nesta sexta, sessão de Exu! sejam bem vindos!

 Que “Umbanda” é essa?





Analisemos sem o peso do julgamento alguns irmãos que se dizem “umbandistas”, mas que têm preconceito com as formas de apresentação dos espíritos dentro da própria egrégora umbandista.
Afirmam ser “umbandistas”, entretanto se o fossem verdadeiramente não carregariam consigo a insígnia do preconceito. Quantos  conhecem casas  “umbandistas” onde não são aceitos os Caboclos, as Pombagiras e os Exus? Nós do “Missão de Luz” infelizmente conhecemos templos onde os exus estão presentes sim, mas  para a tarefa de proteção da casa e para a remoção dos irmãos em débito com a Lei Maior, porém, não podem incorporar em seus médiuns por serem considerados criaturas inferiores! Estamos falando de alguns centros espíritas,  não estamos nos referindo a todos.
Os caboclos, entidades simples e extremamente importantes para a corrente umbandista, em muitas casas não passam nem perto de seus médiuns, justamente por serem considerados espíritos "atrasados"... As pombagiras então, “coitadas”!!!
Somente os pretinhos velhos é que são aceitos e “podem” atender ao público presente, pois estão de acordo com o entendimento de alguns dirigentes.
Observemos as falhas sem o peso do julgamento ou da crítica antifraterna, no intuito de investigar para sabermos se podemos nos melhorar mais, através do exemplo do outro.
O verdadeiro umbandista não exclui, não segrega, pois a Umbanda acolhe a todos ensinando-nos a deixar morrer por  inanição o preconceito.
Que "umbanda" é essa que com sua equivocada forma de culto, "afasta" os nossos irmãos do plano espiritual por causa da forma de apresentação dos mesmos nesta egrégora? Lamentavelmente encontramos sim companheiros de jornada que se dizem umbandistas, mas  repetimos,  por causa do preconceito dissimulado, equivocadamente alguns companheiros de caminhada evolutiva excluem exus, pombagiras, caboclos, marinheiros e boiadeiros da corrente espiritual de certas casas. 
Lamentamos profundamente, mas de certa forma compreendemos que é a falta de estudo mais aprofundado que permite que esta "lacuna" na alma das criaturas, seja preenchida pela bagagem fétida da discriminação racial.
Alhures dissemos neste blog que não intencionamos desrespeitar nossos companheiros  que destoam de nós no modo de pensar e será o que sempre faremos, entretanto precisamos analisar o que entendemos por falhas que de certa forma, criam raízes profundas na alma quando não arrancadas. A "isto" chamamos de atavismos e salientamos a necessidade   de desvencilharmo-nos destas perigosas armadilhas o quanto antes.
Para nós, a Umbanda não segrega e nem delimita ela universaliza, ensina, agrega, aproxima, abraça e entre outros, envolve carinhosamente as criaturas de todos os matizes espirituais, aceitando-os amorosamente de acordo com o grau de entendimento de cada um.
Esta mesma umbanda não cobra de seus adeptos uma mudança exterior ou exige-lhes para ser cultuada,  que os mesmos abandonem sua religião de origem, ao contrário, ensina-nos a valorizar todos as formas de cultos, desde que conduzam-nos ao Pai!
Alguns destes irmãos que excluem certos espíritos pelas formas com que os mesmos se apresentam dentro da Umbanda, na verdade ainda não conseguiram libertar-se dos grilhões atávicos que aprisionam  suas almas. Trata-se em muitos casos dos que noutros tempos, vestiram o fardo físico de clérigos fanatizados, que em nome do santo ofício da inquisição, na idade média, mandaram para as fogueiras, milhares de inocentes por tratar-se os mesmos, de pessoas ligadas à outra religião que não o catolicismo. 
Vejam bem, ainda hoje encontramos já dispostos em outros veículos carnais, pessoas que ainda não se libertaram  da falsa crença de superioridade racial, moral e religiosa, estando ainda  adormecidos e  anestesiados para as verdades que despertam, equilibram e libertam as humanas criaturas das peias inferiores e de todo atraso espiritual, conduzindo-as  para mundos melhores. 
Salve a Umbanda com todos os seus filhos de fé!

Reflitamos sem julgar. 
Autoria: Marcos Marchiori

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