nesta sexta sessão Caboclos
Nesta Sexta - sessão de Caboclos
RAIOS DE LUZ-
UMBANDA ESOTERICA
Curso de
Umbanda
Oxalá
Orixá
masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma
ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é
cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como
mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá,
uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos
orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ.
Esta relação de importância
advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se
codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes
básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos
caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes
propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de
estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os
opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por
exemplo.
Assim, Oxalá não tem mais
poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de
todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família
tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com
todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da
independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que
traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado
para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade
que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento
empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada
Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia;
Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por
diante.
Se por este lado, Oxalá
merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao
título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam
introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os
mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a
viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e
simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as
revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e
tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura
branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.
Alguns escravos neles
acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos
cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de
Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida
esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante
a mitologia ioruba.
É o princípio gerador em
potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É
o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco,
porque ela é a soma de todas as cores.
Por causa de Oxalá a cor
branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e
não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada
filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de
todos os Orixás e dos seres humanos.
Se
essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos
seus AJUNTÓ (adjutores auxiliares do
Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da
cúpula espiritual dirigente do terreiro.
Segundo as lendas, Oxalá é o
pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé,
que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo
mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente
Oxalá nunca foi apontado como seu pai.
O seu campo de atuação
preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas
vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de
sentimentos de religiosidade.
Fé! Eis o que melhor define o Orixá
Oxalá.
Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai
da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional.
Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o
Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e
a todos os seres.
Orixá associado à criação do
mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras:
moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é
uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá
xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam
é somente branco.
O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e
cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.
É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os
Orixás e todas as nações.
A vibração de Oxalá habita em cada
um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição,
pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e
universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração
humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade,
homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando
pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui;
enviai-Me".
Oxalá é Jesus ?
A imagem de Jesus Cristo é figura
obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de
Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente
preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta.
Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de
Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo,
a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu,
viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse.
Oxalá, assim como Jesus,
proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com
a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar
o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.
Características
Cor
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Branca
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Fio de Contas
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Contas e Missangas brancas e leitosas. Firmas
Brancas.
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Ervas |
Tapete
de Oxalá(Boldo), Saião, Colônia, Manjericão Branco, Rosa Branca, Folha de
Algodoeiro, Sândalo, Malva, Patchouli, Alfazema, Folha do Cravo, Neve
Branca, Folha de Laranjeira.(Em algumas
casas: poejo, camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco, arruda,
erva cidreira, alecrim do mato,hortelã,
folhas de girassol, agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta, alecrim de tabuleiro, baunilha, camélia,
carnaubeira, cravo da índia), fava pichuri, fava de tonca, folha de parreira de uva branca, maracujá (flores), macela, palmas, umbuzeiro, salsa da praia) |
Símbolo
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Estrela de 5 pontas. (Em algumas casas, a Cruz)
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Pontos da Natureza
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Praias desertas, colinas descampadas, campos,
montanhas, etc...
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Flores
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Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as
rosas de preferência sem espinhos.
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Essências
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Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores
de laranjeira.
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Pedras
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Diamante, cristal de rocha, perolas
brancas. Formado geradores
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Metal
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Prata (Em
algumas casas: platina, ouro branco).
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Saúde
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Não tem área de saúde específica, pois abrange todo
nosso corpo e nosso espírito.
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Planeta
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Sol.
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Dia da Semana
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Todos, especialmente a Sexta-Feira.
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Elemento
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Ar
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Chakra
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Coronário
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Saudação
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Exê Uêpe Babá- oke baba
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Bebida
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Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto
doce.
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Animais
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Pomba Branca, Caramujo, coruja branca(só para se
sintonizar, claro)
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Comidas
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Canjica, Acaçá, Mungunzá.
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Numero
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10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã).
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Data Comemorativa
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25 de Dezembro
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Sincretismo
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Jesus. (Oxaguiã, Menino Jesus de Praga; Oxalufã,
Senhor do Bonfim)
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Incompatibilidades:
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Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor
vermelha, cachaça, bichos escuros. Lâminas (Oxalufã)
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Atribuições
As atribuições de Oxalá são as de
não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre
o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o
materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.
As
Características Dos Filhos De Oxalá
Os filhos de Oxalá, são
pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis;
conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São
amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser
autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou
autoritários como adjutores (ajuntós).
São muito dedicados,
caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho.
Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
Sabem argumentar bem, tendo
uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam
de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente
orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a
teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil
convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a
resolução de um problema.
No Oxalá mais velho
(OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá
novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.
Para Oxalá, a idéia e o
verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em
carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental.
Fisicamente, os filhos de
Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente
na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o
filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes,
porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a
ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros,
mesmo em se tratando de alguém muito jovem.
Para que o filho de Oxalá
tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas
coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.
Cozinha
ritualística
Canjica
Canjica branca (sem aquele olhinho
escuro e mal cozida). Colocar em tigela de louça branca. Cobrir com Algodão,
Folhas de Saião ou Claras em
Neve. Podendo colocar um cacho de uva branca por cima de
tudo. Regar com mel
Acaçá
Cozinhar 1/2 kg de Farinha de Milho
branca, como um angu ou mingau. Deixe esfriar um pouco, e faça bolinhos. Em algumas casas se põe, às colheradas, em folhas de
bananeira passada ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio.
Obs1) Quando
colocar esta oferenda, coloque na frente de seu altar com uma copo de água na
parte de cima, uma vela de 7 dias a direita, 3 ramos de trigo a esquerda e na
parte de baixo encima de uma pano branco coloque um pãozinho cortado em três
pedaços, deixe até acabar a vela de 7 dias e veras que criara uma penugem de
bolor nos Acaçá, sinal que seu pedido e sua fé foi bem aceita, despache tudo em
um jardim ou campo florido.
Obs3) Já existe
à venda no mercado a chamada "farinha de acaçá", que é a canjica
branca já moída, o que facilita enormemente a confecção do acaçá de Oxalá.
Mungunzá
Escolha 1/2 kg de canjica branca
(sem aquele olhinho escuro) e ponha de molho na véspera. No dia seguinte, ponha
para cozinhar com água e sal. Quando a canjica começar a amaciar, adicione o
leite ralo de 2 cocos, junte o açúcar, misture e, se preciso, ponha mais sal.
Acrescente os cravos-da-índia e a canela. Desmanche o creme de arroz em leite
de coco puro e junte ao mungunzá para engrossar o caldo do mesmo. Sirva em
pratos fundos, como sopa.
Também se faz agrado com uma mesa de frutas, que não
podem ter espinhos farpas ou fiapos, como por exemplo: manga, abacaxi,
carambola, cajá-manga, etc.
No Candomblé é o único
Orixá que não exige matança, em tempo algum.
Lendas
de Oxalá
Aguas de Oxalá
Aproximava-se o dia em que
seria realizado no reino de Oyó, a época das comemorações em homenagem a Xangô,
Rei de Oyó, onde todos os Orixás foram convidados, inclusive Oxalufã. Antes de
rumar a Oyó, Oxalufã consultou seu babalawo a fins de saber como seria a
jornada, o babalawo lhe disse: leve três mudas de roupas brancas, pois Exú irá
dificultar seus caminhos. E Oxalufã partiu sozinho. O adivinho aconselhou-o
então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim
como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada,
acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.
Caminhando pela mata
encontrou Exú tentando levantar um tonel de Dendê as costa e pediu-lhe ajuda,
Oxalufã prontamente lhe ajudou mas Exú, propositalmente derramou o dendê sobre
Oxalufã e saiu. Oxalufã banhou-se no rio, trocou de roupa e continuou sua jornada.
Mas adiante encontrou-se novamente com Exú, que desta vez tentava erguer um
saco de carvão a costas e pediu a Oxalufã que lhe auxiliasse, novamente Oxalufã
lhe ajudou e Exú repetiu o feito derramando o carvão sobre Oxalufã, banhando-se
no rio e trocando de roupa, Oxalufã prosseguiu sua jornada a Oyó, próximo já a
Oyó, encontrou com Exú novamente tentado erguer um tonel de melado e a estória
se repetiu. Nos campos de Oyó, Oxalufã encontrou com um cavalo fugitivo dos
estábulos de Xangô, e resolveu devolver ao dono, antes de chegar a cidade, foi
abordado pelos guardas que julgaram-no culpado pelo furto.
Maltrataram e prenderam
Oxalufã. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro. Mas, por estar um
inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete
anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças
assolaram o reino. Desesperado Xangô resolveu consultar um babalawô para saber
o que acontecia e o babalawô lhe disse: a vida está aprisionada em seus calabouços,
um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não
cometera. Com essa resposta, Xangô foi até a prisão e lá encontrou Oxalufã todo
sujo e mal tratado. Imediatamente o levou ao palácio e lá chamou todos os
Orixás onde cada um carregava um pote com água da mina. Um a um os Orixás iam
derrubando suas águas em Oxalufã para lavá-lo. O rei de Oyó mandou seus súditos
vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era
preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufã. Xangô vestiu-se também de
branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua
homenagem e todo o povo saudava Oxalufã e todo o povo saudava Xangô.
Lenda da
Criação
Oxalá, "O Grande Orixá"
ou "O Rei do Pano Branco". Foi o primeiro a ser criado por Olorum, o
deus supremo. Tinha um caráter bastante obstinado e independente.
Oxalá foi encarregado por
Olorum de criar o mundo com o poder de sugerir (àbà) e o de realizar (àse).
Para cumprir sua missão, antes da partida, Olorum entregou-lhe o "saco da
criação". O poder que lhe fora confiado não o dispensava, entretanto de
submeter-se a certas regras e de respeitar diversas obrigações como os outros
orixás. Uma história de Ifá nos conta como. Em razão de seu caráter altivo, ele
se recusou fazer alguns sacrifícios e oferendas a Exú, antes de iniciar sua
viagem para criar o mundo.
Oxalá pôs-se a caminho
apoiado num grande cajado de estanho, seu òpá osorò ou paxorô, cajado para
fazer cerimônias. No momento de ultrapassar a porta do Além, encontrou Exé,
que, entre as suas múltiplas obrigações, tinha a de fiscalizar as comunicações
entre os dois mundos. Exé descontente com a recusa do Grande Orixá em fazer as
oferendas prescritas, vingou-se o fazendo sentir uma sede intensa. Oxalá, para
matar sua sede, não teve outro recurso senão o de furar com seu paxorô, a casca
do tronco de um dendezeiro. Um líquido refrescante dele escorreu: era o vinho
de palma. Ele bebeu-o ávida e abundantemente. Ficou bêbado, e não sabia mais
onde estava e caiu adormecido. Veio então Odudua, criado por Olorum depois de
Oxalá e o maior rival deste. Vendo o Grande Orixá adormecido, roubou-lhe o
"saco da criação", dirigiu-se à presença de Olorum para mostrar-lhe o
seu achado e lhe contar em que estado se encontrava Oxalá. Olorum exclamou:
"Se ele está neste estado, vá você, Odudua! Vá criar o mundo!" Odudua
saiu assim do Além e encontrou diante de uma extensão ilimitada de água.
Deixou cair a substância
marrom contida no "saco da criação". Era terra. Formou-se, então, um
montículo que ultrapassou a superfície das águas. Aí, ele colocou uma galinha
cujos pés tinham cinco garras. Esta começou a arranhar e a espalhar a terra
sobre a superfície das águas.
Onde ciscava, cobria as águas,
e a terra ia se alargando cada vez mais, o que em iorubá se diz ilè nfè,
expressão que deu origem ao nome da cidade de Ilê Ifé. Odudua aí se
estabeleceu, seguido pelos outros orixás, e tornou-se assim o rei da terra.
Quando Oxalá acordou não
mais encontrou ao seu lado o "saco da criação". Despeitado, voltou a
Olorum. Este, como castigo pela sua embriaguez, proibiu ao Grande Orixá, assim
como aos outros de sua família, os orixás funfun, ou "orixás
brancos", beber vinho de palma e mesmo usar azeite-de-dendê. Confiou-lhe,
entretanto, como consolo, a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres
humanos, aos quais ele, Olorum, insuflaria a vida.
Por essa razão, Oxalá também
é chamado de Alamorere, o "proprietário da boa argila".
Pôs-se a modelar o corpo dos
homens, mas não levava muito a sério a proibição de beber vinho de palma e, nos
dias em que se excedia, os homens saiam de suas mãos contrafeitas, deformdas,
capengas, corcundas. Alguns, retirados do forno antes da hora, saíam mal
cozidos e suas cores tornavam-se tristemente pálidas: eram os albinos. Todas as
pessoas que entram nessas tristes categorias são-lhe consagradas e tornam-se
adoradoras de Oxalá.
Como Oxalá se
Tornou o Pai da Criação
Iemanjá, a filha de olokum,
foi escolhida por olorum para ser a mãe dos orixás. como ela era muito bonita, todos
a queriam para esposa; então, o pai foi perguntar a orumilá com quem ela
deveria casar. orumilá mandou que ele entregasse um cajado de madeira a cada
pretendente; depois, eles deveriam passar a noite dormindo sobre uma pedra,
segurando o cajado para que ninguém pudesse pegá-lo. na manhã seguinte, o homem
cujo cajado estivesse florido seria o escolhido por orumilá para marido de
iemanjá. os candidatos assim fizeram; no dia seguinte, o cajado de oxalá estava
coberto de flores brancas, e assim ele se tornou pai dos orixás.
Como Oxalá
Aprendeu a Produzir a Cor Branca
Certa vez, quando os orixás
estavam reunidos, oxalá deu um tapa em exu e o jogou no chão todo machucado;
mas no mesmo instante exu se levantou, já curado. Então oxalá bateu em sua
cabeça e exu ficou anão; mas se sacudiu e voltou ao normal. Depois oxalá
sacudiu a cabeça de exu e ela ficou enorme; mas exu esfregou a cabeça com as
mãos e ela ficou normal. A luta continuou, até que exu tirou da própria cabeça
uma cabacinha; dela saiu uma fumaça branca que tirou as cores de oxalá. oxalá
se esfregou, como exu fizera, mas não voltou ao normal; então, tirou da cabeça
o próprio axé e soprou-o sobre exu, que ficou dócil e lhe entregou a cabaça,
que oxalá usa para fazer os brancos.
Oxaguiã
Oxalufã
Hábitat
Praia deserta ou Colina descampada
Sincretismo Nosso senhor Jesus Cristo
Vibração Poder
supremo, assuntos espirituais
Assuntos Relacionados Todos os trabalhos positivos
Atuação Paz interior
Parte do Corpo Todo
o corpo, especialmente a parte psíquica.
Data Comemorativa 25
de Dezembro
Dia da Semana Domingo
Fase da Lua Todas as
Fases da Lua
Essências Aloés, Almíscar, Lírio
Horários mais Favoráveis 6:00hs e 18:00hs
Cores Branco,
dourado
Pedras Brilhante,
Cristal de rocha, Quartzo leitoso
Metal Ouro
Flores Todas as
flores brancas, especialmente os lírios
Banhos de descarrego Essência de Aloés (7 Gotas), Tapete de Oxalá
Libação Mel. Vibra
sobre todas as libações.
Imantação Canjica
Branca. Todas as imantações têm a vibração de Oxalá. Por uma deferência
especial, podemos ofertar-lhe coisas suaves como flores, essências e incenso
queimado sobre brasas.
Guias 108 Contas brancas, leitosas ou de Cristal.
OXALÁ - A luz
do Senhor Deus
Mediador - Gabriel
Chakra -
Coronario
Cor -
Branco
Qualidade -
Paciência
Negatividade - Ira
Você Aprendeu:
Sobre o Orixá Oxalá;Quem são Oxaguiã e Oxalufã; Oxalá
é Jesus?; As principais características de Oxalá; Quais suas atribuições; As
características dos filhos de Oxalá; As comidas oferecidas à Oxalá; Algumas
Lendas
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