encarnados, embora possa haver pseudo-obsessão entre desencarnados e encarnados. Trata-se de ação perturbadora em que o espírito agente não deseja deliberadamente, prejudicar o ser visado. É conseqüência da ação egoísta de uma criatura que faz de outra o objeto dos seus cuidados e a deseja ardentemente para si própria como propriedade sua. Exige que a outra obedeça cegamente às suas ordens desejando protegê-la, guiá-la e, com tais coerções, impede-a de se relacionar saudável e normalmente com seus semelhantes. Acreditamos que o fenômeno não deve ser considerado obsessão propriamente dita. O agente não tem intuito de prejudicar o paciente. Acontece que, embora os motivos possam até ser nobres, a atuação resulta prejudicial; com o tempo, poderá transformar-se em verdadeira obsessão. A pseudo-obsessão é muito comum em pessoas de personalidade forte, egoístas, dominadoras, que muitas vezes, sujeitam a família à sua vontade tirânica. Ela aparece nas relações de casais, quando um dos cônjuges tenta exercer domínio absoluto sobre o outro. Caso clássico, por exemplo, é o do ciumento que cerceia de tal modo a liberdade do ser amado que, cego a tudo, termina por prejudicá-lo seriamente. Nesses casos, conforme a intensidade e continuidade do processo, pode se instalar a obsessão simples (obsessão de encarnado sobre encarnado). O que dizer do filho mimado que chora, bate o pé, joga-se ao chão, até que consegue que o pai ou a mãe lhe dê o que quer ou lhe "sente a mão". Qualquer das duas reações faz com que o pequeno e "inocente" vampiro, absorva as energias do oponente. O que pensar do chefe déspota, no escritório? E dos desaforos: "eu faço a comida, mas eu cuspo dentro". E que tal a mulher dengosa que consegue tudo o que quer? Quais são os limites prováveis? Sociedade Brasileira de Apometria - Curso Básico de Apometria Enquanto o relacionamento entre encarnados aparenta ter momentos de trégua enquanto dormem, o elemento dominador pode desprender-se do corpo e sugar as energias vitais do corpo físico do outro. Após o desencarne, o elemento dominador poderá continuar a "proteger" as suas relações, a agravante agora é que o assédio torna-se maior ainda, pois o desencarnado não necessita cuidar das obrigações básicas que tem como encarnado, tais como: comer, dormir, trabalhar, etc. O obsediado poderá reagir as ações do obsessor criando condições para a obsessão recíproca. Quando a vítima tem condições mentais, esboça defesa ativa: procura agredir o agressor na mesma proporção em que é agredida. Estabelece-se, assim, círculo vicioso de imantação por ódio mútuo, difícil de ser anulado. Em menor ou maior intensidade, essas agressões recíprocas aparecem em quase todos os tipos de obsessão; são eventuais (sem características que as tornem perenes), surgindo conforme circunstâncias e fases existenciais, podendo ser concomitantes a determinados acontecimentos. Apesar de apresentarem, às vezes, intensa imantação negativa, esses processos de mútua influência constituem obsessão simples, tendo um único obsessor. Quando a obsessão recíproca acontece entre desencarnado e encarnado é porque o encarnado tem personalidade muito forte, grande força mental e muita coragem, pois enfrenta o espírito em condições de igualdade. No estado de vigília, a pessoa viva normalmente não sabe o drama que esta vivendo. É durante o sono – e desdobrada – que passa a ter condições de enfrentar e agredir o contendor. Em conclusão a esses tipos de relacionamentos interpessoais, aparenta que o ser humano deixou de absorver as energias cósmicas ou divinas, por seu próprio erro, desligando-se do Divino e busca desde então, exercer o "poder" sobre o seu semelhante para assim, vampirizar e absorver as suas energias vitais. De que maneira podemos nos "religar" e absorver as energias divinas, depois de tantas vidas procedendo erroneamente? Talvez a resposta esteja no "ORAI E VIGIAI", de maneira constante e persistente, sem descanso, sem tréguas, buscando o equilíbrio de ações, pensamentos e plena consciência dos seus atos, pois talvez ainda, o maior culpado deste errôneo proceder seja de quem se deixa dominar, vampirizar ou chantagear.

Simbiose
Por simbiose entende-se a duradoura associação biológica de seres vivos, harmônica e às vezes necessária, com benefícios recíprocos. A simbiose espiritual obedece ao mesmo princípio. Na Biologia, o caráter harmônico e necessário deriva das necessidades complementares que possuem as espécies que realizam tais associações que primitivamente foi parasitismo. Com o tempo, a relação evoluiu e se disciplinou biologicamente: o parasitado, também ele, começou a tirar proveito da relação. Existe simbiose entre espíritos como entre encarnados e desencarnados. É comum se ver associações de espíritos junto a médiuns, atendendo aos seus menores chamados. Em troca, porém recebem do médium as energias vitais de que carecem. Embora os médiuns às vezes nem suspeitem, seus "associados" espirituais são espíritos inferiores que se juntam aos homens para parasitá-los ou fazer simbiose com eles.

Parasitismo
Em Biologia, "parasitismo é o fenômeno pelo qual um ser vivo extrai direta e necessariamente de outro ser vivo (denominado hospedeiro) os materiais indispensáveis para a formação e construção de seu próprio protoplasma.". O hospedeiro sofre as conseqüências do parasitismo em graus variáveis, podendo até morrer. Haja vista o caso da figueira, que cresce como uma planta parasita, e à medida que cresce, sufoca completamente a planta hospedeira a ponto de secá-la completamente. Parasitismo espiritual implica - sempre - viciação do parasita. O fenômeno não encontra respaldo ou origem nas tendências naturais da Espécie humana. Pelo contrário, cada indivíduo sempre tem condições de viver por suas próprias forças. Não há compulsão natural à sucção de energias alheias. É a viciação que faz com que muitos humanos, habituados durante muito tempo a viver da exploração, exacerbem esta condição anômala, quando desencarnados. Tanto quanto o parasitismo entre seres vivos, o espiritual é vício muitíssimo difundido. Casos há em que o parasita não tem consciência do que faz; às vezes, nem sabe que já desencarnou. Outros espíritos, vivendo vida apenas vegetativa, parasitam um mortal sem que tenham a mínima noção do que fazem; não tem idéias, são enfermos desencarnados em dolorosas situações. Neste parasitismo inconsciente se enquadra a maioria dos casos. Há também os parasitas que são colocados por obsessores para enfraquecerem os encarnados. Casos que aparecem em obsessões complexas, sobretudos quando o paciente se apresenta anormalmente debilitado. O primeiro passo do tratamento consiste na separação do parasita do hospedeiro. Cuida-se do espírito, tratando-o, elementos valiosos podem surgir, facilitando a cura do paciente encarnado. Por fim, tratase de energizar o hospedeiro, indicando-lhe condições e procedimentos profiláticos.

TIPOS DE AÇÃO OBSESSIVA

Vampirismo
A diferença entre o vampirismo e o parasitismo está na intensidade da ação nefasta do vampirismo, determinada pela consciência e crueldade com que é praticada. Tem, portanto, a intenção. Vampirizam porque querem e sabem o que querem. André Luiz nos informa: "Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas, cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens." ("Missionários da Luz", Cap. "Vampirismo"). Há todo um leque de vampiros, em que se encontram criaturas encarnadas e desencarnadas. Todos os espíritos inferiores, ociosos e primários, podem vampirizar ou parasitar mortos e vivos. Um paciente, pela descrição, era portador de distrofia muscular degenerativa, estava de tal modo ligado ao espírito vampirizante que se fundiam totalmente, os cordões dos corpos astrais estavam emaranhados, o espírito tinha tanto amor pelo paciente que acabou por odiá-lo profundamente, desejando a sua morte, e assim sugava suas energias.

Síndrome dos Aparelhos Parasitas no Corpo Astral
A finalidade desses engenhos eletrônicos (eletrônicos, sim; e sofisticados) é causar perturbações funcionais em áreas como as da sensibilidade, percepções ou motoras, e outros centros nervosos, como núcleos da base cerebral e da vida vegetativa. Mais perfeitos e complexos, alguns afetam áreas múltiplas e zonas motoras específicas, com as correspondentes respostas neurológicas: paralisias progressivas, atrofias, hemiplegias, síndromes dolorosas etc, paralelamente às perturbações psíquicas. Como se vê, o objetivo é sempre diabólico: desarmonizar a fisiologia nervosa e fazer a vítima sofrer. A presença de aparelhos parasitas já indica o tipo de obsessores que terão de ser enfrentados: Em geral pertencem a dois grandes "ramos": O inimigo da vítima, contrata, mediante barganha, um mago das Trevas, especializado na confecção e instalação dos aparelhos. O obsessor é o próprio técnico, que confecciona, instala o aparelho e, como se não bastasse, também zela pelo ininterrupto funcionamento, o que torna o quadro sobremaneira sombrio. É comum obsessores colocarem objetos envenenados em incisões operatórias, durante cirurgias, para causar nos enfermos o maior mal-estar possível, já que com isso impedem a cicatrização ou ensejam a formação de fístulas rebeldes, perigosas (em vísceras ocas, por exemplo). Usam para tanto, cunhas de madeira embebidas em sumos vegetais venenosos - tudo isso no mundo astral, mas com pronta repercussão no corpo físico: dores, prurido intenso, desagradável calor local, inflamação etc. Os aparelhos são colocados, com muita precisão e cuidado, no Sistema Nervoso Central dos pacientes. Em geral os portadores de tais aparelhos são obsediados de longa data. A finalidade desses engenhos eletrônicos é causar perturbação nervosa na área da sensibilidade ou em centros nervosos determinados. Alguns mais perfeitos e complexos atingem também ''áreas motoras específicas causando respostas neurológicas correspondentes, tais como paralisias progressivas, atrofias, hemiplegias, síndromes dolorosas, etc. O objetivo sempre é desarmonizar a fisiologia nervosa do paciente e fazê-lo s ofrer. A interferência constante no sistema nervoso causa perturbações de vulto, não só da fisiologia normal, mas, sobretudo no vasto domínio da mente, com reflexos imediatos para a devida apreciação dos valores da personalidade e suas respostas na conduta do indivíduo. Tudo isso se passa no mundo espiritual, no corpo astral. Somente em desdobramento é possível retirar esses artefatos parasitas, o que explica a ineficiência dos "passes" neste tipo de enfermidade. O obsessor pode ser de dois tipos: ou o inimigo contratou mediante barganha em troca do trabalho, a instalação com algum mago das sombras, verdadeiro técnico em tais misteres, ou o obsessor é o próprio técnico que pessoalmente colocou o aparelho e zela pelo funcionamento do mesmo, tornando o quadro mais sombrio.

Arquepadias (magia originada em passado remoto)
Arquepadia (do grego "épados" = magia e "archaios" = antigo) é a síndrome psicopatológica que resulta de magia originada em passado remoto, mas atuando ainda no presente. Freqüentemente os enfermos apresentam quadros mórbidos estranhos, subjetivos, sem causa médica conhecida e sem lesão somática evidente. São levados na conta de neuróticos incuráveis. Queixam-se de cefaléias, sensação de abafamento, ou crises de falta de ar sem serem asmáticos. Outros têm nítida impressão de que estão amarrados, pois chegam a sentir as cordas; alguns somente sentem-se mal em determinadas épocas do ano ou em situações especiais. Os doentes sofrem no corpo astral situações de encarnações anteriores. Alguns foram sacerdotes de cultos estranhos e assumiram com entidades representando deuses, selados às vezes com sangue, formando, dessa forma, fortes laços de imantação que ainda não foram desfeitos. Outros, em encarnações no Egito sofreram processos de mumificação especial, apresentando ainda em seu corpo astral as faixas de conservação cadavérica e os respectivos amuletos fortemente magnetizados. Alguns sofreram punições e maldições que se imantaram em seus perispíritos e continuam atuando até hoje. Sempre é necessário um tratamento especial em seu corpo astral para haver a liberação total do paciente.

Goécia (magia negra)
Em todas as civilizações, e desde a mais remota antigüidade, a magia esteve presente. Começou provavelmente, com o homem das cavernas. Sabemos de seus rituais propiciatórios para atrair animais com que se alimentavam, de rituais mágicos em cavernas sepulcrais, de invocações às forças da Natureza para defesa da tribo contra animais e inimigos. Essa magia natural teve suas finalidades distorcidas, tornando-se arma mortífera nas mãos de magos renegados. Encantamentos eram usados para fins escusos. E para agredir, prejudicar e confundir, tanto indivíduos como exércitos e Estados. A ambição e o egoísmo usaram as forças da Natureza para o Mal; espíritos dos diversos reinos foram e ainda são escravizados por magos negros, que não poupam o próprio Homem. A distorção e o uso errado da magia fizeram com que caísse em rápida e progressiva decadência. No mais das vezes, a magia é a utilização das forças da Natureza, dos seus elementos e dos seres espirituais que os coordenam. A Natureza é a obra de Deus na sua forma pura, não é boa, nem ruim, ela é! Nós, os seres humanos, no nosso agir errado é que utilizamos maldosamente essas energias, e ao longo do nosso aprendizado, nos tornamos magos negros, nos distanciamos da Lei do Criador, deixando o orgulho e a vaidade assumir espaço em nossos corações. Desaprendemos como receber a energia divina e aprendemos a ganhar "poder" sobre os nossos companheiros e assim sugar as suas minguadas energias. Ao longo das nossas encarnações, tornamo-nos seres devedores da Lei, e nesse errôneo caminhar, Deus se apieda e permite que paguemos com o Amor, as dívidas que contraímos. Esta é a finalidade das nossas vidas, "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos". O pior tipo de obsessão, contudo, por todos os motivos, complexa, é sem dúvida o que envolve a superlativamente nefasta magia negra. Ao nos depararmos com tais casos, de antemão sabemos: será necessário ministrar tratamento criterioso, etapa por etapa, para retirar os obsessores (que costumam ser muitos). Procedemos à desativação dos campos magnéticos que, sem esta providência, ficariam atuando indefinidamente sobre a vítima. Isto é muito importante. Alertamos: a ação magnética só desaparece se desativada por ação externa em relação à pessoa, ou se o enfermo conseguir elevar seu padrão vibratório a um ponto tal que lhe permita livrar-se, por si próprio, da prisão magnética. Assim como um dia utilizamos as forças da Natureza de maneira errada, podemos contar também com a Natureza para que a utilizemos da maneira certa, pelo menos, desta vez. Entidades da Natureza sempre estarão presentes e dispostas a nos auxiliarem. Os magos das trevas têm atuação bastante conhecida. Astuciosa. Dissimuladora. Diabólica. Apresentam-se às vezes com mansidão. São aparências, ciladas, camuflagens, despistes e ardis. Somente pela dialética, pouco será conseguido. Para enfrentá-los, o operador deve ter conhecimento e suficiente experiência de técnicas de contenção, além do poder e proteção espiritual bastante para enfrentá-los. Nunca se poderá esquecer de que, ao longo de séculos, eles vêm se preparando - e muito bem - para neutralizar as ações contra eles, e, se possível, revertê-las contra quem tentar neutralizá-los.

AUTO-OBSESSÃO
Na auto-obsessão temos o próprio indivíduo como manifestador de sua desarmonia. As causas são variadas e entendê-las uma a uma permite saber como identificar sua origem e o tratamento a ser realizado.

Síndrome da Ressonância Vibratória com o Passado
Lembranças sugestivas de uma outra encarnação, seguramente, fluem de um arquivo de memória que não o existente no cérebro material, sugerem a evidência de arquivos perenes situados em campos multi-dimensionais da complexidade humana, portanto, estruturas que preexistem ao berço e sobrevivem ao túmulo. O espírito eterno que nos habita, guarda todas as cenas vividas nas encarnações anteriores. Tudo, sensações, emoções e pensamentos, com todo seu colorido. Ressonância vibratória com o passado, são vislumbres fugazes de fatos vivenciados em uma outra equação de tempo e que, em certas circunstâncias, na encarnação atual, emergem do psiquismo de profundidade através de flashes ideoplásticos de situações vividas em encarnações anteriores. A pessoa encarnada não se recorda de vidas passadas porque o cérebro físico não viveu aquelas situações, e, logicamente, delas não tem registro. Nosso cérebro está apto a tratar de fenômenos que fazem parte da existência atual, e não de outras. Se a ressonância é de caráter positivo, expressando a recordação de um evento agradável, não desperta maiores atenções, confundindo-se com experiências prazerosas do cotidiano. Porém, no caso de uma ressonância negativa, ocorrem lembranças de certas atitudes infelizes do homem terreno, a exemplo, de suicídios, crimes, desilusões amorosas e prejuízos infligidos aos outros, podem gerar conflitos espirituais duradouros. São contingências marcantes, responsáveis por profundas cicatrizes psicológicas que permanecem indelevelmente gravadas na memória espiritual. Nas reencarnações seguintes, essas reminiscências podem emergir espontaneamente sob a forma de "flashes ideoplásticos" e o sujeito passa a manifestar queixas de mal-estar generalizado com sensações de angústia, desespero ou remorso sem causas aparentes, alicerçando um grupo de manifestações neuróticas, bem caracterizadas do ponto de vista médico-espírita e denominadas - Ressonâncias Patológicas - como bem as descreveu o Dr. Lacerda. Uma determinada situação da vida presente, uma pessoa, um olhar, uma jóia, uma paisagem, uma casa, um móvel, um detalhe qualquer pode ser o detonador que traz a sintonia vibratória. Quando a situação de passado foi angustiosa, este passado sobrepõe-se ao presente. A angústia, ocorrendo inúmeras vezes, cria um estado de neurose que com o tempo degenera em psicopatia. Estados vibracionais como estes podem atrair parasitas espirituais que agravam o quadro. Durante um atendimento, incorporou o espírito de uma criança. O pai desta criança foi convocado para a guerra e disse a ela que ele voltaria para buscá-la. O pai morreu em uma batalha. A aldeia em que moravam foi bombardeada, a criança desencarnou junto com outros. O doutrinador, naquela encarnação foi o pai da criança. O corpo mental da criança ficou preso à situação de passado pela promessa do pai e os outros habitantes da aldeia ficaram magnetizados àquela situação. Todos foram atendidos. O fator desencadeante: a criança, em sua atual encarnação é dentista e tendo o doutrinador como paciente.

Correntes Mentais Parasitas Auto-Induzidas
Certos indivíduos mais sensíveis ou impressionáveis manifestam um verdadeiro temor às aflições corriqueiras da vida. A causa de tudo é o medo patológico que alimentam. Com o passar dos tempos, esse medo indefinido e generalizado converte-se numa verdadeira expressão de pavor, desestruturando por completo o psiquismo da criatura e alimentando, conseqüentemente, os mais variados distúrbios neurológicos, nos quais as fobias, angústias e pânicos terminam por emoldurarem as conhecidas síndromes psicopatológicas persistentes e de difícil resposta aos procedimentos terapêuticos em voga. Esse grupo de auto-obsediados faz da preocupação exagerada e do medo patológico a sua rotina de vida. E em meio à desgastante angústia experimentada, alimenta, de uma forma desequilibrada, o receio de doenças imaginárias, o receio infundado com o bem-estar dos filhos ou a idéia de que, a qualquer momento, perderão os seus bens materiais. Formam o imenso contingente de neuróticos crônicos, infelizes e sofredores por antecipação. Tal eventualidade, além de identificada e bem avaliada pela equipe apométrica, deve motivar o próprio enfermo a uma análise judiciosa de seu comportamento inadequado diante das solicitações da vida. É bem verdade que a sujeição a uma terapia espiritual globalizada, terapia que inclua desde os mais eficientes procedimentos desobsessivos até o emprego dos métodos sugestivos da psicopedagogia evangélica, serve para aliviar, e muito, a sintomatologia desgastante de qualquer patologia anímica, e ao mesmo tempo, estimular o indivíduo na busca incessante do reequilíbrio necessário ao seu bemestar físico e espiritual. O esforço individual na busca da tão sonhada vivência evangélica aos poucos substituirá os comportamentos inadequados e as atitudes infelizes por novos padrões mais salutares e otimistas de comportamento.

Recordação tormentosa, fragmentária, de encarnação anterior.
Nessa síndrome, não há imagens, nem vislumbre de cenas vividas em existências anteriores. O doente tem súbito mal-estar, angústia ou estados depressivos que repetem os sofridos em outra(s) vida(s), sofrimento este que parece conseqüência de algo indefinível, fosco, apenas um vislumbre de sensação. São fragmentos de cenas, tudo esparso e desconexo, mas que se sabe fazer parte de um conjunto, que – se sente – é desagradável. Quando não devidamente tratado, pode-se agravar o quadro, por correntes mentais parasitas autoinduzidas, entre outros.

Estigmas kármicos físicos formando núcleos obsessivos.
Existem pessoas que nascem marcadas por sinais, cicatrizes e outras deformações limitando atividades psicomotoras, tornando-as feias em sua aparência física, principalmente nas mulheres, onde a vaidade é mais acentuada. Criaturas assim sofrem horrores por estes processos estigmáticos, em que sempre causam as deformidades e, que nem sempre se encontra a causa, ou explicação lógica do fato ocorrido. Estas anomalias geram núcleos, mais ou menos profundos, de estados angustiosos que evoluem para a neurose e recalques. Essas deformações costumam aparecer, por exemplo, em suicidas de encarnações anteriores. Como a autodestruição lesou-lhes profundamente os corpos inferiores – somático – etérico, astral e mental – permanecem eles, depois da morte, com lesões que ressurgem em outra vida, sinal indelével do erro cometido. Página 17 Ilustração Caso acontecido em 1979, na Casa do Jardim, em Porto Alegre. Atenderam uma criança de seis anos portadora de cardiopatia congênita, mistura de sangue venoso com arterial e descompensação funcional. Sendo uma criança, subdesenvolvida, enfermiça, fraca, sempre achacada por resfriados, tinha uma vida de relação muito limitada e era presa de angústia e pesadelos noturnos. Antes de submeter à cirurgia cardíaca (física) e em preparação a ela, buscaram a cura espiritual. Estudando o passado do menino, descobrimos que a causa da cardiopatia era um punhal cravado profundamente no peito dele, na área cardíaca. Em encarnação pretérita, ele assassinara um amigo numa vetusta mansão, onde os dois cortejavam a mesma moça. Desesperado por se ver preterido em favor do rival resolveu eliminá-lo traiçoeiramente. Assim, quando ambos visitavam a moça (convidados que foram, para um jantar), aproveitou-se de um momento em que ficaram a sós e, a pretexto de mostrar um belo cavalo, convidou o rival para acompanhá-lo às cavalariças. Enquanto descia a escada um tanto escuro, em dependência térrea pouco freqüentada, voltou-se subitamente e desferiu certeira punhalada no coração do outro, matando-o. Saltou sobre o corpo e foi para o pátio, onde encontrou outras pessoas com as quais se misturou, conversando e agindo como se nada tivesse acontecido. O crime não foi descoberto, embora o criminoso tivesse ficado sob alguma suspeição. Como ambos os moços pertenciam à alta nobreza, foi fácil, para as autoridades, atribuir o crime a algum ladrão que se viu surpreendido pela vítima, antes que tivesse tempo de roubar.
O tempo passou, mas o criminoso jamais se esqueceu do punhal cravado no peito do amigo e aquele olhar surpreso, no momento em que morria. Como o pensamento tem força criadora, no astral, formou-se na mente do culpado (por fenômeno criativo ideoplástico) uma forma pensamento em que o punhal resplandecia perenemente, manchado de sangue. O punhal tornou-se uma presença real em todos os momentos do espírito do criminoso. O tempo fez com que a arma passasse a integrar o corpo astral do assassino. Ao desencarnar, o punhal foi com ele. Só que, agora, cravado em seu próprio peito. (lei do retorno dos atos praticados: bem gera o bem; mal, o mal.) A energia anômala do punhal, profundamente dissociativa em relação ao delicado equilíbrio biológico das células que iriam construir o órgão cardíaco (durante o processo de formação embrionária), acabou por perturbar acentuadamente o dinamismo da formação dos tecidos, provocando anomalia congênita. A etiologia da patologia cardíaca era, portanto, nitidamente de ordem espiritual. Fugia, por completo, aos meios normais de investigação e tratamento científicos. A causa estava, em última análise, na ação da lei de harmonia cósmica: obedecendo-a, o criminoso providenciou sua própria punição; nasceu enfermo, na justa medida do mal que desencadeara. Por misericórdia divina, todavia, a cardiopatia era passível de correção através de ato cirúrgico cruento. Com esse sofrimento, o aluno cósmico ficou sabendo, talvez para sempre, que nunca se devem ferir nossos irmãos, sob nenhum pretexto. Na Casa do Jardim, foram necessários três atendimentos, em intervalos de sete dias. Com a retirada do punhal fatídico, o menino sofreu a cirurgia programada, com êxito relativo. A vítima do passado foi tratada. Em processos de obsessão simples, o moço apunhalado não abandonava o menino: fora encaminhado à estância de recuperação no astral. Em março de 1987, houve notícias do estado do paciente. A cicatrização da cirurgia só se completou em quatro meses. Durante cerca de cinco anos (até a data de 1984, portanto) permaneceu enfermiço, entrando depois em fase de recuperação. Goza, atualmente, de perfeita saúde. –

Estigmas kármicos psíquicos formando núcleos obsessivos.
Estigmas psíquicos são idênticos aos estigmas físicos, a diferença entre um e outro é que no primeiro caso eles são raros, já no segundo, eles se encontram em toda a parte. Uma boa parte de encarnados são portadores destes campos obsessivos, tanto em grau como em intensidade. Temos os hábitos viciosos, as idéias fixas com opiniões sistemáticas e radicais, os ódios injustificáveis contra o próximo, raças ou instituições, entre outros, que contribuem para aumento do número dos desajustados psíquicos. A melhor forma ou maneira de extirpar esses estigmas é o de orientação, além do tratamento pela técnica apométrica, além da reforma íntima e da cuidadosa higiene mental. A pessoa em tratamento deve exercer ativo policiamento de seus atos, aliás, em todos os tipos de tratamentos, modificando o seu modo de ser. Sem estas qualificações todas as investidas de cura serão ineficazes, por não haver mudança em seu modo de viver, porque quem faz os milagres, na realidade, são os próprios pacientes. Como estas criaturas não têm a realidade da vivência em torno de si mesmas, tendo lembrança do seu passado, agindo como se lá estivesse, necessário se faz mostrar o despertar de sua consciência mais profunda, onde estão arquivados os processos dos estigmas. Processos estes que o indivíduo traz de seu passado, onde foi um rei, rainha, potentado, militar prepotente, etc. Trazendo em sua bagagem mentalidade distorcida, exigindo do próximo a anuência à sua opinião, sem falar da obediência. Existem também personalidades intelectuais com tendências messiânicas pretendendo liderar as massas com fórmulas inviáveis para o momento histórico, estes foram antigos tribunos e políticos, que ainda mantém o desejo de destaque, achando que têm o direito e dever de orientá-los. O número destes elementos é tão grande, que seria impossível abordá-los em detalhes, mas sabemos que estes exercem influência sobre os demais, e que são manobrados pelas trevas, com quem, por sua Sociedade Brasileira de Apometria - Curso Básico de Apometria invigilância que se caracteriza, costumam vincular nas simbioses obsessivas dos mais variados graus de profundidade. Esses pacientes devem perceber e se convencer de que a cura está nela mesma.


 13.1 Apometria

Quem primeiro experimentou no Brasil o desdobramento induzido por um operador encarnado foi o Dr. LUIZ RODRIGUES, farmacêutico/bioquímico, natural de Porto Rico, radicado no Rio de Janeiro. O Dr. LUIZ RODRIGUES chamava sua técnica de Hipnometria. A Hipnometria foi defendida no “VI Congresso Espírita Pan-americano”, em 1963, na cidade de Buenos Aires. Essa técnica consistia na aplicação de pulsos magnéticos concentrados e progressivos no corpo astral do paciente, ao mesmo tempo que, por sugestão, comandava o seu afastamento. O psiquista porto-riquenho Luiz Rodrigues vinha empregando a Hipnometria nos enfermos em geral, obtendo resultados satisfatórios. Em 1965, o Dr. Luiz Rodrigues demonstrou sua técnica em Porto Alegre, durante palestra no Hospital Espírita de Porto Alegre (HEPA), então presidido pelo Sr. Conrado Rigel Ferrari. O Dr. Luiz Rodrigues não era espírita e dele não mais tivemos notícias até seu desencarne.
A APOMETRIA foi assim denominada por Dr. José Lacerda De Azevedo, nascido, em 12.6.1919, formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - em 1951. Cirurgião, ginecologista e, mais tarde, clínico geral renomeado, homem de sólida cultura; com conhecimentos aprofundados em Matemática, Física, Química, Botânica, História Geral, História da França, História do Cristianismo, História da I e II Guerras Mundiais, foi o responsável pelo desenvolvimento e fundamentação científica da Apometria. Dr. LACERDA tinha formação e vivência espírita desde a juventude. Nas artes, sem nunca ter exposto, pintou diversos quadros com real valor artístico. Dr. LACERDA casou-se em 1947, com sua prima, Sra. Iolanda Lacerda de Azevedo, mulher de grandes virtudes, médium dedicada e caridosa, ainda atuante na CASA DO JARDIM (Rio Grande do Sul), onde carinhosamente recebe os enfermos aos sábados pela manhã. O convite do Sr. Conrado Ferrari para assistir à demonstração de Hipnometria, dirigida pelo Dr. Luiz Rodrigues, no Hospital Espírita de Porto Alegre, foi a partida para que o Dr. LACERDA, homem de rara genialidade, desenvolvesse e fundamentasse cientificamente a APOMETRIA.
O termo Apometria Dr. LACERDA adotou o termo APOMETRIA (do grego, “apo” = além de, separar e “metron”, medida), por entender que o termo Hipnometria era impróprio por dar a idéia de hipnose, que não tem qualquer relação com as técnicas de APOMETRIA. O termo Apometria - preposição que significa além de, fora de, e Metron, relativo à medida - representa o clássico desdobramento entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano. Não é propriamente mediunismo, é apenas uma técnica de separação desses componentes. A Apometria é uma técnica de desdobramento que pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. É um método geral, fácil de ser utilizado por pessoas devidamente habilitadas e dirigentes capazes. Apresenta sempre resultado eficaz em todos os pacientes, mesmo nos oligofrênicos profundos sem nenhuma possibilidade de compreensão. O êxito da Apometria reside na utilização da faculdade mediúnica para entrarmos em contato com omundo espiritual da maneira mais fácil e objetiva, sempre que quisermos.
A apometria é uma ferramenta de auxílio à terapêutica espiritual que têm como fundamento principal a indução dos sensitivos ao estado de desdobramento. É uma técnica anímica (não é religião, doutrina, seita, filosofia ou culto), de aplicação universal. Sua eficácia e o sucesso de sua aplicação na caridade dependem da associação com o mediunismo. Mas não basta a moral e a conduta evangélica do grupo, pois, como ainda estamos retidos no ciclo carnal e em processo de retificação moral-espiritual, não temos condição evolutiva de avaliar o merecimento dos consulentes e estabelecer a abrangência terapêutica da apometria. Portanto, sem amparo e cobertura dos mentores espirituais, a apometria está fadada ao fracasso ou a mais nefasta magia negativa.
Não há transe, catalepsia ou letargia com perda da consciência no desdobramento induzido.
Para isso, seria necessário o desacoplamento acentuado do duplo etéreo do corpo físico. Desse modo, toda a atividade na apometria é consciente, havendo somente um leve desencaixe do duplo etéreo para a exsudação do ectoplasma. Esclarecendo melhor: nem todo desdobramento significa projeção astral. Com relação ao trabalho de apometria, os corpos astrais se expandem ou ficam desacoplados o suficiente para permitir o encapsulamento do agrupamento terreno pelo plano espiritual. Portanto, os guias do "lado de lá" são os verdadeiros condutores dos trabalhos, e deles nos servimos como "blindagem" quando nos projetamos no plano astral, a fim de nos proteger.
Com essa explicação, podemos perceber que a projeção do corpo astral durante o sono físico difere da projeção na dinâmica apométrica, e depende diretamente da sutilização do duplo etéreo e do seu desacoplamento natural para haver lembrança. Assim, é fundamental entender as funções dos corpos: astral, que é o veículo da consciência em que o sensitivo narra emoções e sentimentos; e mental inferior, em que prevalece a vidência psicoastral. Embora os dois sejam distintos e separados vibratoriamente, acham-se tão intimamente relacionados que, no Oriente, com frequência, são tratados como sendo funcionalmente um só (Kâma-manas). Isso ocorre porque a principal função do corpo mental inferior é alimentar o intelecto, convertendo as sensações do corpo astral em percepções mentais de cor, forma, som, gosto, cheiro e tato.

Resumo das leis da apometria

· Aplicação de pulsos magnéticos impulsionados pela força mental individual e coletiva, por meio da contagem e do estalar de dedos, para indução ao desdobramento (o mesmo procedimento é adotado para acoplamento).
A técnica é utilizada com o consulente sentado no meio do grupo, na frente do congá. A contagem é feita com estalar de dedos no alto da cabeça, e então os corpos espirituais são expandidos e desdobrados. Facilita-se a sintonia dos médiuns com os bloqueios energéticos existentes, como por exemplo: "nódulos", magismo e aparelhos colocados no duplo etéreo do atendido.

· Com os médiuns desdobrados, os benfeitores espirituais conduzem os trabalhos onde se fizer necessário: na casa do consulente, no Umbral inferior, em alas hospitalares.
Ao mesmo tempo que se desdobra o consulente, o grupo mediúnico também encontra-se desdobrado. A partir dessa "nova" realidade, o deslocamento no plano espiritual fica facilitado, já que somos doadores de ectoplasma ao mundo espiritual, o qual poderá interceder a favor da caridade assistencial onde se fizer necessário.

· Formação de campos de forças de natureza magnética: proteção, higienização, contenção e defesa.
Utilizamos formas geométricas (pirâmide, triângulo, cones, entre outras). Esses campos de força são plasmados no Astral pela força mental do dirigente-invocador durante os atendimentos, sempre que se fizer necessário.

· Atuação nas lembranças oriundas da memória perene contida no inconsciente, no sentido de desfazer os estímulos "recordativos" - despolarização - que estão originando as ressonâncias de vidas passadas.
Quando o médium sintoniza uma situação traumática de vida passada do consulente que está vibrando e desarmonizando sua vida atual, é possível amenizar essa ressonância por meio da catarse que o médium sofre durante o atendimento apométrico.

· Interferência e alteração da coesão molecular do duplo etéreo, propiciando a modificação de seu padrão vibratório e facilitando as incisões cirúrgicas realizadas pelos benfeitores espirituais.
O desdobramento induzido desloca e expande o duplo etéreo do corpo físico, deixando-o menos denso e mais propício à intercessão dos espíritos-guias que realizam as cirurgias astrais.Isso é feito muito rápido, e o consulente nada sente, podendo somente ficar com sonolência após o atendimento, e sentir-se um pouco cansado no dia seguinte. Recomendamos repouso, alimentação
e ingestão de líquidos no dia posterior ao atendimento.

· Doação de energia e aplicação da força mental, recompondo membros e refazendo formas astrais.
Isso é possível pela atuação no duplo etéreo. Doamos ectoplasma, e, intencionalmente, com auxílio dos guias espirituais, procedemos a recomposição de membros danificados de espíritos sofredores e refazemos formas astrais, nos casos em que haja deformação do corpo astral e o
espírito se enxerga com aspectos animalescos, com garras, pêlos etc.

A dinâmica dos atendimentos
Os atendimentos se dão na frente do congá, com os médiuns sentados em círculo. O consulente fica sentado no centro, conforme foi citado anteriormente.

São permitidas manifestações simultâneas, e todas as formas espirituais são bem-vindas. Regularmente utilizamos pontos cantados, encaminhamos espíritos doentes ao plano espiritual, promovendo um breve diálogo fraterno. Nem todas as manifestações são mediúnicas, e nessa situação o animismo perde o estigma de mistificação, sendo comum as catarses referentes a traumas da vida passada do consulente.

As ressonâncias de vidas passadas

São fenômenos anímicos que podem se tornar uma auto-obsessão e, a partir de então, desencadear obsessões de vários tipos. É como se fossem tipos de flashes de traumas do passado que irrompem do inconsciente prejudicando a vida da pessoa. Podem chegar até à consciência, como espécies de recordações tormentosas e fragmentárias de encarnações anteriores, o que causa séria perturbação no indivíduo.
O tratamento com a apometria se dá quando médiuns expressam uma catarse dessas situações tormentosas de vidas passadas, durante a dinâmica de atendimento. É importante registrar que a catarse do sensitivo não é, por si, o suficiente para alívio da ressonância que transtorna o consulente. Na maioria das vezes, alivia o atendido da sintonia com o passado, mas é a
mudança de padrão de comportamento (a reforma íntima) que torna a cura perene.
A catarse e a mera aplicação da técnica apométrica não garantem o bem-estar em todos os atendidos. Ao contrário do que dizem muitos dirigentes de grupos apométricos, cairíamos na azáfama dos milagreiros, num determinismo onipotente, e desconsideraríamos o merecimento individual e a necessidade de mudança interior, consciente, fazendo com que o consulente altere
sua conduta comportamental e os seus valores. Não se dispensa os preceitos básicos de reforma íntima e a medicina terrena. A apometria é somente um meio coadjuvante e auxiliar na busca da cura perene que pode dar bons resultados associados à umbanda e aos sagrados orixás.

  

A invocação dos orixás
Invocamos os orixás, seja por contagens numéricas e pontos cantados, ou ambos ao mesmo tempo, durante os atendimentos apométricos:

· Invocação de Oxalá e linha do Oriente: faz a distribuição ou "descida" vibratória das outras linhas e entidades. É adequado cantar-se no início dos trabalhos e em situações que requerem atuação do chamado agrupamento do Oriente e dos médicos do Astral.
Exemplo: para fixar agrupamento do Oriente, plasmar ala médica e instrumentação cirúrgica no Astral.

· Invocação de Yemanjá: limpeza magnética do ambiente, do trabalho, dos médiuns e dos consulentes pelo povo d'água.
Exemplo: após desmanchos, desobsessões, demandas, manifestação de espíritos sofredores, e sempre que se for necessário fazer uma harmonização do grupo. Yemanjá pode ser invocada também nos casos em que se deseja fixar o sentimento de maternidade no campo vibratório de uma consulente, por existir conflito entre mãe e filho.

· Invocação de Oxum: harmonização exaltando o sentimento de amor incondicional que acompanha a vibração deste orixá.
Exemplo: nos casos em que um casal está em desavença por causa de uma gravidez recente ou por tentativas de engravidar frustradas.

· Invocação de Oxossi: curas e cirurgias astrais.
Exemplo: quando um consulente estiver com câncer,ou outros casos de doenças físicas. . Pode ocorrer a atuação desta vibração em trabalhos desobsessivos, pelos caboclos flecheiros (Jurema, Cobra Coral).

· Invocação de Xangô: para a verificação de causas pretéritas, traumas do passado que necessitam de equilíbrio, conforme a Lei do Carma, e ocorrências em que o livre-arbítrio do consulente está sendo desrespeitado.
Exemplo: pânico de elevador porque em uma vida passada o consulente caiu de um telhado. Espíritos obsessores se aproveitam disso e aumentam o mal-estar - essas informações geralmente são fornecidas pelos guias, através de um médium, ou pelo dirigente, quando ele não as recebe direto do Astral pela clarividência ou incorporação.

· Invocação de Ogum: as entidades desta linha irão realizar o trabalho de demanda; irão lutar contra as falanges das "sombras"; irão antepor-se frontalmente com os feiticeiros do Umbral inferior, criando uma barreira vibratória magnética do Astral.
Exemplo: consulente magiado, em "confronto" com a organização contratada no submundo astral que fez o trabalho. Invocamos o orixá Ogum e os caboclos da vibratória se manifestam. Se necessário, são utilizados elementos materiais, como fogo, pólvora, água.




· Invocação de Omulu: todo trabalho de alta magia e liberação dos guardiões (exus) é feito por esta vibratória.
Exemplo: quando o consulente está perturbado em conseqüência de um trabalho de magia negativa realizada com sacrifício animal em porta de cemitério, fazendo com que ele não durma e  sinta dores generalizadas pelo corpo.

· Invocação de Iansã: deslocamento e mudança.
Exemplo: remoção de grupo de espíritos sofredores, ou mudança de padrão mental do consulente (rigidez de opinião).

· Invocação de Nanã: após trabalhos "pesados" de contra-magia e desmanchos, em que muitos espíritos foram liberados de situações de escravidão.
Exemplo: espíritos escravos de uma organização trevosa foram soltos e não sabem que estão desencarnados. A vibração de Nanã os acolhe no mundo espiritual, como uma grande mãe acolhe seus filhos no colo.

Encerramos este tópico dizendo que todas as entidades ligadas a cada orixá trabalham em conjunto, e ao mesmo tempo, no atendimento com apometria. A movimentação dessas falanges se dá sempre que necessário baseado no merecimento do consulente. Assim, quando entramos no campo energético de um consulente, estamos interagindo com seu espírito que já teve milhares de
encarnações, em várias épocas e condições diferentes na Terra. Nós temos de ter o coração aberto para todo o tipo de manifestação, e de forma alguma devemos tecer julgamentos sobre a dor de quem quer que seja, pois não sabemos do nosso passado. Cremos que a umbanda é a mais rica e a
mais propícia religião mediúnica a utilizar a técnica da apometria para a pesquisa do espírito eterno, exatamente por sua essência: o amor universal que se perpetua pelos tempos imemoriais.


Claro, que não preciso dizer que os julgamentos, as opiniões e comentários  maldosos são dos médiuns e não da Umbanda, pois esta não julga, não condena e esta firmada no amor, fraternidade universal, igualdade!!!


Sugerimos a leitura da Apostila da Sociedade brasileira de Apometria

MÓDULO V

14. Oxalá

Atributos: a fortaleza e a paciência, a doação do amor incondicional, fraterno e perene; estabelece a ligação com a espiritualidade e leva ao despertar da fé, à  compreensão do "religare" com o Cristo interno.

Os tipos psicológicos dos filhos de Oxalá são bondosos, serenos, prestativos, pacientes e sábios. Perante certos obstáculos da vida, podem ser lentos em suas decisões, distantes e fechados, mas são persistentes e não gostam de fazer alarde. São aparentemente frágeis, um tanto delicados. Por outro lado, essa aparente fragilidade psíquica é compensada com uma enorme força moral, o que os faz fortes diante das fraquezas humanas, dos doentes e oprimidos. São de Oxalá pessoas altruístas e dedicadas a uma causa social, de ajuda aos injustiçados e aos oprimidos.
Aspectos positivos: devoção, fé, abstração meditativa, ligação com o espiritual, calma e serenidade "aparente". São asseados mental e fisicamente, caseiros e amigos acima de tudo. Com eles, rege a tranqüilidade, o silêncio e a paz no ambiente.
Aspectos negativos: fanatismo, isolamento, desprezo pelo material, melancolia,
impaciência, ira, crueldade, mania de limpeza.
Florais de Bach: Impatiens, Mustard, Crab Apple, Water Violet, e Vervain.
Florais de Saint Germain: Patiens, Embaúba, Flor Branca, Verbena, Boa Sorte, e
Abundância.
Saúde: têm um sistema nervoso delicado; "aparentemente" inspiram tranqüilidade, mas são explosivos interiormente, necessitando de períodos de isolamento como forma de repouso. Devem cuidar da coluna vertebral (rege coração e coluna).
Mineral: pedras brancas, diamante e brilhante.
Metal: ouro.
Signo regente: leão.
Planeta: Sol.
Ervas: arruda, levante e guiné.
Flor: girassol e jasmim.
Chackra: coronário.

15. Yemanjá

Atributo: respeito e amor; desperta a grande mãe em cada um, a percepção de que podemos gerar "vida" e de que somos cocriadores com o Pai. Estimula-nos ao amor maternal, sem apego, fazendo com que seus filhos sejam cidadãos do mundo.

Os tipos psicológicos dos filhos de Yemanjá podem ser imponentes, majestosos, dignos, calmos, sensuais e fascinantes (o cantoda sereia). As filhas de Yemanjá são boaseducadoras, organizadas no lar e dadas ao relacionamento social familiar; porém, tendem a ser vingativas e a ter dificuldade de perdoar as ofensas, pois geralmente são ciumentas e possessivas com as pessoas que amam.
Aspectos positivos: prosperidade e abundância em todos os sentidos; acolhimento, zelo (preocupação com o bem-estar dos que ama), sentido de união, humanitarismo, criatividade, procriação no sentido de progresso (evolução).
Aspectos negativos: avareza, rejeição, medo, apego, posse excessiva (paralisando o progresso), mesquinhez e insensibilidade.
Florais de Bach: Red Chestnut, Chicory e Mimulus.
Florais de Saint Germain: Rosa Rosa, Leucantha, Triunfo, Wedélia e Unitatum.
Saúde: podem apresentar distúrbios renais que acarretam prejuízos à pressão arterial; tendem a manifestar alergias a lugares fechados e rinite alérgica ou asma. Seus pontos fracos são as glândulas supra-renais e o aparelho reprodutor.
Mineral: ágata e cristais leitosos.
Metal: prata.
Signo: câncer.
Planeta: Lua.
Ervas: colônia.
Flor: rosas brancas.
Chackra: frontal.
Banho: sal grosso.

16. Ogum

Atributo: vontade e vitória (caminhos abertos), energia propulsora da conquista; impulso da ação, do poder da vontade (o poder da fé). É a força (luta) inicial para que haja a transformação; é o ponto de partida, aquele que está à frente. É a vida em sua plenitude; o poder do sangue que corre nas veias, a manutenção da vida.
Os tipos psicológicos dos filhos de Ogum podem ser irascíveis, excessivamente diretos em suas opiniões, francos em demasia e até impulsivos. São tenazes e agem com muita vontade e energia para alcançar os seus objetivos, e não descansam enquanto não atingem a vitória, onde muitos já teriam desistido da luta e perdido as esperanças. Por serem demasiadamente francos, às vezes são arrogantes e auto-suficientes, melindrando pessoas de estima baixa com certa facilidade. No entanto, pela franqueza e transparência de suas intenções, acabam angariando muitos amigos e admiradores, o que pode deixá-los um tanto vaidosos. Raramente são odiados.
Aspectos positivos: transmitem sinceridade e franqueza, coragem, decisão, elegância, liderança. Mas também sabem ser dóceis, amáveis e generosos.
Aspectos negativos: vontade fraca, apatia, egoísmo, dificuldade de perdoar e também de dizer "não". Podem ser autoritários, ciumentos, covardes e teimosos.
Florais de Bach: Centaury, Vine, Cherry Plum, Rock Water, Impatiens e Holly.
Florais de Saint Germain: Curculigum, Cocos, Goiaba, Piper, Patiens, Leucantha.
Saúde: doenças relacionadas com o sistema nervoso (tornando sensível o aparelho
digestivo) e as articulações (braços, pulsos e mãos). Pontos fracos: cabeça e estômago.
Mineral: rubi e água-marinha.
Metal: ferro.
Signo: áries.
Planeta: Marte.
Ervas: espada de Ogum.
Flor: cravo vermelho.
Chackra: solar.

17. Xangô


Atributo: sabedoria e prudência; entendimento do encadeamento de nossas ações e reações, as quais estabelecem uma relação de causa e conseqüência no sentido de ascensão espiritual (equilíbrio cármico).

Os tipos psicológicos dos filhos de Xangô podem ser voluntariosos, rígidos em suas opiniões, e, quando contrariados em seu pontos de vista, são enfáticos e até duros na defesa de suas opiniões, principalmente se estiverem com a razão. Todavia, com a maturidade, se tornam muito sábios, mansos e de grande compostura moral, como o velho pastor da montanha que tem a firmeza da rocha e a mansuetude da ovelha.
Aspectos positivos: justiça, discernimento, palavras adequadas no momento certo, eqüidade, nobreza de caráter, atitude digna, organização e trabalho, progresso cultural e social, altivez e inteligência. Têm habilidade na oratória e no domínio das multidões, e gostam do conforto.
Aspectos negativos: onipotência, rigidez de opiniões, vitimização, palavras metálicas que ferem ("só eu tenho razão"...), prolixidade, vaidade exacerbada e conservadorismo extremo.
Florais de Bach: Vervain, Rock Water, Beech e Willow.
Florais de Saint Germain: Verbena, Piper, Alcachofra e Wedélia.
Saúde: problemas no sistema cardiovascular, podendo aparecer hérnia, hipertensão,
estresse e ansiedade (impotência masculina).
Mineral: ametista, topázio.
Metal: estanho.
Signo: sagitário/peixes.
Planeta: Júpiter.
Ervas: guiné, pára-raios.
Flor: lírio branco.
Chackra: cardíaco.


18.Iansã

Atributo: movimento e mudança; necessidade de deslocamento, transformações materiais, avanços tecnológicos e intelectivos; luta contra as injustiças.
Os tipos psicológicos das filhas de Iansã podem ser irrequietos, por terem muita rapidez de raciocínio e agilidade mental. O psiquismo de Iansã é propenso à educação, à oralidade, à orientação, não se deixando prender a tarefas rotineiras e repetitivas. Precisam colocar em prática a sua garra e impetuosidade diante do novo, como as nuvens nos céus que mudam constantemente o formato, moldando-se aos ventos.
Aspectos positivos: coragem, lealdade e franqueza, fluidez de raciocínio, propiciando a higienização mental; mudança de pensamento (jogo de cintura), e facilidade de falar, além de talento artístico, charme e sensualidade.
Aspectos negativos: ciúme doentio, rancor, impulsividade (agem sem pensar), fraqueza, impaciência e culpa.
Florais de Bach: Impatiens, Pine, Centaury, Holly e Walnut.
Florais de Saint Germain: Patiens, Grevílea, Cocos, Varus, Monterey e Embaúba.
Saúde: doenças relativas ao aparelho cardiorrespiratório, como angina, dores no peito, bronquite e asma.
Mineral: granada vermelha.
Metal: não tem, pois seu elemento é o ar. Domina os ventos, os raios e as tempestades.
Signo: gêmeos.
Planeta: Urano (regente de aquário) é o planeta que promove as mudanças rápidas e
drásticas, os rompimentos, a abertura para o novo e o movimento incessante. Na astrologia, Urano é a oitava superior de Mercúrio; isso quer dizer que, em Mercúrio, lidamos com as questões do diaa- dia (a tecnologia, as comunicações, os documentos) utilizando a inteligência de forma rápida na busca da solução das situações inesperadas; são os insights, ou seja, o lampejo, a idéia incessante buscando aquilo que ainda não foi realizado ou imaginado. É o chamado de "anarquista", aquele que rompe com os padrões estabelecidos e traz a visão de futuro.
Erva: espada de Santa

19. Oxum


Atributo: amor-doação, equilíbrio emocional, concórdia, complacência, fertilidade.

Os tipos psicológicos de Oxum são
serenos, gentis, emotivos (choram com
facilidade), e altamente intuitivos. Observadores dos sentimentos, usam-nos para alcançar seus objetivos. Em geral são envolventes e amigos.
Apesar dessas características de comportamento, por vezes são desconfiados, indecisos e vingativos, sendo astutos para "jogar" com o emocional das pessoas. Preocupam-se com a higiene pessoal, gostam de estar sempre perfumados e bem-vestidos. Possuem uma força de penetração na natureza humana fora do comum; são psicólogos natos. Pela alta sensibilidade e apurado sentimento de amor, são exímios na magia e excelentes médiuns e dirigentes.
Aspectos positivos: graciosidade, bondade, julgamento sensato, boas maneiras.
Aspectos negativos: insatisfação, articulação da vingança, pois não esquecem uma traição ou ofensa, agarrando-se às lembranças e recordações do passado.
Florais de Bach: Honeysuckle, Crab Apple, Vervain, Holly e Olive.
Florais de Saint Germain: Madressilva, Limão, Pepo, Rosa
Rosa, Embaúba e Saint Germain.
Saúde: distúrbios ginecológicos, atingindo o útero, os ovários e as trompas. Podem ter
dificuldade para engravidar, mas com tratamento, a fim de normalizar ou recuperar a fertilidade,obtêm sucesso. Há também a possibilidade de depressão, desencadeada por estresse emocional.
Metal: ouro.
Signo: câncer (pela regência da Lua), e touro e libra (pela regência de Vênus). A maior influência aqui é a planetária.
Planeta: Lua, no que se refere à fecundidade e à gestação; Vênus, no que se refere à beleza, à satisfação, ao gosto refinado por tudo o que é caro.
Erva: erva de Santa-Maria.
Flores: amarelas.
Chackra: frontal e cardíaco

20.  Oxossi

Atributo: é o "caçador de almas", o conselheiro. Corresponde à nossa necessidade de saúde, nutrição, energia vital e equilíbrio fisiológico, num trabalho constante de crescimento e renovação. Fartura, riqueza, liberdade de expressão são seus pontos marcantes.

Os tipos psicológicos são graciosos, inteligentes, e têm uma curiosidade e senso de observação de grande penetração: simbolicamente é o caçador solitário que entra na mata. Apresentam um comportamento metódico e são propensos à magia cerimonial. Gostam de ficar sós, são discretos e fiéis, e aparentemente reservados e tímidos. Apresentam uma propensão natural para desbravar o desconhecido; por isso são pioneiros em novos projetos e métodos de trabalho. De grande sensibilidade, possuem qualidades artísticas. Por sua estrutura psíquica emotiva, com certa freqüência precisam se isolar para refazer as energias.
Aspectos positivos: rapidez de raciocínio, boa oralidade e comunicação, extrovertidos, generosos, hospitaleiros e amigos. Vivem com dinamismo e otimismo, e são ligados a todos os tipos de artes. São amáveis com os amigos, e sinceros no desejo de ajudar os outros. Têm facilidade para ganhar dinheiro.
Aspectos negativos: vivem de ilusões, por isso podem vacilar no que desejam realizar. Por vezes, demonstram uma "vontade de nada fazer", que pode ter a conotação de preguiça. Gastam todo o dinheiro que ganham, levando em determinadas ocasiões à falta de alimento, ao desperdício. Podem se tornar agressivos e com dificuldade de se comunicar.
Florais de Bach: Clematis e Chestnut Bud.
Florais de Saint Germain: Amygdalus, Gerânio, Thea, Alcachofra, Boa Sorte e
Abundância.
Mineral: lápis-Iazúli.
Metal: cobre.
Signo: touro e libra.
Planeta: Vênus.
Ervas: arruda, guiné.
Flor: palma.
Chackra: esplênico.

21. Nanã

Atributo: calma e misericórdia. Nanã é o momento inicial em que a água brota da terra ou da pedra. É a soberana de todas as águas; é também a lama, a terra em contato com a água; é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência. Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível e sensível; a senhora da passagem desta vida para a outra, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões. Este orixá relembra a nossa ancestralidade mística, o momento em que fomos criados espírito. A água foi necessária na Terra para a geração da vida, tendo o barro ou a lama um simbolismo correspondente ao momento em que fomos "feitos" pelo Pai. Assim, Nanã é considerada a Grande Mãe. Ela reconduz os espíritos desencarnados ao mundo espiritual, aconchegando-os em seus braços.

Os tipos psicológicos dos filhos de Nanã podem ser tímidos e ao mesmo tempo serenos. Por vezes, são severos nos seus valores morais e austeros na educação da família. Não raro, são rabugentos, o que os fazem ser temidos. Geralmente não são sensuais e não se ligam às questões da sexualidade. Outras vezes, por medo de serem amados e virem a sofrer, se dedicam com afinco à profissão, sendo dispostos à ascensão social. Quanto à calma e à lentidão que lhes são peculiares, nos momentos das decisões, acabam gerando conflitos com pessoas ativas e dinâmicas. Em equilíbrio, são pessoas bondosas, simpáticas, bonachonas e dignas de confiança.
Aspectos positivos: sensatez, perseverança, ordem, objetividade, paciência, respeitabilidade, calma. Sem pressa para realização, o tempo não os aflige. São benevolentes, gentis, mansos, como se fossem bons e amorosos avós.
Aspectos negativos: conservadorismo extremado, preguiça, avareza, indiferença, estupidez. Demorados, teimosos e rabugentos, adiam as decisões e podem ser vingativos.
Florais de Bach: Centaury, Hornbeam, Clematis e Willow.
Florais de Saint Germain: Curculigum, Cocos, Bom dia, Perpétua e Abricó.
Saúde: apresentam lentidão nas reações motoras e mentais, e são propensos à retenção de líquidos.
Mineral: ouro branco, ametista.
Metal: ouro branco
Planeta: Lua, que é o regente de câncer - ligação com as águas; junção da água das chuvas e solo barrento e pantanoso, demonstrando que precisam trabalhar o passado, libertando e deixando ir embora o que não serve mais.
Signo: escorpião, que é regido por Plutão - ligação com as águas paradas e profundas (o mangue), refletindo a expressão "eu calo" do escorpiano que observa e que é profundo no sentir os ambientes e a psiquê humana; possuem a capacidade de vivenciar a dor e o sofrimento e renascer mais forte, com maior capacidade de domínio sobre as próprias emoções.
Flores: de cor roxa.
Chackra: básico

22. Omolu

Atributo: orixá da transformação, agente cármico a que todos os seres vivos estão subordinados, rege a "reconstrução de corpos" nos quais os espíritos irão reencarnar, pois todos nós temos o corpo físico de acordo com nossa necessidade de reajustamento evolutivo. Assim, todas as doenças físicas às quais estamos sujeitos são necessárias ao fortalecimento de nossos espíritos. Omulu não causa doença; ao contrário, ele a leva embora, a "devolve" para a terra. Corresponde à nossa necessidade de compreensão do carma, da regeneração, da evolução, de transformações e transmutações existenciais. Representa o desconhecido e a morte, a terra para onde voltam todos os corpos, e que não guarda apenas os componentes vitais, mas também o segredo do ciclo de nascimento e desencarne. É o orixá da misericórdia; está presente nos leitos dos hospitais e nos ambulatórios, e,' à sua invocação, nos momentos dolorosos das enfermidades, pode significar a cura, o alívio e a recuperação da saúde, de acordo com o merecimento e em conformidade com a Lei Divina.

Os tipos psicológicos dos filhos de Omulu podem ser fechados, amuados, sem jeito no trato social e apagados na conquista amorosa, tendendo ao pessimismo, com idéias autodestrutivas que os prejudicam no dia-a-dia. São um tanto solitários e melancólicos, podendo ser amargos com as pessoas. Por outro lado, para auxiliar alguém doente, são determinados, resistentes e capazes de enormes esforços. Podem reprimir suas ambições pessoais, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária e até de certa flagelação psíquica. São lentos, todavia de grande perseverança, sendo firmes como uma pedra quando querem algo. Assim, perdem a espontaneidade e a flexibilidade para se adaptarem aos imprevistos do caminho, tornando-se rígidos e resistentes às mudanças. Quando ofendidos, podem se tornar cruéis e impiedosos. São protegidos contra qualquer tipo de magia.
Aspectos positivos: os filhos de Omulu chegam a ser "esquisitos", com seu temperamento controlado, saindo-se bem nos estudos e nas pesquisas, principalmente na medicina. São capazes de se anular para proporcionar bem-estar a terceiros, fazendo disso sua maior motivação na vida. São amigos dedicados, exímios curadores, altruístas, e têm uma sensibilidade mediúnica apurada que pode ajudar a entender as dores. Estão presentes em nossa vida, prestando-nos auxílio quando sentimos dores, agonia, aflição e ansiedade.
Aspectos negativos: esquisitice, vaidade exagerada, maldade, morbidez, indolência e mauhumor. São desconfiados e rígidos, depressivos, melancólicos e ciumentos. Às vezes magoam, por insistir em só enxergar os defeitos alheios.
Florais de Bach: Walnut, Chicory, Mimulus, Willow, Mustard, Gorse e Crab Apple.
Florais de Saint Germain: Abricó, São Miguel, Allium, Saint Germain, Anis, Mangífera e Flor Branca.
Saúde: podem apresentar uma lentidão nas reações motoras e mentais, dificuldade na fala, retenção de líquidos e doenças de pele.
Metal: chumbo.
Signo: escorpião (regência de Plutão) -libertação do velho para que o novo se estabeleça
Planeta: Saturno influencia na saúde (pele, ossos, dentes e cabelos, e tudo o que é limite do corpo físico) e na conscientização do resgate do carma individual, trabalhando o perdão para que nos liberemos dos impasses pretéritos.
Ervas: barba de pau, canela de velho, cedro e cedrinho. Chackra: básico

23. Povo Cigano do Oriente


Os ciganos na Umbanda são a linha que vieram do oriente, pouco se tem definições claras sobre sua origem, sua atuação na questão histórica, porque o povo cigano trabalha para a sua Tenda.

Os ciganos com seus ritos, suas magias, não estabelecem regiões fixas de moradia, mas o que se sabe sobre sua história é que Ciganos caminham sobre seus passos, guiados pela liberdade, desde sua mais tenra idade, orientados pelas lembranças ancestrais que os fazem amar o espaço, a luz, e o calor das fogueiras. Mesmo o cigano moderno tem em seu coração o apelo por reunir-se à noite para compartilhar as ações do dia, os acontecimentos, a resolução dos problemas, ouvir a sabedoria dos mais velhos.
Os ciganos com sua alegria, sua magia, trazem a União aos seres humanos, os ciganos compartilham seus pertences, aprendem juntos, brindam, comemoram, são alegres e realizam tudo com muito Amor.
Para aqueles que querem um Amor, nada como conversar e se instruir com o Povo do Amor, eles te ensinam a recuperar a estima, a sentir-se forte, a compreender que as forças provem da atitude interior de luz, alegria, de desejar o bem a todos os irmãos e que se você tem de sobra pode compartilhar com o irmão do Caminho.
A falange dos Ciganos no astral, cresce dia a dia, pois cada vez mais antigos ciganos estão percebendo que o planeta necessita de sua sabedoria, do amor que lhes move sobre a natureza, sobre manter o equilíbrio entre os elementos água, fogo e ar , e o que era arte circense quando no corpo físico, utilizada em espetáculos, é plenamente usada com maestria, e permite que os ciganos se unam no astral , aos Povos do Oriente, cuja sabedoria acumulada em milênios é utilizada pelo bem e proteção da Humanidade, que neste momento passa por grandes dificuldades, pelo assédio de miasmas doentios, que lhes sugam as forças, lhes embrutecem o espírito, e é necessário muito auxílio para que toda a população terrena não caia em derrocada, assediada por personalidades perversas que ultrapassam seus próprios limites de maldade.
O Hino Cigano é o Gelem Gelem (Djelem Djelem) é o hino do povo rom, também conhecido como cigano. Também é conhecido como Ђелем Ђелем, Џелем Џелем, Джелем джелем, Zhelim Zhelim, Opré Roma e Romane Shavale, e significa "caminhei, caminhei".
Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.
Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.
O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.
Mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas.
Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.
 Os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.
É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos.
Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc. Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.
Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel.
Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.
As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral.
Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos. Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza.
“Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu.
Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza.Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselhá-las para o bem.
É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua…”

24. Exus


Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas  , da movimentação de energias e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é lei maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos.
 Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
 Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.
A Quimbanda, é uma linha paralela á Umbanda, pode se dizer então; que ‘tudo “é Umbanda, são linhas que se completam, que caminham juntas, uma não existe sem a outra, uma é a paralela ativa, outra a paralela passiva, esotericamente, entendesse que a paralela ativa seja Umbanda, e a paralela passiva é a Quimbanda, na verdade tudo faz parte da Umbanda, inclusive a Quimbanda , onde atuam os Exus. Isto faz com que se conclua que todo o espirito que recebe a denominação de Exu atua na Quimbanda, portanto são Exus da Umbanda, Exus da Lei.
( é importante não confundir eguns, zombeteiros, e mistificadores, com Exus).

Origem

No inicio, o baixo astral era povoado por seres negativos, muitos vindos de outras dimensões, ou planetas, com a crescente involução do planeta, ou seja, guerras, racismo, perseguições etc., com o aumento dos sentimentos negativos, ódios, raiva inveja etc., esta fileira foi aumentando.
No caso especifico da linha da Quimbanda, acredita se que no caso dos Exus trabalhadores da faixa chamada Umbanda, a Quimbanda , começou como Quiumbanda, ou kiumbanda, originou-se das batalhas, das perseguições travadas pela ganância, exemplo, a Pagelância , culto aos ancestrais, e rituais praticados pelos índios, que foram perseguidos pelos brancos, que invadiram ( eles dizem que descobriram), suas terras, os negros africanos, (candomblé) perseguidos pelos brancos, que os escravizaram, tirando-os de sua terra amada, onde muito eram Reis, fortes guerreiros valentes, sacerdotes de suas Religiões e seitas; os brancos por sua vez, sentiam-se ameaçados, e melhores que as outras duas raças.
Estes quando desencarnavam, cheios de ódios, e sentimentos de vingança, não conseguiam enxergar nada além de sua sede de vingança, foram de juntando no baixo astral, ganhando forças, no ódio crescente na terra, formando assim uma corrente negativa, a chamada Kiumbanda, com o passar do tempo, esta fileira continuou a ser engrossada por todo aquele que se julgava “mau”, não merecedor da Luz.
Mais tarde por influência do Astral Superior, e seus incansáveis trabalhos na busca da evolução destas almas, formou-se a Quimbanda, onde aqueles que aceitaram, a luz, ou a busca por esta luz, começaram a trabalhar nos ajustes dos karmas, seus e de outras almas, também foi “colocado” no meio destes, almas mais evoluídas para que pudessem orientá-los , e assim, separou as correntes, a quimbanda ou Kimbanda, é formada pelos Exus, trabalhadores da luz, ou seja seres que aceitaram ajuda, e que buscam evolução ,( e de todo não eram tão maus assim, como acreditavam) mas não estão fora da Lei de ação e reação, tudo que fizerem lhes é cobrado, bem como quando estão em trabalho na Umbanda, estão sobre os olhos da Lei, assim como todos nós.
A linha de Exus é uma linha independente, assim como Ibeji,(Yori-crianças), mas engloba-se no Plano número 1 da Umbanda, através do qual tem acesso aos planos positivos, por mérito e evolução, conseguidos através do trabalho junto a humanidade
Exu é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação com os seres encarnados. Existem três tipos de Exu, a saber:

EXU PAGÃO

EXU BATIZADO

EXU COROADO

EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir o bem do mal, trabalha para quem Pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é “castigado” (reprendido) pelas falanges do Bem, então volta-se contra quem o mandou.
EXU BATIZADO: Ë todo aquele que já conhece o Bem e o Mal, podendo (se quiser) praticar os dois Conscientemente, são os capangueiros ou empregados das entidades, de acordo com o Serviço prestado evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de cobrança, muito influenciados pelas pessoas, e local em que trabalham, ou seja, como sabem distinguir entre o bem e o mal, são cobrados pela Lei do Livre Arbítrio, as pessoas deveriam ajudá-los, a só fazer o bem. Aqui estão os exus que trabalham no Raios de luz.
EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como empregado das Entidades
Do Bem, recebem por mérito, a permissão de se apresentarem como, elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Oguns, Xangôs e até Como Senhoras, ou seja, evoluem a um nível mais alto.

Só para relembrar:
A Umbanda esotérica tem como pedra angular sobre o plano oposto, ou Quimbanda, que 7 são os Exus que compõem a chamada Coroa da Encruzilhada ou Cúpula dos Exus Guardiões, vimos também que estes são A Policia de choque , que tem como função frear, controlar , os elementos do submundo astral ou baixo astral e de executar as Leis karmicas perante os seres espirituais, são os batedores de Ogum.
Quando falemos em Encruzilhadas, estamos nos referindo, a entre-cruzamentos vibratórios das linhas de força ou correntes elementos da natureza, (fogo, água, terra, ar) onde os Exus são chamados a atuar, manipulando-as para diversos fins, no sentido popular passaram a serem encruzilhadas, caminhos que se cruzam, nos quais se depositam oferendas aos vulgarmente chamados “ compadres” “homens da encruza” , no entanto esta foi mais uma deturpação, trazida pela ignorância.
O que antes era normal, entregara oferendas, nas encruzilhadas, na certeza de que estas seriam recebidas pela vibração dos Exus de verdade, hoje , já não é mais seguro, pois , estas em sua maioria já foram tomadas, pelos, seres doentes, perturbados do baixo astral.



25 Informações Complementares


DIA NACIONAL DA UMBANDA - 15 DE NOVEMBRO

Oficialmente instituída pela Presidência da República, data tem origem no calendário religioso
Em 15 de novembro comemorou-se o Dia Nacional da Umbanda. A data foi oficialmente instituída pela presidenta da República, Dilma Rousseff, através da Lei 12.644, de 16 de maio de 2012, também assinada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Ministério da Cultura (Minc).

A proposta de oficialização da data surgiu com o Projeto de Lei da Câmara nº 187, de 2010, que teve como justificativa o direito constitucional à liberdade de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos.


DATAS COMEMORATIVAS

20/01 – Oxossi
02/02- Yemanja
23/04 - Ogum
13/05 - Pretos Velhos
13/06 - Xangô
26/07 - Nanã
13/08 - Exu
15/08 - Oxum
27/09 - S. Cosme e Damião
29/09 - Xangô
02/11 - Omulu
15/11 - Fund. Umbanda
04/12 - Iansã
08/12 - Oxum
25/12 - Oxalá




EXPRESSÕES USADAS NA UMBANDA

Entenda o significado de algumas palavras que fazem parte do vocabulário das entidades de Umbanda:

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.
Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão. (tem a finalidade de edificar, consolidar as energias de proteção da casa e dos filhos, bem como evocar as Entidades Espirituais de defesa da casa , “avisando” que os trabalhos serão abertos.
Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para vir ao terreiro trabalhar.
Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes. Limpa as energias mais densas, queima os miasmas, e muitas vezes já na defumação, afasta magias e espíritos trevosos.
Porteira: Entrada do templo. A pessoa (pilar que fica na porta tem a finalidade de dar suporte aos guardiões da casa .
Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.
Firmar: Concentrar-se para a incorporação
Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.
Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada somente para a linha de caboclo.
Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.
Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
Cazuá: Terreiro, Templo, Local. (Nós usamos a palavra Templo, não por vaidade ou orgulho e sim  como referência ao Sagrado)
Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.
Descer: Ato de Entidade incorporar,ou se manifestar de alguma forma
Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação ou manifestação de entidades.
Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelas  entidades guias, os restos de oferendas.
Despachar Exu: ajudar com água aguardente, ou mel, a desincorporação, deslocando os fluidos do exu que podem ficar no campo vibracional do médium. E em algumas casas significa enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de “perturbar” a cerimônia.
No nosso Templo, costumamos fazer pequena oferenda ( pedir licença para passar, pedindo a abertura de caminhos e proteção de  exu, nas saídas religiosas , matas, pedreiras, cachoeiras  e rito de mar, bem como em dia de gira no terreiro.
Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Obs. Nossa casa não faz tais trabalhos
Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.
Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.
Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc. Entenda-se como entrecruzamento de linhas,  sempre na contraparte espiritual e não necessariamente no físico.
Entidades: Seres espirituais na Umbanda.
Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.
Trabalhadores da Luz-  todos os Seres que se dedicam a Hierarquia Superior da luz, encarnados e desencarnados.
Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado à matéria.
Baixar: possuir por parte da entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.
Banda: Lugar de origem de entidade.
Cavalo : Termo usado por alguns  exus incorporados para designar o médium.
Calunga Grande: Mar; oceano.
Calunga Pequena: Cemitério.
Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo ,  morrer.
Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.
Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito, nas costas, na palma das mãos e na sola do pés. ( No Raios de Luz fazemos o ritual quando saudamos a porta no toque da sineta- na invocação de exu, no inicio de cada sessão)
Dar Passagem: Ato do guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.
Dar passes: Ato da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos consulentes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos, trazem paz; ato de harmonizar .
Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.
Engira: O mesmo que gira , trabalho , sessão.
Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.
Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.
Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.
Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada
Fundanga: Pólvora.
Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium.
Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.
Perna de calça: Homem na linguagem dos pretos velhos e exus.
Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.
Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã, cambono, ou Tamboreiro, em seguida acompanhado pelos médiuns.
Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço seja para o bem ou para o mal.
Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe, (ou não)  vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.
Abó - banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.
Amací - banho de ervas, feito para lavar a cabeça.
Amalá - comida que se dá aos Orixás.
Atabaque - tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.
Cambone ou cambono - auxiliar ou assistente do Orixá.
Carregado - cheio de maus fluídos.
Ebó - presente, oferenda.
Filho de santo - médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.
Guia - protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal, preferências por contas naturais.
Mãe ou Pai pequeno - auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo. O Raios de luz não tem Pai ou Mãe pequena (o),
Mãe de Santo - mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada. Usamos outros termos: Dirigente do Templo, zeladora de Santo etc
Marafa ou marafo - aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.
Patuá - talismã usado para dar sorte ou proteção.
Pemba - giz especial com que se riscam os pontos.
Saravá - cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que “salve”.
Toco - vela, charuto, cigarro, banco.
Escora: Médium que suporta os ataques psíquicos de espíritos obsessores sem serem prejudicados e ou influenciados no envolvimento dentro do trabalho.
Ori- cabeça
Guia de Cabeça, o mesmo que Chefe de Cabeça: Entidade principal, guia protetora do médium.  Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.
Guia de Frente Protetor: São as entidades que trabalham através do médium sob a permissão do guia de cabeça do mesmo.
Incorporação: Transe, envolvimento mediúnico.
Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade.
Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Dos 7 Orixás e conjunto de falanges em que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana) de cada orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex: linha de umbanda, linha branca, linha das almas, etc.
Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.(na umbanda é o mesmo que Guia de cabeça )
Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.

Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.
Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

HINO DA UMBANDA

Não tendo a pretensão de esgotar todo o ensinamento que o Hino da Umbanda pode proporcionar a cada Irmão do Caminho... trazemos uma proposta interpretativa:

Refletiu a luz divina
A Luz Divina, a luz que cada um possui em seu interior, a luz que traz força, coragem e esperança; e que representa Deus em cada ser, nas divindades criadas pela natureza, no amor ao próximo, na compaixão e na Esperança que cada um traz dentro de si e perpetua ao Universo, trazendo todo o esplendor.
Em todo seu esplendor
Toda a Grandeza do Universo e as possibilidades que ele nos traz, seja nesta ou em outras encarnações, mas a certeza de que cada dia pode ser um novo esplendor.
Vem do Reino de Oxalá
O Reino de Oxalá a energia da criação da natureza e personifica o céu. Oxalá o Grande Pai. Oxalá o Rei dos Orixás
Onde há paz e amor.
A paz um estado da alma de equilíbrio, harmonia e tranquilidade e o Amor este sentimento sublime que permite a todos os seres doarem-se um pouco mais pelo irmão do caminho e desta forma desenvolverem em si o amor a si e ao próximo. O auxílio desinteressado, a empatia. Amar sem esperar nada em troca, simplesmente agradecer pelo Dom da Vida e a oportunidade de compartilhar.
Luz que refletiu na Terra
A Luz do Grande Pai Oxalá ao trazer a Umbanda como esclarecimento para a Terra, apenas um reflexo, pois toda a energia que existe de luz não é visível aos olhos humanos.
Luz que refletiu no Mar
O Mar abençoado pela Rainha das Águas , na regência de Yemanjá é infinito, foi a partir das águas que se iniciou a origem da terra. O Mar é imenso e assim é o Universo e assim devem ser os corações humanos, trazendo a beleza a bondade e a Dignidade que temos ao lembrar de Ogum Beira Mar
Luz que veio de Aruanda
ARUANDA é o mundo espiritual, os trabalhadores da ARUANDA, são todos aqueles que levantam a bandeira da CARIDADE.
Para tudo iluminar
   Iluminar a todos, sem preconceitos, raças, acolher, envolver, auxiliar e amar
Umbanda é paz e amor
Um Mundo cheio de luz
A Luz que cada um tem dentro de si e que faz o mundo
É a força que nos dá vida
A Força do Criador, que motiva e dá coragem e perseverança a cada dia
E a grandeza que nos conduz
A Grandeza de alma a HUMILDADE
Avante filhos de fé
Toda a Humanidade, seus filhos
Como a nossa lei não há
A lei do amor, representado por todas as mães(Oxum, Yemanja), verdade e Justiça que lembram o grande Pai XangÔ
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá.
E para juntos em uma só corrente em um só coração uma mensagem do Pai João  e da Vó Maria de Conga.
Humildade e caridade meus filhos, não cansem de lutar por este caminho, o povo de aruanda é um poço de luz, que trabalha sempre, que trabalhou e continuará trabalhando.
Quando pensares que a estrada está difícil avistem a frente o longo caminho que podem construir, no auxílio ao próximo, no não julgamento e amando a si mesmo e ao próximo.
Alguns dizem, mas eu não tenho força para continuar, e os pretos dizem, a força está em teu interior, meu filho, minha filha, todos devem se tratar desta maneira, a busca do amor sem condições a luta por um mundo melhor, por pessoas melhores por Universos melhores e acima de tudo pela Humildade.
Quem realmente auxilia não percebe isto e a cada dia tem a oportunidade de estender a mão e encher o coração de alguém de alegria.
Nós quando encarnados sofríamos, mas mesmo assim nunca deixávamos de comemorar, sorrir e defender ao nosso irmão usem estas palavras para a reflexão dos seus dias e a cada sol nascente verificarão que terão a oportunidade de estarem mais próximos de aruanda, estamos sempre ao lado da humanidade, basta que ela se aproxime de nós.

Do Livro Tambores de Angola....Por Pai João de Aruanda..

Ignoremos os espinhos, porque, sobre eles, as rosas desabrocham com o perfume que inebria nossas almas. Fixemos o olhar nas flores, nos frutos, no lado bom de cada companheiro e saibamos valorizar aquilo que cada um traz de melhor em si. Trabalhemos pela fraternidade , mas respeitemos a diversidade de formas e pensamentos. Incentivemos a caminhada, o desenvolvimento do raciocínio, mesmo que não pensemos igual. Deus valoriza cada detalhe. Ame, compreenda e perdoe. Você não sabe em que situação estará amanhã e que porção de compreensão alheia você demandará



BIBLIOGRAFIA DE APOIO – REFERÊNCIA PARA ESTUDO:


Umbanda Pé no Chão – Norberto Peixoto/Ramatis, Editora do Conhecimento.

A Missão da Umbanda – Norberto Peixoto/Ramatis, Editora do Conhecimento.

Diferenças entre Médiuns Espíritas e Umbandistas – Edvaldo Kulcheski

“Entre a Terra e o Céu” (André Luiz / Chico Xavier) – Cap. 20 (Conflitos da Alma)

“Evolução em Dois Mundos” (André Luiz / Chico Xavier / Waldo Vieira) – Primeira Parte / Item 2 (Corpo Espiritual)

Capítulo XI do livro Medicina da Alma. Joseph Gleber (espírito) e Robson Pinheiro

Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do povo Cigano” de Nelson Pires Filho Ed.Madras.

Tambores de Angola – Robson Pinheiro

Site: aumpram.org.br

Apostila da Sociedade Brasileira de Apometria