A Reforma
Íntima: transformando dores em música...
Sabemos que
iniciar a reforma íntima é um desfio para todos os filhos, mas esta, no momento
que se inicia e que se assume toda a responsabilidade pela colheita a cada dia,
opera grandes transformações internas e reflete no mundo ao qual se vive como
uma flor que desabrocha depois de regada e retirada os inços a sua volta.
Ela deve ser
iniciada individualmente, claro que cada filho tem o auxilio dos seus anjos
guardiões, os orixás, além disto, para os Umbandistas existem os ensinamentos
dos seres de luz que trabalham nos Terreiros e que muito ensinam aos seus
filhos.
Falaremos de
humildade os pretos-velhos é este exemplo quando estavam encarnados no planeta,
serviam aos seus senhores, ficavam tristes com as chibatas, mas mesmo assim não
deixavam de ter amor em seu coração e quando qualquer filho estava em apuros (independente
da cor, raça, casta) iam lá e aplicavam seus conhecimentos para curar seu
irmão, o maior exemplo de Amor incondicional. Além disto, este povo de Aruanda
não deixava de ser alegre, sorrir e festejar, pois tinham ao que agradecer.
Portanto,
filho se você acha que é impossível de sorrir, de ser alegre, de ser feliz, por
que está passando por alguma dificuldade financeira, amorosa ou de saúde, TENHA
FORÇA, FÉ e ESPERANÇA, pois mesmo nas adversidades da Vida sempre há o lado positivo,
o crescimento e não esqueça que ninguém é vitima de nenhuma situação, se hoje
você passa por alguma dificuldade é porque necessita aprender ainda com esta
situação e esta a resgatar fatos passados, mas isso não significa que não possa
ser feliz.
Foque nas
alegrias que possui na vida, nos amores, nos filhos, na família, nos amigos, na
proteção que possui dos orixás, dos preto-velhos, dos Exus, ou de qualquer anjo
guardião que tenha fé.
Verificarás
que vivendo no padrão de amor, alegria e agradecimento, combatendo a revolta, o
medo e a vingança, terás uma vida mais leve , na paz, no amor e com muita alegria.
Pai João de Aruanda em seu Livro Sabedoria
de um Preto-Velho (Robson Pinheiro) nos fala com o Coração....
Pai João fala com
o coração. Canta com a alma
e sempre nos ensina a transformar nossas dores em música (em mantras!), até que possamos compreender
o significado por trás daquilo que nos incomoda.
Conta que, em determinada ocasião, foi
procurado por alguém para que realizasse
um intento com objetivo puramente material,
de retaliação. Pai João deveria dar
uma lição, mas o indivíduo era um
homem de pouca instrução, com recursos
culturais minguados; não entenderia bem
conceitos de moral, nem estava
aberto ao estudo do Evangelho. Após breve
meditação, o paivelho resolveu cantar para
o homem uma canção com a linguagem que ele poderia compreender. Aquele que o procurava era familiarizado
com a mitologia africana e estava
acostumado com o linguajar dos candomblés,
sondando seu pensamento, Pai João resolve
dar elementos para o
homem refletir a partir da figura do deus Xangô.
Foi a forma encontrada para falar da lei de causa e efeito na terminologia
que aquele homem conhecia segundo o panteão africano, Xangô é representação da
justiça divina. A música ensina que,
de acordo com os desígnios do Alto,
o ser escolhe exatamente
na proporção em que semeia. A lição
encontrou ressonância com o coração do
homem, que, conforme
nos conta o Espírito amigo, não mais voltou pedindo o que não devia. O Evangelho
deve ser pregado no vocabulário e no
contexto exato que faça sentido para
quem
ouve. Assim fez Jesus, que falava de moedas e talentos para aquele que era cobrador
de impostos, de redes e peixes para pescadores, de sementes, plantio e colheita para
agricultores. Desse modo João Cobú cativou o homem incauto e permanece falando de verdades espirituais com a linguagem brasileira, terrena, humana.
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