12/12/12 - Tende ânimo, Sou Eu, não temais!
Homem de pouca fé, por que duvidaste?
Hoje é dia 12 de dezembro de 2012. Um dia “fatídico” e ansiosamente
esperado. Existe uma enxurrada de sites, textos, canalizações, vídeos,...,
tratando do fim do mundo nesta data, equivocadamente por uma interpretação
errada do calendário Maia.
Logo após a meia noite de ontem, terminada a minha leitura habitual do
evangelho e meditação, me veio um pensamento antes de deitar-me para
conciliar o sono físico “Homem de pouca fé, por que tens medo e duvidaste?
”. Lembrei-me daquela parte do evangelho em que Jesus admoestou
Pedro por sua pouca fé durante a tempestade em que o Mestre “acalmou” os
elementos da natureza e acudiu os discípulos açoitados pelas ondas revoltas.
No meio da madrugada, houve uma forte tempestade em nossa cidade
, com intensa ventania. Vi-me desdobrado no quarto, conduzido mentalmente
por um mentor espiritual. Em frente ao meu roupeiro, uma entidade em
deplorável estado, com olhos fixos na janela, apontava o dedo e dizia:
- Viu? É o fim do mundo. A tempestade fatídica chegou. Salvemo-nos!!!
O espírito fascinado batia com as mãos perispirituais no meu roupeiro
tentando abrir a porta para se esconder dentro. Causava um efeito físico
com o som das suas “unhas” friccionando a madeira do móvel, mas por
sua alta densidade não conseguia transpassá-la.
Senti uma angústia enorme e um medo terrível. Neste momento o
mentor que me guiava disse-me que estes sentimentos eram da coletividade, e
que era para eu ter fé.
Ato contínuo, a parede do meu quarto “some” e do outro lado uma linda
praia se "materializa", com um sol esplendido, um mar azul indescritível,
convida-nos a sair e a passear nas areias brancas.
Falo com o espírito atemorizado:
- Vamos passear meu irmão, nada tema, viu como tá lindo o dia, a
tempestade acabou.
Andando pela pequena praia, chegamos ao final numa espécie de elevação
nativa, em que tinha uma casa antiga ao alto com mata verdejante em volta.
Sentimos um oculto e irresistível convite e fomos ao seu encontro.
Na sala, se encontrava uma mesa posta com pratos e talheres antigos.
Uma Vovó preta de cabelos brancos, rechonchuda e calma, se mostra
com um vestido de rendas em cores suaves, com uma voz maternal nos aguarda:
- meus filhos amados, eu os esperava. Não tenham medo, pois as
tempestades durante a travessia do barco da vida, entre os planos de
existência que se entrelaçam, inevitavelmente ocorrerão. O planeta ainda é
primário, e Jesus nos ensina que as forças instintivas da natureza não são
para nos atemorizar. Acima de tudo, paira o espírito, que é açoitado não
pelas ondas dos mares, e sim pelos desvarios internos causados pela sua falta
de fé. Os homens duvidam e a disponibilidade de tantos conhecimentos nos
meios externos pelo despreparo evangélico interno acaba sendo instrumento
das sombras para perturbá-los. Todavia, Jesus permanece em vigília no
leme do barquinho que é o nosso planeta e continua a nos instruir:
“Tende ânimo, Sou Eu, não temais.” Vamos meus filhos, alimentem-se
desse frugal banquete preparado com amor para vós. Do lado de cá, em minha
humilde choupana, a mesa está ininterruptamente disposta com água
para os sedentos e pão para os esfomeados.
Na mesa, uma tina com um caldo quente fumegante, com gosto de peixe
muito saboroso. Após tomarmos aquele líquido, verifiquei que o amigo
apavorado não mais se vestia como um cabalista desgrenhado, um tipo de
astrônomo medieval hipnotizado, mas se apresentava com uma simples
veste azul celeste, os cabelos aparados, as olheiras tinham sumido e ele
estava mais revitalizado e corado. Ainda a amorosa Vovó nos serviu um
alimento “sólido”, num prato pequeno, em que não consegui defini-lo, mas
igualmente delicioso, com gosto de fruto do mar - ostra.
Disse-nos a venerável anciã:
- Meus filhos, o sabor do alimento que ingerem é de acordo com a
preferência de cada comensal, assim como o evangelho nos sacia em
conformidade com a capacidade de assimilação de cada um de nós. Sejam
sempre bem vindos na casa de Vó Redonda. Voltem sempre que quiserem,
pois cá estou a serviço do Divino Mestre para atender os que me batem a porta.
Vão, passeiem na praia, pois os dias aqui neste plano de vida são
rotineiramente lindos e inabaláveis, e o Sol brilha portentoso para vos
esquentar os passos na caminhada entre um lado e outro da travessia
reencarnatória.
Fomos para a praia caminhar.
Uma cena inesquecível, quando escuto uma “voz” no meio da minha cabeça:
é hora de você voltar...
Vi o espírito socorrido com mais uma miríade de entidades,
um agrupamento enorme, voltado para o mar e por detrás das pequenas e
calmantes ondas esmeraldinas, uma imagem plasmada de Jesus com os
braços abertos, sorridente e com o semblante suave, dizer:
- Tende ânimo, Sou Eu, não temais!!!
Retornei ao corpo e acordei na minha cama. Eram pontualmente
três horas da madrugada. Chovia torrencialmente, o vento batia na janela
e farfalhava as folhas de uma amoreira que tem no terreno ao lado de minha
casa, como se os seus galhos em agonia arranhassem o telhado.
Compreendi que aquele agrupamento de espíritos “cabalistas astrônomos” e
ram atemorizados pelo fim do mundo e pela exaltação desmesurada do
catastrofismo externo que embotou a fé interna, pouco solidificada no
evangelho de Jesus. Serviam de marionetes na mão de poderosas mentes das
sombras planetárias, que habitam os sub-níveis trevosos umbralinos e se
alimentam das comoções e pânicos coletivos para causarem todo tipo de
fascinações possíveis - assim "roubam" o ectoplasma dos médiuns e
sensitivos incautos que se deixam deslumbrar pelo medo.
Muita paz, saúde, força e união!!!
Norberto Peixoto
Eterno Aprendiz do Evangelho
Logo em seguida obrigou os seus discípulos a entrar no barco, e passar
adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
Tendo-as despedido, subiu ao monte para orar à parte. Ao anoitecer, estava
ali sozinho.
Entrementes, o barco já estava a muitos estádios da terra, açoitado
pelas ondas; porque o vento era contrário.
À quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar.
Os discípulos, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, assustaram-se e
disseram: É um fantasma. E gritaram de medo.
Jesus, porém, imediatamente lhes falou, dizendo:
Tende ânimo; sou eu; não temais.
Respondeu-lhe Pedro: Senhor! se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as
águas.
Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas,
foi ao encontro de Jesus.
Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou:
Senhor, salva-me.
Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe:
Homem de pouca fé, por que duvidaste?
E logo que subiram para o barco, o vento cessou.
Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo:
Verdadeiramente tu és Filho de Deus.
Ora, terminada a travessia, chegaram à terra em Genezaré.
Quando os homens daquele lugar o reconheceram, mandaram por
toda aquela circunvizinhança, e trouxeram-lhe todos os enfermos; e
rogaram-lhe que apenas os deixasse tocar a orla do seu manto;
e todos os que a tocaram ficaram curados.
Mateus 14 – 22 a 36
Mateus 14 – 22 a 36
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