AULA 7

MEDIUNIDADE - VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM

 

CONTEÚDOS DA AULA: vibração original do médium, amaci, obrigações de cabeça

VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM


IDENTIFICANDO A VIBRAÇÃO ORIGINAL DO MÉDIUM

            Saber exatamente qual a vibração original de uma pessoa é muito difícil. Isso vai se manifestando ao longo de algumas encarnações. Costuma ser identificado pelo jogo de búzios e/ou pelo guia superior do médium no terreiro, o dirigente espiritual da casa. O que é possível é fazer um mapeamento da vibração original dos médiuns, para observar os possíveis posicionamentos das vibrações no eledá. Porém esse mapeamento precisa sempre ser confirmado pelo seu guia superior ,do médium ou da casa.
O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Contamos com a influência de um Orixá que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos, agindo através dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais.
Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".
Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ". A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás. Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.
Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza (Elementais), sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida.
A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.
   Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.
A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza (Elemental), ligado a um Orixá protetor. É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM. 
Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.

AFINIDADES


Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó. Frequentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras. O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.
Entre os espíritos que atuam dentro da vibração energética do nosso Eledá, é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que incorpora quando invocada a vibração do Orixá principal. Os Orixás, dentro do culto Umbandista não são incorporados. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus “cavalos” e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá.
Para a identificação da coroa mediúnica (vibração original do médium) ao invés de jogar búzios, pode ser verificado também o dia de seu nascimento e a qual orixá esta data está relacionada, o signo, qual dia da semana que se deu o nascimento do médium, a hora planetária do nascimento e se possível seus ascendentes ou decanato. Temos, então, uma ideia da vibração  da coroa mediúnica do médium, a ser confirmada pelo guia espiritual.

Fonte: http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/historiaorixas.html

 


LISTAGEM DOS DIAS E DOS ORIXÁS CORRESPONDENTES


Data de nascimento:


Fonte da tabela: Curso aumpram.org. br


























Decanato:

A partir desses dados é possível montar um mapa de identificação da vibração original dos médiuns,o posicionamento das vibrações no eledá pode ser confirmada pelo seu guia superior.

Amaci ou batismo
Significa que o médium está sendo aceito para desenvolvimento no terreiro. O amaci fixa a vibração original do orixá no médium (que é aquela que predominava no momento de seu nascimento) e também significa que está sendo aceito pelo respectivo orixá. Facilita muito seu desenvolvimento.
O médium encaminhado para o batismo geralmente é aquele iniciante que começa a manifestar seu guia ou protetor. Somente médiuns de incorporação e irradiação necessitam fazer o amaci, na nossa casa. Facilita seu desenvolvimento, pois na medida que é feito com as ervas, estas emitem uma vibração energética que promove a movimentação dos respectivos chakras, fazendo-os girar, auxiliando o médium iniciante na interação com o plano espiritual. Não se trata, portanto, de um simples ritual.

Amaci – Definições:


·         É feito com ervas frescas maceradas na água limpa (de cachoeiras, nascentes, etc...) que tem por finalidade a lavagem de cabeça, devidamente consagradas e propiciatórias ao fortalecimento do sensitivo. É realizado no chacra da coroa, e pontos de circulação de energia nos médiuns.
·         é oportunidade sagrada de reencontro com os guias dentro da faixa vibratória do orixá regente de cada um.
·         os orixás extraem das seivas, dos cheiros, das águas, as energias necessárias para a vitalização dos chacras dos médiuns, fortificando sua ligação com o alto
·         a aplicação ritualística  externa é feita pelo sacerdote e seus assistentes, mas a ligação espiritual interna é de cada médium. Se assim não acontecer, o amaci será um mero PLACEBO RITUAL, inócuo e sem efeitos positivos. Nenhuma valia tem um rito, seus elementos e liturgias, se o médium internamente não tem a condição necessária de recebê-lo satisfatoriamente.
·         no momento do Amaci nosso  pequeno Templo se fortalece nos ensinamentos do amoroso Senhor Jesus.
·         pode ser Amaci iniciático (quando é na individualidade, finalidade pessoal da pessoa com suas entidades) ou Amaci geral (quando é no coletivo, com a finalidade de se encontrar com aquela força vibracional da força da natureza que estiver trabalhando no ritual) ; Amaci das guias, para proteger os médiuns; Amaci dos otas ou Okutás (pedras e cristais de cada orixá).

É importante ressaltar que existem uma série de condutas para o amaci, conforme os fundamentos da casa.

OBRIGAÇÕES DE CABEÇA


O cerimonial é semelhante ao do amaci, com a diferença que as ervas usadas são as relacionadas com a linha para a qual a obrigação está sendo feita e não apenas as ervas solares.

Para os demais trabalhadores, que não passam pela mecânica da incorporação, e que não necessitam, portanto, fazer as obrigações de cabeça, em casos especiais, dependendo da função e responsabilidade especial dos mesmos na casa, pode ou não ser realizada uma cerimônia especial a critério da entidade chefe da casa.


Sugestão de vídeos no youtube para estudo:

https://www.youtube.com/watch?v=oRYl3hoLfX0

https://www.youtube.com/watch?v=lrBCNKCXqII